AmandaO momento de colocar um fim nos Pereira chegou. Pensa que esqueci? Não mesmo. Jamais perdoaríamos seu ataque direto a nossa família, por isso aqui estamos nós, os irmãos Rodrigues, armados até os dentes e prontos para dar fim aos selecionados em nossa lista. No topo dela, o velho Pereira.Deixei para saber o resultado do exame depois que tudo acabar. Simplesmente porque se for positivo eu vou surtar em uma escala que nem consigo definir.Não contei para Cameron sobre o ataque ou sobre a possível gravidez. Sobre a gravidez, só não quero que surte antes da hora. E sobre o ataque, ele está resfriado e não quero que venha conosco e sua doença, por mais simples que seja, o coloque em risco.Sei lá... Vai que ele fica tonto na hora do tiroteio ou algo assim. Já aceitei que quando se trata dele, o buraco é mais embaixo. Por isso me irrito ao vê-lo entre o nosso reforço, todo de preto, como todos que vão.― O que pensa que está fazendo? ― Vou até ele.― Raul é segurança do Alexandre, e
AmandaQuando chegamos na clínica, o médico disse que ele precisava ser operado para retirar a bala. Por medo de não termos tudo que era necessário, ele sugeriu irmos aos hospital. E lá se foram os irmãos e suas esposas seguindo a ambulância onde eu fui agarrada a mão de um Cameron inconsciente.Segui com ele até a porta do quarto de operações. Ao contrário do que se ver nos filmes não fiz cena para entrar com ele. Iria atrasar ainda mais o procedimento e colocar a vida dele em risco maior.Sentei quietinha com meus irmãos. Vez ou outra eu ouvia uma palavra de consolo ou sentia alguém me tocar ou abraçar. Até mesmo tive vislumbre de alguns seguranças aparecendo para saber do estado de Cameron. Pelo que entendi em minha situação de puro medo, ele queriam saber como o ruivo livro aberto estava. Cameron conquistou todos.Pareceu que se passaram dias até que o médico saiu da sala com uma expressão indecifrável.Levanto de um salto, torcendo as mãos de puro nervosismo.E se ele disser que
CameronAcordo em uma cama de hospital. Eu conheço a clínica da família e olhando ao redor tenho certeza que não estou nela. A minha morena não está ao meu lado, quem está é o Alexandre. Ele digita no celular, concentrado.― Onde está a Amanda?Sem se assustar com a interrupção, ele se vira para mim.― No quarto ao lado.― Quarto? Como assim quarto? ― mil coisas se passam pela minha cabeça e todas elas envolvem Amanda ferida.― Nada de mais. Ela se abalou com a possibilidade de te perder e teve um desmaio. Já está bem, só em observação.Me levanto com certa dificuldade. Sinto dor.― Ei, não pode levantar. ― Ele fala quando me vê me desconectando dos aparelhos.― E você não deve mentir. Ninguém fica em observação por um desmaio qualquer.― Assunto de vocês. Depois conversa com ela.― Depois é um caralho. Se levantar daqui não for resultar em morte súbita, eu vou ver a minha morena.Alexandre só revira os olhos. Não parece disposto a me impedir.Nessa hora chega uma enfermeira e começa
CameronNão demorou para sairmos do hospital. Felizmente o tiro não atingiu nada importante.Com o assunto dos Pereira resolvido, Amanda e eu decidimos virar pais em tempo integral, nada de envolvimento com nada perigoso.O que esperar de pais de primeira viagem?Nós dois e uma internet é igual várias loucuras. Passávamos os dias planejando cada etapa da vida do nosso bebê, estudando como cuidar de sua saúde, e tudo que aparecesse sobre filhos.A médica que acompanha a gravidez ― minha mulher demitiu o médico anterior ― já não aguenta mais nos ver. Perguntamos sobre qualquer coisinha. A coitada nos ouve sobre dietas que lemos ser boas, sobre melhores e mais seguras formas de fazer o parto, como dormir, até onde transar é liberado... E a lista segue.Amanda chegou no sétimo mês sem problemas na gestação e com muitas paranoias sobre morrer no parto.Eu finjo que está tudo bem para ser seu pilar, mas por dentro estou apavorado com a possibilidade de realmente perdê-la. Sei lá, sinto um a
