— Está louca?
Em sua voz contém dor e desprezo que desencadeia em mim novamente uma raiva adormecida a muitos anos.— Você me segue, tenta me atacar e eu sou a louca? Ora faça-me o favor, diga-me o que quer agora! - Exijo em tom firme, o máximo que posso me controlo.— O que faz aqui? Este território não é seu vampira! - O solto em um empurrão o olhando com indignação.— Que eu saiba a grande guerra acabou a um século atrás, vampiros e lobisomens são livres para transitarem por onde bem entenderem desde que não casem nos territórios. - Continuo em alerta esperando qualquer movimento de ataque, mas o único movimento que faz é para segurar os pulsos ensanguentados.— Você e sua espécie não são bem vindas aqui, Cristina enlouqueceu por aceitar isso, mas nem todos acataram seus ideais e mudanças. - Sinto meus dentes alongarem.— Veja como fala de minha avó seu pequeno idiota, ela é uma grande Alpha e faz seu papel como tal enfrentando pessoas de mentes tão pequenas como você, mas o que se esperar de um simples alfa não é mesmo, mal consegue sentir uma aura em quilômetros.— Ora sua...— Cale-se, por conta de vampiros e lobos como você que a guerra ainda espreita, poderiamos viver em paz como povos unidos, isso foi comprovado com a união das famílias reais.— E a morte deles é o reforço de nossos pensamentos. - Suas palavras duras me atingem como adagas, sinto lágrimas ardendo em meus olhos mas as seguro respirando fundo.— É DOS MEUS PAIS... que você está falando, da minha... família... - Vejo espanto em sua face como se em sua frente aparecesse uma assombração.— Você...— Não importa o que sou. Agora me diga, por que me seguia?— Você está perto das propriedades da minha família, minha alcateia, vim ver por que um vampiro ousou chegar tão perto.— Mas como pode ver errou, não sou uma vampira! - Um silêncio mortal recai sobre nós, aproveito para o observar, seu corpo forte e esguio, os cabelos bagunçados pelo vento, os olhos voltaram as cores normais, são de um castanho claro que com certeza banhado a luz do sol pequenos traços verdes seriam vistos, suas bochechas estam coradas e a respiração ofegante o vejo se recostar em um árvore.— Dói... - Me diz em respiração entre-cortada.Olho o ferimento que começa a vazar sangue preto, meu veneno, mortal para lobisomens com o menor arranhão, mortal para vampiros com minha mordida, o amparo ajudando a examinar o ferimento que começa a ficar feio.
— Não vai cicatrizar.— Mas devia, também sou um alfa.— Mas sou uma hibrida, possuo uma espécie de toxina em minhas unhas e dentes, é letal, tanto para lobisomens quanto para vampiros.— Eu vou morrer?— Não, mas você precisa me acompanhar, vou lhe ajudar!Em concordância o levo, corro o máximo que posso já que não teríamos muito tempo até o efeito total da toxina, aos poucos seu peso começa a forçar por meu corpo dificultando a caminhada mas me esforço para levá-lo, mais alguns passos e vejo a minha casa, o levo o deixando no sofá.Em meus treinos acabei aprendendo alguns truques para lidar com essa toxina que sempre me acompanhou, na cozinha de casa misturo as ervas necessárias para o antídoto, em busca de algo pontiagudo retiro o último ingrediente, meu sangue, ele não precisa saber disso, aliás salvará sua própria vida, ao ver a mistura pronta a levo a ele que suava frio o ajudo a centrar-se para que assim beba, depois de bebido limpo suas feridas as cobrindo com bandagens até que estejam cicatrizadas.— Então, tem certeza de que não vou morrer? - Sua voz ainda é um sussurro e o cansaço presente me faz rir.— Sim, pode ficar tranquilo, acho que agora você pode mudar um pouco seus pensamentos sobre vampiros correto? - o vejo rir ainda fraco.— Mas você não é completamente vampira, e obrigado, você podia ter me deixado morrer, mas me salvou, serei grato à você.— Serei uma rainha futuramente não é? Não seria muito diplomático deixar um futuro aliado morrer na floresta! - Sorrio.— Ainda não sei seu nome, sou Christian.— Melany. - Sorrio olhando em seus olhos talvez um pouco hipnotizada pela beleza do brilho escondida em sua íris.Sem notar a lua clareia a sala e me faz estremecer nos retirando do silêncio.— Já está tarde, melhor eu ir indo, minha família deve estar preocupada! - Sorrio com simpatia e o guio a saída.— Até qualquer dia Christian!— Até!O vejo sumir entre as árvores e entro para casa com os acontecimentos do dia repassando em minha mente.— Quem era? - A voz de Vivian se faz presente descendo a grande escadaria.— Alguém que conheci, por ironia do destino apenas, pequena Vivian. - Ela ri sabendo que não vai conseguir retirar muito mais de mim, não demora muito e Vivian adota sua postura cheia de seriedade, em sua voz a preocupação é palpável.— Noite de lua cheia, preparada? - A olho com pesar, meu lado lycan não me deixaria descansar, nunca.