Eu subi as escadas correndo, que cara chato, mala sem alça, bugado, sem noção… como minha mãe podia parir um traste desses? Se não tivesse as fotos dele lá em casa, nem ia acreditar. Droga nem ia adiantar eu pedir exames e essas coisas. — Gabriela. — Quê? — Vou só até o portão de entrada com a Hannah e já volto. — Vou com vocês. – voltei do quarto correndo e quando cheguei na escada, o bugado, já tinha fechado tudo. Ainda deu para ver eles andando pela porta de vidro até a calçada, ou seja, estava mesmo em uma prisão. Já sei, podia ligar para polícia. Ahh!!! Gênia, eles mesmos te entregaram. Podia falar com o tio do Juscelino, o Sr. Aragão, ele não ia deixar uma criança da comunidade dele ser sequestrada, como eu fui ou pelo menos achar um advogado para mim. Das primeiras vezes que eu me encrenquei, ele me ajudou, depois “deu ruim”. Subi pro quarto do cativeiro, como alguém tem um quarto para as pessoas irem de vez ou outra, do tamanho de uma casa e ainda é feio pacas. Credo, q
Quando estávamos saindo da boate, sentada no banco de trás do carro do Chris, vi a maneira como Diego estava diferente comigo. Ele não abriu a porta do carro, nem segurou a minha mão. Não perguntou duzentas vezes sobre minha falsa dor, nem foi me segurando pela cintura para descer os degraus. Aliás, quem fez isso foi a Lili, que estava realmente preocupada comigo e ele com ela. Como se … se… soubesse de algo. E ali atrás, mesmo eu com a cabeça encostada no ombro dele, fingindo dor. Ele estava preocupado, mas com outra coisa. Olhava para o retrovisor da frente, onde claro, era a imagem dela. Queria muito que Christian visse aquela sem vergonhice e quebrasse a cara dela, seria bem merecido. A qual é, sempre boazinha, mas aquela dancinha não era só para o namorado dela. Eu também saquei que foi para o Diego, os dois estão muito afim um do outro. O problema é que eu não ia deixar isso barato, não mesmo. Na sala de espera, fiquei o tempo todo colado nele. Até que:— Diego quer um café?
— Agora se acalme e me conte o que houve, se quiser. Se não, só vamos beber juntos e fazer nada. Afinal estou impressionado com a "tia" até agora. O interfone tocou. — O quê? Pode repetir quem está aí? “Sr.Nicolas ele disse que é o Sr. Apolo Trindade que veio ver a Sta.Hannah.”— Só um minuto. — Hannah, Apolo está aqui na portaria, quer ver você. — Mas que … como assim? Não disse onde estava. Ele colocou a mão na cabeça e foi direto pro bar. — Olha, não quero me intrometer, mas já ele veio. Eu posso pedir para ele vir outra hora, eu mesmo subo lá. — Não, Nâo. Agora ela voltou e olhou para mim. Tomou um fôlego e disse como se soubesse realmente o que estava fazendo. — Eu sou uma mulher bem resolvida, inteligente e madura. Sei lidar com meus problemas. Quem pensa que é pra vir até aqui me procurar sem minha permissão? Vou subir lá e resolver isso. — Gostei de ver. É assim que se fala. E peguei o tablet para trancar a casa que claro eu ia subir com ela. — Onde você vai? —
Depois da brincadeira que fiz na boate com a Karla, sobre beber no mesmo copo, saquei que ela, para minha surpresa, era virgem. Não sabia os motivos daquela escolha, mas para mim era um tesouro, que além de estar encantado me deixou fascinado. A conversa era boa e ela estava já meio bêbada, tentando se segurar a meu respeito, mas vi que queria se engraçar. Isso me deixava confuso, porque não era assim que eu imaginava. Quero ela totalmente sóbria do seus atos.Papo vem e conversa vai… até que: — Rodolfooooooo!!!! Você não morre mais.Era Alícia Miranda, uma garota insuportável que jamais eu poderia irritar naquele momento. Ela trabalha em uma revista eletrônica de fofoca, muito mais leitores que os seguidores do Acassio. Então tinha que tirar ela dali com sabedoria e adorá-la lá fora. — Como você está? — Morrendo de saudade de você. Eu estava lá do outro lado na boate e não acreditei que Paulinha Assunção Avellar disse ter te visto entrar aqui, aí falei para ela, mentirosa… — Va
