(Renata)
Meus pés doem muito, nunca me imaginei fazendo compras, e essa mulher gastou dinheiro à beça comigo, mesmo eu sendo uma total estranha pra ela, mas enfim, fico feliz que ela tenha simpatizado comigo assim fica mais fácil fazer o que mamãe me mandou fazer, pois não falharei! Trarei a vingança para ela e principalmente serei seu maior orgulho.
Deito de costas pra cama e olho para o telhado, agora já é mais ou menos umas três horas da tarde, sinto minha barriga dar sinal de vida, mas não vou me levantar, Lina já foi buscar um lanche e vou aguardar o seu retorno. Aos pés da cama se encontra varias e varias sacolas de diversas lojas e marcas, contendo vários tipos de roupas e sapatos, sinceramente não vejo necessidade de nada disso, é bastante cois
(Renata)A claridade da luz do dia invade as minhas pálpebras me forçando a acordar, cubro a cabeça com o travesseiro para ter mais alguns segundinhos de sono. Não funciona, bocejo e me levanto ficando sentada na cama, olho o sol em toda sua beleza no céu azul pela janela de vidro do quarto, na qual eu esqueci de cobrir com a cortina na noite anterior. Nota mental: lembrar de abaixar as cortinas hoje a noite.Mais um dia se inicia, mais um dia longe de tudo o que eu conheço e pior, mais um dia dentro de uma casa com pessoas que são minhas inimigas, elas não sabem que são, mas logo logo irão saber e sentir a fúria da minha mãe. Só preciso de um ano, esse foi o prazo que ganhei para conquistar toda a confiança dessas pessoas e em um ano todo esse teatrinho vai acabar, então eu e minha mãe viveremos f
Depois de me despedir de Lina sigo os meninos para fora da casa, fazemos todo o percurso em silêncio. Não é tão longe da mansão dos supremos, vamos caminhando calmamente.- Já está cansada, Lena? - Rapha pergunta risonho.- Não - respondo dando de ombros - Posso andar quilômetros que não me cansarei.- Claro - debocha e reviro os olhos - Se você quiser amanhã podemos ir de carro, vamos a pé porque gostamos de caminhar para apreciar essa visão magnífica - fala abrindo os braços mostrando a floresta.- Fale por você - Lucca faz uma careta - Só vou andando porque me obriga, por mim iríamos sempre na comodidade de um carro.- Nossos pais não nos deixam dirigir - Rapha lembra o irmão - Quer chegar todos os dias na companhia do papai ou da mam&a
(Renata)Acho que usei mais força do que deveria, ele não deveria ter se distraído, em uma luta precisamos estar atentos a todos os movimentos do adversário. Olho para o tal do Edgar debochando ao meu lado e a raiva ferve no meu sangue. Ele vai ver agora como um nada luta!- Se você acha mesmo que sou um nada, então venha aqui e me enfrente, se garante mesmo a calça que veste - digo em alto e claro o desafiando, quero só ver esse mimadinho me derrotar.- Lena - Lucca me chama - Não - pede com preocupação estampada em seus olhos.- Não quero te machucar, docinho - ele pisca um olho para mim.- Está com medo? - alfineto e vejo seu semblante se transformar.- Se não tem medo de se machucar - fala com a voz carregada de raiva - Então eu Edgar, filho do alpha aceito seu desafio, sua nada desgraçada.- Não quero saber de quem é fi
- A culpa foi minha - falo após respirar fundo e Lina me encara por alguns instantes.- Amanhã eu resolvo isso - responde por fim e decido não contestar, solto o ar preso em meus pulmões pela boca numa clara demonstração de alívio.Subo diretamente para o meu quarto e só saio de lá para jantar, enquanto todos conversam ao redor da mesa eu falo o mínimo possível e como rápido voltando ligeiramente para o quarto quando já estou saciada.A claridade do dia invade as minhas pálpebras, e abro os olhos preguiçosamente, não conseguir pregar o olho por boa parte da noite. Corro risco de todo o plano ir por água abaixo por conta daquele imbecil do Edgar, suspiro temerosa, espero que eles não me expulsem daqui por eu ter derrotado aquele idiota e pior o humilhando na frente de todos, talvez eles vejam como uma afronta da minha parte. Sinto minha cabeça latejar, se eu falhar minha mãe vai ficar chateada e não a quero ver triste, es