— Não, infelizmente, mas não tenho escolha.Caminhamos até o grande porão da casa que mais parecia uma masmorra, pelas grades a luz da lua era a única fonte luminosa no local arrepiando minha espinha, Vivian me ajuda com as correntes para que nenhum acidente acontecesse.Lembro de meu pai e como ele me prometeu controlar esse meu lobo monstruoso, lycans diferentes dos lupins adam sobre suas patas traseiras e seu instinto assassino é muito maior do que o de um lupim, enquanto em um lupim se mantém a razão acima do animal no lycan o animal assume e a razão é esquecida, meu pai herdou esta condição genética de meu avô Alistar, mas nele não foi desenvolvido se mantendo apenas o lobo lupim, porém em seu primeiro e único filho Carl, meu pai a condição foi desenvolvida e passada para mim, mas diferente de meu pai por algum motivo não consigo controlar e a cada lua cheia me transformo em uma grande fera de pelos brancos, não consigo lembrar de nada depois da transformação apenas da dor mortal de meus ossos se quebrando e minha pele rasgando para dar lugar a besta mortal que vive dentro de mim.Um grito estridente rasga minha garganta quando sr inicia minha transformação, a dor me faz chorar e soluçar sem lugar para escapar apenas aceito rezando aos deuses que isso acabe logo, sentindo meus membros duplicaram e minha pele rasgar, minha visão embaçada não me deixa ver muito e desmaio me deixando levar pela escuridão acolhedora e sem dor.••••Ouço barulhos ao longe mas não sei o que é, meus ouvidos doem, meu corpo inteiro está dolorido, tento me mexer e ouço o farfalhar de correntes, ainda estou no porão? Cubro meus olhos pela claridade do sol incomodar.— Ela acordou! Meu coração, como está? - A voz feminina me retira de meu torpor e sou abraçada por seu corpo, me encolho com dor sendo coberta em uma manta quente.— Vovó, senti saudades! - Seus selares em minha bochecha me aquecem e por alguns segundos volto a ser criança.— Eu também meu coração, eu também! Minha pequena guerreira! Agora vamos, não quero vê-la presa nessas correntes nem mais um segundo, por favor Vivian, me ajude, vou levá-la! - Vejo Vivian me soltar a agradeço com um sorriso leve e acompanho minha avó escada acima, ainda me sinto fraca mas faço um esforço para acompanhá-la. — Está com fome? Preparei seu café meu anjo, mas antes vou levá-la para o banho certo? - Sorrio sem questioná-la, seria inútil.— Obrigada vovó!No banheiro lavo meus cabelos e meu corpo afim de retirar qualquer impureza restante da noite passada, flashes me passam na mente mas trato de afastá-los rapidamente não querendo recordar o mínimo detalhe.Ao sair vejo a roupa que mi há avó separou para mim, um leve vestido longo branco que visto de bom grado com sandálias baixas, desço as escadas ao ouvir meu estômago roncar, e o cheiro do café da manhã posto me faz salivar.— Já está pronta? Venha tomar seu café, sente-se. - A obedeço comendo o que me foi preparado, engolindo rápido pela fome voraz que me habitava, odiava transformações. — Vejo que está com apetite. - A ouço rir.— Culpe ontem a noite, ainda sinto as dores! - Ela me olha com pena.— Você tem a força de seu pai por aguentar tal fardo minha princesa, talvez até mais forte que ele. - Sorrindo ela me confidência com tristeza.— Vovó, eu não tenho a mesma força de meu pai, ele conseguiu domar seu monstro, eu não, todas as noites de lua cheia tenho que passar por aquilo, meu pai era forte, eu não.— Minha pequena guerreira, me prometa nunca mais pensar assim, dentro de você a uma força inimaginável, e a razão pela qual você não consegue domar seu lycan é... - Cristina se interrompe como se por pouco falasse de mais.— É? Me diga vovó.— Bem... por que... você, ainda não treinou esse seu lado, sim, sua aura lycan ainda é muito instável e você não consegue usá-la a seu modo. - Ela me diz desviando o olhar, como sempre faz quando mente, mas acato suas palavras.— Sim, bem, se a senhora me diz. - Sorrindo ela muda de assunto facilmente para não tocar novamente no que falávamos.— Quero fazer uma pequena recepção de boas vindas para você minha querida! - A olho sem entender.— A senhora quer fazer uma festa? - Sorrio a olhando em negação.— Mas é claro, minha neta veio morar junto a mim, não é motivo para comemorar?— Oh sim claro, se não for algo muito grandioso. - Seu rosto de decepção é impagável.— Ora deixe isto por minha conta, farei uma celebração sim senhorita, não me negue isso! - Gargalho a abraçando. – Agora me deixe ir, tenho muito o que preparar, será neste final de semana, daqui a três dias.— Se assim deseja minha nobre rainha! - Faço uma reverência exagerada arrancando risadas doces de minha avó. — Até vovó, não demore muito para me avisar o que preparará e o que devo vestir. - Piscando para mim ela sai me deixando novamente, me levanto e ando até o quarto de Vivian que vejo pronta para sair.— Então teremos uma festa? - Ela me diz risonha.— Sim, minha avó e suas manias. Irá sair? - A questiono.— Irei encontrar com Noah. - Meu semblante se fecha rapidamente ao mencionar o nome do homem, o que não passa despercebido por Vivian.— Não comece, você sabe que eu o amo e estamos felizes juntos.
