Reino de Egiths
Amanda e Arthur ICE
Amanda, havia saído do reino de Wisdy junto a tribo Ice logo após sequestrar o herdeiro de Félix, o bebê foi arrancado dos braços de sua mãe sem que ela nem mesmo tivesse a chance de se defender, a loba nomeou o pequeno filhote de Arthur, o jovem cresceu forte entre meio as raças mágicas e humanos nos assentamentos comunitários de Egiths.
Amanda, por mais louca que fosse, amava o seu “filho” acima de tudo, e nunca deixou que nada de ruim acontecesse a ele, mesmo com as dificuldades que vinham enfrentando desde que saíram de Wisdy, a mulher se esforçava para manter o jovem bem.
Ela contava histórias de sua terra natal, sobre a neve e o frio, palavras que o garoto não sabia o significado, Arthur sempre era humilhado pelos Ices por ser um mestiço, o jovem nunca havia entendido o que tudo aquilo significava, e tentava ignorar, sua mãe sempre dizia mentiras a ele, fazendo com que o garoto acreditasse em tudo que lhe era dito.
A tribo ICE com o passar dos anos, foi perdendo as suas forças, vários rebeldes atacaram e assim, diminuíram a força da tribo, que por fim, depois dos longos 15 anos de resistência, permanecia apenas com alguns integrantes, cada um vivia em uma casa no assentamento, vivendo suas vidas quase que normalmente, o mundo não era mais o mesmo, e a cada dia, as coisas ficavam mais estranhas, deixando todos com medo do que poderia vir acontecer.
Amanda sempre dizia ao jovem Arthur para que nunca contasse a sua verdadeira identidade aos outros, pois alguns homens malignos queriam matá-lo, eles precisavam viver discretamente, e assim o jovem lobo fazia, ele se mantinha coberto por tecidos a maior parte do tempo, por conta do sol e do trabalho pesado no deserto o garoto aparentava mais velho do que realmente era, isso fazia com que fossem poucos os que questionavam sua verdadeira idade.
Sua mãe Amanda, estava doente e fraca, a cada dia que se passava a mulher sentia mais dores em seu corpo, as vezes não conseguia nem mesmo andar, Arthur sabia o motivo, ela usava um tipo de pedra junto a magia para protegê-los, ela dizia que precisava fazer tal coisa para que os inimigos não os encontrassem, aquilo consumia a saúde da mulher, e o jovem ficava desesperado sem saber o que fazer para ajudá-la, muitas das vezes o ódio consumia o seu coração e tudo que ele queria era matar esses malditos que faziam a sua mãe sofrer tanto. Arthur não sabia que essas tais pessoas que Amanda se referia e difamava, eram na verdade sua verdadeira família, a loba falava horrores sobre os Fires, que eles a aprisionaram como um animal e iriam executá-la, mesmo ela estando grávida. Amanda dizia que eles eram monstros sem coração, que impediram ela de ficar com o amor de sua vida, Félix, mas que ela lutou até o fim para que permanecesse junto a seu filho, tudo não passava dos delírios da mulher, que envenenava cada dia mais a mente do jovem inocente, ele acreditava cegamente nas palavras de sua amada e frágil mãe.
Como a queda dos Ices, toda a tribo se tornou nômade, eles se tornaram pobres, e Amanda estava doente, o jovem garoto era forçado a trabalhar para alimentar e sustentar a sua casa, os outros lobos o evitavam, até mesmo o tal “Alfa” que sua mãe tanto puxava o saco, ia até o jovem apenas pedir favores e dar trabalhos pesados, o jovem havia se transformado em um garoto amargo, tudo que ele queria era sobreviver e vingar por sua mãe, muitas das vezes ele aceitava os trabalhos sujos de Drogon, o Alfa dos Ices, para poder ganhar algumas moedas a mais, somente dessa forma ele conseguia o suficiente para comprar os remédios de sua mão.
Arthur, muitas das vezes trabalhava ajudando os humanos e outros seres, tanto na cultivação de alimento quando no mercado negro, o garoto era bom em conseguir informações, e isso lhe rendia um dinheiro bom, Amanda sempre pedia para o garoto evitar tais trabalhos, mas eles eram os que pagavam melhor, era a unica forma de colocar comida mesa.
Era mais um de seus dias comuns no assentamento, Arthur estava de vigia no centro fazendo um de seus trabalhos, ele estava de olheiro, tudo corria perfeitamente bem, até que um homem começou o perseguir, ele sempre ouvia de sua mãe para ser discreto, que haviam pessoas querendo o matar por ele ser diferente, o jovem lobo nunca esqueceu essas palavras.
Arthur então correu sentindo o seu coração bater mais forte, ele sentiu que o cheiro do homem que lhe seguia era diferente, mas ele continuou a correr assim mesmo, ignorando aquela sensação estranha, ele correu muito para distrair o homem, e quando conseguiu, respirou aliviado.
