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Capítulo 2 Seu amor vai se casar?

O corpo do jovem de vinte anos, com altura considerável, tendo um e oitenta e três parecia ainda mais alto sendo visto de baixo, os músculos dele insinuavam serem trabalhados, mesmo com a pouca idade, parecia se esforçar para permanecer com a estrutura adequada para a quantidade de massa muscular que tinha.

— Sinto por isso! — as primeiras palavras saíram dos lábios dele.

A mão direita surgiu mais perto de Zahraa, o olhar indescritível, a postura impecável, a roupa sob medida, os sapatos limpos e caros. Os cabelos dele estavam penteados de forma natural, uma parte maior para o lado direito, com alguns fios quase caindo sobre a sobrancelha grossa, a outra parte tinha alguns fios do lado esquerdo caindo perto do canto do olho, olhos marcantes, nariz bem feito, lábios meio rosados de volume adequado, com uma barba levemente aparada; surgindo como uma espessura de dos dedos desde os cabelos curtos perto das orelhas, até o maxilar e queixo.

— Por acaso não mereço ao menos ouvir sua voz? — ele tirou a jovem de seus devaneios, o olhar marcante queimava o rosto dela.

Ele a tinha visto na faculdade por algumas vezes, mas a conhecia bem, era a filha de Youssef, o médico de sua família.

— Perdão, príncipe! — ela abaixou a cabeça envergonhada, ainda estava sentada no chão com a alça da bolsa quase caindo pelo ombro. Ele era o herdeiro do sheik, Haidar, aquele qual ela sempre foi apaixonada.

Muitas vezes aquele comportamento criado pelas pessoas quando o via, o irritava bastante, por isso se tornava um tanto frio e arrogante as vezes, não via necessidade em ser superior por ser príncipe, queria ser superior para si mesmo, mas se as pessoas aceitavam o tratar como um homem de quase cinquenta anos, ele seria uma porcentagem daquela imagem.

— Não preciso disso. — disse ele. Sua voz baixa, concentrada e marcante assim como todos os seus traços. Buscou entender a jovem, a qual não lembrava de chegar tão próximo antes.

— Então, não vai pegar minha mão? — fitou aquela que não desviou os olhos dos seus, ficou intrigado, ela não fez movimento algum, nada que indicasse interesse em segurar sua mão estendida, apenas o hipnotizava com suas íris verdes.

Quebrando o momento para não demonstrar o quanto estava impressionado, ele fala:

— Parecia que estava fugindo antes, mas parece que me enganei. Está bem aí? — insinuou que ela estava gostando de ficar no chão.

Zahraa separou os lábios, ele não era tão direto com ela antes, já que não se falavam.

A sobrancelha dele arqueou, Zahraa tinha uma beleza delicada, no entanto, aquela noite estava diferente, tinha um contraste novo, parecia uma miragem de um anjo no deserto, aquele ser espirituoso cheio de confiança.

"Estou bem aqui? Com a imagem dele próxima, me estendendo a mão?" Pensou ela.

Deveria reconhecer que ainda fugia do pai, ele deveria estar atrás dela agora mesmo. Olhando para os lados, ela procurou não olhar mais nos olhos dele, tentando evitar desrespeito e diálogos. Passou a mão direita pela calça que vestia para limpar qualquer possível sujeira, então a colocou sobre a do príncipe, sentiu os dedos dele apertando em torno de sua palma quente. No entanto, nada aconteceu, além do coração acelerar apressado, por isso tentou retirar sua mão dali, mas foi sujeitada por ele.

Teve de olhar diretamente nos olhos dele, buscando entender o que acontecia. Assim que o fez, foi puxada a seu encontro, quase perdeu o equilíbrio com tamanha surpresa. Os corpos não estavam longe um do outro, apenas o suficiente para não ser considerado quebra de regras.

— Do que está fugindo? — ele foi direto, olhando no fundo dos olhos dela.

— Tenho de responder? Príncipe. — perguntou corajosa, mantendo o contato visual. Ele afastou a mão da sua, o calor dela era bem-vindo, mas devia evitar ser mal interpretado.

— Não parece estar em eminente perigo. Como não vejo perigo ao redor, fico curioso. — foi sincero.

— Então não sou obrigada a responder. — disse ansiosa.

— Não, mas gostaria. Tenho que saber de tudo que acontece ao meu redor. — estreitou os olhos varrendo o rosto dela. Fazendo um escaneamento completo.

"Por segurança não é?" Se perguntou, no fundo queria que ele estivesse preocupado com ela.

— Eu lhe asseguro, não há com que se preocupar. — insistiu, mantendo a curiosidade do príncipe.

— E eu lhe asseguro que não acredito nestas palavras. — calou Zahraa.

Procurou palavras para não desrespeitar o futuro soberano, então ouviu passos de alguém se aproximando, recordou do pai, olhou para trás, fazendo o príncipe olhar na mesma direção, não havia ninguém, era o sinal de que ainda tinha tempo para fugir sem que o príncipe soubesse o que ela estava fazendo ali.

— Preciso ir! Com sua licença amo! — tentou ser ágil passando por ele como um vento curto.

— Espere! — pareceu uma ordem, obrigando-a a obedecer.

Se virou para ela.

— Espero que não esteja em apuros. — Zahraa ficou confusa, naquele momento um casal se aproximou deles, também mantinha uma distância considerada respeitosa, mas dentro do radar do outro.

Vendo que não era seu pai, ela pôde relaxar um pouco. Mesmo assim, se manteve atenta ao corredor.

— Vossa alteza… — Zahraa ficou em silêncio esperando o casal passar por eles, os desconhecidos os cumprimentaram de forma igual, fazendo a jovem ficar tímida.

Quando eles sumiram, ela estava um pouco rubra.

— O que foi isso? — murmurou para o príncipe. Haidar a mirou dando a resposta.

— Pensam que você é minha prometida.

Os olhos de Zahraa saltaram, as bochechas ficaram vermelhas.

"Ele está prometido?" Seu coração apertou, teve de piscar algumas vezes para evitar ter os olhos marejados.

— Sinto por esse insulto, alteza! — ela disse de cabeça baixa.

— Insulto? — Haidar ergueu uma sobrancelha na direção dela, procurou o rosto dela.

— Não seria digna? — ele ficou interessado por suas palavras.

— Perdão senhor, devo ir primeiro. Que a paz esteja com você, amo! — Zahraa evitou dar sua resposta, acreditava que estava explícito o motivo, por isso não esperou que ele a impedisse de ir embora.

— Amo? — ele ficou confuso, se voltou para as portas de entrada do hotel, não havia ninguém, além dos seguranças que já estavam ali antes, nem mesmo a sombra dela.

Enquanto Zahraa pensava na má notícia que dilacerava seu coração.

"Ele irá se casar." Sentia que o ar lhe faltava, quando suas pernas a levava para longe do hotel.

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