Zahraa agradeceu por ele ser cuidadoso com ela naquele momento e por dar-lhe tempo de situar-se naquele meio. Omar puxou os cantos dos lábios na direção da jovem, soltando sua mão no momento em que ela se pôs de pé. Os olhos verdes buscaram algo na outra mão dele, baixando os olhos, encontrou o véu que cobriria mais tarde o rosto dela, a transformando em Zaya. Assim que devolveu, se afastou para dar a ela espaço que necessitava. — Pensei ter ouvido antes que Margaret estava me procurando, estou errado? — quis ouvir a voz dela, a fim de deixá-la mais confortável na sua presença. — É verdade. É sobre o contrato. — foi tudo o que disse, mas havia sido extremamente difícil para ela, devido a seu desconforto com relação a presença dele. — Então irei apressar-me e deixá-la se aprontar. — diz insinuando colocar as mãos dentro dos bolsos, não o fazendo no fim.Caminhou até a porta sob o olhar levemente desconfiado dela, parou de repente antes de tocar a maçaneta, se virou para Zahraa. — Nã
Margaret a parou assim que ela deu o primeiro passo. — Hoje primeiro será você, com apenas uma dança. Depois as outras dançarinas irão entrar juntas quando a música encerrar, este é o momento que você sai. — avisou.Zahraa anui, sem questionar, adentra o palco. O salão estava escuro, silencioso o suficiente para escutarem seus saltos no piso liso do espaço, enquanto ela se aproximava para tomar seu lugar. O som da melodia soou por todo espaço, a luz foi jogada sobre ela, seus passos já haviam se iniciado, lentamente ela movia as pernas com passos curtos, uma perna passando pela outra. Braços ao alto, olhar marcante, mesmo seu coração galopando no peito. Seus olhos o viram na primeira fila, Omar ainda não estava entre os presentes. A dançarina lembrou das palavras das outras garotas, ainda sentia irritação, queria mostrar para elas que estavam enganadas, por isso transferiu um sorriso por baixo do véu que apontou em seus olhos como algo sensual, com um toque de malícia, foi assim que
— Sempre direto. — sorriu-lhe Ismael. — Quando poderei conhecer Zaya? Ou alguém esqueceu o que disse? — Haidar pressionou Ismael, não se dirigindo a Omar. — Sinto muito príncipe! Realmente sinto, ainda não tive oportunidade de avisar a jovem dançarina sobre seu desejo de vê-la. — o mais velho usou um tom próximo ao calmo. — Quanto tempo mais irá demorar? — não iria aceitar tão fácil, parecia uma desculpa para ele. — Logo… — os olhos verdes cinzentos cravaram em Ismael, não era considerado desrespeito a sua idade, apenas uma demonstração de ordem, posição e firmeza. — Na próxima noite! — Ismael se obrigou a prometer.Haidar concordou, poderia esperar mais um pouco, os próximos passos só iriam depender da dançarina.Remoendo todas as palavras que disse perto daquele que denominavam príncipe, pelo posto que sua família tinha e por suas ações, Omar supôs o que se passava na cabeça dele, então decidiu ajudar Ismael a prender o herdeiro do sheik com suas conversas, também queria apagar
— Mas os anos de contrato não irão se estender, certo? — Zahraa quis se certificar que não ficaria presa aquele contrato e que poderia comprir até o tempo designado, pois se recorda do acordo que tinha com seu pai, apenas dois anos, no mínimo um e meio. — Algo a impede de continuar com isso, senhorita Al-Abdulla? — Omar também se mostrou interessado em saber que resposta ela daria ao seu advogado. — Peço desculpas por não falar sobre isso antes… Mas só poderei dançar por dois anos, não tenho certeza se depois deste tempo poderei continuar com isso. — quase hesitou em lhes dizer as últimas palavras. — Podemos saber por qual motivo? — Omar tomou a frente da pergunta que deveria ser feita por Nair. — Tenho um acordo com meu pai sobre esse tempo. Não posso ultrapassar o período que ele me impôs. — disse vagamente. Fazendo Omar e Nair se entreolharam. — Se não for inconveniente demais, posso perguntar o motivo? — Omar pergunta com curiosidade.Zahraa o olha por alguns segundos antes de