Ele verificou se estava seguro e logo depois voltou para a sua casa, ele precisava tomar cuidado com sua identidade, ninguém podia saber sobre sua idade ou nome, era isso que sua mãe sempre dizia, eles corriam muitos riscos de acordo ela, talvez, esse fosse um do taís inimigo… Arthur pensava no cheiro dele… era diferente, o jovem não entendia o'que podia ser… enquanto ele entra pela porta de sua casa, uma voz o chama, o arrastando de seus pensamentos que prendiam tanto a sua atenção.
— Arthur?
Amanda perguntava ao ouvir a porta da casa bater, ela estava nos fundos preparando algo para o garoto comer, ela sempre fazia o almoço para os dois partilharem juntos.
— Oi mãe, sou eu!
O garoto chegava anunciando, e logo ia até a cozinha ver o que sua mãe preparava, o cheiro estava bom.
— Não suma assim do nada sem me falar.. eu estava quase ficando louca...
Amanda chamava a atenção do jovem, ele sempre saía às escondidas para fazer um trabalho ou outro, ele sabia que sua mãe não conseguia dinheiro o suficiente trabalhando para o tal ”Alfa”, e por isso, sempre se arriscava pelas ruas de Egiths.
Arthur se sentava relaxando o corpo e dizia a sua mãe.
— Tá tudo bem… fui só ajudar o senhor Roberto com uns negócios, ele vai me dar algumas frutas depois..
Arthur falava sério, olhando para sua mãe, Amanda via a preocupação que o filho tinha por ela, mas se negava a aceitar que ele trabalhasse para outras raças para conseguir o'que comer.
Reino de EgithsAmanda e Arthur ICEO garoto estendeu os braços olhando para a mãe, a convidando para um abraço, mas ela estava irritada por conta de suas saídas às escondidas.— Não mesmo.. não quero você se misturando com aqueles humanos nojentos!Amanda ainda continuava preconceituosa, mesmo sabendo que o seu filho era um mestiço, ela não conseguia se controlar.—Tá bom.. tá bom..O jovem concordava, como todas as vezes, apenas para que sua mãe deixasse de lado por um tempo, ele sabia que era preciso fazer tais coisas para ter o que comer, sua mãe não conseguiria fazer tudo aquilo sozinha.— E então.. como foi o seu dia?A mulher perguntava colocando comida no prato do jovem, ela suspirava fundo tentando relaxar, eles não tinham dinheiro e muito menos fartura, por isso geralmente comiam pouco, a mulher havia cozinhado batatas e alguns pequenos pedaços de carne salgada, era tudo que eles tinham para aquele dia, ela sempre conversava com o filho, dava para ver o amor que ela sentia p
Reino de AftermoonLucinda e Joaquim BrownApós Sandy ter o sonho duvidoso, a possível viagem no tempo, ela preparava suas bagagens para ir até Wisdy assim como havia informado Cateline pela carta, haviam se passado alguns dias e ela estava quase de partida.A mulher contou a Lucinda os detalhes, e as duas estudavam o que tudo aquilo poderia significar, com os anos que se passaram elas foram ganhando mais prática e conhecimento sobre a magia, mesmo que sem conseguir manipulá-la bem.Lucinda infelizmente parecia não ter despertado seus dons ainda, de forma que pudesse usá-los com livre e espontânea vontade, tudo que ela tinha para provar que algo mágico corria em seu sangue era a beleza e saúde, a mulher não envelhecia ou adoecia, ela permanecia bela como no dia que Joaquim a conheceu, isso atormentava a mulher, que via o seu marido adoecer a envelhecer a cada dia, sem poder fazer nada para ajudar.Ela havia prometido a si mesma que iria conseguir livrar o seu marido da praga que o ron
Reino de EgithsMartin Forth Martin aguardava o senhor voltar com o homem que tinha as tais informações no bar, quando o velho saia, Martin rapidamente reparava no homem alto e moreno ao seu lado, ele era forte, repleto de cicatrizes, parecia ser um lutador, em seu rosto haviam algumas marcas que lembravam tatuagens, ele aparecia na porta e após olhar cada detalhe de Martin, ele o chamava.— Entre..O homem alto e moreno dizia se virando sem nem um pingo de simpatia, tudo ali naquele assentamento girava em volta de dinheiro, somente assim eles conseguiam sobreviver abastecendo os seus postos de água e alimentação.O jovem Martin entrava desconfiado pela porta, olhando tudo em sua volta, o local estava cheio, pessoas bebiam e cantavam, nem pareciam ter vindo de lugares destruídos pela guerra.O homem moreno se sentava numa mesa de madeira antiga, e Martin o acompanhava, ele admirava o interior do bar, era bem rústico, haviam garrafas de vidros de diversas cores ao fundo numa prateleir
