sua amante

~~CAPÍTULO 1O~~

MARCELA

Quando o sol nasceu, Goru estava na cozinha preparando nosso café da manhã, ele está mais tranquilo que ontem, o susto de conviver com uma mulher deve ter passado e tudo tornou-se realidade. Essa é a nossa realidade, minha realidade.

Vesti seu moletom e uma camisa branca, prendo meus cabelos e desci segurando telefone na minha mão, quando entro na cozinha, vejo Goru falando ao telefone, ele não parece chateado nem feliz. Me acomodo no meu lugar e sirvo um pouco de tudo.

— Bom dia princesa.

Meus olhos se iluminam graciosamente quando ouço ele me chamar de princesa.

— O quê?

— Você é o cara com palavras limitadas, me dar um adjetivo me deixou animada.

Sorri.

Uma vez Mahina comentou seus irmãos são privados e silenciosos, pouco sabem sobre o amor, ou sobre sentimentos, isso me ajudou a entender seu modo e dar-lhe tempo para digerir tudo sem pressão.

— Comprei ontem.

Goru coloca uma caixa veluda da cor preta na minha frente, sorri surpresa que ele tenha me comprado um presente, se não bastasse, são as minhas primeiras joias desde que me mudei para cá. Quando abri, encontrei um conjunto de colar, brincos e mascote, banhados de ouros e diamantes.

— Caramba, obrigada.

Murmurei agradecendo.

— Diamantes para uma princesa.

Ele beijou minha testa.

— São muito lindas, obrigada Goru.

— Não é nada que não esteja acostumada a receber.

Levantei do meu assento e fui nele, quando nossos lábios se tocaram o fogo veio, no entanto se afastou de mim.

— Médico.

Ele murmurou. Quando peguei meu telefone, ele abriu a porta e saímos, no interior da casa o mundo é outro, mais privativo, diferente do exterior, há muitos seguranças armados por quase todo o terreno, apesar de termos uma piscina e jardim privado, é assustador saber que as pessoas andam, treinam e andam armados.

Na casa do tio Ken, mal conseguimos ver seus homens, ou não existe nenhum.

— Se acostumará com o tempo.

— Eles dormem aqui?

— Sim, há prédios no terreno.

— Oky.

Ele abriu a porta do carro e eu entrei. Ele ligou o carro e saiu dirigindo, quando chegamos na clínica, passamos direto para um consultório.

— Goru, querido, bom ver você.

Uma mulher de cabelos morenos sorriu para meu marido, seus olhos fixos nele, lembram-me o quão deslumbrada ela é por ele.

— Sou Marcela.

Ela quebrou seu contato e olhou cautelosamente para mim.

— Desculpa não vi você, no que posso ajudar?

— Preciso que disponibilize alguém para acompanhar toda a gestação da minha esposa.

A decepção é evidente no seu olhar.

— Claro, um minuto.

Ela gaguejou em resposta, engoliu seco e saiu da sala. Eu olhei para ele.

— Querido?

Murmurei controlando meus ciúmes, e o pequeno constrangimento causados por ele.

— Foi antes de você.

— Você dormiu com ela.

— Sim.

Ele respondeu.

— Por favor me acompanhem.

Disse a médica, ex ficante do meu marido. Seguimos seus passos até dois andares, quando ela nos entregou para outra mulher, depois de abrir o pré-natal, passar muitos exames, chegou a hora de certificar que nosso bebé está bem.

— O bebé apresenta bons sinais vitais, está saudável e você está com 11 semanas de gestação.

A doutora Lilian disse, ela possui um sorriso maravilho, aspecto juvenil, ela usa óculos, e tem cabelos lisos presos em um laço azul, ela. Ela é fofa.

— Depois que come, ela coloca tudo para fora.

Informou Goru a médica.

— Esse fator é gerado por estresse, o comum são enjoos matinais, desejos, vômitos após refeições são causados por incômodos ou excesso de estresse psicológico.

Estava frio, o gel que o médico espirrou na minha barriga. Eu nervosamente agarrei a borda da fronha e olhei para o teto.

— Você está bem, Sra. Mastsumato?

Olhei para a médica, seu sorriso caloroso e carinhoso.

— Estou bem. Só um pouco nervosa.

— Isso é absolutamente normal com sua primeira gravidez. Alguma história de doença que eu deva saber?

— Nenhuma.

Goru respondeu em meu nome enquanto se elevava atrás da médica como se estivesse esperando que ela fizesse um movimento errado.

— Alguma náusea? Tonturas?

