Na manhã seguinte observo os primeiros sinais da manhã, a luz do sol aos poucos nasce no horizonte e apesar de toda calmaria que a paisagem reflete nada acalma meu coração, as palavras de minha avó ainda rodeiam meus pensamentos, desde aquele momento não voltamos a nos falar, permaneci no meu quarto desde aquele momento, Laisa me fez uma rápida visita, perguntou-me se algo aconteceu me dizendo que todas estavam preocupadas com meu repentino desaparecimento, menti para ela, foi necessário, fingi cansaço e vi que no fundo não acreditou nem um pouco em nada que lhe disse compreensível.
Ando por todo meu quarto, troco rapidamente meu pijama por roupas confortáveis, resolvo sair, indo para fora tento relaxar ao sentir a brisa da manhã, me tranquiliza mas não é o suficiente, tudo que aconteceu tirou o melhor de mim, ainda me custa acreditar no que foi dito, corro para floresta, tento gastar toda e qualquer energia que ainda me mantém acordada, meus pés me levam para a cachoeira, aEstá noite aconteceria o grande baile, alguns dos muitos convidados já presentes se acomodaram pelos infinitos quartos do castelo, tudo está movimento, principalmente o grande salão onde ocorrerá o evento, tudo lindamente decorado em flores brancas e azuis. Dentro do meu próprio quarto observo o belo vestido que usarei, sua longa saia azul reluz em belos tons, um verdadeiro vestido de princesa, decido descer, ainda está muito cedo e não pretendo enlouquecer junto com minhas avós pela decoração, se elas virem que estou me preparando para escapar da organização me trancaram no quarto, por isso opto pela saída dos fundos, passo entre as grandes colunas de forma silenciosa ouvindo as ordens que as duas senhoras exigiam a cada organizador, prendo um sorrido e me esgueiro pela cozinha, vejo Nana ajudando o cozinheiro no que fosse possível, já que lobisomens seriam convidados não poderia ser servido somente o que agradasse vampiros. Ao me ver Nana me segura pelo braço impedindo
Lentamente abri meus olhos, tento reconhecer onde estou, está escuro e úmido, me movo com lentidão, meu corpo dói, minha visão embaçada nota o local ao redor, um pequeno quarto, mais como um porão, mexo minhas mãos e sinto a dor agoniza que envolve meus pulsos, queima minha pele, estou atada por correntes que brilham em roxo toda vez que me movo queimando ainda mais minha pele, preparadas por um mestre necromante poderoso suponho, ao olhar meu estado vejo que ainda estou em meu vestido, completamente imundo e em alguns lugares está rasgado, coberto em grossas camadas de sangue seco. Ouço o farfalhar de passos do lado de fora, uma porta se abre, uma figura alta e forte apare pela luz transmitida pelo outro cômodo, logo reconheço o ser pelo cheiro que exala, Noah entra fechando a porta, fechando a porta liga a luz, tão fraca que quase não faz a mínima diferença ligá-la ou não. — A pequena princesa acordou pelo que vejo! Como se sente? - Seu sorriso debochado me e
Tento mais uma vez abrir meus olhos, sinto-me fraca e totalmente exausta, não sei mais com exatidão quantos dias passaram, mas sei que dentre eles vivi o verdadeiro inferno, sinto-me cada dia mais fraca e perto da morte, penso em quão irônico isso é, uma hibrida imortal sentir-se flertar com a morte, seu destino infinito ser visto com um ponto final. — Não pense muito criança, vai lhe fazer mal! - A voz masculino se faz presente no pequeno quarto, vejo Cassius sentar-se a minha frente. — Sabe, você é uma criatura primorosa, é impensável que uma hibrida de vampiro e lobisomem fosse realmente vingar, sua segunda natureza é nojenta devo dizer, mas conseguiu criar algo magnífico e totalmente monstruoso! - O homem mais velho ri. — Vai se ferrar! - Sussurro em minha rouquidão, uma tosse irrompe por minha garganta seca. — Igualzinha à seu avô, mas é uma pena algo tão incrível como sua existência se esvair assim, se não fosse tão curiosa isso não aconteceria por agor