Cateline Fire e Sandy YorkReino de WisdyHaviam se passado alguns dias, e Sandy tinha mandado algumas cartas para Cateline, finalmente o dia da viagem havia chegado, Sandy finalmente poderia conversar com Cate sobre os acontecimentos e sonhos estranhos que vinha tendo.Sandy levava também algumas cartas de Lucinda, com detalhes sobre a situação de Joaquim, o Lorde estava com a saúde muito debilitada, todos estavam lutando para conseguir algum remédio ou cura para sua doença.A mulher saiu de Aftermoon, junto a seu filho Saulo e Jade, filha de Lucinda, os jovens estavam com saudades de sua prima Crystal e não viam a hora de ver a jovem, eles tinham muito o que conversar.Na carruagem, os três iam conversando, a viagem seria longa, mas todos já estavam acostumados com o passar dos anos.— Tia Sandy… você acha que Crystal vai gostar do presente?Jade perguntava sorridente com uma caixinha enfeitada de bordados em sua mão, ela levava um pingente dourado para a prima, a jovem era animada
Cateline Fire e Sandy YorkReino de WisdyCateline e Sandy andam até a sala de arquivos, Cate sempre usava o local quando precisava ficar sozinha, lá, as duas mulheres se sentam em poltronas de frente uma para a outra, onde podiam conversar de forma mais reservada sem interferências ou interrupções.As mulheres se sentam e logo Cristina chegava com o lanche, deixando em uma pequena mesa que ficava próxima.A criada saia da sala, fechando a porta, enfim deixando as duas a sós.Cateline suspirava profundamente, finalmente as duas poderiam conversar sobre os detalhes dos supostos sonhos de Sandy.— Eu li todas as cartas que você mandou… mais de uma vez…Cateline falava com o tom frio, assim como o clima do reino onde morava, ela pegava a xícara de chá dando um gole a seguir, as coisas não permaneciam quentes por muito tempo em Wisdy.Sandy fazia o mesmo, pegando a xícara, a cada visita ela percebia o quanto Cateline ficava mais séria, aquilo a preocupava.— Como eu lhe disse pelas cartas
Martin ForthReino de EgithsFinalmente após alguns dias de preparação, chegou o momento do início das investigações, Martin e Steve se reuniram pela manhã no mesmo bar que se conheceram. O sol já estava alto e ardia, mas aquilo não os impediria de iniciar as buscas. Ao entrar no bar, Martin percebia os homens sentados em uma mesa no fim do salão, haviam muitos, a maioria com roupas sujas do trabalho pesado do dia anterior.O jovem se aproximava e já sentia o cheiro de álcool, eles bebiam para iniciar o dia de bom humor.— Bom dia..Martin se aproximava cumprimentando, os homens olhavam para ele, e logo voltavam a prestar atenção em Steve, que explicava como seria o dia de investigação, o homem tinha começado a falar sobre os detalhes antes de Martin chegar.— Como vocês sabem… estamos tendo problemas com certos desordeiros no assentamento, e isso tem chamado a atenção do chefão de Egiths..Steve falava e arrastava o seu olhar para Martin que estava em pé próximo ao grupo o ouvindo.
Amanda e Arthur ICE Reino de EgithsAmanda vinha ficando mais doente e fraca a cada dia, tanto fisicamente como mentalmente, sua cabeça estava confusa, e muitas das vezes ela não sabia o que acontecia ao seu redor, talvez por conta da quantidade de tempo usando a pedra Ônix que a intoxicava, tudo apenas para impedir que encontrassem Arthur, seu amado filho.A tribo ICE iria se reunir em uma parte mais afastada do assentamento para resolverem alguns detalhes sobre batalhas futuras, eles estavam com problemas financeiros e planejavam atacar outros grupos para conseguirem dinheiro, isso era algo muito arriscado já que tanto a alcateia de Harry, quanto os responsáveis do assentamento estavam de olho nas coisas que aconteciam, os lobos precisavam tomar cuidado para não serem pegos.Amanda e Arthur saíram antes do sol nascer, deixando sua casa trancada, eles moravam afastados do restante da tribo ICE, já que a loba Amanda era responsável pela manipulação das pedras tóxicas, o restante dos
O Alfa falava dando gargalhadas, assim como o resto dos lobos que ignoravam a mulher e o jovem.Arthur pegava um pouco de água e dava a sua mãe que bebia depressa, a sede era tremenda, ela virava o copo bebendo todo o líquido e sentia a garganta refrescar, ela dava um sorriso e agradecia ao seu filho em seguida, o garoto a levava para o banco onde estavam sentados e os dois aguardam o início da reunião, ele precisava ficar mais forte, não podia ficar esperando ser defendido por sua mãe para sempre, era ele quem deveria proteger, o jovem cerrava os pulsos e permanece sério e pensativo, ele não iria permitir que aquilo acontecesse novamente. O Alfa anda até o centro da cabana e começa.— Como vocês devem saber.. nós estamos tendo problemas com algumas pessoas da alcateia de Harry… eles acham que não temos o direito de permanecer aqui, por isso iremos mostrar a eles, que somos tão dignos quanto qualquer um, não iremos permitir que nos expulsem ou nos tratem como menores… para isso esto