Zahraa não soube o que responder, por mais que tentasse. Omar deu um leve sorriso, demonstrando sua tristeza, o que durou poucos segundos. — Vamos! Tem algumas coisas que devemos fazer. Tem roupas no closet. — avisou, pegando a bandeja dela.Zahraa apenas concordou, se pôs de pé e se preparou, como ele havia pedido.Logo estavam no carro novamente. — O que vamos fazer? — Zahraa não havia percebido, mas falava mais calma agora, parecia que depois da história dele, não tinha mais medo.Aquilo deixou Omar feliz, mesmo que ele não demonstrasse. — Sua primeira consulta. — avisou. Os olhos de Zahraa saltaram. Eles estavam passando para a sala do médico naquele instante. — Olá, sejam bem-vindos! — o gentil senhor lhes deu um sorriso genuíno. Zahraa agradeceu com um leve aceno, Omar também o fez, usando as palavras: — Então quer acompanhá-la e verificar o progresso de seu filho? — Zahraa ficou espantada com as palavras do médico, por isso olhou diretamente para Omar. — Como eu havia d
Zahraa ficou naquele abraço em silêncio, até o momento em que ele a afastou para observá-la. — Você está bem? Ele fez algo com você? — preocupou-se.As íris verdes de Zahraa tinham algo a mais naquele momento, uma espécie de intensidade, como se ela mesma tivesse selado seu destino. — Eu estou bem… Ele me protegeu. — viu ela varrer o lugar onde havia sido jogado a pequena bomba de pouco impacto que explodiu a porta. — Eu sinto por isso, não foi ideia minha. Eles têm o próprio jeito de fazer certas coisas. — voltou a atenção para ela, mostrando buscar algum ferimento. — Fico feliz que seu pulso tenha melhorado. — ele deu-lhe quase um sorriso discreto.Zahraa o observou. Haidar estava diferente, aparentava algumas olheiras, expressão cansada com um alívio evidente, mas ainda estava belo. — Vamos sair logo daqui, preciso que esteja a quilômetros deste lugar. — vasculhou seu entorno. Quando começou a guiá-la para fora, ela parou de repente: — Espere! — ganhou a atenção dele. — Pre
— Como poderia? Estávamos sem tempo antes e mal temos agora. Não é o momento e nem hora. — ficou nervosa. Haidar a encarou por um breve segundo. — Está bem, deixarei que descanse. Não estou exigindo nada agora. — Zahraa quase se esquecera de sua aura dominante. — Agradeço. — murmurou ela.Era notório que algo a estava incomodando e Haidar queria saber do que se tratava. — Onde vamos? Quero dizer… Vai me levar para casa de meu pai? — perguntou ela. "Seria isso que a incomoda?" Os olhos verdes cinzentos do príncipe, pousaram no pulso antes machucado.Lembrando-se que o pai dela era o responsável, ele negou imediatamente: — De forma alguma! — Mas ainda é minha casa. Quero dizer, onde cresci. — se corrigiu ao recordar que para seu pai a casa era apenas dele. — Já não seria em poucos dias, por quê não adiantar? — foi sugestivo. — E para onde eu iria? Não tenho outro lugar… — se auto interrompeu, notando um sorriso deslizar pelos lábios de Haidar. — Do que está rindo? — se viu cha
Haidar cravou seus olhos nos dela, visualizando o desejo ali. — Vou fazê-la esquecer de qualquer um que esteja depois dessa porta! — assegurou.Zahraa deu um sorriso ofegante. — Talvez você tenha que esquecer também. — brincou, recebendo um aperto acima de uma de suas coxas. — Não seja levada, não hoje. Depois do casamento, poderá ser. Princesa! Reivindicou seu corpo, beijando seu pescoço, deslizando o tecido do vestido pelo ombro, depois o outro.Ele caminhou com ela até a cama, a depositou, descendo seus beijos até sua barriga, onde trocou olhar com ela, beijou acima de sua roupa. Sentindo uma estranha sensação de amor infinito. Continuou, retirou parte de suas próprias roupas, com a atenção dela correndo em cada parte de seu corpo. Então, seminu, se aproximou, retirou os saltos dela, deixando beijos a partir dali, foi subindo o tecido do vestido, cada centímetro, um beijo.Ouvia Zahraa suspirar ao se contorcer, parecia que suas reações haviam mudado, estavam mais intensas.Aju
