Omar esqueceu Nair rapidamente, enquanto dirigia até sua casa, pensou em como a jovem dançarina deveria ter ido embora, ele realmente não faria nada de mau a ela, se convenceu que ajudava Zahraa a cumprimir o acordo com o pai, apenas a abordou muito cedo, o que serviu para demonstrar a personalidade e pureza dela. Para ele suas intenções com ela eram boas, afinal, qualquer um notaria como ela o analisou na primeira vez que o viu, mesmo não significando muito para nenhum dos dois no momento, aquilo ficou nele como uma primeira impressão.Por isso pensou nas palavras de Zahraa, ela iria se comprometer em breve, mas como havia falado, era sinal de que o fazia apenas pelo acordo que tinha com o pai dela, demonstrando não ter ninguém apto a ocupar o cargo. “Então o jovem Al-Maktoum não é seu pretendente? Se fosse, não teria mais chance alguma.” pensou consigo mesmo.Apertou os dedos no volante, olhou de soslaio para a cópia do contrato que adicionou no meio dos outros, então observou o pai
O aparelho móvel que ainda não estava com apoio nenhum caiu sobre a mesa, onde Lila tentou o colocar, a luz da lanterna ficou contra a madeira escura da mesa, impedindo que a pouca claridade vindo dele retornasse ao ambiente.Ele tampou sua boca. Estava quase a abraçando por trás com a pouca distância. Inicialmente Lila ficou quieta, sem mover os braços ou pernas, mas o grito ainda era abafado, soando como um murmúrio abafado no meio da noite. O homem era alto, pela altura das mãos. Ela sentiu um arrepio no corpo quando ele deixou suas mãos leves, impaciente, Lila as segurou na tentativa de baixá-las para gritar, mas as mãos retornaram a pressionar ali, trazendo mais o corpo dela para recostar no do homem, ele parecia forte também. Então ela reconheceu o perfume em sua pele, o cheiro gostoso que vinha de suas mãos, por isso inspirou, aprovando o que sentia, agora tinha consciência do contato com o grande corpo dele atrás do seu. “Por Alá, que pecado.” pensou Lila. — Não grite! — ped
(Ligação entre Lila e Haidar).— Oi maninho! — ouviu a voz de Lila em sua habitual alegria. — O que você quer? — respondeu de má-vontade, estava sentindo-se frustrado por não conhecer a dançarina. — Eu sei que você me ama, esse seu amor é compreendido por mim, não se preocupe. — Lila enrolou o irmão novamente.Haidar bufou, demonstrando não está para brincadeira. — Certo. Eu direi. Seu chato! Quero que você venha passar a noite na casa dos nossos pais para me levar para a escola amanhã! — Haidar arqueou uma sobrancelha intrigado. — E por quê? — Porque quero ver meu irmão. Venha logo, sairemos cedo! — desligou a mais nova antes que ele negasse o pedido.Haidar soltou o ar novamente, se levantou caminhando até seu casaco, colocou o celular no bolso, pegou as chaves do carro e apartamento, então saiu, trancando o apartamento. Minutos depois, estava chegando na casa dos pais, a passagem dele foi liberada por alguns seguranças, se dirigiu direto ao antigo quarto já que todos estavam
Pensando rápido, Haidar passou a mão direita sobre os cabelos aproveitando para deixar o cotovelo sobre o travesseiro, impedindo qualquer questionamento da irmã quanto aquilo ali. — Disse que estou atrasado? — perguntou, olhando para o lado, onde a irmã estava. — Sim. Estamos atrasados. Lembra que hoje me levaria para a escola? Foi por isso que veio. — diz distraída com a conversa dele, não notou nada estranho agora, acreditou ser por ouvir tarde a frase o alertando sobre o atraso de ambos. — Achei que tinha vindo porque estava com saudades de mim. — Lila soltou um breve riso. — Claro que sentir sua falta, eu te amo mais que tudo!!! — ela ameaçou se aproximar novamente. Haidar tentou não transparecer nada. — Acabo de acordar e estou atrasado. Mais atrasado que você, aliás. — fez ela concordar compreensivamente, evitando um abraço além da aproximação.Lila tinha em mente a distância mais tarde percorrida, quase do outro lado da cidade, depois voltar para a faculdade. — Vou esperar