— Eu...

— Ela vomita depois de comer.

Goru cruzou os braços e ampliou sua postura enquanto colocava um dedo nos lábios, olhando para a tela da máquina de ultrassom portátil como se fosse uma porra de arma nuclear.

O Dra. Lilian moveu a sonda em volta da minha barriga, espalhando o gel pela minha pele.

— Tonturas e náuseas são completamente normais neste início de gravidez ou se prolongue devido ao estresse. Tente comer alguma coisa antes de sair da cama para evitar que o açúcar no sangue caia.

Eu balancei a cabeça, surpresa por Goru não acenar para mim, porra, já que ele estava falando por mim desde a chegada da médica.

— Okay

Dra. Lilian apontou para a tela, seu cabelo cor de chocolate bem preso atrás da cabeça,

— Então este círculo preto aqui é o líquido amniótico.

Eu estreitei meus olhos, tentando focar na imagem em preto e branco. Goru foi para o lado da médica e sentou-se no colchão, tentando ver ele mesmo melhor.

— E esta forma em forma de rim bem aqui.

Ela apontou para o lado da tela,

— Este é o feto.

Ela apertou alguns botões no teclado.

— Seu bebê é grande.

Eu me apoiei nos cotovelos para ter uma visão melhor, pois tudo que vi foi uma imagem de neve com um balão preto e um pequeno ponto dentro dele. Eu vi nenhum bebê. Eu vejo pés e mãos, pernas e braços. É um pacotinho lindo.

— Meu Deus.

— Bem aqui, este é o seu bebê. É o coração do bebê batendo.

— Um batimento cardíaco?

Espantada, olhei para o médico.

— É o coração dele batendo?

— Ou dela.

Dra. Lilian sorriu.

— Aqui, vamos ouvir.

Olhei para Goru, que parecia em transe enquanto olhava para a tela. Ele não moveu um músculo. Era como se ele nem estivesse respirando. A expressão em seu rosto era algo que eu nunca tinha visto antes dolorido, quase triste.

— Goru...

Mas então eu ouvi. O som de um coração batendo. Rápido, mas rítmico. Suave, mas alto o suficiente para abafar todos os pensamentos.

Fechei meus olhos e respirei fundo enquanto meu coração tentava pular do meu peito. Foi o som mais lindo que já ouvi, e tocou minha própria essência, alcançando as profundezas da minha alma. Foi um pulso e um baque. Uma melodia. Eu sabia que era um batimento cardíaco, mas para mim era a música que cantava para o meu sangue suave o suficiente para acalmar, mas forte o suficiente para me abrir completamente. Era o som de uma vida crescendo dentro de mim. O eco de algo belo que Goru e eu criamos entre todas as feiúras que nos cercavam.

Uma lágrima escorregou pela minha bochecha, e eu abri meus olhos, minha mente, corpo e alma já perdidos para o batimento cardíaco minúsculo que enchia o ar ao nosso redor com tanta esperança.

— É um batimento cardíaco forte.

Ouvi a médica dizer, mas fiquei paralisada quando olhei para Saint, o azul requintado em seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas enquanto o som da vida que criamos nos rodeava.

Este sentimento que passou por mim, inclinando todo o meu mundo fora de seu eixo, estava bem ali, refletindo nos olhos de Goru Assim como a minha, sua vida mudou em um único batimento cardíaco.

A Dra. Lilian removeu a sonda do meu estômago e o som sumiu.

— Vou dar a vocês dois um pouco de privacidade.

Os lábios de Goru se separaram, e ele colocou os cotovelos sobre os joelhos com os punhos tocando seu queixo. Eu o assisti como ele não conseguia tirar os olhos da tela com a imagem congelada de nosso bebê.

Todas as emoções que eu sentia, ele parecia sentir também. Estava tudo lá em cada linha de seu rosto. Sua expressão falava muito sem ele dizer uma única palavra.

Sentei-me ereta e escovei meus cachos para trás.

— Cada grama de feiura acabou de ser limpa por um único batimento cardíaco.

Eu sussurrei, e Saint apenas apertou os punhos com mais força na frente do rosto. Seu silêncio foi esmagador, e eu odiei isso.

— Goru.

— Nós vamos ter um bebê.

Ele disse suavemente, como se só tivesse percebido agora.

— Eu sei.

Limpei minhas lágrimas.

— Eu não posso acreditar. Quer dizer... eu vi a imagem, ouvi o batimento cardíaco. Mas parece tão surreal.

Ele se levantou, a tensão saindo dele em ondas.

