~CAPÍTULO 2~~
MARCELA Balancei meus cabelos loiros enquanto admirava a vista desta linda cidade, Paris é extremamente linda, suas paisagens são de tirar o folego. É sobre está cidade que desejo me tornar a modelo mais famosa do mundo. É sobre este ponto da Europa que desejo desenhar peças únicas para pessoas únicas olhei com admiração as pessoas que desfilam pelas ruas, algumas pessoas estão acompanhadas, pelos seus parceiros e familiares, estão passando férias ou desfrutando de um final de semana romântico. Apertei com força meu casaco de frio da cor vermelha, minhas botas de salto fino, desfilam sobre as ruas largas desta bela cidade. Sobre o céu nublado, entrei na cafeteria e pedi chocolate quente para levar. Incrível. Sentada sobre o banco da rua, fiz pequenos rabiscos sobre meus primeiros pensamentos até criar um pequeno vestido florescido de verão. Para completar o look, desenhei um chapéu de sol com uma fita rosa, sandálias rasas com detalhes exibicionistas. Perfeito, meu primeiro desenho estava composto, roupas simples de tendências para o verão. — Oi. Levantei os olhos deparando-me com Xander, ele é, meu namorado mais incrível do mundo, carismático e sofisticado, papai iria adorá-lo no minuto que colocar os olhos nele. Xander é de boa família, suas roupas e os lugares onde frequenta fala muito sobre poses que tem. Perfeito par para a monarquia que o papai sempre defendeu. Gente da alta sociedade, se relacionam com pessoas do mesmo padrão de vida ou superior que a minha. — Oi. Sorri. — Chamei uma galera para nos divertimos em sua casa, são gente bacana, falei de você e eles ficaram bastante curiosos. Essa é a primeira vez que ele deseja me apresentar alguém, Xander é muito discreto, em todos nossos encontros ele preferiu algo discreto. — Claro, seus amigos gostam de sushi? Questionei. — Amam. — Perfeito, vou ao meu apartamento, organizar algo para eles. — Você é perfeita. Ele sussurrou, me deu um beijo rápido antes de me deixar partir. Dé volta ao meu apartamento, fiz diversos pedidos pelo telefone, estou extremamente animada em recepcionar os amigos do meu namorado que mal vi o tempo passar. Tudo está perfeito, a campainha tocou, eu sabia quem são, pois, o porteiro ligou avisando e aguardando minha autorização para subir. Ajeitei minha fita rosa no cabelo, para não envergonhar Xander, vesti apropriadamente como pessoa normal, vestido preto longo e sapatos altos da cor preta. Peguei a maçaneta e girei, abrindo a porta para eles. — Amor. — Boa noite, por favor entrem. Coloquei um sorriso enquanto via três amigos seus entrando no meu apartamento, eles estão bem vestidos. Eu estava tão feliz, que não prestei atenção em nada, os meninos conversavam, comiam e bebiam. Até que. Tudo virou pesadelo. Meu corpo não respondia ao meu comando, fiquei tonta e cai no chão da sala, queria gritar por socorro, mas minha voz não saia. Não. Xander sorriu. O que ele colocou na minha bebida? Não. Me. Toque. Minha mente gritava, mas a voz nunca saia, meu vestido foi rasgado, um por um consumiram o ato. Eu chorava, eu gritava. Ninguém me ouvia. Meu apartamento foi vandalizado, minhas joias roubadas, minha inocência roubada. Meus sonhos roubados. Despois deste dia, eu nunca mais fui a mesma. Segurei com força a uma das únicas peças rosas que eu ainda tinha, os últimos meses em Paris foram os piores, o tempo não apaga as cicatrizes marcadas no meu peito. Vazio, me sinto vazia por dentro. Eu me sinto incompleta, os moveis e cor do meu quarto foram modificados, infelizmente, não sou aquela menina. Foda-se. Quando voltei, tentei ligar para algumas amigas de escola, ninguém está disponível para jantar ou almoçar comigo. Incrível como tudo muda. As pessoas mudam. As prioridades mudam. Liguei o carro e dirigi pelas ruas de San Antonio, me veio à mente a ideia de procurar pontos específicos para abrir um ateliê. Felizmente, esse sonho não foi arrancado de mim. Estacionei meu carro no estacionamento do shopping, ela é a mais movimentada da cidade e frequentando por diversos turistas. Ponto especifico ideal para os meus planos. Quando entrei no interior do shop, todas as minhas expectativas foram destruídas, continuei caminhando por minutos, andar por andar