— Boa noite senhor, quem veio visitar? — Na verdade, uma visita de um morador. – assim esperava eu, que fosse somente uma visita e nada mais. O que eu pretendia descobrir, o que Hannah fazia na casa do Nico. — Qual o nome do morador, senhor? — Nicolas Nicolai. — E o seu? — Apolo Trindade, quero ver a Hannah. — Claro, senhor só um momento. Eu acenei já muito irritado, mas não queria descontar no rapaz que fazia o trabalho dele. Mas a minha vontade era passar aquela cancela e invadir o locar gritando o nome dela até achá-la. — Ele pediu que aguardasse aqui um momento. — Como é que é?— Ele pediu… — Eu ouvi…– passei a mão no rosto impaciente e as palavras do porteiro foram ficando menos nítidas. — O senhor poderia encostar seu carro, ali nas vagas de espera, por favor? — OK. Dei a marcha ré quase sem olhar para trás. Meu braço dói muito e por pouco não acertou um veículo que aguardava atrás de mim. A buzina dele me enfureceu ainda mais. Mesmo assim, coloquei minha mão para f
Eu estava em um barzinho do outro lado da cidade com o cara mais interessante que eu já tinha encontrado a muito tempo. Dançava bem e para minha surpresa cantava bem. Tinha um papo legal e inteligente, tá certo que é irritante às vezes, arrogante, tem esse jeito prepotente, mas é bem gostosinho, olha essa boca…— … E aí, qual vai querer?— O quê? — Cerveja ou Ice? Minha rodada. — Cerveja, chega de misturar. — Beleza, já volto. Eu dei um sorrisinho malicioso para ele. Mas porque fiz isso, o cara tem namorada e eu nem quero ficar com ele. Nada a ver. Acorda Karla, foco!!! Money e cair fora… O cara nem é pra diversão, você só está mal hoje e saiu com um coleguinha. Lá vem ele, um coleguinha, que tem umas pernas bem torneadas nessa calça skinny, e quando ele foi sentar não deixei de perceber o volume que fez a belezura … Karla mulher, se recomponha. — E aí animado? — Oi?!Ele estava sorrindo, provavelmente porque eu estava olhando pro volume da calça dele e ainda perguntei isso, a
Depois de uma noite que deveria terminar em uma ménage a trois no dark room, lá estávamos na sala de espera da emergência. — Diego quer um café? Chris estava no carro tirando um cochilo, não aguentou o assento do hospital. — Quero sim Lili, mas vou com você na cafeteria. E olhando para Sara que estava grudada no braço dele, falou: — Quer que traga algo para mais tarde, depois da consulta? — Não, eu vou com vocês, acho que vai…— Precisa ficar, e se te chamarem. — Tudo bem. Então ele veio comigo, nunca vou esquecer a cara que Sara fez para mim. Aliás, ela estava assim a noite toda e até me esforcei para ficar com a moça, Bianca, na boate e deixá-los sozinhos. Será que Diego falou algo sobre mim para ela ficar com aquele ciúmes besta? Chegamos lá e tinha até bastante gente para aquele horário. Um casal sentado na mesa do canto, uma galera de adolescentes no meio e três senhores com roupa do hospital em outra mesa. — Vou lá pedir, pega aquela mesa ali perto do vidro – eu pedi a
Eu subi as escadas correndo, que cara chato, mala sem alça, bugado, sem noção… como minha mãe podia parir um traste desses? Se não tivesse as fotos dele lá em casa, nem ia acreditar. Droga nem ia adiantar eu pedir exames e essas coisas. — Gabriela. — Quê? — Vou só até o portão de entrada com a Hannah e já volto. — Vou com vocês. – voltei do quarto correndo e quando cheguei na escada, o bugado, já tinha fechado tudo. Ainda deu para ver eles andando pela porta de vidro até a calçada, ou seja, estava mesmo em uma prisão. Já sei, podia ligar para polícia. Ahh!!! Gênia, eles mesmos te entregaram. Podia falar com o tio do Juscelino, o Sr. Aragão, ele não ia deixar uma criança da comunidade dele ser sequestrada, como eu fui ou pelo menos achar um advogado para mim. Das primeiras vezes que eu me encrenquei, ele me ajudou, depois “deu ruim”. Subi pro quarto do cativeiro, como alguém tem um quarto para as pessoas irem de vez ou outra, do tamanho de uma casa e ainda é feio pacas. Credo, q
Quando estávamos saindo da boate, sentada no banco de trás do carro do Chris, vi a maneira como Diego estava diferente comigo. Ele não abriu a porta do carro, nem segurou a minha mão. Não perguntou duzentas vezes sobre minha falsa dor, nem foi me segurando pela cintura para descer os degraus. Aliás, quem fez isso foi a Lili, que estava realmente preocupada comigo e ele com ela. Como se … se… soubesse de algo. E ali atrás, mesmo eu com a cabeça encostada no ombro dele, fingindo dor. Ele estava preocupado, mas com outra coisa. Olhava para o retrovisor da frente, onde claro, era a imagem dela. Queria muito que Christian visse aquela sem vergonhice e quebrasse a cara dela, seria bem merecido. A qual é, sempre boazinha, mas aquela dancinha não era só para o namorado dela. Eu também saquei que foi para o Diego, os dois estão muito afim um do outro. O problema é que eu não ia deixar isso barato, não mesmo. Na sala de espera, fiquei o tempo todo colado nele. Até que:— Diego quer um café?
