>PATRÍCIO<
Eu aponto um dedo para o peito do meu filho e ele recua. Allan não é idiota, ele sabe a hora de parar, me desafiar não nunca é bom para ele. - Você é meu pai só no papel, né? Você apenas foi lá e gozou, isso qualquer um pode fazer. - Ele me acusa. - E para de falar como se nunca tivesse errado com uma mulher antes. Olha o que você fez com a mamãe. - Chega! - explodo - Não fala do que você não sabe. Agora sai da minha frente antes que eu perca a cabeça e lhe dê os t***s que não te dei quando era criança. Sem dizer mais uma palavra, Allan sai do meu escritório batendo a porta. Desabo na cadeira frustrado, ainda não sei onde errei com meu filho. Na verdade, eu sei sim, errei na escolha da mãe dele. Infelizmente me envolvi com uma víbora que não se cansa de jogar o meu filho contra mim. Apesar de ter sido pai muito jovem, fiz o possível para que ele fosse um homem de verdade, no entanto ele não passa de um moleque mimado que não trabalha, não estuda e só quer gastar. Como se não bastasse, recebi informações de que ele está bebendo demais e talvez esteja usando coisas ilícitas. E ainda por cima, é um traidor que não sabe honrar a mulher que está ao seu lado. Levo minhas mãos ao rosto, ainda mais exausto. É claro que meu dia tinha que piorar. Ouço uma batida na porta que interrompe os meus pensamentos: - Entre! - Chamei - O moleque saiu irado - Fernando, meu vice-presidente e melhor amigo fala depois de entrar na minha sala - O que aconteceu? Fernando é meu amigo desde que me lembro, nós crescemos juntos, sempre fomos muito grudados. Ele é padrinho do Allan e eu sou padrinho do seu filho, Gael. Temos gosto parecidos, a partir daí que surgiu a ideia da Corporação Graham. Seu vício por carros e meu dinheiro fizeram isso aqui dando certo. Sim, somos sócios. No início meu pai não gostou muito da ideia, ele queria que eu assumisse seu escritório de advocacia, segundo ele, isso sim que teria futuro, mas essa nunca foi minha vontade. Enfim, investir, tudo deu certo, e eu acabei vinculando seu escritório a minha empresa. Muitos dos seus advogados trabalham para o meu jurídico e recursos humanos, outros atendem outras causas. Eu também não poderia deixar tudo o que meu pai lutou para construir morrer assim. - Ele veio me pedir dinheiro, de novo. - Mas você não depositou o dinheiro da mesada ontem? - Sim, eu fiz. - Suspiro - Longa história - Que tal você me contar isso numa mesa de bar, com um bom uísque? - Fernando sugere - Não sei se tô no clima pra isso - Vamos lá, não seja um velho ranzinza. Você precisa beber, isso vai te relaxar. Quem sabe até encerrar a noite com uma linda mulher - Eu não seria boa companhia para ninguém. - A gente só bebe, então, se assim achar melhor. - Bem, isso parece bom. Deixa só finalizar isso aqui e a gente vai - Ok, vou indo te espero no elevador - Ele diz se levantando e indo em direção a porta. Bem, talvez eu realmente encontre alguém. Uma boa noite com uma boa mulher vai me fazer bem. Faz algumas semanas que não saio com ninguém, isso realmente me cairia bem hoje.> ALLAN GRAHAM Ainda não acredito que a Elizabeth terminou comigo, quer dizer, isso não é justo.Além de tudo ainda destruiu meu apartamento, meu nariz e me deixou como um idiota no refeitório. Todos estavam rindo da minha cara.E daí que eu fodi com outra? E daí que essa outra era uma das amigas dela? Eu estava namorando com ela, até ia propor um encontro entre ela e meu pai. Finalmente iria apresentá-la para ele.Eu implorei para ela me ouvir, para não terminar, mas ela não quis.Sabe o pior?Acho que eu estou realmente apaixonado por aqui maluca. E agora preciso urgente arrumar uma forma para ela me perdoar.Não me leva a mal, eu gosto muito da Liz, mas a Isabella é uma vadia gostosa pra caralho que não aguenta me ver que já vai logo abrindo as pernas.Com a Liz é diferente, ela é toda tímida e recatada quando se trata de coisas sexuais, dois anos juntos e tudo que ela queria era esperar.Isso me deixou ainda mais obcecado por ela.U
