Grávida sequestrada do Mafioso
Grávida sequestrada do Mafioso
Por: Lilly Fen
limpando rastro

~~CAPÍTULO 1~~

GORU

Chego na pequena cidade costeira de Monterey, um paraíso do surfe durante o verão, mas é um pequeno refúgio de arte durante os meses mais frios. Não que fique muito frio, mas os turistas ficam longe. Eu me destaco como um polegar dolorido, meu terno extremamente caro, não são os trapos normais que as pessoas usam aqui.

Entro em um pequeno café à beira da estrada, do tipo decorado com o tema de forma que todo o lugar fica coberto de pranchas de surfe e dentes de tubarão. A areia estala sob meus pés, como se os clientes regularmente viessem direto para cá da praia e a vibração descontraída fosse tangível no ar.

Eu odeio isso.

Dê-me as noites ensanguentadas, encharcadas de uísque e sangrentas a qualquer hora.

Pego uma mesa e a garçonete me olha como se eu estivesse na porra do cardápio. Meu lábio se curva em sua direção, um claro foda-se, mas ela apenas ajusta seus seios para que eles tentem derramar para fora de sua camisa.

Pego uma arma e a sento na mesa enquanto ela me entrega um menu. Isso chama a atenção dela.

— Você tem uma licença para isso?

Sua voz é muito aguda, muito doce, toda falsa e fodidamente nojenta.

— Não, não significa que as balas não vão te matar se você não parar com a sua merda. Quero um café puro, e quero que você me deixe fodidamente em paz depois de trazê-lo. Abotoe sua camisa e posso até te dar uma gorjeta.

Ela bufa e me deixa.

Prefiro outro tipo de mulher. Aquelas que só se aproximam de mim se eu acenar para elas, todas treinadas, sem que eu faça porra nenhuma, a ficar bem longe de mim. Se eu estiver fora, há uma boa chance de estar trabalhando. Muito fácil para elas ficarem no caminho e receberem uma bala perdida na cabeça.

Sento-me e bebo meu café, esperando na cabine e observando todos ao meu redor. Tenho uma descrição e detalhes da rotina diária dela. Não que ele saiba por estar tão perto dela. Ele está muito mais ausente do que isso.

Ele tem alguns de seus caras olhando por ela.

Nada diz mais amor paterno do que a máfia te seguindo.

Sabe-se lá como ela ainda conseguiu um namorado com eles em seu encalço assim. Sento lá por mais de uma hora esperando, a garçonete ficando nervosa para caralho por não ser capaz de se aproximar de mim agora que estou pegando uma mesa enquanto o café fica cheio, mas finalmente minha paciência compensa.

Eu a noto imediatamente.

Um monte de cabelo loiro morango está caindo em suas costas, as ondas como a juba selvagem de uma criança no verão. A cor é a mesma do pai dela, embora ele tenha raspado e seja sua barba que mostra a cor.

Ela está usando o menor par de shorts que mostram suas longas pernas e um top que tem sua tinta à mostra onde se enrola em torno de suas costas e sobre seu estômago. Há uma jaqueta de couro pendurada sobre os ombros e o capacete em seu braço é do mesmo estilo que os motociclistas antigos usam.

Ela parece uma cadela motociclista, por completo.

Terei sorte se passar por isso sem ter oito novos buracos de bala no meu corpo.

Ela entra sozinha, mas cumprimenta as garçonetes como se fossem velhas amigas antes de se esconder atrás do balcão e ir para os fundos. Quando ela volta, ela veste um dos pequenos uniformes, um avental amarrado na cintura e um bloco de notas na mão.

De motociclista cadela a garçonete de lanchonete em menos de um minuto.

Ouço minha garçonete dizendo a ela sobre mim, e a arma, e Savannah zomba antes de se aproximar de mim, sem medo, porra.

— Há uma razão para você estar entrando no meu café com uma 9 mil e uma atitude de merda? Não gostamos do seu tipo por aqui, talvez você deva ir para casa.

Olho para cima e vejo seus olhos observando cada centímetro de mim, mas não é de forma alguma ela me checando. Não, ela está avaliando a situação, procurando por mais armas, julgando o que será necessário para me tirar daqui sem nenhuma vítima.

Ela é inteligente.

O tipo de inteligência que uma criança consegue por crescer em uma situação de merda. Eu me pergunto se a mãe dela era decente o suficiente ou se ela não estava por perto. Jack é um tipo de cara decente, mas eu não sei merda nenhuma sobre ser pai.

O meu foi uma causa perdida.

— Estou aqui apenas para um café, sem problemas.

Eu digo, estendendo minhas mãos como se não fosse uma ameaça.

