>ELIZABETH<
Sai do apartamento de Bianca, mas parei no corredor do prédio por um momento, respirando fundo antes de apertar o botão do elevador. Meu coração batia acelerado, minhas mãos apertavam a clutch como se fosse uma âncora para conter o nervosismo. Desde o momento em que aceitei o convite de Patrício, sabia que essa noite seria diferente de tudo o que já vivi.- Ok, Liz. Ele já te viu em tantas situações no escritório, e fora dele também. - Reprimi um sorriso quando me lembrei da noite que passamos juntos - Ele conhece a profissional, mas hoje... hoje é sobre a mulher. Seja você mesma. E pare de pensar que ele pode se arrepender.O som do elevador chegando me trouxe de volta à realidade. Conforme descia os andares, olhei para o meu reflexo no espelho. O vestido preto que Bianca lhe deu era perfeito – elegante e sensual na medida certa. Realmente combinavam comigo. Meus cachos estavam bem definidos, volumosos do jeito que eu gostava.Será que Patrício vai>ELIZABETHEu segurei o buquê com mais força e deixei que aquele pensamento confortasse meu coração, eu poderia quebrar a cara em algum momento, mas o que custa a sonhar? Afinal, era o começo de algo novo. Algo que poderia mudar tudo.Chegamos ao restaurante alguns minutos depois, e era diferente de qualquer lugar onde eu já havia estado. As luzes eram suaves, com lustres que pendiam do teto como se fossem estrelas brilhando em um céu artificial. Cada mesa era cuidadosamente arrumada com toalhas de linho, velas acesas e flores frescas. Uma música suave de piano tocava ao fundo, preenchendo o ambiente com um ar de sofisticação.Entrei com Patrício ao meu lado, ele me guiou até uma mesa reservada em um canto mais reservado. Enquanto caminhamos, eu mal podia acreditar no ambiente ao meu redor. O piso de mármore brilhava, e os garçons pareciam deslizar pelo salão, impecáveis em seus trajes.O lugar é... incrível. Tão fora da minha realidade. Será que estou exageran
>ELIZABETHNo entanto, tudo mudou quando aquela mulher com cabelos loiros perfeitamente penteados e um vestido vermelho chamativo, parou ao lado da mesa deles.Aurora.- Patrício? Não acredito! Achei que você havia dito que está sem tempo para sair - Aurora falou olhando entre mim e PatrícioCongelei. Consegui perceber o breve momento de irritação contida no rosto de Patrício antes de ele se levantar, sempre educado.- Aurora. Que surpresa você por aqui - Patrício estava claramente desconfortável Aurora sorriu, aquele tipo de sorriso que parecia ensaiado, e tocou o braço dele de forma casual, mas íntima o suficiente para me fazer apertar os talheres com mais força.- Pois é, baby. Não sabia que você costumava trabalhar até essa hora? Quer dizer, você está aqui com sua secretária, né? Só pode ser a trabalho? Não é possível que tenha outro motivo - Aurora falou me olhando de cima a baixoPatrício me lançou um olhar breve de desculpas antes de res
>ELIZABETHPatrício sempre tinha um jeito de dizer exatamente o que eu precisava ouvir. Respirei fundo, relaxando um pouco.E, com isso, a tensão existente entre a gente se dissipou. Continuamos o jantar, agora ainda mais conectados, deixando Aurora para lá.Ainda segurava o buquê que Patrício me deu no início da noite enquanto caminhamos lado a lado até o carro.A brisa da noite era fresca, carregando o som distante da cidade, mas tudo parecia mais tranquilo agora, como se o mundo lá fora não importasse tanto. Nós terminamos o jantar em um clima de leveza, rindo de histórias do trabalho e conversando sobre gostos e sonhos que nunca tínhamos compartilhado antes.Patrício abriu a porta do carro para mim novamente, entrei com um sorriso pequeno, ainda sentindo os gestos que ele havia compartilhado comigo no restaurante ecoando na mente. Quando ele deu a volta e entrou no lado do motorista, o silêncio entre nós era confortável, quase íntimo.- Foi uma ótim