— Apresento a todos, Zaya, a última competidora a dançarina da noite! — ouviu-se apenas o som da voz do apresentador chamando seu pseudônimo, pois ele não estava ali. A luz do holofote caiu sobre ela quando entrou no palco, enquanto o grande salão do hotel luxuoso mantinha as demais luzes apagadas, para que os convidados e hóspedes pudesse assistir de forma confortável e focados nas apresentações daquela noite. Era sua primeira vez ali, estava torcendo para conseguir a vaga de dançarina naquele hotel, assim seguiria seu sonho sem revelar sua real identidade.Estava prestes a realizar seu sonho, se tornar uma dançarina profissional, como foi sua mãe.Com um véu abaixo dos olhos, cobrindo a parte inferior do rosto sentia-se mais confiante. Pôs o pé esquerdo na frente do direto, mostrando parte do salto preto por baixo da saia longa, com fendas nas laterais, negra como a noite e como seus cabelos compridos, nela pendia um cinto dourado, cheio de adereços delicados, o ventre estava visív
O corpo do jovem de vinte anos, com altura considerável, tendo um e oitenta e três parecia ainda mais alto sendo visto de baixo, os músculos dele insinuavam serem trabalhados, mesmo com a pouca idade, parecia se esforçar para permanecer com a estrutura adequada para a quantidade de massa muscular que tinha. — Sinto por isso! — as primeiras palavras saíram dos lábios dele. A mão direita surgiu mais perto de Zahraa, o olhar indescritível, a postura impecável, a roupa sob medida, os sapatos limpos e caros. Os cabelos dele estavam penteados de forma natural, uma parte maior para o lado direito, com alguns fios quase caindo sobre a sobrancelha grossa, a outra parte tinha alguns fios do lado esquerdo caindo perto do canto do olho, olhos marcantes, nariz bem feito, lábios meio rosados de volume adequado, com uma barba levemente aparada; surgindo como uma espessura de dos dedos desde os cabelos curtos perto das orelhas, até o maxilar e queixo. — Por acaso não mereço ao menos ouvir sua voz?
Horas antes da apresentação de Zahraa… O celular de Haidar tocou em cima de sua cama. O jovem estava arrumando a gravata no pescoço, queria algo formal para aquela noite, mas não pôde ignorar o som daquela chamada. Caminhando até o telemóvel, arrancou a gravata que não conseguia colocar no lugar. Pegou o celular visualizando o nome na tela, atendeu imediatamente. — Pai. Boa noite! — desejou antes de ouvir a voz do sheik. "Boa noite! Quero que venha aqui imediatamente!" — foi direto. — Agora? Agora eu… — foi interrompido por seu pai. "Temos um assunto que não se pode esperar." — aquelas palavras fizeram o jovem suspirar. — Certo. Estou indo! — disse desligando o aparelho.Antes de guardar o aparelho, ouviu o som da notificação que piscou a tela novamente, tendo interesse aguçado, abriu a notícia que havia surgido. — O que temos aqui? — começou a ler o trecho da notícia…Seus olhos verdes cinzentos se estreitaram, a respiração acelerou. — O que significa isso? — usou o tom alto,
— Haidar, você sempre soube que esse dia chegaria. — disse Khalil. — Sim, mas… — se interrompeu. Engoliu as palavras sob o olhar de seu pai. — Eu entendo. — disse em alto som, nada de murmúrio.O sheik estava orgulhoso pelo filho conseguir permanecer com o tom de voz inalterável, mas no fundo, queria que ele o enfrentasse, pedisse explicação e não aceitasse nada que não quisesse tão fácil, como estava fazendo agora. Parecendo ler a mente do pai, Haidar endureceu o olhar, ampliando a firmeza que havia aprendido a guardar dentro de si. — Algo a questionar? — Khalil esperou a manifestação da insatisfação causada pela notícia. — Eu não quero isso agora! Sei que posso fazer isso, me casar, mas não irei fazer nas condições escolhidas! — assegurou.Khalil escondeu o orgulho aos poucos o preenchendo, pondo no lugar uma carranca que o levou a canalizar a alegria na falsa irritação contra a atitude segura do filho. — Você não ouviu as condições, como sabe se tudo já foi escolhido? — pergun