— Eu não tenho muito para contar sobre o meu pai, ele morreu em combate e minha mãe só soube dois dias depois, nem ouve corpo para minha mãe enterrar.
Talvez por isso ela nunca tenha superado a perda. Penso.
— Sinto muito por isso, uma criança não devia crescer sem os dois pais. — Elisa diz dando um beijo em minha coluna e alisando o meu peito.
Ela não sabe com isso me deixa “louco.” Reprimir um gemido que queria escapar.
— Você tem razão, minha deusa, você tem razão. — Sussurrei. — Meu pai começou o seu serviço no exército aos dezoito anos, o exercício vendo o quanto ele evoluiu, o mandou para várias missões.
— Então esse desejo de servir ao seu país veio de seu pai?
— Sim e não… Mais para frente você entenderá.
— Certo!
— Como eu estava dizendo… Meu pai foi mandado para várias missões e foi em uma dessas missões que ele conheceu a minha mãe, Nora Isayev Volkova.
— Lindo nome, ministro.
— Não só o nome, minha mãe era linda, tanto por dentro, quanto por fora, minha deusa. — Digo com orgulho.
— Então você puxou a ela!
Não minha deusa, eu não puxei! Penso sentindo um pesar em meu peito.
Queria eu ser metade da pessoa que minha mãe foi, ela não me contava muito sobre ela e meu pai, então sempre eu pedia a tia Jamila para me contar o pouco que sabe sobre a minha mãe, as poucas histórias que minha tia Jamila me contava me fazia imaginá-la uma Super-heroína, a “Mulher de Aço” em minha vida.
Infelizmente, até as pessoas feitam de aço se quebram com o tempo. Reflito.
Como todo super-herói, minha mãe tinha uma fraqueza, ela não soube lidar com a dor da perda.
“Todas as suas escolhas foram baseadas em sua dor.”
— Minha mãe era uma médica sem fronteiras, então assim como meu pai ela viajava muito. Depois de três anos namorando, eles casaram, um ano depois minha mãe engravidou de mim e por um tempo eles ficaram curtindo a gravidez…
— Por que sinto que você não me parece feliz ao contar isso?
— Eu… Eu… Não consigo forma uma resposta e fico calado.
Minha deusa está certa, muita coisa desandou na vida de minha mãe e eu não gosto de pensar nessas coisas.
— Ministro, tudo bem?
— Ah, sim, está tudo bem! Estava pensando.
— Você quer parar? Podemos deixar para outro dia, ministro, a gente tem tempo.
— Minha deusa, a gente não pode voltar o ontem e nem podemos prever o amanhã, tempo é algo que não podemos desperdiçar, então hoje é o dia certo!
— Você está mais que certo, se você quer continuar, eu estou escutando. — Ela diz voltando a beijar minha coluna.
Haja força de vontade!
Esses gestos de carinho dela me deixam em total euforia, a todo o momento estou me segurando para não agarrá-la, eu sei o quanto a nossa conversa é importante para mim e principalmente para ela.
— Eles ficaram curtindo a gravidez por um tempo, mas logo meu pai foi chamado pelo exército e se viu obrigado a deixar minha mãe para trás grávida de seis meses, minha mãe não sabia quando meu pai voltaria, então para não ficar sozinha, ela decidiu viajar para Moçambique com os médicos sem fronteiras.
— E sua família não podia ficar com ela? Não foi perigoso para ela?
— Não tenho familiares vivos, não que eu saiba, meus avós são falecidos e meus pais eram filhos únicos… Não foi perigoso ela viajar, porque ela estava rodeada pelos seus amigos médicos, mas no final das contas, quem acabou fazendo o parto dela foi minha tia Jamila, a mãe de Andrei, em uma tenda erguida para servir de posto médico.
— A mãe do senhor Medvedev? — Elisa exclamou surpresa. _ Pensei que ele fosse russo.
— Ele é russo, nasceu aqui quando eu tinha quatro anos, mas a minha mãe conheceu tia Jamila lá em Moçambique.
— Caramba, por essa eu não esperava, o senhor Medvedev é metade russo e você metade moçambicano. Sorriu ao escutar seu tom surpreso e eufórico. — Como sua tia veio parar na Rússia?
