Lucinda corria desesperadamente em busca de Cate e os outros. A Lady precisava encontrá-los para reverter o feitiço. Cate ainda não havia saído do Castelo; ela estava abrindo os portões para seguir até os demais castelos.Lucinda avistou sua irmã logo à frente. Quando se aproximava de Cate, algo bateu com força no portão, fazendo-o se abrir. Os soldados eram empurrados e agredidos pelos diversos camponeses que entravam. Estavam revoltados e queriam dar um fim em Lucinda, acreditando que tudo era culpa dela.— DROGA! Se esses malditos chegarem até nós, não haverá como desfazer essa praga — Lucinda exclamou, olhando para Tomas, que estava próximo. Naquele momento, as únicas pessoas em quem podiam contar eram os Fire’s presentes: Cristina, Tomas, Crystal e Fênix. A magia estava fraca, impossibilitando as bruxas de usar seus feitiços. Até mesmo os lobos estavam fracos; mal conseguiam permanecer transformados. Não tinham muitas opções: lutar com as forças que tinham ou morrer nas mãos dos
Na agitação do lado de fora, Lucinda olhava desesperada. Ela apertava a mão de sua filha Jade, temendo o pior, mas a mulher não podia permanecer parada. Precisava desfazer a maldição o quanto antes.Com determinação, Lucinda puxava o braço de sua filha e corria na direção do local onde o feitiço de reversão deveria ser feito. Martin seguia, segurando Saulo nos braços, enquanto Sandy e Cateline ficavam para trás, procurando algo para se defender.Jade apertava a mão de sua mãe, olhando para ela com preocupação. "Mãe, o que vamos fazer?" gritava, enquanto Lucinda corria pelo enorme jardim."Precisamos desfazer essa maldição logo, filha! Só assim nossa magia voltará, e poderemos lutar para salvá-los!" Lucinda gritava, esforçando-se para não cair enquanto corria.Cateline estava desesperada, procurando algo que pudesse usar como arma para proteger seus filhos. Sandy fazia o mesmo, mas ambas estavam feridas e fracas, mal conseguindo ficar de pé."Merda! Se ao menos pudéssemos usar um pouc
EPILOGO Três anos após os eventos tumultuosos, Cateline, Félix, Fênix e Crystal encontravam-se em Wisdy. Fênix havia enfrentado um julgamento brutal, acusado do impensável: matar seu próprio avô. Os outros aliados de Félix participaram do julgamento e decidiram que Fênix devia ser preso, e Félix aceitou aqui. A solidão da prisão foi a única companheira de Fênix durante meses agonizantes. Por fim, a decisão que se impôs era cruel em sua simplicidade: cinquenta chicotadas ou a morte. Félix, apesar da dor que corroía seu coração, escolheu a vida do filho e aceitou a terrível punição. Depois da punição, Fênix conseguiu várias marcas em suas costas, elas iriam cicatrizar, mas ele se lembraria para sempre daquele dia. Após sua libertação, Fênix se esforçou para encontrar seu lugar na vida de Wisdy. Os Fire, agora, eram sua nova família, e a comunidade de lobisomens representava o lar que ele ansiava. Reaproximar-se de sua própria família era um processo lento e delicado, pois ele mal os co
— Onde eu estou?...Sandy apoiava sua cabeça com a mão, tentando recobrar a consciência, tudo que a mulher lembrava era de ter se deitado para dormir após jantar.Ela olhava para as suas mãos, e não as reconhecia, aquele não era o seu corpo.Sem entender o que estava acontecendo, a mulher tentava se levantar se sentindo tonta, escorando nas paredes próximas, ao olhar ao redor ela percebia que o lugar não era estranho, pois ela já havia o visto ou estado ali, assustada, tentava procurar alguma janela ou porta que permitisse que ela observasse fora dali, mas não havia nada além de tochas e lamparinas que iluminavam o longo corredor escuro, Sandy andava vagarosamente seguindo em frente, à medida que caminhava, tinha cada vez mais certeza que ali era alguma parte subterrânea de algum dos castelo de Aftermoon, o lugar era escuro e úmido, parecia ser um tipo de masmorra.— Sandy…A mulher ouvia alguém chamando por seu nome, e se virava rapidamente, mas não tinha ninguém, o chamado era como