— Sim e você sabe que meu sexto sentido me avisa para não confiar nele não é?— No dia que você me dar apenas uma prova de que Noah não é confiável passo a acreditar em você, agora me deixe ir Mel, estou atrasada. - Ela se despede me beijando a bochecha e indo para a saída. Volto para meu quarto e me jogo em minha cama com um único objetivo em mente, provar a Vivian que estou certa sobre Noah.Penso por alguns segundos, me lembro como Noah chegou em nossas vidas. Em uma tarde de outono uma nova família se apresentava a corte comporta pelos pais e três filhos dentre eles uma moça sendo o filho mais novo Noah, aristocratas poderosos mas sem ligação sanguínea com nenhuma das três famílias anciãs originais ou das demais famílias conselheiras, mas sentimos de princípio que fariam de tudo para terem um lugar de prestigio na corte, ao mesmo tempo Vivian ainda namorava meu irmão Alex e do dia para noite os dois começaram discussões intermináveis, o relacionamento deles estava passando por um mar de coisas ruins, mas diferente das outras vezes onde Vivian me procurava para conversar ou à Laisa ela era acolhida por Noah que a envenenava contra Alex, não demorou muito e o relacionamento dos dois antes tão forte e duradouro se partir, alguns meses depois Vivian se uniu a Noah em um namoro sem sentido e até hoje estão juntos, muitos dizem que talvez seja por ele ter prejudicado me
Um vento frio irrompe minha janela, com frio me cubro novamente na esperança de afastá-lo e voltar ao meu descanso novamente. "Melany..." Me chama uma voz doce, Cubro meu rosto para evitar ouvir seu chamado, não irei acordar, seja quem for. "Venha comigo..." Novamente sou chamada e sentindo inutilmente a resistência de lutar por um sono que já não sinto me levanto para seguir quem me chama. Vejo um tecido branco passar pela porta do quarto e o sigo, acompanhado dele um perfume de rosas que me desperta os sentindos, qualquer sonolência ainda sentida se esvaiu como água, corro em sua direção e paro olhando ao redor, não estou em minha casa atual, mas sim minha antiga casa, a casa onde meus pais foram mortos. O desespero me toma mas tento me controlar, cheiro o ar mas seu perfume
Sinto-me tonta, meu corpo dói, tento levantar minhas mãos e tocar e marca que cresce por meu braço, mas tudo que consigo é aumentar mais ainda a dor assassina que se espalha por mim, a marca brilha e a cada movimento que faço seus padrões aumentam queimando minha pele, em minhas veias corre a magia proibida usada e sinto a dor latente, cada segundo me sinto mais fraca e prestes a desmaiar novamente, mas ouço passos, o medo me paralisa e mal consigo me mexer.Respiro fundo, um cheiro conhecido me vem as narinas e quando ouço seus passos próximos tento me acalmar, guardando minhas últimas forças clamo por ajuda. — Socorro... - Minha voz é um sussurro mas o suficiente para que a audição lupina ouça. — Melany? O que aconteceu? - Christian se abaixa onde estou me segurando, sua preocupação aparente me toca e em seus braços
Silêncio, minha rosaAcalme-se e olhe para a lua está noiteVocê vê as sombras lá?Esse mundo é cheio de sinuosos medosE fantasmas que amam assustar..." Canta a criança de cabelos vermelhos, mãos dadas comigo caminhamos em direção ao rio, cantando juntas vemos o vento bagunçar nossos cabelos. Seu toque permanece gelado.Tão gelado. — Veja Mel, um coelho! - Ela ri baixo. — O que vai fazer? Não me dando chances ela ataca o pequeno animal dilacerando sua pequena garganta. Prendo um grito de pavor ao ver seus olhos completamente negros. Tremo em meu corpo infantil, tamanho o pavor que sentia ao ver seu rosto desfigurado por uma aparência demonía
