Tomas passava pelos corredores mais afastados com o garoto coberto, como ele conhecia bem o local ele evitava as partes mais movimentadas do Castelo. Ao chegar na parte de trás do estábulo, na região mais deserta, Tomas se encontrava com todos. Martin imediatamente o ajudava a colocar o garoto em uma das carroças, e Cateline questionava ao ver que seu filho, que estava desacordado.— Tomas? O que aconteceu? — Ela perguntava preocupada, e Tomas tentava acalmá-la.— Ele tentou me atacar…. É melhor que ele faça a viagem dessa forma, preso… pelo menos até que ele se acalme. — Tomas dizia acomodando o garoto na carruagem junto a Martin, Cateline suspirava fundo, e tentava se acalmar. Infelizmente seu filho estava fora de si, ela precisava conversar com ele o mais rápido possível para poder explicar a ele toda a verdade, mas primeiro, eles precisavam sair dali antes que o Félix descobrisse tudo isso.Crystal estava junto a Jade e a Cristina na carruagem da frente, Sandy estava com Lucinda e
Félix estava na floresta junto aos lenhadores e seus subordinados, os homens estavam cortando lenha para que a cerimônia de enterro de seu pai fosse preparada. Era um fardo pesado demais para suportar, e o rosto de Félix mostrava claramente sua irritação enquanto observava os lenhadores trabalharem com uma eficiência questionável. As rugas em sua testa se aprofundavam a cada momento, seus olhos lançavam faíscas de fúria contida.Eram muitas as coisas que deveriam ser organizadas, e o homem já estava cansado de lidar com a incompetência ao seu redor. Félix havia passado horas junto a todos trabalhando, e ao entardecer, ele retornava ao castelo, com a expressão cada vez mais sombria.Ao chegar, o homem ia diretamente para o quarto de Cate, ele queria contar a sua amada como as coisas iriam funcionar no funeral. Seu semblante sério e determinado não diminuía nem um pouco, apesar do cansaço e da frustração. Chegando no quarto, ele estranha por não encontrar sua esposa, ela deveria estar
Capítulo 80: A Jornada de Volta ao Reino de AftermoonApós o corajoso ato de Cristina ao separar a briga entre Crystal e Fênix, a pequena loba tentou sair das garras de Cristina. Mas Cristina conseguiu sem fazer muito esforço para a colocar na carroça.Cateline se sentia mais confortável em saber que nada sério havia acontecido, ela agradecia a Cristina por conseguir os separar a tempo. Cate e os demais voltavam a carroça e iriam seguir viagem.O silêncio pesava na carruagem. Os garotos não tocavam na comida ou na água, confusos, sem entender o que havia transpirado. O tal sentimento que eles sentiram, faziam eles não compreenderem o que de fato tinha acontecido, mas era a ligação deles. Os dois decidiram, prudentemente, manter a calma enquanto tudo se desenrolava.À medida que se aproximavam do reino de Aftermoon, testemunhavam horripilantes mudanças. Apenas alguns dias desde a partida de Lucinda, e o lugar havia se metamorfoseado completamente. Uma transformação inquietante estava e
Lucinda corria desesperadamente em busca de Cate e os outros. A Lady precisava encontrá-los para reverter o feitiço. Cate ainda não havia saído do Castelo; ela estava abrindo os portões para seguir até os demais castelos.Lucinda avistou sua irmã logo à frente. Quando se aproximava de Cate, algo bateu com força no portão, fazendo-o se abrir. Os soldados eram empurrados e agredidos pelos diversos camponeses que entravam. Estavam revoltados e queriam dar um fim em Lucinda, acreditando que tudo era culpa dela.— DROGA! Se esses malditos chegarem até nós, não haverá como desfazer essa praga — Lucinda exclamou, olhando para Tomas, que estava próximo. Naquele momento, as únicas pessoas em quem podiam contar eram os Fire’s presentes: Cristina, Tomas, Crystal e Fênix. A magia estava fraca, impossibilitando as bruxas de usar seus feitiços. Até mesmo os lobos estavam fracos; mal conseguiam permanecer transformados. Não tinham muitas opções: lutar com as forças que tinham ou morrer nas mãos dos