CameronCorro feito louco para longe da médica e dos Rodrigues, e irrompo a sala de parto. Se eu tinha planos de ir até ali? Meu destino sempre seria Amanda. Minha morena e minha filha precisam de mim. Nenhum médico ou segurança vai me impedir de estar com elas.Caio de joelhos ao ver a cena. Amanda naquela cama, inconsciente, sangrando. Aquelas pessoas ao seu redor.― Você não pode ficar aqui. ― Uma enfermeira vem em minha direção.Tentam me levantar, mas meu corpo parece de pedra.A médica volta com Alexandre.― Salve-as ― imploro e grudo a perna da mulher. Não ligo se pareço uma criança assustada. ― Por favor, Deus, não as tire de mim.Alexandre me coloca de pé. Não imponho resistência. Ele segura meus ombros e diz:― Tenha força pela minha irmã. Ela precisa de você.― Saiam. ― A médica diz. ― Precisamos que saiam.― Ele vai ficar. ― Alexandre diz, e sai.Tudo passa como em câmera lenta e um borrão. Em algum momento acabo com uma roupa azul do hospital.Fico ali, segurando a mão da
― Porra! Que caralho! Por que não me disse que era virgem? — tento manter o tom de voz baixo para não assustar ainda mais a mulher embaixo do meu corpo. Como se fosse possível, ela parece um coelhinho assustado.Fico imóvel dentro dela. Seu corpo tenso pela invasão repentina.É muito pequena a parte que quer sair e conversar. Eu quero mesmo é continuar me movendo duro e forte, sentindo-a toda até não restar nada mais que seus gritos de tesão.Ela me dizia que não podíamos ir tão longe, mas não parava de me tocar, de se deixar tocar, me deixava ir cada vez mais longe. Achei que fosse um jogo de sedução. Quando poderia imaginar que o motivo era esse?A garota me olha assustada, mas logo desvia o olhar.― Preservativo... Pelo menos tinha que ter colocado. ― Parece perdida em sua inexperiência.Deixo escapar um riso nervoso.― Eu coloquei. Não viu? ― Pelo jeito não. ― Você tem vinte e dois mesmo?Não é possível que uma mulher de vinte e dois anos tão gostosa seja virgem.― Tenho.Encaro s
WillowDias antes...Me levanto do sofá, arrumando a blusa. Por pouco ele não me deixa com os seios de fora.Ele se esparra no sofá.― Por que faz isso, babe? Sabe que te desejo. Estamos sozinhos aqui ― reclama frustrado.Já tem um ano que estamos juntos e Ricardo ainda não entendeu.― Você sabe. Conversamos sobre isso. Não vamos transar antes do casamento.― Willow, você tem vinte e dois anos e age como uma menina de treze. É sexo, não é o fim do mundo.― Eu prometi a ela e vou cumprir ― falo séria.― Essa história de sexo só após o casamento para agradar mortos deve ser um pretexto pra me fazer casar logo ― reclama.Não gosto quando Ricardo me olha assim, como se eu fosse uma jogadora tentando seduzi-lo. Ele sabia as minhas condições desde o momento em que me pediu em namoro.― Vou fingir que não ouvi essa merda. ― Viro as costas e vou até o balcão pegar a água mineral que abri mais cedo.Ele só bufa.Sim, eu quero transar tanto quanto qualquer outra pessoa na minha idade. Mas prome
RicardoDeixo Willow na porta da pensão, frustrado por ela não ceder.Antes de arrancar com o carro, vejo uma senhora encarando o interior do veículo. Paranoias já começam a surgir. Medo que minha mulher tenha mandado alguém me seguir. Tolice, já que a senhora que deixo para trás ao arrancar com o carro nada mais é que uma fofoqueira de bairro.Ainda assim está perigoso, preciso ter mais cuidado.Não sei mais por quanto tempo consigo levar essa relação com Willow. Karina já está desconfiada das minhas constantes reuniões depois do horário comercial. Minha sorte é que moramos em uma cidade mais afastada da capital ou é certo que já teria descoberto.Sei que estou colocando minha família em risco, mas não consigo me controlar. Eu quero Willow. Ela com essa história de sexo apenas depois do casamento só me deixa mais tarado e decidido a tê-la como minha amante. Para isso preciso que ela ceda uma única vez, depois disso ficará mais fácil de dobrá-la.Mais uma vez estou chegando em casa de