(Renata)
A claridade da luz do dia invade as minhas pálpebras me forçando a acordar, cubro a cabeça com o travesseiro para ter mais alguns segundinhos de sono. Não funciona, bocejo e me levanto ficando sentada na cama, olho o sol em toda sua beleza no céu azul pela janela de vidro do quarto, na qual eu esqueci de cobrir com a cortina na noite anterior. Nota mental: lembrar de abaixar as cortinas hoje a noite.
Mais um dia se inicia, mais um dia longe de tudo o que eu conheço e pior, mais um dia dentro de uma casa com pessoas que são minhas inimigas, elas não sabem que são, mas logo logo irão saber e sentir a fúria da minha mãe. Só preciso de um ano, esse foi o prazo que ganhei para conquistar toda a confiança dessas pessoas e em um ano todo esse teatrinho vai acabar, então eu e minha mãe viveremos f
Depois de me despedir de Lina sigo os meninos para fora da casa, fazemos todo o percurso em silêncio. Não é tão longe da mansão dos supremos, vamos caminhando calmamente.- Já está cansada, Lena? - Rapha pergunta risonho.- Não - respondo dando de ombros - Posso andar quilômetros que não me cansarei.- Claro - debocha e reviro os olhos - Se você quiser amanhã podemos ir de carro, vamos a pé porque gostamos de caminhar para apreciar essa visão magnífica - fala abrindo os braços mostrando a floresta.- Fale por você - Lucca faz uma careta - Só vou andando porque me obriga, por mim iríamos sempre na comodidade de um carro.- Nossos pais não nos deixam dirigir - Rapha lembra o irmão - Quer chegar todos os dias na companhia do papai ou da mam&a
(Renata)Acho que usei mais força do que deveria, ele não deveria ter se distraído, em uma luta precisamos estar atentos a todos os movimentos do adversário. Olho para o tal do Edgar debochando ao meu lado e a raiva ferve no meu sangue. Ele vai ver agora como um nada luta!- Se você acha mesmo que sou um nada, então venha aqui e me enfrente, se garante mesmo a calça que veste - digo em alto e claro o desafiando, quero só ver esse mimadinho me derrotar.- Lena - Lucca me chama - Não - pede com preocupação estampada em seus olhos.- Não quero te machucar, docinho - ele pisca um olho para mim.- Está com medo? - alfineto e vejo seu semblante se transformar.- Se não tem medo de se machucar - fala com a voz carregada de raiva - Então eu Edgar, filho do alpha aceito seu desafio, sua nada desgraçada.- Não quero saber de quem é fi
- A culpa foi minha - falo após respirar fundo e Lina me encara por alguns instantes.- Amanhã eu resolvo isso - responde por fim e decido não contestar, solto o ar preso em meus pulmões pela boca numa clara demonstração de alívio.Subo diretamente para o meu quarto e só saio de lá para jantar, enquanto todos conversam ao redor da mesa eu falo o mínimo possível e como rápido voltando ligeiramente para o quarto quando já estou saciada.A claridade do dia invade as minhas pálpebras, e abro os olhos preguiçosamente, não conseguir pregar o olho por boa parte da noite. Corro risco de todo o plano ir por água abaixo por conta daquele imbecil do Edgar, suspiro temerosa, espero que eles não me expulsem daqui por eu ter derrotado aquele idiota e pior o humilhando na frente de todos, talvez eles vejam como uma afronta da minha parte. Sinto minha cabeça latejar, se eu falhar minha mãe vai ficar chateada e não a quero ver triste, es
(Lina)Estou deitada em meu quarto, depois do ocorrido na academia com a Lena e os demais, não consigo tirar da mente a sensação boa que foi sentir o toque daquela garota na minha cabeça, queria poder sentir de novo. Tem sido tão difícil para mim todos esses anos sem a minha filha, sem poder ver seus primeiros passos, seu primeiros dentinhos nascerem, o som de seu choro, longos quinze anos carregando essa tristeza no meu peito, a saudade que sinto está me matando aos poucos a cada dia que passa, porém preciso ser forte pelos meus outros dois filhotes, mas um filho não substitui o outro.- Lina, meu amor!- Nicollas adentra o quarto e senta ao meu lado na cama - Como foi lá na academia? - questiona curioso.- Aconteceu uma coisa estranha - respiro fundo - Antes que eu pudesse ir para a academia sentir uma agonia estranha, um aperto no peito e até a minha loba ficou inquieta - paro um momento para olhar para ele e o
