Renata aos cinco anos de idade:
Já faz um tempo que eu me pergunto, sempre estou com esse colar em meu pescoço, por qual razão? Mamãe ainda não me disse, mas hoje irei insistir mais uma vez, de hoje ela não me escapa!
- Mamãe - a chamo - O que esse colar significa? - sigo correndo em direção a minha mãe, ela me pega no colo, amo quando ela faz isso, eu me sinto tão alta em seu colo, dou um beijo em sua bochecha - Me diz mamãe - faço bico para ela, seu sorriso é tão lindo e perfeito.
- Ele significa que você pertence a sua família, meu amor - ela me dá um beijo na testa e me coloca deitada na cama, me cobrindo com o lençol em seguida - Durma bem minha pequena, mamãe tem grandes planos para o seu grandioso futuro.
Eu sei o quanto mamãe tem expectativas comigo, espero nunca a decepcionar, eu ficaria muito magoada se seu lindo sorriso saísse de seu bonito rosto. Ela sai do quarto, e enquanto fecha a porta solta um beijo no ar, mas não se controla e vem em minha direção para estalar um beijo em minha bochecha, esse seu gesto me faz sorrir. Depois disso em alguns poucos segundos sinto meus olhinhos cada vez mais pesados, vou fechando bem devagarinho até que me entrego ao sono.
*Aos sete anos de idade:- Mamãe! - entro correndo dentro de casa, a procura de minha mãe - Mamãe? Onde você está? - entro dentro da cozinha.
- Estou aqui, Rê! - falainha mãe e sigo sua voz até a varanda, a encontro sentada no balanço vendo o sol se pôr, me aproximo dela e sento ao seu lado no balanço, o balanço é de cor rosa, suas correntes são pintadas de branco, e as vezes eu coloco algumas flores entre as correntes para enfeita-lo, gosto de flores, as rosas são as minhas favoritas - Como você está fedendo filha! - fala e faz careta ao terminar de falar.
- Eu trouxe isso para a senhora mamãe - dou a ela as flores que peguei na floresta - Você gostou? - pergunto animada, ela passa seu delicado dedo indicador sobre as pétalas brancas das flores, sinto meu coração acelerar um pouquinho.
- Eu amei, minha linda! - me da um beijo na bochecha - Mas, você ainda está fedendo Renata, venha! - ela se levanta do balanço e estende sua mão na minha direção - Não pense que escapará de seu banho, então, nem adiantar reclamar, vamos?
Eu não me sinto fedendo, eu gosto de brincar na lama, é divertido, também gosto de observar os animais escondida dentro dos arbustos, como sou pequena entro neles sem nenhum problema, sinto que a floresta faz parte do meu ser, amo tudo nela!
- Podemos tomar banho na cachoeira, mãe? - faço cara de coelho pidão. É tão gostosa a água de lá, e ainda posso brincar com a mamãe, certeza que nesse mundo não existe mãe melhor que a minha.
*Aos dez anos de idade:
- Vamos filha! Força! - diz minha mãe pela décima vez - Está errado, Rê! Vai ter que começar tudo de novo - nunca pensei que seria tão irritante ouvir isso.
Respiro fundo, não sei o porquê de tudo isso, passo os meus dias treinando, treinando e treinando me preparando para algo que eu não faço a menor ideia do que seja. Mas eu confio na mãe, e sei que com certeza todo esse árduo treinamento tem um objetivo, e que um dia ela irá me contar.
As vezes me sinto sozinha, sinto falta de conhecer outras crianças, deve ser divertido ter alguém além da mãe para brincar, mas nunca deixaria ela saber que sinto vontade de conhecer mais pessoas além dela.
- Hááá! Chega mãe! - digo tirando o equipamento de meu corpo - Chega, eu não quero fazer isso...- falo baixinho. - A senhora nem me diz o porquê todo santo dia eu ter que fazer esses treinos...- falo com lágrimas nos olhos, minha mãe finalmente sai de sua pose de durona e mandona, vem ao meu encontro me abraçando, me abraça forte, me permito chorar de cansaço em seus braços, meu corpo todo dói, ele ainda não se acostumou com esses treinos pesados.
- Não fica assim minha linda, mamãe te ama e você sabe disso, não é? - acaricia meus cabelos, faço movimentos para cima e para baixo com a cabeça, indicando que sim.
- Mas mãe, eu não entendo - solto um suspiro presa em seus braços - Me diz o porquê de tudo isso mamãe - a olho com meus olhos de coelho pidão.
- Certo, sente-se aqui em meu colo - caminhamos até o balanço e eu sento em seu colo - Mamãe agora irá te contar tudo, está bem, meu bem?
Faço que sim com a cabeça, sinto meu coração mais aliviado, finalmente irei saber de toda a verdade, irei saber o motivo de tantos treinos.