Eu estava me divertindo tanto com Simão, bebendo o vinho delicioso que e dançando acompanhada daquela banda maravilhosa. — Então você cuida da sua mãe e quantos irmãos?— Quatro. — São muitos. – depois que falei eu me toquei. — desculpe, comentário besta. — Mas até eu mesmo me assusto. Chego em casa do trabalho e se tem briga na rua, começo a contar para ver quem é… Eu comecei a rir e o vinho me deixou muito mais solta que não parava mais. — É quem nem gente que tem gato. — Para Simão, você vai me matar de tanto rir. — Pois é, na hora de ir pro culto, tem que fazer filinha do banho, começa às quatro pra sair às seis. — E seu pai? – ele ficou muito sério. — Olha, não precisa falar disso.“Muito obrigado a todos pela companhia esta noite e até a próxima” — Ahhhhh, não !!!Simão também fez carinha de triste. Todos que estavam lá batemos palmas, pois a banda se despedia. — Mas eu nem vi a hora passar. – bebi mais um gole. — Vou só ao banheiro e já podemos ir. — Eu… — Nem pens
Eu bati na porta do quarto de Sara, rezando para que ela não tivesse feito nenhuma besteira. Mas ela não respondia. Lili ainda estava atordoada ao meu lado, sem saber bem o que fazer. — Nico, você pode por favor forçar a porta? – olhei para Lili como se pedisse um conselho. Ela acenou que sim. Diego foi para cozinha beber água. Não acreditava na calma dele. Ou ele era uma pessoa muito ruim nisso, apesar de que, na situação que estava ali, ele no quarto de uma, saindo com a outra… bem! Nicolas deu a primeira investida e a porta já cedeu. Quando ele saiu da frente, eu já vi Sara de baby doll, caída na cama com alguns medicamentos espalhados ao lado dela. — Ai meu Deus Sara, o que você fez? Lili, verificou a respiração e estava normal. — Vou pegar as embalagens das medicações e levar-lá para a emergência. — Lilith, se não se importa, posso ir com a Hannah. — Mas pelo jeito nós provocamos tudo isso, quero ajudar de alguma forma. — Amiga, fica aqui e conversa com o Diego como v
Fui até o local que Maurício havia me passado, que era a última localização de Jade. Chegando lá verifiquei quais as opções de vias que eles podiam ter ido. O telefone estava tocando sem parar, era a Verônica. — Sim? — Eu falei com a polícia, eles querem que você se afaste do caso. — Não, vou encontrá-la.— Apolo, sua equipe foi responsável por isso, acho bom você fazer isso, ou destruo você. Ela desligou, sua voz claro, nem nervosa ou emotiva como uma mãe normal seria, mas calculista em cada palavra. Ela sabia que se colocasse a polícia, eles iriam tomar medidas óbvias contra eles e isso me ajudaria. Quanto ao cativeiro, as ligações e essas coisas. — Maurício. — Sim chefe. — Vamos precisar do “Perícia” em tempo integral, é muito importante. — Ok, vou ver com ele. — Vou te passar o que eu preciso, e você passa para ele. Tchau!Então tinha uma câmera na rua onde estava, era uma loja de moda. A partir daquela câmera, a última vez que o Maurício teve a localização da Jade foi
Depois que saímos daquele banheiro no “Dona Estelina Bar”, parecia que todos olhavam para mim. Foi muito embaraçoso encontrar D.Vera nos esperando na porta, inclusive. Rodolfo falou com ela, como se nada demais tivesse acontecido: — D.Vera, muito obrigada por nos dar privacidade. — A casa é sua. Claro que foi modo de falar, mas ela era muito gentil. — Vou acrescentar um presentinho no final do mês, falarei com o “Bigode”.Quando chegamos à mesa, eu só queria ficar grudada com Rodolfo. Não me lembro de ter me sentido assim há muito tempo. Muito mesmo. — Quem é “Bigode”.— Quem cuida dos pagamentos daqui. — Você conhece mesmo este lugar. — Toda vez que meu pai… Ele ficou com um olhar angustiado. — Não precisa falar sobre isso. Está tudo maravilhoso para nós hoje. — Tem razão, mas tenho muitas coisas pra te contar. — Quero dançar, vamos. Terminamos a noite dançando e ele pediu um táxi, primeiro me levou até em casa, nos despedimos com um longo beijo no portão e o motorista