CameronCorro feito louco para longe da médica e dos Rodrigues, e irrompo a sala de parto. Se eu tinha planos de ir até ali? Meu destino sempre seria Amanda. Minha morena e minha filha precisam de mim. Nenhum médico ou segurança vai me impedir de estar com elas.Caio de joelhos ao ver a cena. Amanda naquela cama, inconsciente, sangrando. Aquelas pessoas ao seu redor.― Você não pode ficar aqui. ― Uma enfermeira vem em minha direção.Tentam me levantar, mas meu corpo parece de pedra.A médica volta com Alexandre.― Salve-as ― imploro e grudo a perna da mulher. Não ligo se pareço uma criança assustada. ― Por favor, Deus, não as tire de mim.Alexandre me coloca de pé. Não imponho resistência. Ele segura meus ombros e diz:― Tenha força pela minha irmã. Ela precisa de você.― Saiam. ― A médica diz. ― Precisamos que saiam.― Ele vai ficar. ― Alexandre diz, e sai.Tudo passa como em câmera lenta e um borrão. Em algum momento acabo com uma roupa azul do hospital.Fico ali, segurando a mão da
― Porra! Que caralho! Por que não me disse que era virgem? — tento manter o tom de voz baixo para não assustar ainda mais a mulher embaixo do meu corpo. Como se fosse possível, ela parece um coelhinho assustado.Fico imóvel dentro dela. Seu corpo tenso pela invasão repentina.É muito pequena a parte que quer sair e conversar. Eu quero mesmo é continuar me movendo duro e forte, sentindo-a toda até não restar nada mais que seus gritos de tesão.Ela me dizia que não podíamos ir tão longe, mas não parava de me tocar, de se deixar tocar, me deixava ir cada vez mais longe. Achei que fosse um jogo de sedução. Quando poderia imaginar que o motivo era esse?A garota me olha assustada, mas logo desvia o olhar.― Preservativo... Pelo menos tinha que ter colocado. ― Parece perdida em sua inexperiência.Deixo escapar um riso nervoso.― Eu coloquei. Não viu? ― Pelo jeito não. ― Você tem vinte e dois mesmo?Não é possível que uma mulher de vinte e dois anos tão gostosa seja virgem.― Tenho.Encaro s
WillowDias antes...Me levanto do sofá, arrumando a blusa. Por pouco ele não me deixa com os seios de fora.Ele se esparra no sofá.― Por que faz isso, babe? Sabe que te desejo. Estamos sozinhos aqui ― reclama frustrado.Já tem um ano que estamos juntos e Ricardo ainda não entendeu.― Você sabe. Conversamos sobre isso. Não vamos transar antes do casamento.― Willow, você tem vinte e dois anos e age como uma menina de treze. É sexo, não é o fim do mundo.― Eu prometi a ela e vou cumprir ― falo séria.― Essa história de sexo só após o casamento para agradar mortos deve ser um pretexto pra me fazer casar logo ― reclama.Não gosto quando Ricardo me olha assim, como se eu fosse uma jogadora tentando seduzi-lo. Ele sabia as minhas condições desde o momento em que me pediu em namoro.― Vou fingir que não ouvi essa merda. ― Viro as costas e vou até o balcão pegar a água mineral que abri mais cedo.Ele só bufa.Sim, eu quero transar tanto quanto qualquer outra pessoa na minha idade. Mas prome
RicardoDeixo Willow na porta da pensão, frustrado por ela não ceder.Antes de arrancar com o carro, vejo uma senhora encarando o interior do veículo. Paranoias já começam a surgir. Medo que minha mulher tenha mandado alguém me seguir. Tolice, já que a senhora que deixo para trás ao arrancar com o carro nada mais é que uma fofoqueira de bairro.Ainda assim está perigoso, preciso ter mais cuidado.Não sei mais por quanto tempo consigo levar essa relação com Willow. Karina já está desconfiada das minhas constantes reuniões depois do horário comercial. Minha sorte é que moramos em uma cidade mais afastada da capital ou é certo que já teria descoberto.Sei que estou colocando minha família em risco, mas não consigo me controlar. Eu quero Willow. Ela com essa história de sexo apenas depois do casamento só me deixa mais tarado e decidido a tê-la como minha amante. Para isso preciso que ela ceda uma única vez, depois disso ficará mais fácil de dobrá-la.Mais uma vez estou chegando em casa de