— Agora se acalme e me conte o que houve, se quiser. Se não, só vamos beber juntos e fazer nada. Afinal estou impressionado com a "tia" até agora. O interfone tocou. — O quê? Pode repetir quem está aí? “Sr.Nicolas ele disse que é o Sr. Apolo Trindade que veio ver a Sta.Hannah.”— Só um minuto. — Hannah, Apolo está aqui na portaria, quer ver você. — Mas que … como assim? Não disse onde estava. Ele colocou a mão na cabeça e foi direto pro bar. — Olha, não quero me intrometer, mas já ele veio. Eu posso pedir para ele vir outra hora, eu mesmo subo lá. — Não, Nâo. Agora ela voltou e olhou para mim. Tomou um fôlego e disse como se soubesse realmente o que estava fazendo. — Eu sou uma mulher bem resolvida, inteligente e madura. Sei lidar com meus problemas. Quem pensa que é pra vir até aqui me procurar sem minha permissão? Vou subir lá e resolver isso. — Gostei de ver. É assim que se fala. E peguei o tablet para trancar a casa que claro eu ia subir com ela. — Onde você vai? —
Depois da brincadeira que fiz na boate com a Karla, sobre beber no mesmo copo, saquei que ela, para minha surpresa, era virgem. Não sabia os motivos daquela escolha, mas para mim era um tesouro, que além de estar encantado me deixou fascinado. A conversa era boa e ela estava já meio bêbada, tentando se segurar a meu respeito, mas vi que queria se engraçar. Isso me deixava confuso, porque não era assim que eu imaginava. Quero ela totalmente sóbria do seus atos.Papo vem e conversa vai… até que: — Rodolfooooooo!!!! Você não morre mais.Era Alícia Miranda, uma garota insuportável que jamais eu poderia irritar naquele momento. Ela trabalha em uma revista eletrônica de fofoca, muito mais leitores que os seguidores do Acassio. Então tinha que tirar ela dali com sabedoria e adorá-la lá fora. — Como você está? — Morrendo de saudade de você. Eu estava lá do outro lado na boate e não acreditei que Paulinha Assunção Avellar disse ter te visto entrar aqui, aí falei para ela, mentirosa… — Va
Eu estava me divertindo tanto com Simão, bebendo o vinho delicioso que e dançando acompanhada daquela banda maravilhosa. — Então você cuida da sua mãe e quantos irmãos?— Quatro. — São muitos. – depois que falei eu me toquei. — desculpe, comentário besta. — Mas até eu mesmo me assusto. Chego em casa do trabalho e se tem briga na rua, começo a contar para ver quem é… Eu comecei a rir e o vinho me deixou muito mais solta que não parava mais. — É quem nem gente que tem gato. — Para Simão, você vai me matar de tanto rir. — Pois é, na hora de ir pro culto, tem que fazer filinha do banho, começa às quatro pra sair às seis. — E seu pai? – ele ficou muito sério. — Olha, não precisa falar disso.“Muito obrigado a todos pela companhia esta noite e até a próxima” — Ahhhhh, não !!!Simão também fez carinha de triste. Todos que estavam lá batemos palmas, pois a banda se despedia. — Mas eu nem vi a hora passar. – bebi mais um gole. — Vou só ao banheiro e já podemos ir. — Eu… — Nem pens