― Porra! Que caralho! Por que não me disse que era virgem? — tento manter o tom de voz baixo para não assustar ainda mais a mulher embaixo do meu corpo. Como se fosse possível, ela parece um coelhinho assustado.
Fico imóvel dentro dela. Seu corpo tenso pela invasão repentina.
É muito pequena a parte que quer sair e conversar. Eu quero mesmo é continuar me movendo duro e forte, sentindo-a toda até não restar nada mais que seus gritos de tesão.
Ela me dizia que não podíamos ir tão longe, mas não parava de me tocar, de se deixar tocar, me deixava ir cada vez mais longe. Achei que fosse um jogo de sedução. Quando poderia imaginar que o motivo era esse?
A garota me olha assustada, mas logo desvia o olhar.
― Preservativo... Pelo menos tinha que ter colocado. ― Parece perdida em sua inexperiência.
Deixo escapar um riso nervoso.
― Eu coloquei. Não viu? ― Pelo jeito não. ― Você tem vinte e dois mesmo?
Não é possível que uma mulher de vinte e dois anos tão gostosa seja virgem.
― Tenho.
Encaro seu rosto virado para o lado, tentando não me olhar. Fios dos seus cabelos castanhos colados na pele, simplesmente pelo calor que emana dos nossos corpos. Ela é a mulher mais linda que meus olhos já viram.
O que fazer com essa mulher? Nunca transei com uma virgem. Sendo bem sincero, fujo disso.
Parar agora não vai mudar nada. A porra da primeira vez é importante para as mulheres. Sei disso. Até para a louca da minha irmã foi algo que moldou sua personalidade.
Ela continua com o rosto virado para evitar me olhar. Que situação maluca! Nós dois pelados, meu pau louco para se mover dentro dela... e eu nesse dilema.
Devo estar maluco mesmo.
― Ei, olha para mim. ― Seguro seu rosto firme e viro de volta para mim. Ela não reluta.
— Desculpa por não dizer. É que... eu... eu... — ela tenta virar o rosto novamente, mas não permito, continuo segurando seu queixo. — Eu achei que não aconteceria.
Acabo rindo. Sei que não devia, mas é muito cômico essa mulher dizer isso depois de tudo que aconteceu nesse lugar.
— Não ria de mim — resmunga brava. — Já me basta essa dor do inferno.
Paro minha risada na hora.
Preciso dizer que ela fica ainda mais linda bravinha.
― Parei. A primeira vez é dolorosa mesmo. Dizem que muito.
― Dói mais do que pensei ― confessa.
Por mais que a luz não ajude, sei que seus olhos cor de mel estão marejados. Não está tão escuro assim.
Não acredito que estou nu dentro de uma mulher e conversando sobre primeira vez. Se eu contasse ninguém acreditaria que o poderoso Alexandre Rodrigues se sujeitou a isso por uma mulher quando chove bocetas ao meu redor.
Foda-se! No momento só me interessa essa. E sim, posso ser o mais gentil dos homens por essa mulher que acabei de conhecer.
― Tenta relaxar. Ou se quiser parar, podemos. Mas isso não vai trazer sua virgindade de volta. O que quer fazer?
― Prefiro que não me pergunte isso agora.
Vibro com sua resposta. Era tudo que queria ouvir.
Recado entendido. O estrago já está feito.
Volto a beijá-la. Primeiro devagar, ela ainda está arredia por essa interrupção que esfrio tudo. Mas posso esquentar novamente.
Tomo sua língua, provocando um leve gemido, a enlouquecendo aos poucos até que chegue ao ponto em que não ligue para mais nada além do prazer.
Uma garota sensível, intensa e com muito tesão acumulado. Agora entendo porque nem me viu colocar o preservativo. Estava perdida no tesão.
Só depois de sentir seu corpo entregue, volto a me movimentar dentro dela, sem parar de beijar. Posso sentir seus gemidos dolorosos em minha boca. Quem inventou a virgindade era um tremendo babaca. Só serve para tornar doloroso um ato que deveria ser só prazer.
Desço uma das mãos até entre suas pernas. Não tem como acabar com a dor, mas posso aumentar o prazer. Enquanto vou e volto em estocadas firmes, a estimulo tocando seu ponto mais sensível. Ela se perde totalmente, esquecendo que fora desse lugar meus seguranças podem ouvir seu desespero pelo alivio do orgasmo.
Com ou sem dor, a fiz gozar.
Sorrio satisfeito sobre seu pescoço suado, onde acabei de deixar um chupão.
Ela estremece sob o meu corpo, se contraindo. Em sua inocência, não sabe como esconder ou controlar as emoções. Se mostra em toda sua dor, em todo seu prazer.
O jeito é acelerar as coisas para não render a dor que sei que ela sente, e, com estocadas rápidas, alcanço meu próprio êxtase. Fácil demais com alguém tão gostosa e apertada.