>ELIZABETHO hotel que Patrício escolheu era deslumbrante. Diferente do outro mas igualmente bonito e luxuoso. Era um prédio imponente com uma fachada moderna e luminosa que destacava sua exclusividade. Patrício entregou as chaves ao manobrista e estendeu a mão para mim, que aceitei sem hesitar. Ao entrar, eu mal tive tempo de admirar o luxuoso saguão – mármore por todos os lados, uma enorme peça de arte suspensa no teto – antes de sermos levados diretamente ao elevador privado.Dentro, o silêncio voltou, mas era carregado de expectativa. Em um impulso, Patrício me jogou contra a parede segurando minhas duas mãos acima da cabeça. Sua mão livre fez caminho da minha bunda até a parte interna da minha coxa, minha respiração ficou ofegante.Senti que os seus dedos roçaram levemente o meu clitóris sobre o tecido, eu me contorci de desejo. Patrício desceu até a altura do da minha orelha mordiscando-a, gemi com sua aproximação.- Essa noite você vai me pagar por
>PATRÍCIOOs seios redondos de Liz emoldurados pelo cetim delicado me deixaram ainda mais excitado. Eu estava louco para explorar mais de cada um dos pontos de prazer daquela mulher.Me segurei a noite toda para não parecer um escroto, mas agora eu não conseguia mais. Precisava dela e logo.Pensei em várias formas de começar a nossa noite, mas naquele momento eu só queria que ela tirasse as peças de roupa que usava e revelasse cada pedaço de pele como se fosse um presente sendo desembrulhado.Um presente que, agora eu sabia, que era exclusivamente meu.- Fique nua para mim Foguinho - pedi e a vi morder o lábio inferior e apertar as duas mãos. Criando coragem, ela segurou na alça do vestido e foi descendo o tecido pelo corpo, me permitindo apreciar cada centímetro de pele que ia ficando exposto.Liz tinha curvas delicadas, seios médios, barriga chapada e pernas torneadas. Desci o olhar, parando na boceta depilada, que parecia um coração de tão fechada,
> ELIZABETH MONTGOMERY < "Prólogo"Até onde você iria por um amor que nunca deveria ter acontecido?Eu nunca soube a resposta até conhecer Patrício... Na verdade, eu nunca procurei por ela até conhecê-lo.Antes dele minha vida era como um roteiro bem escrito: faculdade, estágios, noites silenciosas dedicadas ao futuro que eu acreditava ser o certo.Eu até tinha um namorado, mas eu nem mesmo podia dizer que aquilo era amor. Eu gostava dele? Sim. Mas amar? Acredito que era um termo um pouco forte para descrever tal situação.Mas então ele apareceu, com seu jeito reservado, seus olhos que escondiam tempestades e aquele sorriso que parecia prometer o mundo e destruí-lo ao mesmo tempo.Ele vinha com aquela intensa bagagem que prometia grandes problemas e dores de cabeça. Mas quem importa? Afinal, o amor prevalece, né verdade?Eu lutei contra isso, sabe? Tentei me convencer de que era só uma atração, uma curiosidade passageira.Mas como você foge de algo que parece estar gravado na sua alm
> ELIZABETH
>ELIZABETH<- Não é nada do que você está pensando. - Allan fala. Será que ele acha que eu sou estúpida? Ou burra? Cega, talvez?Não, não é o que eu estou pensando é o que eu estou vendo. Tenho vontade de gritar mas permaneço quieta.Em um reflexo percebo que a minha “amiga” vadia ainda está na porta e continua olhando para a sua roupa que está aos meus pés.Fico estática enquanto controlo minha respiração. O que essa mulher ainda está fazendo aqui?Ela está tentada a se abaixar e pegar, mas sabe que não é uma boa ideia no momento. Eu sempre fui uma pessoa calma em qualquer situação, não gosto de brigas e não sou de fazer barracos, e talvez eles queriam aproveitar disso, mas não agora, eu preciso extravasar toda essa raiva pela dupla traição.E ela continua parada as minhas costas.Essa vagabunda só pode estar me testando. Respiro fundo, me abaixo e pego no chão com um sorriso desdenhoso no rosto.- É isso que você quer, amiga? - pergunto com um ódio que chega a me cegar.Com fúria, p