Quando volto para casa já era tarde, o sol ja estava se pondo, mas Christian me leva de volta para casa, nos despedimos com um beijo apaixonada e o vejo partir, entro em casa e estou sozinha, meu coração ainda acelerado do momento íntimo trocado com ele, solto um suspiro contente e subo as escadas rapidamente, me jogo sobre meu colchão e descanso minha cabeça em meu travesseiro, a sonolência me acolhe e sem conseguir conter caio em um sono profundo.
•••Fogo...Gritos... São meus, estou encolhida no colo de minha tia Nerine, ela me abraça forte e implora baixinho para que não faça barulho. Sinto medo, tanto medo...Onde está minha mãe? Meu pai? Eu os quero aqui, comigo! Sinto meu corpo dormente, meus ossos doem, meus ouvidos captam um soar estranho seguido de falas em latim, um feitiço... Tonta e influenciada pelo clamor incessante das falasO ar dentro do grande salão é frio, todos me olham atentamente com seus olhares afiados, alguns vejo o desdém desenhad em suas faces o que me enfurece. — Estão presentes, Laisa Stell, da família conselheira Alucard, Vivian Spencer Deverell, filha dos generais Deverell e Stephanie Kharis, filha da família aliada e agente da coroa, Kharis e Melany Petrova Ettore, neta dos grandes rei e rainha Ettore, próxima sucessora ao trono. - Somos anunciadas, nos mantemos em pé depois de reverenciarmos meus avós sentados ao trono. — Vocês tem uma grave acusação para a família Jarlath, minha pergunta será objetiva, tens provas para que sejam condenados? - O tom de meu avô é sério e cortante, aqui ele não é Victor meu avô, mas sim Victor Ettore o grande rei dos vampiros. — Sim meu rei, temos uma gravação onde Noah Jarlath assume que é culpado em meu acidente ocorrido a um mês atrás e que com ajuda de seu irmão Zeidan mais aliados executaram seus planos. - Afirmo com olhar fi
— O QUE? COMO FUGIRAM? - Minha voz soa como um trovão pelo grande espaço, estou louca, fora de controle, corro porta fora com Vivian em minhas costas, igualmente furiosa ela me segue, em minha total velocidade chego às masmorras. Paro abruptamente ao captar o cenário na frente dos meus olhos, a cena é catastrófica, fico espantada, uma verdadeira carnificina se desenha em minha frente, os corpos dos guardas estão jogados por todos os lados do grande corredor, suas cabeças presas em lanças, a cena é perturbadora, sinto a presença de magia, a mesma magia que senti em minhas veias quando fui atacada, contenho um grito de pavor, lágrimas ardem meus olhos e me forço a controlá-las. Corro mais adentro e vejo Alex jogado dentro de uma cela, sinto o medo correr em minhas veias, sento ao lado de meu irmão e o abraço. — Alex? Alex, por favor, me ouça, vai ficar tudo bem meu irmão, eu prometo a você! - Choro sem conseguir me controlar, vou achar aquele desgraçado n
1 ano depois: O dia brilhava intenso, a luz forte do sol aquecendo minha pele, hoje se fazia um ano de procuras incessantes, todas as nossas tropas e soldados em busca de Noah e sua família, mas eles simplesmente desapareceram do mapa, sinto em meu coração que ele está por perto, esperando a menor abertura para atacar, sei que não vai demorar e tremo em pavor pelo pensamento. Desde o dia da carnificina dentro das masmorras reais venho tendo pesadelos, com os corpos, seus rostos desfigurados, suas cabeças presas em estacas, tudo que vejo em meus sonhos se remete aquele dia, sangue e morte. — Ainda pensando? - Ouço a voz doce de Stephanie e me viro para vê-la. — Olá, estou apenas observando! — Saia desse cemitério, esse lugar me dá arrepios. —Já se fez um ano da morte de nossos guerreiros, vim visitar seus túmulos e orar por eles. - Ela concorda em tristeza mas muda de assunto. — Seus sonhos? Continuam?