- A algum tempo atrás, pessoas malvadas machucaram mamãe, mataram seus avós, meus pais, e depois mataram seu papai - sinto a tristeza exposta em cada palavra proferida em sua boca.
- Meu papai do coração como a senhora? - antes eu não sabia o que ela queria dizer quando se referia assim, mas hoje eu já sei, e mesmo ela não sendo minha mãe de verdade, é só mais um motivo para eu ama-la cada dia mais.
- Sim amor, essas pessoas tiraram tudo o que mamãe tinha, a deixando sem nada, a mercê da sorte, fizeram tanto mal para a mamãe que até hoje as feridas que mamãe carrega doem e sangram durante as noites frias - lágrimas saem dos olhos dela e eu as limpos com meu polegar, me parte o coração vê-la assim - Eu estava tão triste, me sentindo tão sozinha, sem esperança, mas, um dia eu encontrei a coisa mais linda do mundo - diz sorrindo para mim, seu sorriso mais uma vez me aquece o coração.
- Essa coisa sou eu, né mãe?- pergunto sorrindo para ela também.
- Sim princesa, é você. Uma esperança se ascendeu em meu coração, não estava mais sozinha no mundo, mas mamãe precisa de sua ajuda - ela faz um carinho no dorso de minhas mãos.
- Pode falar mãe, eu prometo que farei tudo pela senhora - digo sorrindo para minha linda mãe.
Ela tem cabelos tão lindos, vermelhos como o fogo, seus cachos soltos sempre em perfeita arrumação, nunca a vi desarrumada, ela sempre está linda, seus olhos azuis fazem um contraste perfeito com sua pele branca, sem nenhuma mancha para estraga-la.
- Que bom princesa, mamãe precisa de sua ajuda para se vingar das pessoas que fizeram mal para mamãe, você vai me ajudar? - suas mãos são frias, mas sinto em meu ser, que seu carinho é o mais caloroso do mundo... Será que todas as pessoas são assim? Será que também tenho a pele gelada, mas como sou eu mesma me tocando a sinto quente? tenho tantas dúvidas...
- Sim mãe! - afirmo decidida - Todos os que te fizeram mal vão pagar - digo firme, seguro em suas mãos e beijo os dorsos delas. A mãe sorri com meu gesto de carinho, então ela chega mais perto e beija a minha testa, me sinto tão feliz, agora ela não precisa carregar um fardo tão pesado sozinha, estou aqui para ela.
Desço de seu colo e volto para a área de treinos, coloco de volta todos os equipamento e inicio novamente a sequência, o sol ainda está muito longe de se pôr, darei o meu melhor para ser forte o suficiente por minha mãe.
Pássaros cantam, me despertando em mais uma manhã, me espreguiço na cama e em um pulo de coragem levanto, caminho a passos preguiçosos e me aproximo da janela onde toda manhã observo o nascer do sol. Amo observar a cor alaranjada que reflete nas nuvens nesse horário, junto com o verde das grandes árvores que arrodeia minha casa e o cheirinho de terra molhada por causa do orvalho. Para mim, essa é uma das cenas mais lindas de se ver pela manhã e o cheirinho mais gostoso de se sentir, me sinto inspirada ao acordar e ver isso, uma motivação, mais um recomeço. O som dos pássaros cantando é tão bom que por breves momentos me deixo levar para um lugar chamado paz, paz que sinto toda manha ao acorda assim. Sem me preocupar com meus afazeres, apesar de não serem muitos dentro de casa, fazer todo dia, as mesmas coisas, é repetitivo e cansativo, não tenho celular e nenhum meio tecnológico, minha mãe tem um celular, ele tem vários botões e bastantes joguinhos que na minha infância eu achava o má
ScarlletSim! Isso é estranho, mas convenhamos que sua mãe biológica só teve sua primeira transformação aos 16 anos. De certa forma tenho um ano pra fazer tudo o que está em minha mente, por minha filha não ter se transformado aos doze anos, terei que mudar drasticamente meus planos.Como os meus planos iniciantes foram por água abaixo por causa de sua genética, irei bolar outro.Bom, tenho que arranjar um jeito de colocá-la dentro da alcateia de meus inimigos para assim ela poder se aproximar deles e então quando conseguir a confiança de todos para acabar com aquela familiazinha de merda, ah Lina irei acabar com você através de sua própria cria.Mas como irei fazer iss