WillowAcordo às três e meia, me arrumo em meia hora e saio correndo para pegar o primeiro ônibus para uma cidade vizinha.É duas horas até lá e tenho que estar na escola às sete.Se tudo der certo, vou poder dar aula lá todos os sábados. Vai ser mais um dinheiro para ajudar no casamento e não precisar deixar tudo nas costas do Ricardo.Por isso farei o meu melhor. Nem contei para Ricardo. Minha mãe sempre falava que dá azar contar as coisas antes de acontecer, então só contarei depois de acontecer, depois que se torne oficial as minhas aulas.Fiz um coque para ficar o mais profissional possível e coloquei meu vestido cor de rosa. Ele é para trabalho mesmo, com a diferença que não me deixa com cara de professora chata para os alunos. Isso faz um contraste legal com o coque. Tenho que agradar alunos e colegas. Além de amar dar aulas para crianças, preciso do emprego, então não custa esforçar um pouco para agradar meus chefes e colegas.Logo que chego, cumprimento todos na sala dos prof
WillowAs revistas de vestidos de noiva riem da minha cara sobre a cômoda. Não que eu fosse usar um desses vestidos caríssimos, mas eu gostava de me imaginar caminhando em direção do altar com um deles, depois deixando que meu marido o tirasse de mim e me fizesse sua pela primeira vez. Algo que nunca vai acontecer, pelo menos não com Ricardo.Faz dias que descobri que meu noivo já é casado. Inclusive tem uma filha linda e inteligente. É difícil aceitar que fui enganada por todo esse tempo.Ricardo insistia sem parar. Com aquela história ridícula de que se divorciaria para ficar comigo. Nem respondo. Bloqueio todos os números que ele usa. Uma hora vai acabar os números que pode usar.Enquanto isso, o aguento sempre se fazendo presente. Eu amava esse miserável. Não vai ser de uma hora para outra que vou apagar os bons momentos grudados em mim, mesmo que cada um deles seja mentira. Meus planos de ter uma família continuam na minha cabeça, mesmo que agora seja só mais um motivo para me de
AlexandreFaz poucos minutos que cheguei e já estou cansado dessa boate. Pensei que seria interessante ter minha própria boate, mas não vejo nada de especial. Parece ser sempre as mesmas pessoas a frequentar. E as mais interessantes já provei, aqui mesmo nesse camarote. O lugar é reservado e consigo deixar as luzes do jeito que eu quiser, além de ter um lugar ainda mais reservado logo atrás. Apesar de que nem ligo se virem. Um showzinho para os clientes não faz mal. Aqui não é lugar para puritanos.Entediado, quase me levanto para encerrar a noite. É quando percebo um vestido prata entre os dançarinos bêbados na pista. É uma garota bonita, que nunca vi. Seus cabelos são como cascatas sobre suas costas. Quando ela se virava e a via de costas, instantaneamente tinha vontade de segurá-la pelos cabelos e puxar para mim.Pelo seu jeito, ela parece meio perdida. Não parece se encaixar no cenário.Exótico. E adoro coisas exóticas. Será ótimo ter uma coisa tão exótica como aquela mamando meu
WillowEstou indignada com Bia. Ela me chamou para vir aqui e simplesmente me abandonou. Eu até tentei me aproximar da turma que estava com ela, mas não consegui acompanhar a conversa sem inventar sobre ser o que não sou, e desisti de vez quando eles começaram a trocar “balas”. A única droga que entra nesse corpo é álcool.Ela não parecia confortável com isso, até a vi esconder a droga, fingindo que usou. Já disse o quanto Bia é estranha? Pois é, isso me deixou muito intrigada, porém decidir não me meter.Quando sai de perto da turma, ela nem se deu conta. Estava ocupada perguntando por uma pessoa desaparecida. Se eu pelo menos tivesse intimidade para perguntar qual a dela. Sou curiosa, mas nem tanto.Só sei que nunca mais aceito convite dela para nada, nem para boates caras. O ambiente é legal, mas não sou uma pessoa fácil de enturmar e ficar rodando sozinha por uma boate é bem chato, nem álcool ajuda.O homem misterioso que vi no tal camarote ainda parecia me olhar. Seria ilusão min