Tento me levantar mas ainda sinto meu corpo dolorido, as lembranças da noite passada se passam em um flash, ignoro a dor e levanto-me do colchão que me deitava para encontrar meu avô, corro pelos corredores do castelo a sua procura. Subo para seu quarto, vejo minha avó sentada ao seu lado na cama, ele se mantém desacordado, as marcas já mais claras mas ainda visíveis, o cheiro da magia ainda presente mesmo que mais enfraquecido ainda está presente, me aproximo lentamente. — Vovó? Como ele está? - Minha voz a assusta. — Melany? O que faz aqui? Deveria estar deitada, ainda está muito debilitada. — Não se importe comigo, quero saber como meu avô está! - Me olhando tristemente segurando minhas mãos, olho para o corpo fraco de meu avô já sentindo a tristeza se instalar em meu peito. — A situação é grave, apenas magia pode curá-lo! — Então vamos atrás de bruxas, trazemos um feiticeiro, qualquer coisa vovó, por favor, diga que tem solução! -
Desde aquele dia estou envolvida a um treinamento constante de magia, não voltei a minha casa nas terra de Cristina, voltei por tempo indeterminado a morar no castelo, Victor ainda não demonstra melhoras, não acordou desde então, Miguel e minha mãe cuidam dele dia e noite com todo conhecimento que tem sobre magia necromante, fazem o melhor para estabilizar o feitiço usado, mas nada parece surtir efeito. — Foco Melany, não irá concluir o feitiço enquanto pensar demais, se concentre e deixe sua magia fluir. - Diz minha mãe em tom severo. A olho novamente e foco na pequena pena a minha frente, tento canalizar meu poder mas apenas uma pequena chama fraca se acende dentro de mim, abro meus olhos e a pequena pena branca flutua levemente para logo em seguida cair levemente sobre a mesa. — Desisto, é impossível! - Esbravejo, minha mãe ri. — Olhe para trás. - A obedeço e sigo seu olhar, atrás de mim centenas de folhas voam pelo ar, sorrio vitoriosa. —
Dias se passam de treinamento intenso, minha rotina se baseia a treinamentos e longas noites em claro mergulhadas em estudo, estou cada dia mais exausta mas avanço bem no controle da magia, já consigo executar pequenos feitiços e já uso telecinese com facilidade, meus principais condutores de magia são ar e fogo, ainda tenho problemas no controle da água e tendo a perder o controle ao usar terra. No momento me encontro em meu quarto, estou presa em mais uma leitura incessante, hoje foi me dada uma pausa no treinamento para que fique descansada, mas continuo meus estudos tudo para que meu treinamento termine rápido, a parte teórica sempre é muito importante e por não termos muito acesso a livros de feitiços e conhecimento bruxo aprofundado me apego com afinco a tudo que consigo. — Você precisa relaxar! - A voz de Vivian interrompe minha leitura. — Não posso Vivian, estou cada vez mais perto de conseguir manipular magia com perfeição, tenho que estudar o máximo
Caminho em passos firmes, o conselho não pode se reunir sem a presença de um rei de direito, é absurdo, afrontam a coroa desta maneira. Ao entrar no salão percebo todos em meio a uma discussão acalorada, Miguel se aproxima descansando sua mão em meu ombro deixa um aperto amigável, silenciosamente me pedindo paciência, finjo uma tosse leve para mostrar que estou presente e encerrar o burburinho constante. — Digam, por que se reuniram sem a presença do rei? - Pergunta calmamente, minha voz ecoa pelas paredes. — Minha jovem princesa, o reino passa por um momento difícil, estamos sem um governante, Victor está em coma já fazem meses, estamos expostos! - Começa Lestat, pai de Laisa. — Tenho ciência dos atuais acontecimentos, mas tenho que deixar claro, meu avô é o rei, decisões devem ser tomadas por ele, em sua ausência rainha Helena assume seu papel. - Diálogo paciente. <span;>— Mas Helena não é uma vampira pura, o que mancha nossa imagem, s
6 meses depois: Ando lentamente ao quarto onde meu avô descansa, entro lentamente sentando ao seu lado, ainda desacordado, mas com menor fluxo de magia em seu sistema, minha maevtem cuidado bem de Victor neutralizando a magia, mas ainda não é o suficiente, um grande feitiço ainda mantém seu coração parado, apenas o uso de magia bruxa o fará despertar, a cada dia estou mais próxima da perfeição, agora seria um grande risco tentar romper o feitiço. — Melany, a cerimônia está para começar, vamos! - A voz de minha mãe me chama, meus olhos encontram o brilho triste dos dela, levanto-me pronta para me despedir de meu avô.— Acorde logo vovô! - Sussurra beijando sua mão fria. Segurando nas laterais de meu vestido desço a grande escadaria, todos formalmente vestidos, mas sem alegria e clima de festa, lembro-me da última vez que vesti um vestido assim, em meu aniversário, me arrepio de pavor ao lembrar do sequestro e do ataque a V