Fico ainda um pouco dentro dela. Imóvel. Absorvendo as sensações da foda que compartilhamos.
― O plano de não transar já era ― comento em tom de brincadeira, depois de beijar sua testa suada. ― Pelo menos espero que tenha sido mais que dor para você.
― Pode sair? ― pede com um tom de voz muito diferente do que estava gemendo há pouco.
Pelo jeito o clima pós trepada não será dos melhores.
Saio dela e me sento perto de seus pés no sofá. É quando vejo que pode piorar.
― Merda! — esbravejo. — Essa porra rasgou.
O preservativo está destruído no meu pau.
Ela me olha apavorada e se senta também.
― Rasgou? Eu senti algo quente... mas... e agora?
― Eu sou um homem limpo. Te garanto que é a primeira vez que isso acontece. Você toma alguma coisa? Posso pedir para um dos meus seguranças comprar uma pílula.
Sua cabeça vira de um lado para o outro rapidamente.
― Deixa que eu compro.
Dou de ombros. Já estou me irritando com essa situação. Sinto como se precisasse medir as palavras com essa mulher, e não gosto disso.
― Tudo bem! Pode me dar seu telefone, se quiser. Podemos repetir isso sem a parte da dor. ― Tento mais uma vez deixar o clima melhor, mas ela se mantém tensa.
― Eu não sou o tipo que faz sexo casual. Essa aventura valeu pela vida toda. ― Começa a se vestir. E coloca a calcinha rasgada na pequena bolsa que deixou sobre a mesa. ― O sofá... Deve ter sujado.
Não acredito que ela está preocupada com o sofá branco.
― Não se preocupe. A pessoa que limpa não faz perguntas.
Ao contrário de tranquilizar, parece que ouvir isso a deixou irritada. Ela se levanta com suas roupas e cabelos lindamente bagunçados. Se não fosse uma situação de merda, eu a jogaria nesse sofá novamente e foderia até que implorasse por misericórdia.
― Vou embora então. Já está tarde.
― Você veio com alguém? Se quiser uma carona... ― ofereço.
― Eu vim com uma amiga, mas voltarei sozinha.
― Por favor, espere aqui que pedirei ao meu motorista que a leve.
Saio e aviso ao segurança que a buscou:
― Acompanhe a senhorita até o meu carro e peça ao motorista para deixá-la em sua casa. Depois pode voltar para me levar embora.
Recebo seu costumeiro aceno. Quando volto, a garota que se apresentou como Willow está pronta para ir.
Seguro sua cintura e beijo seus lábios, sentindo que não devo deixá-la ir.
― Foi um prazer ter sua companhia. — Ignoro o sentimento idiota.
― Idem ― responde sem muita emoção.
― Boa noite, pequena Will.
A levo até meu segurança e ela se vai, deixando uma sensação estranha. É a primeira mulher que vai embora sem implorar por um telefonema no dia seguinte. Ela nem quis o meu número. Deve ter sido muito doloroso. Não a culpo. Às vezes machuco até mulheres que há muito perderam a virgindade, imagino como seria para uma virgem.
Foi uma experiência gostosa para mim, mas para ela entendo que tenha sido muito doloroso.
E agora eu vou beber um pouco mais de champanhe enquanto espero meu motorista. Quero dormir logo. Essa semana vai ser uma loucura com o último pedido do meu cliente especial. Vai ser uma morte com muito barulho no mundo da política. Mas negócios são negócios. A noite com a pequena Will ficará guardada em minhas recordações especiais. Era a primeira vez que tocava algo puro e verdadeiramente inocente.