(Lina)Estou deitada em meu quarto, depois do ocorrido na academia com a Lena e os demais, não consigo tirar da mente a sensação boa que foi sentir o toque daquela garota na minha cabeça, queria poder sentir de novo. Tem sido tão difícil para mim todos esses anos sem a minha filha, sem poder ver seus primeiros passos, seu primeiros dentinhos nascerem, o som de seu choro, longos quinze anos carregando essa tristeza no meu peito, a saudade que sinto está me matando aos poucos a cada dia que passa, porém preciso ser forte pelos meus outros dois filhotes, mas um filho não substitui o outro.- Lina, meu amor!- Nicollas adentra o quarto e senta ao meu lado na cama - Como foi lá na academia? - questiona curioso.- Aconteceu uma coisa estranha - respiro fundo - Antes que eu pudesse ir para a academia sentir uma agonia estranha, um aperto no peito e até a minha loba ficou inquieta - paro um momento para olhar para ele e o
(Lúcia )- Ai está você - falo me sentando ao lado de Isabella que está deitada em baixo de um árvore.- Por que não está com Luan? - pergunta se sentando e me encarando.- Ele foi para casa, disse que ia treinar com a Lena - exclareço - Imagino que o Lucca também vá - falo olhando para as flores de um pequeno jardim perto da academia.- Espero que com esse treino o Lucca fique melhor nas lutas e pare de ser um coitadinho - fala revoltada - Não me conformo que ele aceita as criticas e provocações, ele é o futuro beta supremo, precisa impor respeito. Se não for por admiração que seja por medo.- Eu também espero que ele se saia melhor nas aulas depois desses treinos com a Lena, mas nem tudo se resolve com violencia - pondero.- Nesse cas
( Luan Raphael)Ontem foi um dia bastante proveitoso, meu irmão finalmente aceitou treinar para desenvolver habilidades com a luta, ele é um excelente aluno em termos teoricos, faltava apenas a tecnica. Lena é uma ótima instrutora e isso ajudou muito, aprendi bastante com suas valiosas dicas e Lucca mais ainda, fiquei muito orgulhoso dele, sei que é capaz e forte.Parece que ele finalmente está se dando conta disso pois prometeu impor respeito a todo custo naqueles que teimam em humilha-lo, está no caminho certo embora ainda não tenha conseguido me derrubar ele defendeu bem os meus golpes.Como hoje é sábado, não tem aula na academia porem mais tarde tem treino na floresta, e ainda bem que eles deixaram para ser de tarde, estou cansado e com muita preguiça mas preciso conversar algo sério com o meu pai, algo que vem inc
( Nicollas )Me aproximo da enorme janela de vidro do meu escritório e bufo frustrado, pois por mais que eu me esforce não consigo digerir direito a ideia de uma ômega ser a futura Luna da alcateia. Lina sempre me pediu mais empatia por essa classe e convivendo com seus amigos aprendi a reséita-los mas isso não muda o fato que eles são seres fracos por natureza e só de imaginar uma ômega sendo companheira do meu herdeiro sinto raiva, indignação, frustração. Santa Lua, por que brinca tanto comigo?Respiro fundo e rezo para que seja apenas uma paixonite adolescente, espero que a companheira de Luan seja uma sangue azul para assim continuar a linhagem de sangues puros na supremacia da alcateia.- Nicolas? - saio dos meus devaneios ao ouvir Lina me chamar.- Oi, querida - falo sem muito ânimo.Ela entra na minha sala e fecha a porta atrás de si, caminha para perto de mim e me faz sentar na minha cadeira