estudando, visitando os espaços disponíveis. No entanto, nada do que eu via me agradava, este não era o lugar, tive a certeza quando finalmente desisti de continuar. Entrei na cafeteria e pedi café ao leite para levar, quando coloquei um pé para fora, todo meu corpo arrepiou-se transmitido uma sensação muito estranha, já antes nunca tinha ocorrido. Então, levantei os olhos que meu coração acelerou freneticamente os batimentos. O irmão mais novo dos Mastsumatos levantou os olhos e encontrou os meus. Quando ele levantou o olhar para encontrar o meu, todo meu corpo estremeceu, minha respiração engatou, minha garganta secou, meus pensamentos ficaram confusos, minhas pernas bambas e o medo surgiu. Goru é a ovelha negra da família. — Marcela. Voz áspera ecoou e ficamos assim, nos encarando por longos segundos até que Goru, deus seus primeiros passos até ao meu encontro sem desviar os olhos do meu. — Oi. Murmurei sem conseguir desviar meus olhos deles, Goru é extravagante bonito e muito atraente, seus olhos profundos são castanhos de mel, boca fina, cabelos curtos da negra, muito bem cuidados, altura entre 1,70-1,75 peito forte e rosto de bebê. — Quanto tempo? Sua aparência sempre implacável, o tempo não passou para ele, seus cabelos negros, perfeitamente arrumados continuam do mesmo jeito. Seu terno negro arrumado e engomado, seu relógio caro escolhido a dedo, qualquer pessoa poderia jurar que ele é um desses magnatas. Porém, por detrás dele, existe outro ser. — Quando voltou? Saltei com o cumprimento da sua voz. Porra, ele sabia como ser aterrorizante sem fazer muito esforço. Meus dedos brincam com fios loiros do meu cabelo e respondo: — Semana passada. Noto sacolas de compras em suas mãos, o que um executor da máfia mais famosa do mundo fazia em um shop em pleno dia? Meu coração para quando noto o design incrivelmente adoráveis de bebês nas sacolas. Ele será pai. Concluí. — São para o filho do meu irmão Ken. Apertei meus lábios com força, como ele conseguia ler meus pensamentos com facilidade? Ele é algum tipo de mágico ou mago? Quando ele me surpreende com essa resposta: — Eu consigo ler todas as suas emoções e reações, seu rosto é transparente como água. — Eu... — Vim comprar um presente para meu sobrinho, Nara está gravida. O tempo passou rápido para eles, a última vez que vi tia Nara, ela estava curando seus machucados, ela é uma mulher muito forte. — Maravilhoso, meus parabéns. — Você pode dizer isso pessoalmente, estou indo visita-la. — Eu não gostaria de incomodar. Murmurei. — Ela ficará feliz. Acenei minha cabeça em cumprimento, ele deu dois passos para trás dando-me espaço para me virar e fazer o caminho para saída. Notando copo de café já frio na minha mão, abro a lata de lixo e jogo sem qualquer dificuldade. — Você está sozinho. Murmurei para ele. — Não gosto de despertar atenção. Disse Goru enquanto seguia seus passos até a saída do shop, um BMW parou na entrada do shop, em seguida ele abriu a porta do carro me convidando para entrar. — Estou de carro. Informei a ele com receio de ficar no mesmo espaço que ele. — Eu sei. Ele murmurou para mim insistente, suspirei fundo e girei meus calcanhares sem esforço e entrei no banco detrás do seu carro. Ele deu meia volta e entrou, sentando-se ao meu lado. Dois homens estão nos assentos do motorista, surpreendentemente eles partilham características americanas, sem nem um traço asiático. O motorista acena para mim, desviei os olhos quando fui flagrada olhando demais. Som do motor ecoou, levei minha cabeça para o vidro do carro e fechei os olhos, até ouvir: — O que aconteceu em Paris? Todo meu corpo estremeceu depois de ouvir suas palavras, ele sabe, ele sabe, ele sabe. O pânico tomou conta de mim. Papai disse que nunca ninguém descobrirá, ele apagou todos os vestígios e encerrou a investigação. Ninguém. Deve. Saber. Que. Fui. Estuprada. — O quê? Minha voz ecoou assustada. — Rosa. Ele esclareceu afinando aquele olhar veloz, ele consegue ler minhas reações, claro que conseguiu ler o deslize que cometi. Meus dedos brincam com a bainha do meu vestido e todas as memorias voltaram. Soltei grito feroz quando meu corpo voltou ao normal, minhas partes intimas doíam, 4 homens brincaram com meu corpo