Lina adentra o quarto com as roupas em mãos, ela tem um olhar meigo e triste, por que será?
- Aqui Lena - ela estende a mão com uma peça de roupa - Tem uma camisola pra você vestir agora a noite, uma calça jeans e uma regata preta pra se trocar amanhã pra gente poder conversar tranquilos com você descansada.
- Obrigado senhora - pego as roupas de suas mãos e dou um sorriso de lado, seus olhos se arregalam de leve mais antes que eu possa perguntar algo ela se recompõe, o meu sorriso logo morre ao ouvir meu estômago fazer um barulho horrível denunciando que já estou a um bom tempo sem ingerir alimento me deixando extremamente envergonhada, sinto minhas bochechas esquentarem.
- Por favor, me chame apenas de Lina - ela pede e balanço a cabeça assentindo - Quando acabar com o banho te trarei uma refeição bem gostosa - ela pisca para mim.
- Obrigada e me desculpe pelo incômodo de ter que abrigar uma estranha em sua casa,
( Renata )Acordo com a claridade do dia invadindo o quarto, me espreguiço e permaneço deitada. Dormi a noite toda e meus músculos estão tão relaxados que só posso agradecer a cama confortável. Respiro fundo e meus pensamentos divagam até a minha mãe.Mamãe, eu consegui chegar até as pessoas que te fizeram mal, consegui me infiltrar na casa de sua inimiga, Lina.E bom, lá é exatamente como a senhora falou, tem um rosto sereno, bonito e um sorriso calmo, combinação perfeita para uma falsa.Eu queria poder te ver, essa distância toda me deixa com muita saudade, também não sou acostumada a ficar longe da senhora, essa é a primeira vez que me vejo literalmente sozinha em uma missão, no meio de estranhos e pior, estranhos do mal. Não vejo a hora de poder te ajudar a se vingar dessas pessoas e finalmente voltar pra casa e te contar sobre toda a trajetória que percorri.E contar também sobre o belo homem que encontrei nas montanhas. Deniel,
(Lucca) Mais um dia nessa escola, mais um dia ouvindo sempre as mesmas piadinhas. Por quê eu não posso ser que nem o meu irmão? E faze-los me respeitar nem que fosse na base da porrada, queria poder ficar sem ouvir essas ofensas, elas doem na alma. Eu sei que sou o futuro Beta e deveria impor respeito, mas não consigo, sou um fraco.Bom mesmo seria não ter que vim mais para academia e não ter esses insuportaveis no meu pé, porém tenho alguns motivos para vim todos os dias. Primeiro, meus pais me matariam se eu não viesse. Segundo, eu quero mostrar que eu sou sim um lobo e que a minha hora vai chegar assim como a de todos e então poderei provar que serei um bom guerreiro, sou o futuro Beta. Terceiro, mas não menos importante, ao menos na academia é o local onde posso passar mais tempo admirando a garota mais linda do mundo!Isabella, meu amor
(Renata)Meus pés doem muito, nunca me imaginei fazendo compras, e essa mulher gastou dinheiro à beça comigo, mesmo eu sendo uma total estranha pra ela, mas enfim, fico feliz que ela tenha simpatizado comigo assim fica mais fácil fazer o que mamãe me mandou fazer, pois não falharei! Trarei a vingança para ela e principalmente serei seu maior orgulho.Deito de costas pra cama e olho para o telhado, agora já é mais ou menos umas três horas da tarde, sinto minha barriga dar sinal de vida, mas não vou me levantar, Lina já foi buscar um lanche e vou aguardar o seu retorno. Aos pés da cama se encontra varias e varias sacolas de diversas lojas e marcas, contendo vários tipos de roupas e sapatos, sinceramente não vejo necessidade de nada disso, é bastante cois