Omar esqueceu Nair rapidamente, enquanto dirigia até sua casa, pensou em como a jovem dançarina deveria ter ido embora, ele realmente não faria nada de mau a ela, se convenceu que ajudava Zahraa a cumprimir o acordo com o pai, apenas a abordou muito cedo, o que serviu para demonstrar a personalidade e pureza dela. Para ele suas intenções com ela eram boas, afinal, qualquer um notaria como ela o analisou na primeira vez que o viu, mesmo não significando muito para nenhum dos dois no momento, aquilo ficou nele como uma primeira impressão.Por isso pensou nas palavras de Zahraa, ela iria se comprometer em breve, mas como havia falado, era sinal de que o fazia apenas pelo acordo que tinha com o pai dela, demonstrando não ter ninguém apto a ocupar o cargo. “Então o jovem Al-Maktoum não é seu pretendente? Se fosse, não teria mais chance alguma.” pensou consigo mesmo.Apertou os dedos no volante, olhou de soslaio para a cópia do contrato que adicionou no meio dos outros, então observou o pai
O aparelho móvel que ainda não estava com apoio nenhum caiu sobre a mesa, onde Lila tentou o colocar, a luz da lanterna ficou contra a madeira escura da mesa, impedindo que a pouca claridade vindo dele retornasse ao ambiente.Ele tampou sua boca. Estava quase a abraçando por trás com a pouca distância. Inicialmente Lila ficou quieta, sem mover os braços ou pernas, mas o grito ainda era abafado, soando como um murmúrio abafado no meio da noite. O homem era alto, pela altura das mãos. Ela sentiu um arrepio no corpo quando ele deixou suas mãos leves, impaciente, Lila as segurou na tentativa de baixá-las para gritar, mas as mãos retornaram a pressionar ali, trazendo mais o corpo dela para recostar no do homem, ele parecia forte também. Então ela reconheceu o perfume em sua pele, o cheiro gostoso que vinha de suas mãos, por isso inspirou, aprovando o que sentia, agora tinha consciência do contato com o grande corpo dele atrás do seu. “Por Alá, que pecado.” pensou Lila. — Não grite! — ped
(Ligação entre Lila e Haidar).— Oi maninho! — ouviu a voz de Lila em sua habitual alegria. — O que você quer? — respondeu de má-vontade, estava sentindo-se frustrado por não conhecer a dançarina. — Eu sei que você me ama, esse seu amor é compreendido por mim, não se preocupe. — Lila enrolou o irmão novamente.Haidar bufou, demonstrando não está para brincadeira. — Certo. Eu direi. Seu chato! Quero que você venha passar a noite na casa dos nossos pais para me levar para a escola amanhã! — Haidar arqueou uma sobrancelha intrigado. — E por quê? — Porque quero ver meu irmão. Venha logo, sairemos cedo! — desligou a mais nova antes que ele negasse o pedido.Haidar soltou o ar novamente, se levantou caminhando até seu casaco, colocou o celular no bolso, pegou as chaves do carro e apartamento, então saiu, trancando o apartamento. Minutos depois, estava chegando na casa dos pais, a passagem dele foi liberada por alguns seguranças, se dirigiu direto ao antigo quarto já que todos estavam
Pensando rápido, Haidar passou a mão direita sobre os cabelos aproveitando para deixar o cotovelo sobre o travesseiro, impedindo qualquer questionamento da irmã quanto aquilo ali. — Disse que estou atrasado? — perguntou, olhando para o lado, onde a irmã estava. — Sim. Estamos atrasados. Lembra que hoje me levaria para a escola? Foi por isso que veio. — diz distraída com a conversa dele, não notou nada estranho agora, acreditou ser por ouvir tarde a frase o alertando sobre o atraso de ambos. — Achei que tinha vindo porque estava com saudades de mim. — Lila soltou um breve riso. — Claro que sentir sua falta, eu te amo mais que tudo!!! — ela ameaçou se aproximar novamente. Haidar tentou não transparecer nada. — Acabo de acordar e estou atrasado. Mais atrasado que você, aliás. — fez ela concordar compreensivamente, evitando um abraço além da aproximação.Lila tinha em mente a distância mais tarde percorrida, quase do outro lado da cidade, depois voltar para a faculdade. — Vou esperar