— Minha mãe pediu ajuda para alguns contatos no MSF, ela estava de resguardo e não podia viajar sozinha, tia Jamila na época era uma enfermeira recém-formada, mas como ela queria fazer medicina minha mãe a ajudou a conseguir seu visto de estudante.
— Elas se tornaram grandes amigas não foi? Bem antes de sua tia vim para a Rússia.
— Sim, minha mãe disse que sentiu uma conexão com tia Jamila que nem ela sabia explicar, parecido com você e a senhorita Evanoff.
— E você e o senhor Medvedev.
— Sim, verdade! Sorriu novamente.
— Onde está a mãe do senhor Medvedev? Viajando?
— Infelizmente não, tia Jamila faleceu a quatro anos e meio. Ela foi assassinada quando saia do hospital em que trabalhava.
Ela não precisava saber dos detalhes.
— Sinto muito!
— Não sinta minha deusa, a perda já faz parte de minha vida. — Falei dando de ombro. — Não conheci meu pai, ele morreu em missão, anos depois perdi a minha mãe para depressão, ela se suicidou, estava cansada de sofrer pela morte de meu pai e não aguentava mais as agressões de meu padrasto, físicas e verbais, o homem que ela pensou que seria bom para mim, mas ele não passava de um homem escroto e repugnante e só descobrimos isso depois que ele entrou em nossas vidas. Para não ter que ficar olhando para cara dele, me alistei no exército, esse foi o maior motivo que me fez entrar no exército. Eu estava fugindo da minha vida miserável e esqueci a minha mãe, a mulher que realizou tanto por mim e eu dei as costas. Anos depois conheci Lara, minha falecida esposa.
— Você foi casado? — Questionou-me surpresa.
— Sim, fui! — Afirmei. — Nosso casamento não foi dos melhores. No início foi maravilhoso, mas depois de dois anos namorando, Lara engravidou. Senti-me no dever, então a pedi em casamento. Casamo-nos…
_ — Você é casado e tem um filho, ministro? — Ela levantou seu tronco e estreitou seus olhos me fazendo rir com o ciúme evidenciado em sua voz.
— Corrigindo, eu fui casado.
— Hum… — Diz voltando a deitar.
— Não pesquisou sobre mim?
— Pesquisei, mas só apareceram as modelos gostosonas que você costumava sair. — Gargalhei.
Ciumenta!
— Não se importe com essas modelos ou com esse casamento, minha deusa. — Pedi dando de ombro. — Casar com a Lara foi a minha pior decisão. Um mês depois, começamos a brigar muito e ficamos assim durante longos seis anos.
— Esse assunto ainda te machuca?
— Não por ela, Lara já é passado para mim… Descobrir através de um conhecido que ela estava em uma boate aos beijos com outro homem, perguntei a Lara e ela não negou, brigamos e eu pedir o divórcio. Mesmo passando a maioria do tempo afastado dela, eu nunca a trair, então esperava o mesmo dela. Nossa filha Vânia ficou morando com ela, devido as minhas missões no exército, que eram constantes. Em uma dessas missões faltava uma semana para voltar para casa, de poder enfim cuidar de minha filha, foi quando recebi uma ligação de Andrei avisando que Lara sofreu um acidente de carro e que minha filha estava no carro, naquele dia perdi a minha menininha.
— Sinto tanto, ministro.
— Eu também sinto minha deusa, eu perdi a todos que amava todos! A perda faz parte de mim.
— Dmitri, eu sinto muito mesmo, mas não diga mais isso, por favor. — Sua voz sai entre cortada como se ela fosse chorar a qualquer momento. — Essas palavras são tão cruéis com você. Infelizmente a perda faz parte de todos nós, a vida tem tantos mistérios, e para foder com tudo, o maior desses mistérios é a morte. Até hoje não consigo entender o porquê de uma pessoa amada ter que partir, eu realmente não entendo. Quando minha mãe morreu eu sentir uma dor imensurável, parecia que algo dentro de mim se partiu em mil pedaços e nessas horas nenhuma palavra dita consegue consertar os nossos corações despedaçados, a dor é tão grande que muita coisa parece não haver sentido.
