> ELIZABETH<
- Então vamos sair! - Bianca exclamou animada enquanto tomava um gole de seu café. Estamos, eu, Bianca e Inocência, neste momento, sentadas no refeitório da faculdade. O reitor tem quase certeza que dessa vez serei aceita no estágio, então ele sugeriu que viesse resolver pendências. Eu comentei sobre a sugestão da mamãe sobre eu arejar minha cabeça e me arrependi instantemente, agora Bianca insiste que devemos sair para nos divertir o quanto antes. Eu sei bem a que diversão ela se refere. Beijar. Beber... Transar. Esse último me preocupa um pouco, pois estou bastante nervosa com essa possibilidade. Contei para elas tudo sobre Isabella e Allan e como peguei os dois me traindo. Elas ficaram furiosas dizendo que ia cortar as bolas do meu ex e raspar a cabeça da vagabunda. Eu apenas sorria de suas maluquices. Bianca nunca foi uma fã do meu ex, muito pelo contrário, ela vai contra tudo que diz respeito a Allan. Bianca é defensora forte do time "Ele não é pra você", basicamente composto por ela e papai. Inocência já é mais razoavel com toda essa situação, ela não necessariamente defende Allan, mas também não é totalmente contra. Bianca é minha prima e melhor amiga desde que éramos bebês, já Inocência a gente conheceu no ensino médio e somos as três, inseparáveis desde então. Eu comentei com elas sobre me afastar da faculdade por um meses caso eu consiga o estágio. A faculdade dá uma brecha para quem ganha uma vaga como essa. Claro que devo continuar com os estudos, mas a carga é bem mais baixa para que eu possa equilibrar os dois. - Gente, o que vocês acham do Nexus? - Inocência perguntou enquanto procurava por um lugar para sair à noite. Não é como se ela já não conhecesse todos os lugares de qualquer forma. Ela realmente conhece, mas elas insistiam em procurar pelo lugar "perfeito". Como se tivesse um lugar adequado para eu perder minha virgindade com um completo estranho. Eu estava nervosa com toda essa situação, Bianca e Inocência enfiaram na cabeça que era uma boa ideia eu perder a virgindade com alguém que frequenta esse tipo de lugar. "Lá você vai encontrar um homem de verdade". Elas disseram. E sinceramente eu nem sei o que realmente isso significa. Era minha escolha permanecer virgem por tanto tempo, acho que no fundo eu acreditava em princípe encantado que vai viver pra sempre ao seu lado. Como eu tava enganada. Agora eu não acho mais uma boa escolha. E nenhuma das minhas amigas eram, mas estava nervosa mesmo assim. Depois do que aconteceu com Allan, não acho que exista alguém que realmente vai valorizar essa minha escolha. Se nem mesmo meu namorado de dois anos levou isso em consideração. Lembro que nossas mães sempre diziam que era melhor se guardar para a pessoa certa, e eu fiz sem nem pestanejar, mas agora não quero mais isso. Nem sei se existe a pessoa “certa”. - Eu acho uma boa - Bianca concorda enquanto toma mais do café. - Nexus, muito bem frequentada você vai adorar - Inocência fala enquanto me mostra as avaliações no aplicativo. Eu permaneci calada enquanto elas discutiam sobre o melhor lugar para eu perder minha virgindade. Confesso que estava bastante apreensiva, mesmo querendo. - Mas tem alguma regra para entrar? - perguntei. - Não, mesmo se tivesse, não se aplica a você. - Ainda não sei se isso é uma boa ideia - falo hesitante - Claro que é. Você disse que queria isso. Mudou de ideia? - Inocência perguntou - Não. Sim. Quer dizer, não sei - Amiga, você precisa relaxar, ok? - Inocência diz - Exatamente, nada será contra sua vontade - Minha prima insistiu. - Se não estiver totalmente segura, a gente deixa pra lá então. Pondero. O que eu tinha a perder? Afinal tudo que ganhei até agora foi um belo par de chifres. Talvez eu realmente deveria fazer. - Eu vou fazer... - Então escolha um dia antes de iniciar no trabalho, você tem que ir até a assessoria da Graham, que você se candidatou para o estágio, lembra? - Inocência acrescentou confiante de que a vaga já é minha, e me lembrando que provavelmente eu vou estar tão focada que nem vou sair nas próximas semanas. - Tudo bem, tudo bem, a gente pode ir no sábado, esse parece um bom dia? - eu disse, olhando para tela do celular que exibia a fachada exorbitante do bar. - Sim! - elas exclamaram em uníssono. Continuamos fechando alguns detalhes quando alguém nos interrompe. - Liz…- ouço a voz irritante de Allan - Só pode ser brincadeira - suspiro frustrada - O que você quer Allan? - Você não me atende Liz. Porque? - Será que é porque eu peguei aquela vagabunda e você na cama? - Isso é bobagem Liz. Você vai mesmo terminar comigo por causa disso? E ele continua minimizando suas atitudes, esse cara é mesmo um nazista. - Me parece um bom motivo. - Disse. - Você nem me deixou explicar, Elizabeth - Infeliz ainda se acha no direito de ficar com raiva. - Não existe explicação, Allan. - A culpa é sua - Allan me culpou - E você me bateu, isso não conta ao meu favor? - É sério isso? - eu estava incrédula com a cara de pau dele - Liz, você não me deixa tocar você, eu precisava me aliviar, e realmente eu estou com o nariz quebrado E lá vem, aquela desculpa típica de todo homem canalha. - Você é muito idiota mesmo né? - Bianca explode antes que eu possa dizer qualquer coisa - Ver se não se mete, isso não é da sua conta - ele rosna sem nem olhar para minha amiga. - Vamos conversar só eu e você - Olha aqui seu... - Não quero falar com você Allan - Interrompo Bianca me colocando entre os dois - Liz... - NÃO - Explodi antes dele terminar de falar - Só me deixe em paz, não quero mais falar com você. Me levanto e saio do refeitório pisando firme, não dá pra acreditar o quanto esse homem é cínico, ainda tem coragem de me culpar pelo erro que ele cometeu.