(Lúcia )- Ai está você - falo me sentando ao lado de Isabella que está deitada em baixo de um árvore.- Por que não está com Luan? - pergunta se sentando e me encarando.- Ele foi para casa, disse que ia treinar com a Lena - exclareço - Imagino que o Lucca também vá - falo olhando para as flores de um pequeno jardim perto da academia.- Espero que com esse treino o Lucca fique melhor nas lutas e pare de ser um coitadinho - fala revoltada - Não me conformo que ele aceita as criticas e provocações, ele é o futuro beta supremo, precisa impor respeito. Se não for por admiração que seja por medo.- Eu também espero que ele se saia melhor nas aulas depois desses treinos com a Lena, mas nem tudo se resolve com violencia - pondero.- Nesse cas
( Luan Raphael)Ontem foi um dia bastante proveitoso, meu irmão finalmente aceitou treinar para desenvolver habilidades com a luta, ele é um excelente aluno em termos teoricos, faltava apenas a tecnica. Lena é uma ótima instrutora e isso ajudou muito, aprendi bastante com suas valiosas dicas e Lucca mais ainda, fiquei muito orgulhoso dele, sei que é capaz e forte.Parece que ele finalmente está se dando conta disso pois prometeu impor respeito a todo custo naqueles que teimam em humilha-lo, está no caminho certo embora ainda não tenha conseguido me derrubar ele defendeu bem os meus golpes.Como hoje é sábado, não tem aula na academia porem mais tarde tem treino na floresta, e ainda bem que eles deixaram para ser de tarde, estou cansado e com muita preguiça mas preciso conversar algo sério com o meu pai, algo que vem inc
( Nicollas )Me aproximo da enorme janela de vidro do meu escritório e bufo frustrado, pois por mais que eu me esforce não consigo digerir direito a ideia de uma ômega ser a futura Luna da alcateia. Lina sempre me pediu mais empatia por essa classe e convivendo com seus amigos aprendi a reséita-los mas isso não muda o fato que eles são seres fracos por natureza e só de imaginar uma ômega sendo companheira do meu herdeiro sinto raiva, indignação, frustração. Santa Lua, por que brinca tanto comigo?Respiro fundo e rezo para que seja apenas uma paixonite adolescente, espero que a companheira de Luan seja uma sangue azul para assim continuar a linhagem de sangues puros na supremacia da alcateia.- Nicolas? - saio dos meus devaneios ao ouvir Lina me chamar.- Oi, querida - falo sem muito ânimo.Ela entra na minha sala e fecha a porta atrás de si, caminha para perto de mim e me faz sentar na minha cadeira
( Deniel)Respiro fundo ao observar Scarllet sair apressada da minha casa, já se passaram tantos anos e ela ainda nutre sentimentos por mim, no fundo eu sempre soube que ela era apaixonada mas pensei que depois de todo esse tempo ela teria seguido em frente. Mas percebi que causei um profundo estrago nela quando me apaixonei por Lina, embora hoje eu saiba que nunca foi amor ou paixão, na verdade eu estava apenas admirado pela beleza, inocencia, carisma e convicção sobre seus ideiais, essas coisas me fizeram lembrar da minha falecida esposa.Meu casamento não foi por amor, de inicio foi arranjado, eu sei que não eramos almas gemeas, na verdade eu nunca encontrei a minha, mas com o tempo eu aprendi a amar a minha falecida esposa, ela me fazia feliz apesar de não me sentir completo, no fundo do meu coração eu não me sentia realizado, mas o fato dela aceitar que nunca iria conhecer a sua alma gemea assim como eu, porque os nossos pais tinham outros plan