>POV TERCEIRA PESSOA<
Fernando estava preocupado com Patrício, e não demorou para que todos começassem a perceber o quão fundo ele estava indo.Todos já haviam presenciado aquela versão de Patrício antes e sabiam que não era bom.Anos atrás, quando ninguém sabia sobre as maldades que Estela cometia com Patrício, ele era um adolescente rebelde e recluso. Vivia bêbado e drogado nas ruas.Muitas vezes Fernando tinha que ligar para Isabel e Álvaro pois não conseguia arrancar Patrício da sarjeta.Sua mãe chorava em oração toda noite, pedindo para que surgisse uma esperança e que seu único filho tomasse jeito.Quando conseguiram finalmente achar a fonte do problema e liberta-lo, custou, mas aos poucos Patrício foi melhorando. Até que se tornou um bom homem.Mas agora, parecia que aquela criança rebelde estava de volta, e a pior parte despertou completamente de seu filho.Fernando, Jerusa, Isabel e Álvaro ficaram ainda mais preocupados quando viram a s>PATRÍCIOEu encarei o copo à minha frente, girando o líquido âmbar entre os dedos, sentindo o cheiro forte da bebida que já não fazia mais efeito como antes. Já estava entorpecido o suficiente para esquecer de tudo por alguns instantes, mas, ao mesmo tempo, sóbrio o bastante para saber que estava me destruindo.E, mesmo assim, continuei bebendo.— Você vai se matar desse jeito, Patrício.A voz de Fernando cortou o barulho abafado do bar. Eu ri, sem humor, levando o copo à boca e bebendo mais um gole.— Não seria tão ruim assim, né? — murmurei, sentindo a ardência na garganta.— Para com essa merda! — Ele bateu as mãos na mesa, atraindo alguns olhares. — Você se ouve falando? É isso que você quer? Morrer afogado em álcool porque perdeu a mulher que ama e seu filho desapareceu?Fechei os olhos por um instante, tentando bloquear a dor que as palavras dele despertaram.— O que mais eu posso fazer? — minha voz saiu fraca, quase um sussurro.
EstelaO sabor da vitória era algo que poucos realmente apreciavam, mas eu? Eu me deliciava com ele. A sensação de ter o controle, de manipular as peças como uma verdadeira mestre de xadrez, fazia meu sangue ferver de excitação.Patrício e Elizabeth estavam acabados. Separados. Destruídos.Caminhei pelo quarto luxuoso onde havia me hospedado nos últimos dias, observando meu reflexo no espelho. Eu merecia um lugar a minha altura, pelo menos para comemorar. Além do mais, eu não podia deixar Allan em qualquer lugar, se eu queria ele como aliado, teria que agradá-lo.Meus lábios se curvaram em um sorriso de pura satisfação. Meu informante dentro da empresa havia acabado de me dar a melhor notícia que eu poderia receber: Elizabeth Montgomery havia pedido demissão.— Pobre coitada... — murmurei, fingindo compaixão enquanto ria baixinho. — Caiu feito uma patinha Era óbvio que ela não suportaria a pressão. Depois de encher a cabecinha dela,
— ELIZABETH MONTGOMERY — "Prólogo" Até onde você iria por um amor que nunca deveria ter acontecido? Eu nunca soube a resposta até conhecer Patrício... Na verdade, eu nunca procurei por ela até conhecê-lo. Antes dele minha vida era como um roteiro bem escrito: faculdade, estágios, noites silenciosas dedicadas ao futuro que eu acreditava ser o certo. Eu até tinha um namorado, mas eu nem mesmo podia dizer que aquilo era amor. Eu gostava dele? Sim. Mas amar? Acredito que era um termo um pouco forte para descrever tal situação. Mas então ele apareceu, com seu jeito reservado, seus olhos que escondiam tempestades e aquele sorriso que parecia prometer o mundo e destruí-lo ao mesmo tempo. Ele vinha com aquela intensa bagagem que prometia grandes problemas e dores de cabeça. Mas quem importa? Afinal, o amor prevalece, né verdade? Eu lutei contra isso, sabe? Tentei me convencer de que era só uma atração, uma curiosidade passageira. Mas como você foge de algo que parece estar gravado na
> ELIZABETH
>ELIZABETH<- Não é nada do que você está pensando. - Allan fala. Será que ele acha que eu sou estúpida? Ou burra? Cega, talvez?Não, não é o que eu estou pensando é o que eu estou vendo. Tenho vontade de gritar mas permaneço quieta.Em um reflexo percebo que a minha “amiga” vadia ainda está na porta e continua olhando para a sua roupa que está aos meus pés.Fico estática enquanto controlo minha respiração. O que essa mulher ainda está fazendo aqui?Ela está tentada a se abaixar e pegar, mas sabe que não é uma boa ideia no momento. Eu sempre fui uma pessoa calma em qualquer situação, não gosto de brigas e não sou de fazer barracos, e talvez eles queriam aproveitar disso, mas não agora, eu preciso extravasar toda essa raiva pela dupla traição.E ela continua parada as minhas costas.Essa vagabunda só pode estar me testando. Respiro fundo, me abaixo e pego no chão com um sorriso desdenhoso no rosto.- É isso que você quer, amiga? - pergunto com um ódio que chega a me cegar.Com fúria, p
>ELIZABETH
>ELIZABETH
> ELIZABETH< - Então vamos sair! - Bianca exclamou animada enquanto tomava um gole de seu café.Estamos, eu, Bianca e Inocência, neste momento, sentadas no refeitório da faculdade. O reitor tem quase certeza que dessa vez serei aceita no estágio, então ele sugeriu que viesse resolver pendências.Eu comentei sobre a sugestão da mamãe sobre eu arejar minha cabeça e me arrependi instantemente, agora Bianca insiste que devemos sair para nos divertir o quanto antes.Eu sei bem a que diversão ela se refere. Beijar. Beber... Transar. Esse último me preocupa um pouco, pois estou bastante nervosa com essa possibilidade.Contei para elas tudo sobre Isabella e Allan e como peguei os dois me traindo. Elas ficaram furiosas dizendo que ia cortar as bolas do meu ex e raspar a cabeça da vagabunda. Eu apenas sorria de suas maluquices.Bianca nunca foi uma fã do meu ex, muito pelo contrário, ela vai contra tudo que diz respeito a Allan. Bianca é defensora forte do time "Ele não é pra você", basicamen