- Droga! - Exclamo frustrada pela quinta vez. Desde que eu comecei com essa bendita jornada estou a quase um dia inteiro caminhando. O sol está em seu ponto mais alto, então presumo já ser meio-dia ou mais conhecido como horário de almoço e eu ainda não parei para comer. Acho que por causa da adrenalina de estar em uma missão, até esse momento não sinto fome, mas sinto dor. -Aí! - grito ao sentir uma pedra solta ralar a minha mãe e me fazer perder o equilíbrio. Sinto o impacto de cada pedra contra o meu corpo, com certeza ficarei roxa. - Merda! - Xingo revoltada enquanto observo com desgosto o caminho que terei que percorrer novamente. Olho para o meu corpo e vejo que minha calça já está rasgada por causa das diversas vezes que rolei nessa montanha de pedras. Meus braços estão protegidos pela minha jaqueta de couro super resistente, mas mesmo assim meus músculos sentem o impacto da queda e tudo o que veio depois. Conto até dez mentalmente e respiro fundo, meu corpo treme pela dor
Sinto o suor escorrer pela minha testa e findar em meu queixo, estou a quase cinco horas seguidas cortando lenha para o fogão e a fogueira que faço em noites de frio, parece que vem uma frente fria por aí.Andei pelo mundo inteiro procurando um lar para morar, vaguei do norte ao sul, do leste ao oeste, conheci diversas cidades com culturas variadas, mas em nenhum lugar me sentir em casa até que encontrei esse lugar no topo da montanha Miragem, sua subida é muito perigosa pois a mesma é coberta por pedra em todos os seus lados, mas quando se chega ao topo a vista faz jus ao nome e faz com que fiquemos felizes por enfrentar o perigo de subir-lá, a vista daqui de cima é tão incrível... Daí o nome da montanha.Ao pé da montanha se encontra o rio Deivis, que ganhou esse nome, pois o
RenataO que é isso?Hum... Parece som de pássaros. Que delícia! É tão bom acordar ouvindo o som do canto dos pássaros pela manhã, me faz lembrar de casa.Me remexo na cama e não reconheço onde me encontro. Abro meus olhos e não reconheço esse teto que estou a olhar. Levanto da cama.-Aí! Droga! - Murmuro olhando para meu pé que foi acertado por algum tipo de livro.Ergo meu pé e com as mãos faço uma leve massagem no antes de pegar o livro. Ao ler seu título ADEUS À HUMANIDADE&nbs
Lucca- O que foi? - Debocha de mim Edgar filho do Alpha Logan e sua companheira filha do antigo alpha, Melanie. - O lobo comeu sua língua? Ah! Esqueci que você não tem lobo.Edgar riu junto com sua turma: Lola, Deivid, Leandro, Megan e Melanie.Me afasto deles, todos me odeiam, mesmo eu sendo filho dos supremos alphas eles não me respeitam. Eu nunca contei para meus pais, para não rirem ainda mais da minha cara, me chamam de filhinho de supremo fajuto. Insinuam que eu junto com meu irmão fomos encontrados na floresta e por sentirem pena de nosso estado os supremos resolveram nos adotar, são todos idiotas, tenho vontade de sumir quando as insinuações começam.Agora, o que eu acho mais engraçado é que ninguém faz bullying com Luan Raphael, mas também, como abusar dele? Ele, mesmo não tendo se transformado assim como eu, é um dos m
Nicollas- Calma minha loba - faço carinho na testa de Lina - Não fique assim.Ela levanta a cabeça do meu peito e nos encaramos, posso sentir através da nossa ligação o quão incomodada e inquieta ela está.- Nick, eu sinto que algo vai acontecer. Sabe, eu estou sentindo uma euforia, mas também estou sentindo um aperto estranho no coração - Ela desvia o olhar e volta a se deitar em meu peito - Eu sinto que está pra acontecer algo importante que vai mudar as nossas vidas, mas não sei o que é. E tenho medo disso não sei se é algo bom ou ruim - me abraça forte, beijo o topo de sua cabeça e com minha mão direita faço carinho em suas costas.Sei como dev
Lina adentra o quarto com as roupas em mãos, ela tem um olhar meigo e triste, por que será?- Aqui Lena - ela estende a mão com uma peça de roupa - Tem uma camisola pra você vestir agora a noite, uma calça jeans e uma regata preta pra se trocar amanhã pra gente poder conversar tranquilos com você descansada.- Obrigado senhora - pego as roupas de suas mãos e dou um sorriso de lado, seus olhos se arregalam de leve mais antes que eu possa perguntar algo ela se recompõe, o meu sorriso logo morre ao ouvir meu estômago fazer um barulho horrível denunciando que já estou a um bom tempo sem ingerir alimento me deixando extremamente envergonhada, sinto minhas bochechas esquentarem.- Por favor, me chame apenas de Lina - ela pede e balanço a cabeça assentindo - Quando acabar com o banho te trarei uma refeição bem gostosa - ela pisca para mim.- Obrigada e me desculpe pelo incômodo de ter que abrigar uma estranha em sua casa,