— Elisa, eu posso entrar? — Ela perguntou do outro lado da porta. — Pode! — Respondi choramingando, voltando a vomitar em seguida. Nanda ficou me olhando da porta sem saber o que fazer, nem eu sabia o que fazer da minha vida. Eu queria a minha mãe, ela saberia o que fazer. Ela deve ter passado o mesmo, ou até pior, eu ao menos tenho a Nanda e logo terei a Kátia também, mas ela não tinha ninguém. Quando sentir que não vomitaria mais, estendi meu braço para Nanda me ajudar a levantar. — Eu não sei o que fazer. — Nanda confidenciou apoiando meu braço direito em seu ombro e saindo comigo do banheiro. Eu tropeçava nos meus próprios pés. — Eu não acompanhei a gravidez da Mili e nenhuma colega que trabalhei tiveram filhos, pelo menos não antes de morrerem no acidente. — Sei disso, minha amiga, não se preocupe, a médica disse que passará. — Nem eu mesmo parecia acreditar nisso, as minhas palavras saíram como uma mentira ensaiada. — Só espero que seja logo! — Ela respondeu confiante. Ch
— Elisa, por favor, acorde! — Ouço a voz de Nanda me chamar desesperada. — Nanda, bem não fechei os olhos, me deixa dormir, por favor. — Murmurei sonolenta. — ELISA? — Ela gritou meu nome e a minha vontade é esganá-la com minhas próprias mãos. Mas essa vontade não dura por muito tempo, logo dá lugar a culpa por ter um pensamento tão vil. — Satisfeita? — A questionei abrindo os olhos. — Acordei! — Falei deixando claro meu mau-humor. — Vamos você precisa levantar. — Diz ignorando o meu tom irritado. — Está tendo uma guerra lá fora. O que ela disse? Questionei-me em pensamento tentando ordenar as minhas ideias. — Do que você está falando, Nanda? — Sentei no sofá atordoada, a fitei notando o seu olhar esbugalhado me olhando, não pude deixar de ficar em alerta. — O que foi? — Não está ouvido? — Ela perguntou inquieta. — O quê? — Foi questão de segundos, assim que realizei a pergunta um estrondo altíssimo soou bem próximo. Levantei do sofá assustada olhando para todos os lados. — O
Já havia se passado quase uma hora e meia que a Lara conversava com o Bóris. De início houve uma resistência por parte do maldito, ele gritou com ela por várias vezes, dizendo que ela não deveria estar ali, mas ela, como uma boa fingida que é, conseguiu contornar a situação.Esperei muita coisa vindo dela, mas gemidos altos e beijos estalados foram o que eu e Andrei fomos submetidos a ouvir.Uma nojenta e escandalosa pornografia barata.Agora, eu e Andrei estamos escutando a conversa deles, enquanto a agente Dias e Seguei fazem a guarda do perímetro.— Você vai ou não me dizer o que faz aqui, Lara? É mais dinheiro? Se for isso, basta apenas mandar uma mensagem que transfiro o dinheiro.Depois que eles deitaram e rolaram, talvez ele ter feito o que queria com ela, se cansou de olhar para a cara da mesma e agora quer livra-se dela.— Assim você me ofende, Bo, eu já disse, estava com saudades, a gente não se ver a meses. — Ela respondeu com a voz melosa. Encarei Andrei com a cara de nojo
— Não use força excessiva, se matar o bastado essa missão vai ser em vão, então, mire nos joelhos… Para prevenir, acho melhor nos dois. Entendido? — Entendidos! — Seguei e a agente afirmou destravando as suas armas. — O mesmo serve para os outros, mas se for para matar, não hesitem antes eles do que vocês. — Eles voltaram a concordar. Caminhamos rapidamente até chegarmos ao fundo da casa, onde fica o jardim e a piscina, que agora parece estar com a água congelada e coberta pela neve. Por todos os lados só se via neve e a mesma estava fofa fazendo a caminhada ser mais difícil. Chegamos aos fundos da casa e nos detemos enfrente a cerca de madeira pintada de branco com um grande portão feito em madeira também, mas pintado em um vermelho vivo, algo que a neve não conseguiu esconder. A casa é a típica casa de madeira feita em uma arquitetura tradicional, algo que é uma raridade se ver por aqui, poucos dos moradores locais ainda vivem nas casas, construídas por seus avós e isso não foi