— E não faz mesmo! Sinto uma grande saudade de minha filha, não tem um dia que eu não sinta falta dela, de minha mãe, tia Jamila e até mesmo de Lara, nós dois não demos certo, mas eu nunca desejei esse fim para ela. O tempo ajuda a gente a suportar a dor da perda…
— Mas não, a cura. — Ela completou.
— Você ia gostar de conhecer a Vânia, hoje ela teria quase a idade de Ania.
— Tenho certeza que iria gostar sim!
— O que me dói mais minha deusa é que no final eu não estava presente no momento que elas precisaram de mim, eu não posso me perdoar em ter feito isso com elas. Tenho medo de falhar com você, assim como falhei com elas. Tenho medo de te arrastar para essa maldição em minha vida, de perder as pessoas que amo.
— O amor é assim mesmo, ministro, a gente fica insegura, eu não consigo fugir disso. — Ela admitiu, levantou da espreguiçadeira e ficou me encarando com um olhar intenso. — Toda vez que você sai, ou deixa de dar alguma notícia, eu sinto medo em te perder, eu sinto medo de me perder sem você. Quando você acordar algum dia e encontrar alguém melhor do que eu e decidir que não me quer mais…
— Nunca minha deusa, eu já disse: você é minha!
— O futuro a Deus pertence, ministro, só ele sabe o que vai acontecer conosco.
— Perdi tanta coisa, mas aí você apareceu… Você é a melhor coisa que aconteceu em minha vida, Elisa. — Declarei com firmeza ao me levantar e sentar na espreguiçadeira a olhando atentamente.
— Você também é a melhor coisa que aconteceu em minha vida… Na verdade, você, Kátia e os pais dela. Kátia surtaria se eu não a achasse a melhor também, ela é ciumenta demais.
E você também! Pensei tornando a sorrir.
— Eu também sou! — Admiti. — Você sabe. — Ela sorri.
— Ela gosta de você, sabia? — Fico surpreso e não disfarço. — Kátia sempre me dizia que eu encontraria alguém bom para mim, alguém que cuidaria de mim e me amaria. Ela gosta de você porque, encontrei a pessoa certa.
— A senhorita Evanoff subiu em meu conceito. — Admiti com amplo sorriso.
— Quando eu contar isso, ela vai se achar. — Elisa diz sentando em meu colo de pernas abertas.
— Eu também sinto o mesmo em relação a você, minha deusa. — Pressiono seu corpo junto ao meu e ela deita a cabeça em meu ombro. — Sabe por que tenho medo em te perder?
— Não! — Ela negou.
— Porque você é a única pessoa que me faz sentir especial, você me dar razões para não desistir de lutar por nós. Você me completa, Elisa, me faz feliz, por isso eu não suportarei se aquele homem tentar te machucar outra vez, e eu não consegui evitar... — Deixo meinhas palavras suspensas.
Nem posso imaginar algo assim.
— Se eu tivesse alguma dúvida sobre o seu amor por mim, nesse momento ele não existiria mais. — Confessou olhando em meus olhos e me brindando com um sorriso ousado.
Sinto novamente meu corpo reclamar querendo o corpo dela. Ela mexeu o quadril e sentiu meu membro duro, me encarou e sorriu com malícia novamente, mas nada diz.
— Eu nunca tive dúvidas sobre te amar, Elisa, eu sei que ninguém viverá para sempre, e eu claramente tive uma vida de aventuras com vários capítulos e você ter entrado em minha vida foi o melhor deles. Se eu tivesse um desejo não seria que eu prolongasse a minha vida, mas sim que você vivesse a sua e tivesse toda a felicidade que você merece.
— Minha felicidade é está com você, ministro, não percebe? Já perdi tanto, não quero perder você também, não quero mais falar sobre perda.
Eu sei, nem eu quero! Eu não sei o que aquele homem fará a seguir, mas se for preciso dar a minha vida pela vida dela, eu darei, sem pensar duas vezes, sua segurança é mais importante para mim.