Na agitação do lado de fora, Lucinda olhava desesperada. Ela apertava a mão de sua filha Jade, temendo o pior, mas a mulher não podia permanecer parada. Precisava desfazer a maldição o quanto antes.Com determinação, Lucinda puxava o braço de sua filha e corria na direção do local onde o feitiço de reversão deveria ser feito. Martin seguia, segurando Saulo nos braços, enquanto Sandy e Cateline ficavam para trás, procurando algo para se defender.Jade apertava a mão de sua mãe, olhando para ela com preocupação. "Mãe, o que vamos fazer?" gritava, enquanto Lucinda corria pelo enorme jardim."Precisamos desfazer essa maldição logo, filha! Só assim nossa magia voltará, e poderemos lutar para salvá-los!" Lucinda gritava, esforçando-se para não cair enquanto corria.Cateline estava desesperada, procurando algo que pudesse usar como arma para proteger seus filhos. Sandy fazia o mesmo, mas ambas estavam feridas e fracas, mal conseguindo ficar de pé."Merda! Se ao menos pudéssemos usar um pouc
EPILOGO Três anos após os eventos tumultuosos, Cateline, Félix, Fênix e Crystal encontravam-se em Wisdy. Fênix havia enfrentado um julgamento brutal, acusado do impensável: matar seu próprio avô. Os outros aliados de Félix participaram do julgamento e decidiram que Fênix devia ser preso, e Félix aceitou aqui. A solidão da prisão foi a única companheira de Fênix durante meses agonizantes. Por fim, a decisão que se impôs era cruel em sua simplicidade: cinquenta chicotadas ou a morte. Félix, apesar da dor que corroía seu coração, escolheu a vida do filho e aceitou a terrível punição. Depois da punição, Fênix conseguiu várias marcas em suas costas, elas iriam cicatrizar, mas ele se lembraria para sempre daquele dia. Após sua libertação, Fênix se esforçou para encontrar seu lugar na vida de Wisdy. Os Fire, agora, eram sua nova família, e a comunidade de lobisomens representava o lar que ele ansiava. Reaproximar-se de sua própria família era um processo lento e delicado, pois ele mal os co
— Onde eu estou?...Sandy apoiava sua cabeça com a mão, tentando recobrar a consciência, tudo que a mulher lembrava era de ter se deitado para dormir após jantar.Ela olhava para as suas mãos, e não as reconhecia, aquele não era o seu corpo.Sem entender o que estava acontecendo, a mulher tentava se levantar se sentindo tonta, escorando nas paredes próximas, ao olhar ao redor ela percebia que o lugar não era estranho, pois ela já havia o visto ou estado ali, assustada, tentava procurar alguma janela ou porta que permitisse que ela observasse fora dali, mas não havia nada além de tochas e lamparinas que iluminavam o longo corredor escuro, Sandy andava vagarosamente seguindo em frente, à medida que caminhava, tinha cada vez mais certeza que ali era alguma parte subterrânea de algum dos castelo de Aftermoon, o lugar era escuro e úmido, parecia ser um tipo de masmorra.— Sandy…A mulher ouvia alguém chamando por seu nome, e se virava rapidamente, mas não tinha ninguém, o chamado era como
Reino de WisdyA neve caía fazendo os montes em cima das plantas e arbustos, a paisagem vista pela janela era a mesma de quando Cateline havia chegado ali, ela ainda se lembrava com detalhes, a mulher, agora estava mais madura, ela olhava pensativa para fora da sala vendo o sol nascer vagarosamente, toda sua família tomava café da manhã juntos, na mesa havia Felix, Diego e Crystal, que já era uma moça crescida.— Mãe?! Eu estou falando com você..Crystal chamava a sua mãe a um tempo, a mulher estava imersa em seus pensamentos, ela se virou assustada para sua filha, tentando se recordar sobre oque conversavam.— Desculpe… você disse algo?Cateline perguntava voltando a olhar para carta em sua mão, Sandy havia lhe enviado dizendo que iria visitá-la, algumas coisas pareciam estar acontecendo e ela queria conversar pessoalmente.— Sim mãe ... eu perguntei se Jade e Saulo virão também..Jade, a filha de Lucinda, era uma grande amiga de Crystal, elas conversavam sobre tudo, compartilhavam s