(Renata)A claridade da luz do dia invade as minhas pálpebras me forçando a acordar, cubro a cabeça com o travesseiro para ter mais alguns segundinhos de sono. Não funciona, bocejo e me levanto ficando sentada na cama, olho o sol em toda sua beleza no céu azul pela janela de vidro do quarto, na qual eu esqueci de cobrir com a cortina na noite anterior. Nota mental: lembrar de abaixar as cortinas hoje a noite.Mais um dia se inicia, mais um dia longe de tudo o que eu conheço e pior, mais um dia dentro de uma casa com pessoas que são minhas inimigas, elas não sabem que são, mas logo logo irão saber e sentir a fúria da minha mãe. Só preciso de um ano, esse foi o prazo que ganhei para conquistar toda a confiança dessas pessoas e em um ano todo esse teatrinho vai acabar, então eu e minha mãe viveremos f
Depois de me despedir de Lina sigo os meninos para fora da casa, fazemos todo o percurso em silêncio. Não é tão longe da mansão dos supremos, vamos caminhando calmamente.- Já está cansada, Lena? - Rapha pergunta risonho.- Não - respondo dando de ombros - Posso andar quilômetros que não me cansarei.- Claro - debocha e reviro os olhos - Se você quiser amanhã podemos ir de carro, vamos a pé porque gostamos de caminhar para apreciar essa visão magnífica - fala abrindo os braços mostrando a floresta.- Fale por você - Lucca faz uma careta - Só vou andando porque me obriga, por mim iríamos sempre na comodidade de um carro.- Nossos pais não nos deixam dirigir - Rapha lembra o irmão - Quer chegar todos os dias na companhia do papai ou da mam&a
(Renata)Acho que usei mais força do que deveria, ele não deveria ter se distraído, em uma luta precisamos estar atentos a todos os movimentos do adversário. Olho para o tal do Edgar debochando ao meu lado e a raiva ferve no meu sangue. Ele vai ver agora como um nada luta!- Se você acha mesmo que sou um nada, então venha aqui e me enfrente, se garante mesmo a calça que veste - digo em alto e claro o desafiando, quero só ver esse mimadinho me derrotar.- Lena - Lucca me chama - Não - pede com preocupação estampada em seus olhos.- Não quero te machucar, docinho - ele pisca um olho para mim.- Está com medo? - alfineto e vejo seu semblante se transformar.- Se não tem medo de se machucar - fala com a voz carregada de raiva - Então eu Edgar, filho do alpha aceito seu desafio, sua nada desgraçada.- Não quero saber de quem é fi
- A culpa foi minha - falo após respirar fundo e Lina me encara por alguns instantes.- Amanhã eu resolvo isso - responde por fim e decido não contestar, solto o ar preso em meus pulmões pela boca numa clara demonstração de alívio.Subo diretamente para o meu quarto e só saio de lá para jantar, enquanto todos conversam ao redor da mesa eu falo o mínimo possível e como rápido voltando ligeiramente para o quarto quando já estou saciada.A claridade do dia invade as minhas pálpebras, e abro os olhos preguiçosamente, não conseguir pregar o olho por boa parte da noite. Corro risco de todo o plano ir por água abaixo por conta daquele imbecil do Edgar, suspiro temerosa, espero que eles não me expulsem daqui por eu ter derrotado aquele idiota e pior o humilhando na frente de todos, talvez eles vejam como uma afronta da minha parte. Sinto minha cabeça latejar, se eu falhar minha mãe vai ficar chateada e não a quero ver triste, es
(Lina)Estou deitada em meu quarto, depois do ocorrido na academia com a Lena e os demais, não consigo tirar da mente a sensação boa que foi sentir o toque daquela garota na minha cabeça, queria poder sentir de novo. Tem sido tão difícil para mim todos esses anos sem a minha filha, sem poder ver seus primeiros passos, seu primeiros dentinhos nascerem, o som de seu choro, longos quinze anos carregando essa tristeza no meu peito, a saudade que sinto está me matando aos poucos a cada dia que passa, porém preciso ser forte pelos meus outros dois filhotes, mas um filho não substitui o outro.- Lina, meu amor!- Nicollas adentra o quarto e senta ao meu lado na cama - Como foi lá na academia? - questiona curioso.- Aconteceu uma coisa estranha - respiro fundo - Antes que eu pudesse ir para a academia sentir uma agonia estranha, um aperto no peito e até a minha loba ficou inquieta - paro um momento para olhar para ele e o