EPILOGO Três anos após os eventos tumultuosos, Cateline, Félix, Fênix e Crystal encontravam-se em Wisdy. Fênix havia enfrentado um julgamento brutal, acusado do impensável: matar seu próprio avô. Os outros aliados de Félix participaram do julgamento e decidiram que Fênix devia ser preso, e Félix aceitou aqui. A solidão da prisão foi a única companheira de Fênix durante meses agonizantes. Por fim, a decisão que se impôs era cruel em sua simplicidade: cinquenta chicotadas ou a morte. Félix, apesar da dor que corroía seu coração, escolheu a vida do filho e aceitou a terrível punição. Depois da punição, Fênix conseguiu várias marcas em suas costas, elas iriam cicatrizar, mas ele se lembraria para sempre daquele dia. Após sua libertação, Fênix se esforçou para encontrar seu lugar na vida de Wisdy. Os Fire, agora, eram sua nova família, e a comunidade de lobisomens representava o lar que ele ansiava. Reaproximar-se de sua própria família era um processo lento e delicado, pois ele mal os co
— Onde eu estou?...Sandy apoiava sua cabeça com a mão, tentando recobrar a consciência, tudo que a mulher lembrava era de ter se deitado para dormir após jantar.Ela olhava para as suas mãos, e não as reconhecia, aquele não era o seu corpo.Sem entender o que estava acontecendo, a mulher tentava se levantar se sentindo tonta, escorando nas paredes próximas, ao olhar ao redor ela percebia que o lugar não era estranho, pois ela já havia o visto ou estado ali, assustada, tentava procurar alguma janela ou porta que permitisse que ela observasse fora dali, mas não havia nada além de tochas e lamparinas que iluminavam o longo corredor escuro, Sandy andava vagarosamente seguindo em frente, à medida que caminhava, tinha cada vez mais certeza que ali era alguma parte subterrânea de algum dos castelo de Aftermoon, o lugar era escuro e úmido, parecia ser um tipo de masmorra.— Sandy…A mulher ouvia alguém chamando por seu nome, e se virava rapidamente, mas não tinha ninguém, o chamado era como
Reino de WisdyA neve caía fazendo os montes em cima das plantas e arbustos, a paisagem vista pela janela era a mesma de quando Cateline havia chegado ali, ela ainda se lembrava com detalhes, a mulher, agora estava mais madura, ela olhava pensativa para fora da sala vendo o sol nascer vagarosamente, toda sua família tomava café da manhã juntos, na mesa havia Felix, Diego e Crystal, que já era uma moça crescida.— Mãe?! Eu estou falando com você..Crystal chamava a sua mãe a um tempo, a mulher estava imersa em seus pensamentos, ela se virou assustada para sua filha, tentando se recordar sobre oque conversavam.— Desculpe… você disse algo?Cateline perguntava voltando a olhar para carta em sua mão, Sandy havia lhe enviado dizendo que iria visitá-la, algumas coisas pareciam estar acontecendo e ela queria conversar pessoalmente.— Sim mãe ... eu perguntei se Jade e Saulo virão também..Jade, a filha de Lucinda, era uma grande amiga de Crystal, elas conversavam sobre tudo, compartilhavam s
Reino de EgithsMartin Forth O sol brilhava forte em Egiths, a areia seguia longe, formando um imenso deserto sem fim, Martin estava em um pequeno povoado investigando sobre o sequestro de seu sobrinho, a alguns anos ele começou a viajar pelo mundo em busca de pistas e rastros da Tribo ICE, mas tudo que ele encontrava eram apenas boatos.Dessa vez o jovem, que agora era um adulto, estava verificando algumas informações dadas pelos aliados de Diego, os lobisomens do deserto de Egiths, eles disseram ter recebido algumas reclamações de brigas vindas de seres mágicos.Muitas das vezes esses seres viviam longe da civilização humana, eles evitavam contato, porém com as guerras errradicando uma grande parte da população mundial, alguns pequenos grupos de seres mágicos se juntaram, até mesmo os humanos andarilhos faziam cabanas e construiam casas em locais proibidos, eram como assentamentos mistos, na grande maioria das vezes, esses locais eram usados pelo mercado negro, mas isso não vinha a