— Eu não posso prometer algo que não sei que vou cumprir minha deusa, a morte está aí para todos, não tenho medo dela. Só tenho medo que ela tire Elisa de mim. Penso novamente engolindo em seco. — Sei que não tem medo, mas me promete que vai tomar cuidado? — Claro que prometo, posso não ter medo da morte, mas não tenho pressa em encontrá-la. — Respondi com o tom brincalhão tentando ignorar a preocupação novamente. — Seu braço ainda doe? — Toco em seu braço coberto por um curativo. — Não doe mais como antes, a dor está quase imperceptível. Estou bem, os remédios fizeram efeito. — Afirmei. — Se doer muito você me diz. — Certo! — Ela concordou. — Ministro, você gosta de perigo simulado? — Ela deitou a cabeça em meu ombro esquerdo, mudando o rumo de nossa conversa mais uma vez. — Gosto. — Franzi a minha testa não entendendo a pergunta. — Tipo o quê? — Carros de corridas, treinos de tiro… — Mas isso não é perigo simulado, isso é perigoso, ministro. — É seguro, minha deusa. — E
— Grávida? — Ouço o ministro sussurrar pela quinta vez. Ou seria a sexta? Parei de contar quando ele sentou na poltrona e me ignorou completamente, como se estivesse absorto em seus próprios pensamentos.Sua fisionomia estava engraçada, por mais que eu quisesse rir, eu não conseguia, eu já estava voltando a me sentir nervosa com todo esse silêncio dele.A situação fica mais cômica quando nós dois ainda nus tentava ter de alguma forma uma conversa séria, ele parecia não ligar, mas eu queria era rir de nervoso.Penso que de todas as palavras que falei, ele só assimilou a palavra “grávida”, esquecendo o “acho” antes da mesma… Quem entende?— Ministro? — O chamei e me levantei para ficar em sua frente, balancei a minha mão em sua cara e ele nem se moveu. Ele parecia não me ouvir, seus olhos se mexiam como se ele pensasse várias coisas em simultâneo, pela primeira vez desde que nos conhecemos, ele não me via, era como se estivesse em outro lugar. — DMITRI, FALA ALGUMA COISA. — Gritei bala
— Minha deusa, você é uma pessoa boa, quer sempre ver o lado bom nas pessoas, mas eu não sou assim! Eu era um tipo de pessoa que pegava qualquer sentimento meu que me deixava vulnerável e guardava bem fundo, precisei fazer isso porque na minha adolescência eu sentia muita raiva de meu padrasto, pensava várias formas de matá-lo. Depois esconder meus sentimentos se tornou conveniente para mim como soldado e ministro, foi de grande valia. Acostumei-me em ser frio ao tomar decisões difíceis em momentos difíceis, então você surgiu desfazendo todas as minhas estruturas, e sentimentos que eu sempre soube esconder bem, vem a tona quando você está perto de mim, mas só você tem esse poder sobre mim. — Caramba, você está tão romântico hoje. — Falei segurando seu queixo e beijando a sua boca. Foi um beijo rápido, mas o meu corpo logo pediu por mais. Mas ele terá que esperar, no momento a conversa é mais importante. — Nem parece mais o babaca de agora a pouco. — Brinquei e ele apertou a minha b
Sou um homem vivido, já passei por tanta coisa que hoje sabendo o que passei, eu poderia passar de olhos fechados, mas a simples ideia de voltar a ter um filho me deixa totalmente amedrontado… Diferente de Elisa, que já parecia conformada e segura. Ainda tem essa demora absurda para se fazer um exame. Um absurdo. Meus pensamentos estavam a mil, não consegui nem dormir de tão ansioso que eu me encontrava, e prevejo ficar assim até saber o resultado… Uma sacanagem das grandes isso, sou um homem paciente, mas até minha paciência tem limite. Bufo frustrado com o rumo de meus pensamentos. Estico a minha mão e pego meu celular em cima do criado mudo. Nem lembrava mais que tinha um. É uma sensação maravilhosa se desligar do mundo, nem que seja por poucos dias. Olho as horas e vejo que já passava das cinco da manhã. Lembrei-me de algo que estava martelando em minha mente desde a minha conversa com Elisa na varanda e mando uma breve mensagem para Andrei. Espero que minha deusa não fiq