enquanto eu estava dopada, 4 homens maltrataram meu corpo e destruíram meus sonhos. Quando ouvi passos no meu apartamento eu fiquei assustada, uma equipa da polícia entrou no meu quarto para o meu choque, quem chamou eles aqui? — Senhorita, solicito uma ambulância para o prédio Quen, apartamento 367, uma mulher está ferida. Disse a policial que correu para pegar um robe para cobrir meu corpo. — Seu porteiro solicitou a polícia quando você não atendia suas chamadas, pode me dizer o que aconteceu? Ela falava em francês, quando não respondi ela disse as mesmas palavras em inglês, estava muito chocada para dizer alguma coisa, quando os paramédicos chegaram, eles me levaram para o hospital onde fizeram o quite de estupro e prosseguiram com a investigação. Eu lembro que fiquei dias sem mencionar nem uma palavra. Eu estava assustada e com medo. Então, vieram os pesadelos. Eu sonhava com eles em cima de mim, repetindo e repetindo o ato. Foi horrível. Foram os dias mais sombrios da minha vida. Até solicitar uma psicóloga. A. Culpa. Foi. Minha. Eu levei um desconhecido para minha casa. Eu procurei. Foi minha culpa. Aos poucos, minha visão voltou ao normal e Goru estava ali, me encarando com ódio nos olhos, ele sabia, ele não precisava dizer nada, sua raiva era suficiente para denunciar a recém descoberta. As portas da grande mansão do tio Ken abrem-se, esta casa é realmente encantadora. Parece uma casa digna para um astro de cinema. Todas as lembranças boas vieram, nós passamos o final do ano aqui, comemorando nossas conquistas, estávamos todos felizes, fazíamos planos de como seria nossa volta e como nossa amizade era forte. Eu não sabia que ele momento era o último feliz da minha vida. — Marcela. Virei o rosto e vi Goru parado na porta do carro. — Desculpa, não ouvi você. Goru estendeu a mão para me ajudar a descer do carro, nossas mãos cruzaram-se e toda a eletricidade formou um choque que de imediato soltamos nossas mãos. Constrangida, desci do carro e seguimos até a entrada, quando tia Nara abriu a porta da sua casa. — Meu Deus, Marcela, você voltou. Tia Nara abriu os braços e fui abraça-la, é bom ser recebida com seu braço caloroso. Sua barriga limita nosso abraço. — Querida, seja bem-vinda a casa. — Obrigada tia Nara. Meus parabéns pelo bebê. Me afastei dela, Goru acenou para ela e entregou-a os presentes que comprou para seu pequeno filho. — Você é um amor Goru, entrem, fique à vontade, Goru, beba alguma coisa enquanto converso com ela. Tia Nara sorriu simpática. — Como decorreram seus dias em Paris? Tia Nara questionou curiosa, nos sentamos no sofá da sua sala de estar, virei minha cabeça notando que Goru não estava perto o suficiente para nos ouvir. Balancei a cabeça negativamente. — Não, não chore Marcela. Suas mãos voaram para meu rosto, delicadamente, ela enxugou primeiras lágrimas do meu rosto. — Foi horrível tia. Murmurei me segurando para não desabar em seus braços, tia Nara acariciou meus cabelos enquanto murmurava palavras reconfortantes. Eu apenas me lembro de apagar em seus braços, despertei com o toque do meu celular, quando abro os olhos vejo tia Nara dormindo ao meu lado, eu estou na sala no mesmo sofá que sentei ao chegar. Suspirei fundo. — Mãe. Eu murmurei depois de atender a chamada, me levantei cuidadosamente do sofá e me afastei da tia Nara. — Estou saído com seu pai, me ligue se precisar de algo. — Está bem mãe, ligo sim. Ela encerra a chamada. Quando virei meu corpo, notei Goru sentando na poltrona do bar segurando um copo de whisky em sua mão direita, ele permaneceu ali durante todo esse tempo? Gemidos da tia Nara fazem-me desviar o olhar de Goru bruscamente. — Você está melhor? Ela questionou-me e eu acenei a cabeça em resposta. — O que acha de fazer uma visita a Mahina? Ela ficará feliz de saber que voltou. — Eu soube que casou. — Sim. Ela confirmou. — Senhoritas, o almoço está pronto. Olga anunciou. — Perfeito, almocem comigo. Goru ficou de pé e seguimos até a mesa de jantar, ele está muito quieto ou esse é seu habitual? Tia Nara não parecia se importar com as limitações de Goru em pronunciar simples palavras. Tia Nara conversava mais que o seu normal e seu apetite estava estrondoso durante o almoço, quando a