> PATRÍCIO GRAHAM < - Mas o senhor tem certeza… de que não estou dentro dos requisitos iniciais? - a décima quinta candidata perguntou, jogando os cabelos castanhos sobre o ombro, numa tentativa ridícula de chamar a minha atenção para o decote profundo demais para o código de vestimenta que uma entrevista de emprego necessita. - Posso fazer hora extra sempre que precisar.- Do tipo de serviço que está me oferecendo, senhorita Alves, eu não preciso contratar para usufruir. Minha equipe verificou os seus antecedentes, e o tipo de hora extra que fazia para os seus antigos chefes não está na lista de demandas de que um executivo como eu necessita. Apontei para a porta da sala; o choque em seu rosto só não foi maior do que a vergonha.- Minha secretária atual não vai entrar em contato com você. Passar bem. Até porque sexo não entrava nas atividades que eu precisava pagar para conseguir.- Eu… - A mulher se levantou aos tropeços nos saltos, tentando baixar a barra da saia apertada demais
>PATRÍCIO< Ouço um movimento do lado de fora da minha porta, suspiro reconhecendo a voz da pessoa que discute com minha secretária, sei que realmente vem problema e mais estresse para mim. Meu filho não vem à empresa, a menos que tenha arrumado alguma confusão e precisa da minha ajuda para resolver. E lá está ele, meu filho, Allan. Olho sobre seu ombro e vejo uma Jerusa esbaforida com um olhar de quem diz “desculpa”, em seu rosto. - Quero falar com você. - Allan entra de supetão sem ao menos me cumprimentar. - Bom dia, meu filho. Estou bem, obrigado - falo com sarcasmo - Qual é pai? Vamos pular as formalidades - Você poderia pelo menos deixar que seja anunciado. Ou bater, isso também funciona - Não preciso disso, você é meu pai e aqui é minha empresa. - Não, não é! - Mas será futuramente, é minha herança. Lembra? - Allan tem manias bem irritantes - Não pretendo morrer tão cedo, meu filho. - Allan revira os olhos. - Pode dar um fora Jerusa - Allan ordena sem nenhuma educaç
>PATRÍCIO
> ALLAN GRAHAM Ainda não acredito que a Elizabeth terminou comigo, quer dizer, isso não é justo.Além de tudo ainda destruiu meu apartamento, meu nariz e me deixou como um idiota no refeitório. Todos estavam rindo da minha cara.E daí que eu fodi com outra? E daí que essa outra era uma das amigas dela? Eu estava namorando com ela, até ia propor um encontro entre ela e meu pai. Finalmente iria apresentá-la para ele.Eu implorei para ela me ouvir, para não terminar, mas ela não quis.Sabe o pior?Acho que eu estou realmente apaixonado por aqui maluca. E agora preciso urgente arrumar uma forma para ela me perdoar.Não me leva a mal, eu gosto muito da Liz, mas a Isabella é uma vadia gostosa pra caralho que não aguenta me ver que já vai logo abrindo as pernas.Com a Liz é diferente, ela é toda tímida e recatada quando se trata de coisas sexuais, dois anos juntos e tudo que ela queria era esperar.Isso me deixou ainda mais obcecado por ela.U
>ALLANMas agora tenho um relacionamento acabado, um apartamento quebrado e meu dinheiro já acabou.E pra piorar estou ainda mais longe da minha chance de foder com a Liz. Então resolvi procurar meu pai, mas me arrependi instantemente, ele só sabe me dar lição de moral e jogar as coisas na minha cara.Eu só queria um pouco de dinheiro, que com certeza não faria diferença em sua conta bancária.Tenho algumas dívidas pendentes que preciso pagar depressa, do contrário não sei o que pode acontecer.Meu pai não apoia meu estilo de vida desapegado, diz que nunca vou crescer desse jeito, ele insiste que devo começar a ter responsabilidades, mas eu não quero.Gosto da farra, das bebidas, das garotas e do meu baseado.Patrício nem é um homem tão velho assim, mas tem uma personalidade bastante ranzinza, eu diria que de um velho de oitenta anos.Ele odeia quando falo da minha mãe e eu falo só para vê-lo perder sua magnificência, os dois não se falam d
>ALLAN
>ALLAN
> ELIZABETH <“Sábado à noite”Finalmente chega o tão esperado dia, ainda estou nervosa com toda essa situação, mas decidi seguir em frente. Não vale a pena me privar de fazer o que quero por conta de uma pessoa que não soube me valorizar.Meu destino hoje é inevitável caso eu encontre alguém do meu interesse e esse bar é apenas uma pré antes de seguir para o meu real destino.Com toda certeza agir dessa forma não faz parte do meu feitio, mas ando tão sobrecarregada que as coisas estão fora do comum, começando pela maneira que reagi quando descobri a traição de Allan.Chego ao Nexus e fico impressionada, ao mesmo tempo em que a entrada é imponente, a baixa iluminação deixa o ambiente acolhedor e o som do piano tocando ao fundo é a combinação perfeita para curtir a própria companhia.Enquanto caminho com meu vestido provocante, comprado especificamente para esta minha pequena aventura, sinto vários olhares queimando sobre mim.O decote profundo deixa uma parte dos meus seios redondos e