ANDREI Sou um homem tranquilo comigo mesmo… Até demais, na verdade. Volkova me critica quase sempre por isso, mas costumo não ligar. Ele reclama demais e eu já disse que estou satisfeito comigo dessa forma. Se estressar para quê? Tudo na vida é apenas uma questão de ótica, então faço a minha imagem com minha personalidade e assim tento ver o mundo à minha volta. Mas até minha tranquilidade tem limite. Não pisa em mim, não mexe com quem me importo e não me trate como um idiota, porque posso me considerar uma pessoa boa, mas quando meu lado mal aflora, eu me supero. Olhando por esse ângulo, não sou tão diferente de Dmitri, a diferença é que usamos armas distintas. Alguém pode entregar uma arma de fogo, uma faca, caneta, um palito de dente, qualquer objeto seja grande ou pequeno, Volkova arranja uma forma de ferir ou matar alguém. Agora eu? Bom, pode me dar qualquer coisa ligada a uma rede que realizo um estrago também. Ninguém além de Dmi sabe que sou capaz, e esse é o objeti
— O resultado do exame que seu amigo me mandou hoje.— Mas já? Foi rápido, até para os padrões russos.— Ele disse que se eu aceitasse sair com ele, ele daria um jeito de agilizar o exame.— Por que você aceitou isso, eu poderia esperar?— Não foi por você! — Ela diz rindo. — Quero sair com ele, ele é um gato.— Você nem o conhece. — Opinei franzindo minhas sobrancelhas.Que maluquice.— Mas você o conhece, além disso, você não é o único homem capaz de rackear alguém.Agente Araújo. Penso e sorriu.— Meu amigo Higor é uma boa pessoa. — Avisei pegando o envelope de suas mãos.Abro o envelope com rapidez excessiva sobre a supervisão de Aline. Ela parecia não entender meu jeito afobado.Assim que abrir o envelope iniciei a leitura e a resposta estava lá. 99,9% de confiabilidade, isso quer dizer que a minha suspeita estava certa.— Chertov! — Esbravejei passando a mão em minha cabeça, aflito.Que merda, dessa vez eu não queria estar certo.— O que foi? Parece que o resultado não te agrado
— O senhor tem razão. — Concordou me surpreendendo. — Merece uma explicação! — Estou ouvindo. — Respondi mais brando. — Há uns dias o Palácio do Planalto sofreu um ataque cibernético. — Já pegaram o culpado, ou os culpados? — Sim, foram dois garotos de dezessete e dezoito anos. Eles infectaram o nosso sistema com um vírus… — Me deixe adivinhar. — A interrompi. — Ransomware? — Como sabe? — Porque esse vírus, é extremamente comum e eficaz. Se quero obter dinheiro de uma forma mais rápida, esse é um jeito prático e rápido. Esse vírus “sequestra” os arquivos e dados do dispositivo contaminado e, só libera, mediante o pagamento de um “resgate” efetuado por moedas virtuais. — Exatamente! Eu me neguei a pagar e eles não pararam por aí, além disso, não trabalhamos com esse tipo de moedas ainda. — Como esse vírus foi parar no Palácio? O vírus tem vários disfarces é um dos fatores que o tornam tão perigoso. — Um dos funcionários estava assistindo pornografia usando o computador do loc
Sair do quarto fazendo um grande esforço para esconder meu contentamento, ao mesmo tempo, eu me sentia um grande otário, levei o maior fora da minha vida e ainda assim só sentia vontade de sorrir. Assim que cheguei aos assentos, vi Aline sentada ao lado de Liliane. Elas estavam conversando algo, mas logo cessaram a conversa ao notarem minha presença. A conversa parecia séria e os ânimos delas aflorados. Se eu não tivesse escutado a voz do piloto pedindo para colocarmos o cinto, eu com toda certeza daria privacidade a elas. Suspirei pesadamente e seguir para o meu assento. Sendo seguido pelo olhar interrogador de Aline, dei de ombros e me sentei em meu lugar de frente para a mulher que visitava meus sonhos eróticos todas as noites, nesses dois anos que a conheci, e se contar com hoje, ela visita meus sonhos durante o dia também. Liliane nem olhava em minha direção, virou para o lado da janela e lá deixou os seus olhos. Ela parecia brava, minha vontade era beijar a sua linda boca qu