Zahraa conseguiu pegar um táxi depois de muito se molhar na chuva apenas para não ser vista por Haidar, havia esperado para ter certeza que ele não havia encontrado seu telemóvel, quando o viu entrar no seu carro esporte, não conseguindo encontrar nada a mais com ele, deixou de acreditar no envolvimento dele naquela situação.O caminho até a residência dela foi rápido, pois a chuva cessou assim que ela entrou no táxi, fazendo-a resmungar. Entrou em casa com as roupas encharcadas, seu pai estava na sala, esperando-a. — Tome um banho, troque essas roupas e venha preparar o jantar! — ordenou assim que a viu, estava muito sério para se presumir que havia tido um bom dia. — Sim, senhor! — subiu as escadas sem reclamar.Se dirigiu ao banheiro do quarto com rapidez para não molhar demasiado o piso, prevenindo um acidente comum para ela, às vezes era distraída. Tomou um banho rápido, colocando o primeiro vestido que encontrou, prendeu os cabelos úmidos pela chuva e correu para a sala. — O
— Desculpe atrapalhar sua noite alteza! — pediu de antemão.Zahraa não conseguia ouvir a resposta dele. — Há uma jovem aqui dizendo ser a filha do senhor Al-Abdulla… — ele não completou, apenas levantou fitou Zahraa. — Permito que ela suba? — Quis ter certeza. — Sim. Sim. — disse ele, com o telefone contra a orelha. — Deseja que faça a revista? — Depois da resposta, devolveu o aparelho ao lugar de origem. Quando pôs a mão no outro bolso, Zahraa acreditou que iria tirar de lá algo para revista-la, enrijeceu um pouco com o pensamento de algo passando por seu corpo, procurando detectar quaisquer ameaça contra o príncipe. Para sua confusão, ele retirou uma chave, entregando a ela, deu um passo para o lado. — Para quê preciso disso? — Zahraa estava confusa com o objeto em mãos. — Está autorizada a subir. Pegue o elevador, ele vai parar no andar do príncipe. — A explicação dele foi breve.A confusão da jovem ainda era notória, a chave era estranha na palma dela. — Use a chave na por
A voz dela sumiu. Os olhos verdes cinzentos a envolveu. — Parece que gosta disso. Então continue sendo intimidada por esse cara estranho. — as palavras dele a deixam confusa. — Quê? — Zahraa entendia menos agora. Haidar se abaixou para deslizar o celular por cima da mesa de centro que os separava. — O número desconhecido que está enviando mensagem para você constantemente. — explicou, a vendo capturar o aparelho e vasculhar sobre o que ele falava.Haviam novas mensagens estranhas como as primeiras, Haidar não parecia ter respondido a nenhuma delas. Os olhos de Zahraa levantaram para o encontrar. — Estava falando disso? — murmurou envergonhada. Por um momento quis desmanchar de alívio. — Esconde algo que eu deveria saber? Acreditava que não tínhamos nada a ver um com o outro. — a verdade em suas palavras alfinetaram Zahraa, a obrigando a se recompor. — Não há. — quis assegurar, não foi capaz.O príncipe a estudou com interesse. — Poderia dizer que fui capaz de descobrir a identi
Não era do feitio de Haidar brincar de gato e rato, por isso estava se irritando com a brincadeira, havia aprendido com o sheik que deve se levar a sério as coisas qualquer detalhe que o incomodar, as mensagens não o incomodavam muito, apenas um pouco, mas as mentiras de Zahraa sim. Ele se questionava a cada passo o motivo de levá-la a esconder coisas dele, aquilo só o fazia pensar que teria algo haver com ele, pois ela conhecia a família dele de perto, assim como a versão dele da infância, poderia ter qualquer coisa que os envolvessem. Zahraa parecia tão frágil agora, as costas quase deslizando pela parede que se recostou, os olhos presos na imagem dele crescendo à medida que se aproximava mais dela. — Vamos Zahraa! — Haidar tentou usar o tom leve de pedido.A bela jovem quase escorregou pela parede, no entanto, no segundo seguinte, ela recobrou as forças e fugiu dele. — Uff! — Haidar sentia a falsa coroa cair de sua cabeça, a mulher era arisca. "Tenho que fazer tudo isso para con