Ela não acredita.

— Oh sim? Por que retirar a peça então?

Sorrio para ela, usando o charme para distrair suas suspeitas.

— A garçonete continuou empurrando seus seios na minha cara. Sou um homem de família, não tenho interesse em transar com alguma garçonete.

Seus olhos se estreitam para mim, como se ela não tivesse certeza de que estou dizendo a verdade. Não importa, eu me levanto e jogo algumas centenas na mesa. Seus olhos me seguem para fora da lanchonete e saio para sentar e esperar por ela no meu carro.

Agora eu sei que ela está em seu turno, posso apenas esperá-la.

Ela tem um turno de seis horas.

É chato para caralho esperar, mas quando ela finalmente termina, estou pronto para ela. Há uma multidão de pessoas saindo da lanchonete enquanto ela sai e leva um minuto para encontrá-la através dos corpos. Mantenho minhas armas no coldre porque este não é meu território habitual e não preciso lidar com porcos hoje.

Sei no minuto em que essa garota descobre que a estou seguindo. Em vez de seguir o caminho direto para sua motocicleta, o que sei graças aos espiões de Jack, ela começa a contornar a multidão, subindo e descendo as ruas para tentar me perder.

Sou bom demais para essa merda, embora esteja estranhamente orgulhoso de que ela saiba como fazer isso. Tenho visto muitas garotas sendo agarradas, machucadas e vendidas ultimamente.

É bom ver uma que vai contra-atacar.

Quando ela finalmente pega o beco para chegar a um carro, ela ainda está correndo ao redor das pessoas e eu vejo as chaves que estão em sua mão. Tem uma garrafa de spray de pimenta, caralho, e as chaves estão apertadas entre os dedos dela para que ela possa furar meus olhos se eu chegar perto o suficiente.

Como eu disse, garota esperta.

Que pena para ela que sou mais inteligente, maior e feito para matar. Se eu quisesse, poderia derrubá-la e matá-la em menos de um minuto, sem que ninguém na rua percebesse.

Que bom que eu não quero.

Quando viramos a última curva para o estacionamento, ela vira para mim, spray de pimenta em sua mão levantada para mirar bem nos meus olhos. Essa merda não iria salvá-la, mas não tenho paciência para lidar com essa merda hoje. Agarro seu pulso e puxo sua mão para baixo, me abaixando para que o primeiro jato do líquido ardente não atinja meu rosto. Ela não grita ou entra em pânico, apenas muda diretamente para uma postura defensiva.

Eu sei que está vindo, então, quando seu pé aponta para o meu pau, eu prendo-o com minhas coxas e a derrubo com um chute rápido na parte de trás de seu joelho. Ela raspa o braço na parede de tijolos do prédio ao qual estamos próximos enquanto se ajoelha, mas mal resmunga com o som.

— Não estou aqui para machucar você, então pare com essa merda para que possamos conversar.

Ela não segue esse conselho de forma alguma, pondo-se de pé e movendo-se para correr.

Ótimo.

Acho que devo ser o idiota.

Disparo para a frente e a pego pela cintura antes que tenha tempo de fugir, a outra mão apertando firme sobre sua boca enquanto seu corpo luta contra mim.

— Eu estava tentando ser legal. Você não vai gostar se eu começar a ser um verdadeiro idiota, então pare com essa merda.

— A porra do seu pai pediu um favor ao meu irmão. Seu pai me mandou.

Estamos sentados no meu carro, seus pulsos e tornozelos amarrados e sem chance de ela se afastar de mim agora. Coloco o carro de volta na rodovia e saio, indo para baixo.

Seus olhos se arregalam.

— Meu pai mandou você? Você está brincando comigo? Aquele velho idiota não dá a mínima para mim, mas agora estou fodidamente feliz que ele queira estragar essa merda enviando algum bandido atrás de mim? Não. Porra, não. Não vou entrar naquele carro.

Foda-me.

Depois de deixar aquela maluca com seu pai, atravessei o corredor dos escritórios do clube apressadamente, recebi uma mensagem do meu irmão Ken pedindo que me fizesse presente na sua sala o mais rápido que eu puder. Uma reunião de urgência não é a cara do meu irmão, uma missão seria a lógica.

— Irmão.

Fechei a porta atrás de me e entrei na sua sala, ele largou seu telefone levantando o olhar para me encarar.

Porra, mais trabalho.

— Preciso que limpe rastros.

Matar sem deixar pistas, é isso que ele quer dizer em poucas palavras, meu irmão Ken é o líder da nossa família, existem muitas famílias fundadas originalmente pela máfia Yakuza, uma traição provocou a separação das famílias e cada um tornou-se líder da sua cidade e família, alguém que tenha um capital muito alto para alimentar um exército poderoso e extenso.