Reino de EgithsAmanda e Arthur ICEAmanda, havia saído do reino de Wisdy junto a tribo Ice logo após sequestrar o herdeiro de Félix, o bebê foi arrancado dos braços de sua mãe sem que ela nem mesmo tivesse a chance de se defender, a loba nomeou o pequeno filhote de Arthur, o jovem cresceu forte entre meio as raças mágicas e humanos nos assentamentos comunitários de Egiths.Amanda, por mais louca que fosse, amava o seu “filho” acima de tudo, e nunca deixou que nada de ruim acontecesse a ele, mesmo com as dificuldades que vinham enfrentando desde que saíram de Wisdy, a mulher se esforçava para manter o jovem bem.Ela contava histórias de sua terra natal, sobre a neve e o frio, palavras que o garoto não sabia o significado, Arthur sempre era humilhado pelos Ices por ser um mestiço, o jovem nunca havia entendido o que tudo aquilo significava, e tentava ignorar, sua mãe sempre dizia mentiras a ele, fazendo com que o garoto acreditasse em tudo que lhe era dito.A tribo ICE com o passar dos
Reino de EgithsAmanda e Arthur ICEO garoto estendeu os braços olhando para a mãe, a convidando para um abraço, mas ela estava irritada por conta de suas saídas às escondidas.— Não mesmo.. não quero você se misturando com aqueles humanos nojentos!Amanda ainda continuava preconceituosa, mesmo sabendo que o seu filho era um mestiço, ela não conseguia se controlar.—Tá bom.. tá bom..O jovem concordava, como todas as vezes, apenas para que sua mãe deixasse de lado por um tempo, ele sabia que era preciso fazer tais coisas para ter o que comer, sua mãe não conseguiria fazer tudo aquilo sozinha.— E então.. como foi o seu dia?A mulher perguntava colocando comida no prato do jovem, ela suspirava fundo tentando relaxar, eles não tinham dinheiro e muito menos fartura, por isso geralmente comiam pouco, a mulher havia cozinhado batatas e alguns pequenos pedaços de carne salgada, era tudo que eles tinham para aquele dia, ela sempre conversava com o filho, dava para ver o amor que ela sentia p
Reino de AftermoonLucinda e Joaquim BrownApós Sandy ter o sonho duvidoso, a possível viagem no tempo, ela preparava suas bagagens para ir até Wisdy assim como havia informado Cateline pela carta, haviam se passado alguns dias e ela estava quase de partida.A mulher contou a Lucinda os detalhes, e as duas estudavam o que tudo aquilo poderia significar, com os anos que se passaram elas foram ganhando mais prática e conhecimento sobre a magia, mesmo que sem conseguir manipulá-la bem.Lucinda infelizmente parecia não ter despertado seus dons ainda, de forma que pudesse usá-los com livre e espontânea vontade, tudo que ela tinha para provar que algo mágico corria em seu sangue era a beleza e saúde, a mulher não envelhecia ou adoecia, ela permanecia bela como no dia que Joaquim a conheceu, isso atormentava a mulher, que via o seu marido adoecer a envelhecer a cada dia, sem poder fazer nada para ajudar.Ela havia prometido a si mesma que iria conseguir livrar o seu marido da praga que o ron
Reino de EgithsMartin Forth Martin aguardava o senhor voltar com o homem que tinha as tais informações no bar, quando o velho saia, Martin rapidamente reparava no homem alto e moreno ao seu lado, ele era forte, repleto de cicatrizes, parecia ser um lutador, em seu rosto haviam algumas marcas que lembravam tatuagens, ele aparecia na porta e após olhar cada detalhe de Martin, ele o chamava.— Entre..O homem alto e moreno dizia se virando sem nem um pingo de simpatia, tudo ali naquele assentamento girava em volta de dinheiro, somente assim eles conseguiam sobreviver abastecendo os seus postos de água e alimentação.O jovem Martin entrava desconfiado pela porta, olhando tudo em sua volta, o local estava cheio, pessoas bebiam e cantavam, nem pareciam ter vindo de lugares destruídos pela guerra.O homem moreno se sentava numa mesa de madeira antiga, e Martin o acompanhava, ele admirava o interior do bar, era bem rústico, haviam garrafas de vidros de diversas cores ao fundo numa prateleir