Zahraa não tinha certeza se era real ou não. Queria desesperadamente aceitar, mas o medo foi maior. — Meu amo… — os olhos verdes cinzentos dele não traziam o amor que desejava ver na pessoa disposta a tomá-la como esposa. Havia algo sim, parecia desejo carnal, não era o certo. Tendo reconhecido o significado do olhar dele, teve certeza que o príncipe tinha outro propósito, o qual se encaixava apenas como uma parte do quebra-cabeça. Zahraa teve as mãos formigando para tocar os dedos que ainda permaneciam abaixo do queixo dela, por algum motivo evitou parecer muito arisca. Lembrou da nova identidade como dançarina, pensou em momentos futuros e neles teria de agir rápido, mostrando força, coragem determinação, sem esquecer da sedução. — Posso perguntar por qual motivo, príncipe? — cautelosa procurou saber. Haidar tirou os dedos do rosto dela, deu um passo para trás, aliviando a atração — Você se encaixa nos meus planos para fazer meu pai se arrepender de divulgar sobre casamento ago
Alguns dias depois…Zahraa havia recuperado um pouco de sua autoestima, mesmo que tivesse conseguido isso ao preço de ser uma espiã profissional, fugindo sempre de Haidar, mas ciente de cada passo dele. Agora sentia os olhos do príncipe em suas costas o tempo todo. Os papéis haviam invertido, ele a procurava, ela só o observava para ter sucesso em evitá-lo. Seu pai fingia ignorá-la como sempre, não havia nada de novo em casa, era até uma boa notícia, assim não ouviria o pai dar detalhes sobre sua caçada a um pretendente. Já no hotel, as coisas se agitavam. Um grupo de garotas da primeira noite estavam reunidas no camarim, todas cochichavam antes de notá-la, logo a fizeram se sentir um alvo, nenhuma lhe cumprimentou, não dirigiram a palavra a ela ou continuaram o assunto que tratavam antes da chegada dela. Foi assim até o término de sua dança, quando teve de adentrar sozinha, estava mais nervosa que a primeira noite, para sorte dela, Haidar não havia aparecido, no entanto, saiu do pal
Ainda era cedo, o sol estava se pondo lá fora, as janelas refletiam a beleza dos raios poentes que adentravam as vidraças responsáveis por parte da beleza do luxuoso hotel onde agora a jovem trabalhava.Decidida, caminhou para dentro do hotel mais uma vez. Desta vez seu patrocinador e representante não estava na entrada, Zahraa teria de o procurar. “Acredito que esteja no salão.” pensou consigo mesma.Chegou a porta do camarim, estava prestes a colocar a mão sobre a maçaneta. — Zaya! — ouviu Margaret chamando-a.Em primeiro lugar ela ficou confusa. — Que a paz esteja com você. — disse a loira se aproximando. — Que a paz esteja com você, também. — respondeu Zahraa. — Chegou cedo. — um sorriso genuíno foi visto nos lábios da loira. — Quiz ajudar em alguma preparação caso fosse necessária. — diz calmamente. — Ah! Sem problemas, tudo está preparado para você, apenas querem que compareça ao escritório com o senhor Al- Baghdadi para assinar o contrato oficial. — informou o que lhe foi
Zahraa agradeceu por ele ser cuidadoso com ela naquele momento e por dar-lhe tempo de situar-se naquele meio. Omar puxou os cantos dos lábios na direção da jovem, soltando sua mão no momento em que ela se pôs de pé. Os olhos verdes buscaram algo na outra mão dele, baixando os olhos, encontrou o véu que cobriria mais tarde o rosto dela, a transformando em Zaya. Assim que devolveu, se afastou para dar a ela espaço que necessitava. — Pensei ter ouvido antes que Margaret estava me procurando, estou errado? — quis ouvir a voz dela, a fim de deixá-la mais confortável na sua presença. — É verdade. É sobre o contrato. — foi tudo o que disse, mas havia sido extremamente difícil para ela, devido a seu desconforto com relação a presença dele. — Então irei apressar-me e deixá-la se aprontar. — diz insinuando colocar as mãos dentro dos bolsos, não o fazendo no fim.Caminhou até a porta sob o olhar levemente desconfiado dela, parou de repente antes de tocar a maçaneta, se virou para Zahraa. — Nã