As olho firme, impacientes se sentam me olhando sem piscar. — Vamos, nos diga o que houve? - Me pergunta Laisa já apressada. As olho e respiro fundo me preparando para começar a contar. — Lembram-se dos documentos que me ajudaram a ter? - Concordam. — Quando desmaiei fui trazida para o castelo, lá atendida por Miguel o perguntei sobre minha bolsa onde guardei os tais papéis, ele me disse que a bolsa foi destruída, tudo o que acharam foram seus retalhos. As duas me olham espantadas, suas cabeças pensam e já tem a resposta, a mesma que a minha. — Esse ataque foi premeditado, eles sabiam da documentação! - Exclama Stephanie. — Sim, ele está envolvido, Noah quis matá-la, temos que preparar um contra-ataque. - Diz Laisa. — Aí que esta o maldito problema, a documentação não me dizia nada muito chamativo ou revelador, seria burrice ele ter feito isso! - A digo e me sento. — Sim, mas talvez ele pensou que descobrimos algo muito
A luz vinda de minha janela incomoda meus olhos e me praguejo por não ter fechado a janela antes de me deitar. Finalmente me dou por vencida e me levanto indo para meu banheiro. Depois de minhas necessidades matinais feitas, desço para acompanhar Vivian e me espanto ao vê-la acompanhada de Noah, o sorriso do homem me embrulha o estômago. — Bom dia! - Falo secamente. — Vejo que já está melhor, que bom que não aconteceu nada sério! - Sua voz me alcança e sinto o deboche presente em sua fala. Olho em seus olhos expelindo minha raiva em meu olhar e tudo que vejo em seus olhos azuis é malícia. — Sim, para o desgosto de alguns, permaneço viva! - Sorrio com escárnio. — Bom, se nos der licença estamos de saída, vamos Noah? - Vivian muda de assunto. — Sim, claro, vamos Vivian. Até Melany, tenha cuidado! - Sua fala me dá asco e percebo o aviso frio escondido em suas palavras. — Claro, agradeço a preocupação, mas aqueles que entra
O vejo exasperado, mas disfarça em seu sorriso fingido, o olho em fúria fria, meu semblante fechado transmite todo o ódio sentido neste momento. — Bem... - Finge uma tosse para concertar seu tom de voz e continua. — Por que está aqui? Seu avô a mandou? Me nego a tentar um acordo com você, meu interesse é conversar pessoalmente com Victor! - Gargalho alto, ironicamente o olho. — Não tem nada a se tratar com meu avô, sua conversa é comigo, maldito! Tive meus meios para conseguir isso e aqui está você, vamos, sente-se! - Em minha voz os punhais já foram lançados, o vejo me olhar desafiante mas me obedece. — Então, pequena princesa, me diga, o que deseja comigo? - Seu olhar malicioso me enoja e reviro meus olhos em desgosto. — Me diga Noah, por que estou tão curiosa? Como soube de minha pesquisa por seu passado e de sua família? Me conte, por que mandou seus fantoches me atacarem? - Ele ri. — Não sei do que está falando! — Não se faça de i
Meu avô anda em círculos em completa fúria, o que de certa forma quase me faz rir, minhas amigas se mantém caladas talvez assustadas com a aura dominante e raivosa de Victor. — Repita tudo que me disse, tem provas da traição de Noah? - Está furioso isso é óbvio e o obedeço de bom grado. — Noah Jarlath me confessou, ele está envolvido em meu acidente, assim como seu irmão Zeidan Jarlath. Zeidan participou do ataque e Noah arquitetou, agia como agente duplo entre nós e seu objetivo era tomar o poder da nossa família, vovô! - Alex se assusta com tudo e vejo seus olhos vermelhos sangue assim como de nosso avô. — Tem provas disso? - Continua e pergunta em falsa calma. — Armei uma emboscada para Noah, nossa conversa foi totalmente gravada, tenho também laudos do meu carro, junto a amostras de DNA! - Stephanie o entrega o gravador junto aos documentos. — E também tenho testemunhas, Laisa Stell, filha de uma família conselheira, Stephanie Grace, agente