tarde caiu. Nós despedimos dela. — Ocupei metade da sua tarde. Murmurei depois de um longo período em silencio dentro do carro, Goru, estava distante e trocando mensagens pelo seu telefone com alguém desconhecido. Ele desviou seu olhar do telefone por um momento para me encarar. — Foi um prazer. Aonde deseja ir? Ele questionou voltando sua atenção para o pequeno aparelho na sua mão. — Casa. Eu comentei, passei tempo demasiado com ele, não posso mais me permitir esse privilégio. — O que fazia no shop? Não vi sacolas em suas mãos. — Estava estudando a localização para abrir um ateliê. — Encontrou? — Infelizmente não. — O que procura? Sou surpreendida com o tom preocupado da sua voz, ele está preocupado comigo. — O quê? — É estranho que, você queira me ouvir. — Porque sou um executor? Acenei minha cabeça em resposta, no entanto me lembrei que seus olhos estão fixos no seu telefone lendo, pois, seus dedos não estavam mais no ecra do seu aparelho caro. — Sim, não usam algum tipo de coleira para controlar você. Quando as palavras saíram da minha boca, o arrependimento veio à tona, não deveria ter pronunciado aquelas palavras em tom de deboche escroto. — Não sou um animal fora de controle para me agarrar em uma coleira. Disse Goru, em tom evidente de irritação, ele é um executor, ele é um executor, e eu estou o irritando o suficiente para quebrar meu pescoço e me jogar na primeira lixeira que encontrar. — Eu sinto muito não quis ofender. — Você está com medo de mim. Ele consegue ler todas as minhas reações, como fizer que nada disso me afeta? — Ouvi histórias. Murmurei. O Carro parou duas ruas antes da casa dos meus pais. — Seus olhos de desejo revelam outra coisa. — Eu não consigo controlar minhas emoções. Rebati sua declaração, preciso fugir, preciso sair daqui o mais rápido possível. — Jante comigo. — Goru, eu não sei se é uma boa ideia. — Me encontre amanhã neste endereço as 7h da noite. Olhei para ele, depois para o cartão em suas mãos, minha Ferrari ultrapassou o carro do Goru e estacionou a nossa frente, um homem desceu nele, caminhando até a minha porta. — Obrigada pela tarde. Murmurei levando o cartão em suas mãos. O cara esquisito abriu minha porta e desci. Caminhei até meu carro ao entrar sentei no lado do motorista.~CAPÍTULO 3~~MARCELAMe olhei no espelho depois de estar pronta, escolhi um vestido azul acima do joelho que deseja todas as minhas curvas, sapatos da cor preta e cabelo solto. Peguei minha bolsa de mão da cor branca e atravessei o quarto até as escadas.— Vai sair?Mamãe perguntou segurando uma taça de vinho, abro um breve sorriso e balanço minha cabeça.— Encontrei uma das minhas ex colegas, vou colocar conversa em dia.Minto.— Perfeito, eu disse que as coisas iam se ajeitar.— Sim, volto o mais rápido que puder.Eu disse. Escolhi jaguar de duas portas para me levar ao endereço, eu estava nervosa quando desci do carro e entreguei as chaves do carro ao chofer. — Boa noite senhorita, como posso ajudar?A recepcionista loira disse.— Boa noite, Marcela Mix.Ela engoliu seco antes de checar no seu computador, em seguida disse.— Por favor, por aqui.A recepcionista guia-me para uma área longe do restaurante principal, seguimos um corredor até outra sala privada. Quando
~~CAPÍTULO 1~~GORUChego na pequena cidade costeira de Monterey, um paraíso do surfe durante o verão, mas é um pequeno refúgio de arte durante os meses mais frios. Não que fique muito frio, mas os turistas ficam longe. Eu me destaco como um polegar dolorido, meu terno extremamente caro, não são os trapos normais que as pessoas usam aqui.Entro em um pequeno café à beira da estrada, do tipo decorado com o tema de forma que todo o lugar fica coberto de pranchas de surfe e dentes de tubarão. A areia estala sob meus pés, como se os clientes regularmente viessem direto para cá da praia e a vibração descontraída fosse tangível no ar. Eu odeio isso. Dê-me as noites ensanguentadas, encharcadas de uísque e sangrentas a qualquer hora. Pego uma mesa e a garçonete me olha como se eu estivesse na porra do cardápio. Meu lábio se curva em sua direção, um claro foda-se, mas ela apenas ajusta seus seios para que eles tentem derramar para fora de sua camisa. Pego uma arma e a sento na mesa e