Reino de Egiths
Amanda e Arthur ICE
O garoto estendeu os braços olhando para a mãe, a convidando para um abraço, mas ela estava irritada por conta de suas saídas às escondidas.
— Não mesmo.. não quero você se misturando com aqueles humanos nojentos!
Amanda ainda continuava preconceituosa, mesmo sabendo que o seu filho era um mestiço, ela não conseguia se controlar.
—Tá bom.. tá bom..
O jovem concordava, como todas as vezes, apenas para que sua mãe deixasse de lado por um tempo, ele sabia que era preciso fazer tais coisas para ter o que comer, sua mãe não conseguiria fazer tudo aquilo sozinha.
— E então.. como foi o seu dia?
A mulher perguntava colocando comida no prato do jovem, ela suspirava fundo tentando relaxar, eles não tinham dinheiro e muito menos fartura, por isso geralmente comiam pouco, a mulher havia cozinhado batatas e alguns pequenos pedaços de carne salgada, era tudo que eles tinham para aquele dia, ela sempre conversava com o filho, dava para ver o amor que ela sentia por ele, a mulher quase sempre ficava com o seu sorriso estranho no rosto, Arthur já havia se acostumado, para ele era o jeito dela.
— Foi bom… eu acho.
Ele falava cutucando a comida no prato, o jovem estava sem fome.
— O Alfa falou algo com você?
Amanda perguntava e se sentava na cadeira em frente seu filho, parecia que o clima não estava muito bom entre a tribo por conta de alguns integrantes de outro grupo, Amanda tinha medo que algo acontecesse.
— Ele não tem falado muito comigo ultimamente, mas Leonardo me disse que ele está querendo tirar satisfação com o outro pessoal… eles andaram pegando uns trabalhos nossos, e ele não gostou nada disso.
Arthur dava algumas garfadas enquanto falava, depois de trabalhar tanto ele imaginava comer algo suculento e gostoso, todos os dias ele retornava para casa passando em frente às barracas e imaginava o sabor dos pães e guloseimas, enquanto lembrava das deliciosas comidas sua barriga faz um barulho alto de fome, ele então começa a comer o prato que sua mãe havia arrumado, o cheiro estava bom de qualquer forma.
O garoto estava sujo por conta do trabalho braçal que havia feito pela manhã, sua aparência era mais madura por conta de tais coisas, ele aparentava cansado a maior parte do tempo, isso o ajudava a se misturar no meio das pessoas, ninguém acreditava que ele era apenas um adolescente.
Enquanto Arthur comia o prato de batatas e carne, Amanda rôia as unhas nervosa, ela sabia que o maldito Drogon iria tentar enfiar o seu filho nas batalhas bobas dele, o homem ja tinha perdido muitos de seus homens nessas brincadeiras sem noção, ela não iria permitir que ele mandasse o seu filho para o campo de batalha.
— Está tudo bem mãe?..
Arthur perguntava preocupado, a expressão de sua mãe estava aterrorizante.
— Sim… me avise se ele falar algo com você, ok? e não faça nada que ele mandar sem antes falar comigo…
Amanda reforçava, ela não deixaria ninguém tirar o seu filho de seus braços, era tudo que ela mais amava e tinha na vida.
— Tudo bem.. não se preocupe…
No momento em que Arthur respondia, era interrompido pela tosse violenta de sua mãe, a mulher estava ruim de saúde, e mal conseguia respirar em alguns momentos, era visível que a cada ano sua situação piorava.
O jovem levantava assustado, correndo até sua mãe, ele colocava a sua mão apoiando o rosto da mulher e fazia massagem em suas costas.
— Droga, mãe! Você precisa parar de usar essas coisas.. Essas pedras vão acabar te matando!
O jovem já estava estressado com aquela situação, ele queria achar esses inimigos e matá-los com suas próprias mãos, ele sabia que só assim ele e sua mãe poderiam viver em paz.
— Não se preocupe….. eu já irei tomar o remédio, a tosse vai passar..
Amanda falava tossindo e cobrindo a sua boca, ela não queria demonstrar fraqueza para o jovem, ela sabia que ele ficaria preocupado e se arriscaria para ajudá-la, ele era assim.
— Apenas coma.. sei que trabalhou muito hoje, deve estar cansado, meu filho..
Ela tentava mudar de assunto, a mulher sempre fazia isso, Arthur suspirava fundo e retornava para seu lugar para terminar a refeição, em seu rosto podia ver a seriedade, ele tinha raiva, e faria qualquer coisa para proteger sua mãe.
Os dois passam o resto da tarde e noite juntos, o jovem não queria deixar a sua mãe naquele estado, era perigoso demais, ele tinha medo de chegar em um dos dias após o trabalho e encontrá- la no chão, em choque, já havia acontecido uma vez, e ele não se perdoava por não conseguir fazer nada para ajudar.