Não somos diferentes dos outros, nossa família possui riquezas, armas e controla a cidade em um ponho de ferro. Sangue é um efeito colateral da máfia, mortes são necessárias para exibir poder.

Quando a queda do meu pai veio, nosso irmão assumiu o trono, ele executou homens dos seus próprios homens, as ruas das cidades fediam sangue e morte. Foi o período mais sangrento no reinado do Ken.

— Quem devo matar?

Questionei.

— Ele.

Ele exibiu uma fotografia recém tirada de um homem branco, 30 e poucos anos, 1,70, comum aos meus olhos.

— Ele não é comum, soube que está perguntando sobre Takashi.

Arqueei a sobrancelha, nosso irmão está fora de casa há meses, a última notícia que tive foi que ele estava fora da cidade, longe dos nossos olhos e proteção. No entanto, a reação calma do meu irmão afirma minhas suspeitas, ele sabe aonde encontra-lo.

— Tem sua localização?

— Sim, tenho homens cuidando dele de longe.

Ele ergueu sua postura, jogou todo seu peso no apoio do sofá.

— Quando ele volta?

Ken lançou um suspiro profundo, isso é uma merda, Takashi está fugindo dessa vida.

— Em breve, Naruto o ajudará com as tarefas, ele vai trabalhar nas ruas até que eu mude de ideia.

— O que aconteceu para colocar Naruto de castigo?

— Sua mulher pulou de um penhasco.

Merda.

— Ele tentou manipula-la?

Meu irmão Naruto é fodidamente um sociopata escondido naquele traje de bom homem, ele é sortudo por alguém aceitá-lo do jeito como é. Bom, essa porra não terminou bem para seu lado.

— Fez pior, obrigou-a a se casar com ele, manteve-a trancada sem contato com o mundo exterior até que ela enlouqueceu e decidiu fugir.

— Caramba, ela está bem?

— Sim. Ela vai sobreviver.

Ken, abre seu Macbook, é uma merda cuidar dos seus homens e ainda cuidar da porra dos seus irmãos crescidos. Exaustão. Infelizmente ele não consegue camuflar raiva evidente nos seus olhos.

— Eu e seu irmão Ken, compartilhamos algo em comum, machucamos nossas esposas de um modo imaginável.

Ken desviou os olhos do Macbook, levantou os olhos e me encarou com fogo nos olhos. Ele nunca demostra fraquezas, muito menos para me que sou o irmão mais novo dos homens.

— Amor é doloroso, expor suas fraquezas a uma mulher é ainda pior, no entanto, o amor de uma mulher é como quebrar todas as suas barreiras até que fique completamente nú a mercê desse amor. Por isso quando for encontrar sua mulher, seja o melhor para ela, escolha ser o melhor homem que ela já conheceu, escolha não magoar ela. Mesmo que isso signifique se auto magoar, pois, se ela aceitou o monstro que existe de ti, é por que ela não tem medo das mortes que carrega nas suas mãos. Uma mulher é dadiva, escolha sempre ser o melhor para ela. Cuide dela, ouça-a, atenda seus pedidos, por mais que sejam os mais bobos e tolos, são essas pequenas coisas que moldam a porra do nosso dia, são essas pequenas coisas que nos deixam vivos e felizes. Pegue na sua mão, saia para jantar, beije sua boca, sorria, vale muito pena ter alguém do seu lado.

— Obrigado irmão.

— Você é o melhor homem que nós, não se prenda ao trabalho, permita que alguém cuide de você.

Arregalei os olhos em resposta.

— O quê?

— Sinto muito irmão, não quis desrespeitá-lo, mas, você nunca foi um irmão paterno.

Baixei meu olhar para o chão.

— Tem razão, talvez a notícia que serei pai muda nossos instintos.

— Pai?

— Sim, minha esposa está gravida.

— Parabéns irmão.

— Porra Ken, até quando vai me colocar de castigo como se fosse a porra de uma criança? Yuna me perdoou, estamos felizes, mas você parece uma puta vingativa e mal fodida.

Quando Naruto percebe minha presença na sala do meu irmão, solta palavrões abafados, engulo meu riso com o constrangimento do Naruto em meio a situação que ele mesmo criou.

— Você está dispensando Goru.

— Sim irmão.

Meus olhos se encontram com a do Naruto por milésimos segundos antes de eu atravessar a sala até a porta. Puta que pariu, ele está ferrado. Segurei a foto na minha mão com força, hora de limpar rastros.

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