Os pneus haviam arranhado o chão, o barulho de cada um deles chamou atenção das pessoas ao redor, até mesmo aquelas que estavam em suas residências. Haidar estava cheio de adrenalina, conseguiu evitar o estresse comum do acontecimento, se recompondo rapidamente, soltou o volante do automóvel parado, saiu do carro indo até aquela que por pouco não virou uma vítima de atropelamento. O celular dela estava no chão assim como ela, sentada com o coração acelerado e os olhos vidrados nele, era notório o estado de choque que se encontrava.Se agachando na frente dela ele investigou seu estado físico com os olhos, sem tocá-la, também se atentou a perguntar sobre algo que poderia não ver por causa da abaya usada por ela. — Você está bem? Zahraa anui meio confusa. — Eu penso que sim… Vendo as pessoas os rodeando curiosas, Haidar tentou contornar a situação, a notícia não seria bem recebida pelo sheik, então tratou de não se preocupar mais com a universidade depois daquilo. — Ele não vai so
— Não faça nada estúpido! — Haidar não diminuiu a velocidade do carro, demonstrando não estar preocupado. — Não é estupidez ter vontade própria. — ela reclamou imediatamente. — Não me parece inteligente, então é estupidez. — diz ele. — Eu não preciso ouvi-lo mais. — ameaçou abrir a porta com o carro em movimento. — Precisa e o fará! — o príncipe tinha certeza do que dizia. — Vamos ver! — tentou realmente abrir a porta, por várias vezes quis chutar, empurrar, forçar e persistir na ação. — Mais que droga! — irritou ao limite, os olhos pegavam fogo quando ouviu o som da gargalhada curta de Haidar. — Isso não é engraçado, você está me levando contra minha vontade, está me sequestrando. — diz ela. — Se eu estivesse não levaria você para seu pai em primeiro lugar, qual sequestrador leva sua vítima para o hospital? Fazer inspeção do "produto?" Qualidade? — desatou a rir sem ao menos ter parado.Zahraa bufou, o ameaçando com o olhar afiado, por mais que o som belo da gargalhada dele fo
— O que está acontecendo aqui? — Zahraa ouviu a voz de Haidar, ela havia caído de lado em cima da cadeira que antes estava sentada, ambas caíram fazendo muito barulho, Haidar se agachou perto dela tentando averiguar o que havia acontecido com seu corpo. Youssef não respondeu a pergunta do príncipe imediatamente, apenas minutos depois. — Tive de ensinar uma lição a ela. — tentou trazer aprovação para seu lado.Haidar o encarou, depois tentou ajudar Zahraa a levantando com um abraço sem má-intenção por trás. Então verificou o rosto dela, onde o lenço escorregava, deixando os cabelos negros a mostra. Notando que a cor de seus fios lhe chamou atenção, ele tentou focar no que era necessário. — Não se trata dessa forma, aqui tem marcas. Isso é um sinal de violência física, agressão, não castigo, desta forma está violando os direitos dela. — mostrou o rosto de Zahraa com o lado direito inteiro vermelho, até as marcas de seus dedos estavam cravados na pele dela, os olhos marejados alertavam
Quando Zahraa achou que não poderia mais escapar dele, o telemóvel dele tocou no bolso de sua calça. Haidar parou, ainda a olhando intensamente, virou e se afastou para atender o aparelho. — Venha imediatamente! — ouviu a voz de seu pai do outro lado. Haidar bufou assim que a ligação foi encerrada. — Tenho que ir. Aproveite o tempo aqui, depois alguém a levará em casa! — avisou já se dirigindo a porta. Pelo silêncio ele se voltou para ela, Zahraa observava o jardim do outro lado, mas ela tinha ouvido suas palavras.Haidar suspirou, acreditou ser o momento de deixá-la sozinha. Saiu do espaço indo até um dos atendentes, explicou a situação de forma resumida, depois deu as ordens: — Deixe um carro preparado para levá-la em casa. Enquanto isso não importa o que ela pedir, dê a ela e caso ela não peça, apenas leve a melhor escolha do cardápio, depois disso não a incomodem! — o outro engoliu em seco, foi tanta informação de uma só vez que apenas concordou. Assim que o príncipe deu as c