>ALLANMas agora tenho um relacionamento acabado, um apartamento quebrado e meu dinheiro já acabou.E pra piorar estou ainda mais longe da minha chance de foder com a Liz. Então resolvi procurar meu pai, mas me arrependi instantemente, ele só sabe me dar lição de moral e jogar as coisas na minha cara.Eu só queria um pouco de dinheiro, que com certeza não faria diferença em sua conta bancária.Tenho algumas dívidas pendentes que preciso pagar depressa, do contrário não sei o que pode acontecer.Meu pai não apoia meu estilo de vida desapegado, diz que nunca vou crescer desse jeito, ele insiste que devo começar a ter responsabilidades, mas eu não quero.Gosto da farra, das bebidas, das garotas e do meu baseado.Patrício nem é um homem tão velho assim, mas tem uma personalidade bastante ranzinza, eu diria que de um velho de oitenta anos.Ele odeia quando falo da minha mãe e eu falo só para vê-lo perder sua magnificência, os dois não se falam d
>ALLAN
>ALLAN
> ELIZABETH <“Sábado à noite”Finalmente chega o tão esperado dia, ainda estou nervosa com toda essa situação, mas decidi seguir em frente. Não vale a pena me privar de fazer o que quero por conta de uma pessoa que não soube me valorizar.Meu destino hoje é inevitável caso eu encontre alguém do meu interesse e esse bar é apenas uma pré antes de seguir para o meu real destino.Com toda certeza agir dessa forma não faz parte do meu feitio, mas ando tão sobrecarregada que as coisas estão fora do comum, começando pela maneira que reagi quando descobri a traição de Allan.Chego ao Nexus e fico impressionada, ao mesmo tempo em que a entrada é imponente, a baixa iluminação deixa o ambiente acolhedor e o som do piano tocando ao fundo é a combinação perfeita para curtir a própria companhia.Enquanto caminho com meu vestido provocante, comprado especificamente para esta minha pequena aventura, sinto vários olhares queimando sobre mim.O decote profundo deixa uma parte dos meus seios redondos e
>ELIZABETH<- Boa noite, as senhoritas já decidiram o que vão beber? Temos os melhores drinques da…- Boa noite - interrompo. - Quero uma dose de Highland doze anos, por favor.Ele arqueia as sobrancelhas, surpreso.- Me perdoe a indiscrição, mas eu tinha certeza que você escolheria um daqueles bem doces. - Sorrio e coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha.- Não bebo sempre, mas quando bebo, gosto de algo mais forte.Isso não era verdade, já que eu não bebia de forma alguma, só conheço esse uísque por já ter visto Allan beber diversas vezes quando estava em seu apartamento ou quando saíamos juntos, mas acho que o barman não precisava saber disso. - A gente vai querer o mesmo - Bianca pediuO rapaz me olha provocador antes de se virar para buscar a bebida. Eu até diria que ele está tentando me seduzir, mas ele nem de longe está na minha linha de alvo.- Aqui está. - O rapaz volta colocando um copo de cristal na minha frente de cada uma, com uma dose de líquido âmbar.- Querem gelo?
>ELIZABETH
>ELIZABETHSaio do bar de mãos dadas com o desconhecido e mal posso acreditar no que está acontecendo. Eu vou mesmo fazer isso com um completo estranho, literalmente.Não é uma coisa que já me imaginei fazendo, tudo na minha vida é não roteirizado que me ver agir assim por impulso me assuta.Mas de novo, o que custa sair uma vez do papel? O que custa fazer algo fora da caixinha uma vez?Tenho vinte anos mas carrego as responsabilidades do mundo nas costas, sem me permitir errar uma única vez, mesmo que seja com algo que eu queira fazer.Mas agora estou realizando minha vontade pela primeira vez na vida sem medo de errar.Estou dando minha virgindade para o homem mais bonito que já vi na vida e isso é tão… excitante.Olho para trás e vejo minhas amigas sorrir de orelha a orelha, de longe dá pra ver os movimentos de vibração da Bianca e a cara de safada que a Inocência faz.Olho para as costas do homem à minha frente e fico cada vez mais fascinada