Acordo com o barulho constante e a brisa fria, a luz do dia banhando meu quarto ainda não era presente, as persianas da janela estão abertas e a cortina balançava levada pelo vento, passo a mão em meu rosto sem conseguir entender exatamente o que acontecia, vendo um furacão de cabelos castanhos brilhando com a luz da lâmpada foco minha atenção, correndo de um lado para o outro dentro do grande espaço ela tenta organizar algo que não consigo entender o que é. — Pode me dizer o que está acontecendo? - Minha voz rouca interrompe os movimentos rápidos de Vivian que me olha brava. — Estamos atrasadas, vamos, levante-se! - A olho confusa e espero que ela explique. — Oh, pelos deuses Melany, a viagem, vamos mulher, levante-se! - Começo a rir e não faço o que me diz. — Tenha calma, o jato não irá partir até que cheguemos lá, ok? Você está muito agitada! - Ela bufa, a contragosto senta ao meu lado no colchão, com minha visão mais clara observo os arredores, minh
Gritos, sangue... Morte... O vento frio me faz tremer, olho ao redor, estou em uma floresta... Em minha frente vejo uma grande poça de sangue, estou ajoelhada ao lado de um corpo, toco meu rosto, minhas bochechas estão molhadas, estou soluçando em um choro doentio, olho minhas mãos, cobertas de sangue. Ao longe ouço uma voz me chamar, não consigo descobrir quem é mas sigo seu chamado. •••• Abro os olhos rapidamente, minha respiração está entre-cortada, nervosa tento identificar onde estou, ainda no avião, respiro pesado mas estou aliviada, nada de sangue, nem mortes. — Acorde Melany, estamos quase chegando! - Laisa me chama, assinto em concordância e ajeito-me na poltrona. O avião pousa, olhando pela janela vejo a bela paisagem, está parcialmente nublado, vejo a floresta densa, um lugar tão belo. Descemos e caminhamos para o carro que veio nos buscar, desde que acorde
Sentada sobre a pedra na beira do rio admiro a bela paisagem em minha frente, meus pés sob a água fria, a sensação me acalmar, em alguns dias ocorrerá o baile, deixo meus pensamentos correrem, lembro-me de minha infância, lembro de minha mãe, meu pai, meu avô Alistar já falecido, percebo uma pequena lágrima descer por minha bochecha a limpo rapidamente, ao lembrar de minha mãe automaticamente lembro do grimório que achei, hoje seria a chegada de meus avós junto de minha avó Cristina, Diego virá junto mas Alex ficará por mais uns dias, alguma coisa aconteceu mas meu avô se nega a me esclarecer, penso em minha avó, como falar com ela? Como conseguir suas explicações? Sinto-me nervosa sobre o que posso descobrir, sobre as verdadeiras origens de minha mãe. — Sabia que iria a encontrar aqui! - Tão imersa em pensamentos não noto quando Vivian se aproxima, sentando-se ao meu lado me olha preocupada. — Conte, o que aconteceu, já tem alguns dias que percebo seu desconforto, es
Cada segundo que passava para mim era interminável, o silêncio maçante entre nós me enlouquecia, abrindo o segundo livro ela me entrega, vejo o nome de que pertencia o livro, sinto-me cada vez mais confusa, o nome Helena Howe escrito em uma caligrafia delicada e rebuscada, o nome de minha avó. — Este grimório pertence a mim, foi dado por minha mãe no meu aniversário de dezoito anos. - Continuo a olhando, esperando toda sua história. — Minha neta, eu vim de um poderoso coven bruxo, antes de conhecer seu avô, antes de me transformar no que sou hoje, fui uma bruxa, assim como todas as mulheres de minha família, nascemos herdando a magia lunar, sempre em harmonia com a natureza. Por viver junto a bruxas sempre me neguei a aceitar a existência de vampiros, já que diferente dos lobos a existência do vampirismo não é natural nem aceita pelas forças da natureza. - Lágrimas brilham nos olhos de minha avó, segurando minhas mãos ela volta a falar. — Até que conheci seu avô, eu era jove
Na manhã seguinte observo os primeiros sinais da manhã, a luz do sol aos poucos nasce no horizonte e apesar de toda calmaria que a paisagem reflete nada acalma meu coração, as palavras de minha avó ainda rodeiam meus pensamentos, desde aquele momento não voltamos a nos falar, permaneci no meu quarto desde aquele momento, Laisa me fez uma rápida visita, perguntou-me se algo aconteceu me dizendo que todas estavam preocupadas com meu repentino desaparecimento, menti para ela, foi necessário, fingi cansaço e vi que no fundo não acreditou nem um pouco em nada que lhe disse compreensível. Ando por todo meu quarto, troco rapidamente meu pijama por roupas confortáveis, resolvo sair, indo para fora tento relaxar ao sentir a brisa da manhã, me tranquiliza mas não é o suficiente, tudo que aconteceu tirou o melhor de mim, ainda me custa acreditar no que foi dito, corro para floresta, tento gastar toda e qualquer energia que ainda me mantém acordada, meus pés me levam para a cachoeira, a