A noite, antes do garoto se deitar para dormir, ele vai ao quarto da mãe ver como ela estava, a mulher dormia tranquila, o jovem se aproximou, sentando ao lado da cama de sua mãe, ele passava as mãos no cabelo da mulher fazendo cafuné, ela ainda era linda, seu cabelo estava mais curto e ralo, seu fios caíram com o tempo por conta da pedra Ônix que gastava a sua saúde, mas para seu filho ela ainda era linda.
— Boa noite mãe…
Ele falava vendo um sorriso brotar no rosto da mulher, aquilo fazia o jovem sorrir junto.
Arthur se levantava e ia até a porta do quarto, antes de sair ele olha para trás, vendo sua mãe pela última vez antes de ir se deitar.
— Eu prometo que irei matar os malditos que te deixaram assim…
O garoto falava com ódio em seu coração, ele não dizia mentiras, sua mãe era a única pessoa que ele tinha, a mulher o amava e todos os dias dava sua vida por ele, usando as drogas e magia, tudo para protegê-lo, pelo menos era isso que ela dizia ao jovem, as mentiras envenenadas da mulher enraizaram cada vez mais no coração do lobo, o fazendo se tornar em um homem amargurado e raivoso, ele parecia cada dia mais com sua mãe, Amanda.
Reino de AftermoonLucinda e Joaquim BrownApós Sandy ter o sonho duvidoso, a possível viagem no tempo, ela preparava suas bagagens para ir até Wisdy assim como havia informado Cateline pela carta, haviam se passado alguns dias e ela estava quase de partida.A mulher contou a Lucinda os detalhes, e as duas estudavam o que tudo aquilo poderia significar, com os anos que se passaram elas foram ganhando mais prática e conhecimento sobre a magia, mesmo que sem conseguir manipulá-la bem.Lucinda infelizmente parecia não ter despertado seus dons ainda, de forma que pudesse usá-los com livre e espontânea vontade, tudo que ela tinha para provar que algo mágico corria em seu sangue era a beleza e saúde, a mulher não envelhecia ou adoecia, ela permanecia bela como no dia que Joaquim a conheceu, isso atormentava a mulher, que via o seu marido adoecer a envelhecer a cada dia, sem poder fazer nada para ajudar.Ela havia prometido a si mesma que iria conseguir livrar o seu marido da praga que o ron
Reino de EgithsMartin Forth Martin aguardava o senhor voltar com o homem que tinha as tais informações no bar, quando o velho saia, Martin rapidamente reparava no homem alto e moreno ao seu lado, ele era forte, repleto de cicatrizes, parecia ser um lutador, em seu rosto haviam algumas marcas que lembravam tatuagens, ele aparecia na porta e após olhar cada detalhe de Martin, ele o chamava.— Entre..O homem alto e moreno dizia se virando sem nem um pingo de simpatia, tudo ali naquele assentamento girava em volta de dinheiro, somente assim eles conseguiam sobreviver abastecendo os seus postos de água e alimentação.O jovem Martin entrava desconfiado pela porta, olhando tudo em sua volta, o local estava cheio, pessoas bebiam e cantavam, nem pareciam ter vindo de lugares destruídos pela guerra.O homem moreno se sentava numa mesa de madeira antiga, e Martin o acompanhava, ele admirava o interior do bar, era bem rústico, haviam garrafas de vidros de diversas cores ao fundo numa prateleir
Cateline Fire e Sandy YorkReino de WisdyHaviam se passado alguns dias, e Sandy tinha mandado algumas cartas para Cateline, finalmente o dia da viagem havia chegado, Sandy finalmente poderia conversar com Cate sobre os acontecimentos e sonhos estranhos que vinha tendo.Sandy levava também algumas cartas de Lucinda, com detalhes sobre a situação de Joaquim, o Lorde estava com a saúde muito debilitada, todos estavam lutando para conseguir algum remédio ou cura para sua doença.A mulher saiu de Aftermoon, junto a seu filho Saulo e Jade, filha de Lucinda, os jovens estavam com saudades de sua prima Crystal e não viam a hora de ver a jovem, eles tinham muito o que conversar.Na carruagem, os três iam conversando, a viagem seria longa, mas todos já estavam acostumados com o passar dos anos.— Tia Sandy… você acha que Crystal vai gostar do presente?Jade perguntava sorridente com uma caixinha enfeitada de bordados em sua mão, ela levava um pingente dourado para a prima, a jovem era animada