— DESGRAÇADOS. — Bradei voltando atirar em direção a cozinha para me proteger dos tiros, com Serguei e a gente ao meu lado fazendo o mesmo. — Serguei, faça a volta, dê um jeito de jogar uma granada dentro daquela cozinha. — Ordenei estridente. — Sim, senhor! Enquanto a agente continuava a atirar nos protegendo dos tiros, eu vigiava a retaguarda, enquanto Serguei fez a volta, indo pelo mesmo lado que estava agora a pouco. Não se passaram nem um minuto até que outra explosão se ouviu, mas pelo tom abafado, a explosão me pareceu mais concentrada. — Alguém vive naquela cozinha, Andrei? — Não, mas os amigos do corredor estão indo na direção de vocês. Acredito ser melhor irem naquela direção para não ficarem encurralados novamente. — Ok! Agente Dias? — Ela me fitou. — Você sobe, veja com está a Lara. — Certo! — Ela afirmou indo em direção a escada e subindo a mesma. Serguei apareceu e nós dois seguimos em direção ao corredor a tempo de ver o primeiro segurança surgir em nosso campo d
— Você falará ou não Andrei? — Indaguei depois de dez minutos na van a caminho do complexo.— O quê? — Ele perguntou confuso.— Tem algo errado! — Afirmei.Enquanto Andrei dirigia, eu estava ao seu lado no banco passageiro e o Bóris amordaçado e algemado no fundo, mas dessa vez com algemas, feita em aço carbono, para não ter riscos de incidentes.Quando me refiro a incidentes, estou falando sobre eu perder a cabeça e meter uma bala no meio da cara desse cretino…Vontade é o que não me falta.Preciso de respostas e com ele morto não vai me ajudar em nada. Mas como sempre, o Bóris fez questão de me testar. Antes mesmo de a van começar a andar o idiota começou a gritar, fui obrigado a descer outra vez para amordaçar ele, porque seus berros estavam deixando a minha cabeça latejando.— Do que você está falando cara? — A voz de Andrei corta por completo a linha de meus pensamentos.— Acha que sou burro? Você está me escondendo alguma coisa. — Ele voltou a ficar calado por um tempo com o olh
Mesmo após estando preso, Matiev parecia não se importar com nada que lhe acontecia.A minha dúvida é: será fingimento, ou uma autoconfiança cega?Já havíamos chegado a uns dez minutos, eu olhava para o vidro e observava Andrei tentando falar os direitos do idiota.Em minha opinião, ainda que ele seja um lixo de ser humano, não muda o fato que ele é uma pessoa e que tem seus direitos.Mas saber o direito dele não mudará nada para ele e isso ele deve estar ciente.O infeliz do Matiev não parava de falar, então Andrei acabou desistindo e se afastou falando vários impróprios com seu tom enraivecido.A raiva de Andrei se igualava a minha, eu sentia a raiva fluir dentro de mim só em ouvir a voz do cretino.A mesa de interrogatória ainda continuava no canto da sala. Andrei havia algemado Matiev na mesma cadeira que a Lara estava sentada horas atrás.Lara? Falando nessa neschastnyy.Ela ainda lutava por sua vida no hospital. A agente, Dias, havia falado que a mesma teve traumatismo craniano
— Andrei está demorando um pouco, não acha? — Me afastei dele com um sorriso torto e tirei uma das minhas armas reservas de meu coldre escondido embaixo de meu, sobretudo. — Começaremos com isso. — Mostro a arma a ele.— Você não me intimida com esse palito de dente.— Esse palito de dente faz um estrago danado, mas vou parar de falar e partir para ação. — Sorriu abertamente em sua direção, não disfarçando em nada a minha satisfação.— Isso que farei se chama sequência de seis, joelhos, cotovelos, e tornozelos, quando acabar, aí eu improviso. — Ele virou a cara parecendo não se importar, mas as gotas de suor que escorria em sua careca deixava claro que ele se importa e muito.A sala é refrigerada, não tem como ele está suando, a menos que ele esteja com medo e o seu corpo esteja em completo alerta.O Matiev parece ser aquele tipo de pessoa que só acredita vendo, no fundo, ele deve cogitar que eu não terei coragem. Mas, se ele acha isso, ele realmente nunca me conheceu.Uma coisa que e