— Nós vamos ter um bebê.

Sua voz estava cheia de descrença.

— Estamos tendo um bebê.

Algo estava errado. Eu podia sentir o peso disso afundando em minhas entranhas, mas não conseguia falar. O momento era sobrecarregado com muitas emoções, nenhuma palavra iria fazer justiça.

Goru olhou para mim de lado, e o que vi me deixou sem fôlego.

Dor. Muita dor. Estava lá rodando em seus olhos como um redemoinho de arrependimento.

— Sinto muito, Marcela.

— Goru.

— Eu devia ter protegido mais vocês.

— Estamos aqui, agora.

Comentei, ele levou seus lábios para minha barriga e beijou-a.

— Papai está aqui.

Goru sussurrou.

— Estamos aqui, estamos aqui.

Ele sorriu, beijou o topo da minha cabeça. A Dra. Lilian entrou na sala e prescreveu vitaminas para comprarmos na farmácia.

— Até a próxima consulta, Marcela.

— Obrigada Dra.

Depois do médico, Goru me levou para lojas mais caras da cidade para fazer compras, muitas compras, comprei tudo o que precisava e voltamos para casa.

— Não vai trabalhar?

Questionei quando o vi deitado na poltrona enquanto me observa arrumar minhas roupas.

— Mais tarde.

Ele limitasse a dizer, acenei a cabeça e continuei.

— Há armas no quarto?

— Sim.

— Vou arrumar outras roupas no quarto de hospede.

— Como desejar.

Minhas roupas ocupam metade do closet e mesmo assim não cabem todas aqui, quando terminei, notei que Goru dorme tranquilamente e segui para o outro quarto ao lado. Quando terminei, caminhei até o sofá e me deitei com ele.

Acordamos com o som do telefone tocando.

— Goru. Sim, sim, estou a caminho.

Nosso momento de paz acabou.

— Dormi demasiado.

Ele murmurou.

— Você estava tranquilo.

— Estou tranquilo, mas, eu preciso trabalhar.

— Oky.

— Volto antes do jantar.

Ele me deu um beijo rápido e saiu, fui tomar banho, escolhi um vestido de sol, desci as escadas, peguei um livro e abri a porta principal. Caminhei até a piscina externa da casa e me sentei na cadeira de balanço, alguns homens que passaram por mim, lançaram um breve aceno me cumprimentando. Quando escureceu entrei na casa.

— Voltou rápido.

Murmurei sem tirar os olhos do celular, não é tão difícil gritar batata frita.

— O que está fazendo?

— Aprendendo a fritar batata para o jantar.

Eu disse levando uma frigideira e coloco óleo, depois ligo o fogão.

— Não vai passar fome porque não sabe cozinhar.

— Eu preciso aprender, já imaginou, em uma situação de emergência, e eu nem sei fritar um ovo?

Goru, caiu na gargalhada cômica, ele atravessou a sala, aproximou de mim, e beijou o topo da minha cabeça.

— Não ria, é sério.

— Eu posso ajudar?

Ele questionou fazendo careta para minha pequena bagunça.

— Não, você não demorou.

Ele suspirou fundo.

— Sim, meu irmão Takashi resgatou uma mulher, íamos fazer reconhecimento.

Meu Deus, ela está bem?

— Ela está bem?

— Viva, infelizmente, ela foi brutamente estuprada e espancada.

— Nossa Goru, tadinha dela, não desejo esse mal para ninguém.

— Ela é forte.

— Sim, sim, mas não merecia passar por isso, querido.

Eu revirei os olhos lembrando da sua

Ex.

Ficante.

Doutora.

— O que?

— Aquela mulher chamou você de querido. Não parecia garota de programa.

Eu disse provocando.

— Nós ficamos.

— Por quanto tempo?

— Tempo suficiente para acabar e ficar no passado.

Ele respondeu fugindo do assunto.

— Recorreu a ela na minha oportunidade que teve.

— Ela é medica.

— Existem tantos hospitais porque me levou justamente naquele?

— A gente está indo pelo mau caminho nessa conversa, e óleo está ficando muito quente.

— Não muda de assunto.

Comentei e ele desligou o fogão.

— Estou sendo inteligente, você quer uma justificativa para brigar.

— Porra nenhuma, você me levou para as mãos da sua ex.

— Indo nesse sentindo, ela seria, ex, de ex de ex, de ex.

— Ela chamou você de querido.

— Infelizmente eu não controlo o que sai da sua boca.

— Desgraçado.

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