Reino de WisdyA neve caía fazendo os montes em cima das plantas e arbustos, a paisagem vista pela janela era a mesma de quando Cateline havia chegado ali, ela ainda se lembrava com detalhes, a mulher, agora estava mais madura, ela olhava pensativa para fora da sala vendo o sol nascer vagarosamente, toda sua família tomava café da manhã juntos, na mesa havia Felix, Diego e Crystal, que já era uma moça crescida.— Mãe?! Eu estou falando com você..Crystal chamava a sua mãe a um tempo, a mulher estava imersa em seus pensamentos, ela se virou assustada para sua filha, tentando se recordar sobre oque conversavam.— Desculpe… você disse algo?Cateline perguntava voltando a olhar para carta em sua mão, Sandy havia lhe enviado dizendo que iria visitá-la, algumas coisas pareciam estar acontecendo e ela queria conversar pessoalmente.— Sim mãe ... eu perguntei se Jade e Saulo virão também..Jade, a filha de Lucinda, era uma grande amiga de Crystal, elas conversavam sobre tudo, compartilhavam s
Reino de EgithsMartin Forth O sol brilhava forte em Egiths, a areia seguia longe, formando um imenso deserto sem fim, Martin estava em um pequeno povoado investigando sobre o sequestro de seu sobrinho, a alguns anos ele começou a viajar pelo mundo em busca de pistas e rastros da Tribo ICE, mas tudo que ele encontrava eram apenas boatos.Dessa vez o jovem, que agora era um adulto, estava verificando algumas informações dadas pelos aliados de Diego, os lobisomens do deserto de Egiths, eles disseram ter recebido algumas reclamações de brigas vindas de seres mágicos.Muitas das vezes esses seres viviam longe da civilização humana, eles evitavam contato, porém com as guerras errradicando uma grande parte da população mundial, alguns pequenos grupos de seres mágicos se juntaram, até mesmo os humanos andarilhos faziam cabanas e construiam casas em locais proibidos, eram como assentamentos mistos, na grande maioria das vezes, esses locais eram usados pelo mercado negro, mas isso não vinha a
Reino de EgithsAmanda e Arthur ICEAmanda, havia saído do reino de Wisdy junto a tribo Ice logo após sequestrar o herdeiro de Félix, o bebê foi arrancado dos braços de sua mãe sem que ela nem mesmo tivesse a chance de se defender, a loba nomeou o pequeno filhote de Arthur, o jovem cresceu forte entre meio as raças mágicas e humanos nos assentamentos comunitários de Egiths.Amanda, por mais louca que fosse, amava o seu “filho” acima de tudo, e nunca deixou que nada de ruim acontecesse a ele, mesmo com as dificuldades que vinham enfrentando desde que saíram de Wisdy, a mulher se esforçava para manter o jovem bem.Ela contava histórias de sua terra natal, sobre a neve e o frio, palavras que o garoto não sabia o significado, Arthur sempre era humilhado pelos Ices por ser um mestiço, o jovem nunca havia entendido o que tudo aquilo significava, e tentava ignorar, sua mãe sempre dizia mentiras a ele, fazendo com que o garoto acreditasse em tudo que lhe era dito.A tribo ICE com o passar dos
Reino de EgithsAmanda e Arthur ICEO garoto estendeu os braços olhando para a mãe, a convidando para um abraço, mas ela estava irritada por conta de suas saídas às escondidas.— Não mesmo.. não quero você se misturando com aqueles humanos nojentos!Amanda ainda continuava preconceituosa, mesmo sabendo que o seu filho era um mestiço, ela não conseguia se controlar.—Tá bom.. tá bom..O jovem concordava, como todas as vezes, apenas para que sua mãe deixasse de lado por um tempo, ele sabia que era preciso fazer tais coisas para ter o que comer, sua mãe não conseguiria fazer tudo aquilo sozinha.— E então.. como foi o seu dia?A mulher perguntava colocando comida no prato do jovem, ela suspirava fundo tentando relaxar, eles não tinham dinheiro e muito menos fartura, por isso geralmente comiam pouco, a mulher havia cozinhado batatas e alguns pequenos pedaços de carne salgada, era tudo que eles tinham para aquele dia, ela sempre conversava com o filho, dava para ver o amor que ela sentia p