Cateline Fire e Sandy YorkReino de WisdyCateline e Sandy andam até a sala de arquivos, Cate sempre usava o local quando precisava ficar sozinha, lá, as duas mulheres se sentam em poltronas de frente uma para a outra, onde podiam conversar de forma mais reservada sem interferências ou interrupções.As mulheres se sentam e logo Cristina chegava com o lanche, deixando em uma pequena mesa que ficava próxima.A criada saia da sala, fechando a porta, enfim deixando as duas a sós.Cateline suspirava profundamente, finalmente as duas poderiam conversar sobre os detalhes dos supostos sonhos de Sandy.— Eu li todas as cartas que você mandou… mais de uma vez…Cateline falava com o tom frio, assim como o clima do reino onde morava, ela pegava a xícara de chá dando um gole a seguir, as coisas não permaneciam quentes por muito tempo em Wisdy.Sandy fazia o mesmo, pegando a xícara, a cada visita ela percebia o quanto Cateline ficava mais séria, aquilo a preocupava.— Como eu lhe disse pelas cartas
Martin ForthReino de EgithsFinalmente após alguns dias de preparação, chegou o momento do início das investigações, Martin e Steve se reuniram pela manhã no mesmo bar que se conheceram. O sol já estava alto e ardia, mas aquilo não os impediria de iniciar as buscas. Ao entrar no bar, Martin percebia os homens sentados em uma mesa no fim do salão, haviam muitos, a maioria com roupas sujas do trabalho pesado do dia anterior.O jovem se aproximava e já sentia o cheiro de álcool, eles bebiam para iniciar o dia de bom humor.— Bom dia..Martin se aproximava cumprimentando, os homens olhavam para ele, e logo voltavam a prestar atenção em Steve, que explicava como seria o dia de investigação, o homem tinha começado a falar sobre os detalhes antes de Martin chegar.— Como vocês sabem… estamos tendo problemas com certos desordeiros no assentamento, e isso tem chamado a atenção do chefão de Egiths..Steve falava e arrastava o seu olhar para Martin que estava em pé próximo ao grupo o ouvindo.
Amanda e Arthur ICE Reino de EgithsAmanda vinha ficando mais doente e fraca a cada dia, tanto fisicamente como mentalmente, sua cabeça estava confusa, e muitas das vezes ela não sabia o que acontecia ao seu redor, talvez por conta da quantidade de tempo usando a pedra Ônix que a intoxicava, tudo apenas para impedir que encontrassem Arthur, seu amado filho.A tribo ICE iria se reunir em uma parte mais afastada do assentamento para resolverem alguns detalhes sobre batalhas futuras, eles estavam com problemas financeiros e planejavam atacar outros grupos para conseguirem dinheiro, isso era algo muito arriscado já que tanto a alcateia de Harry, quanto os responsáveis do assentamento estavam de olho nas coisas que aconteciam, os lobos precisavam tomar cuidado para não serem pegos.Amanda e Arthur saíram antes do sol nascer, deixando sua casa trancada, eles moravam afastados do restante da tribo ICE, já que a loba Amanda era responsável pela manipulação das pedras tóxicas, o restante dos
O Alfa falava dando gargalhadas, assim como o resto dos lobos que ignoravam a mulher e o jovem.Arthur pegava um pouco de água e dava a sua mãe que bebia depressa, a sede era tremenda, ela virava o copo bebendo todo o líquido e sentia a garganta refrescar, ela dava um sorriso e agradecia ao seu filho em seguida, o garoto a levava para o banco onde estavam sentados e os dois aguardam o início da reunião, ele precisava ficar mais forte, não podia ficar esperando ser defendido por sua mãe para sempre, era ele quem deveria proteger, o jovem cerrava os pulsos e permanece sério e pensativo, ele não iria permitir que aquilo acontecesse novamente. O Alfa anda até o centro da cabana e começa.— Como vocês devem saber.. nós estamos tendo problemas com algumas pessoas da alcateia de Harry… eles acham que não temos o direito de permanecer aqui, por isso iremos mostrar a eles, que somos tão dignos quanto qualquer um, não iremos permitir que nos expulsem ou nos tratem como menores… para isso esto
Saulo, Jade e CrystalReino de WisdySaulo Brown, havia saído pelos portões enquanto os soldados de Diego organizavam as carruagens que chegaram junto aos visitantes, o garoto andava meio cabisbaixo e mal prestava atenção para o rumo que andava, tudo que ele queria era se distrair um pouco, o jovem já havia saído outras vezes, mas sempre acompanhado de algum guarda ou morador dali, dessa vez ele estava só.À medida que ele andava, sentia que o frio se intensificava, ele quase mudava de ideia ao perceber que só o casaco que ele tinha colocado não era o suficiente, ele passava as mãos em seus braços na tentativa de se aquecer mas de nada adiantava.Depois de andar alguns minutos, ele parava por alguns segundos e olhava a imensidão congelada a sua frente, os grandes pinheiros verdes, com as suas folhas repletas de gotículas congeladas, o sol estava fraco, mas brilhava o suficiente para deixar tudo visível, o garoto amava aquelas terras, mesmo que frias, ele se sentia em casa.Um sorriso