WillowDias antes...Me levanto do sofá, arrumando a blusa. Por pouco ele não me deixa com os seios de fora.Ele se esparra no sofá.― Por que faz isso, babe? Sabe que te desejo. Estamos sozinhos aqui ― reclama frustrado.Já tem um ano que estamos juntos e Ricardo ainda não entendeu.― Você sabe. Conversamos sobre isso. Não vamos transar antes do casamento.― Willow, você tem vinte e dois anos e age como uma menina de treze. É sexo, não é o fim do mundo.― Eu prometi a ela e vou cumprir ― falo séria.― Essa história de sexo só após o casamento para agradar mortos deve ser um pretexto pra me fazer casar logo ― reclama.Não gosto quando Ricardo me olha assim, como se eu fosse uma jogadora tentando seduzi-lo. Ele sabia as minhas condições desde o momento em que me pediu em namoro.― Vou fingir que não ouvi essa merda. ― Viro as costas e vou até o balcão pegar a água mineral que abri mais cedo.Ele só bufa.Sim, eu quero transar tanto quanto qualquer outra pessoa na minha idade. Mas prome
RicardoDeixo Willow na porta da pensão, frustrado por ela não ceder.Antes de arrancar com o carro, vejo uma senhora encarando o interior do veículo. Paranoias já começam a surgir. Medo que minha mulher tenha mandado alguém me seguir. Tolice, já que a senhora que deixo para trás ao arrancar com o carro nada mais é que uma fofoqueira de bairro.Ainda assim está perigoso, preciso ter mais cuidado.Não sei mais por quanto tempo consigo levar essa relação com Willow. Karina já está desconfiada das minhas constantes reuniões depois do horário comercial. Minha sorte é que moramos em uma cidade mais afastada da capital ou é certo que já teria descoberto.Sei que estou colocando minha família em risco, mas não consigo me controlar. Eu quero Willow. Ela com essa história de sexo apenas depois do casamento só me deixa mais tarado e decidido a tê-la como minha amante. Para isso preciso que ela ceda uma única vez, depois disso ficará mais fácil de dobrá-la.Mais uma vez estou chegando em casa de
WillowAcordo às três e meia, me arrumo em meia hora e saio correndo para pegar o primeiro ônibus para uma cidade vizinha.É duas horas até lá e tenho que estar na escola às sete.Se tudo der certo, vou poder dar aula lá todos os sábados. Vai ser mais um dinheiro para ajudar no casamento e não precisar deixar tudo nas costas do Ricardo.Por isso farei o meu melhor. Nem contei para Ricardo. Minha mãe sempre falava que dá azar contar as coisas antes de acontecer, então só contarei depois de acontecer, depois que se torne oficial as minhas aulas.Fiz um coque para ficar o mais profissional possível e coloquei meu vestido cor de rosa. Ele é para trabalho mesmo, com a diferença que não me deixa com cara de professora chata para os alunos. Isso faz um contraste legal com o coque. Tenho que agradar alunos e colegas. Além de amar dar aulas para crianças, preciso do emprego, então não custa esforçar um pouco para agradar meus chefes e colegas.Logo que chego, cumprimento todos na sala dos prof
WillowAs revistas de vestidos de noiva riem da minha cara sobre a cômoda. Não que eu fosse usar um desses vestidos caríssimos, mas eu gostava de me imaginar caminhando em direção do altar com um deles, depois deixando que meu marido o tirasse de mim e me fizesse sua pela primeira vez. Algo que nunca vai acontecer, pelo menos não com Ricardo.Faz dias que descobri que meu noivo já é casado. Inclusive tem uma filha linda e inteligente. É difícil aceitar que fui enganada por todo esse tempo.Ricardo insistia sem parar. Com aquela história ridícula de que se divorciaria para ficar comigo. Nem respondo. Bloqueio todos os números que ele usa. Uma hora vai acabar os números que pode usar.Enquanto isso, o aguento sempre se fazendo presente. Eu amava esse miserável. Não vai ser de uma hora para outra que vou apagar os bons momentos grudados em mim, mesmo que cada um deles seja mentira. Meus planos de ter uma família continuam na minha cabeça, mesmo que agora seja só mais um motivo para me de
AlexandreFaz poucos minutos que cheguei e já estou cansado dessa boate. Pensei que seria interessante ter minha própria boate, mas não vejo nada de especial. Parece ser sempre as mesmas pessoas a frequentar. E as mais interessantes já provei, aqui mesmo nesse camarote. O lugar é reservado e consigo deixar as luzes do jeito que eu quiser, além de ter um lugar ainda mais reservado logo atrás. Apesar de que nem ligo se virem. Um showzinho para os clientes não faz mal. Aqui não é lugar para puritanos.Entediado, quase me levanto para encerrar a noite. É quando percebo um vestido prata entre os dançarinos bêbados na pista. É uma garota bonita, que nunca vi. Seus cabelos são como cascatas sobre suas costas. Quando ela se virava e a via de costas, instantaneamente tinha vontade de segurá-la pelos cabelos e puxar para mim.Pelo seu jeito, ela parece meio perdida. Não parece se encaixar no cenário.Exótico. E adoro coisas exóticas. Será ótimo ter uma coisa tão exótica como aquela mamando meu
WillowEstou indignada com Bia. Ela me chamou para vir aqui e simplesmente me abandonou. Eu até tentei me aproximar da turma que estava com ela, mas não consegui acompanhar a conversa sem inventar sobre ser o que não sou, e desisti de vez quando eles começaram a trocar “balas”. A única droga que entra nesse corpo é álcool.Ela não parecia confortável com isso, até a vi esconder a droga, fingindo que usou. Já disse o quanto Bia é estranha? Pois é, isso me deixou muito intrigada, porém decidir não me meter.Quando sai de perto da turma, ela nem se deu conta. Estava ocupada perguntando por uma pessoa desaparecida. Se eu pelo menos tivesse intimidade para perguntar qual a dela. Sou curiosa, mas nem tanto.Só sei que nunca mais aceito convite dela para nada, nem para boates caras. O ambiente é legal, mas não sou uma pessoa fácil de enturmar e ficar rodando sozinha por uma boate é bem chato, nem álcool ajuda.O homem misterioso que vi no tal camarote ainda parecia me olhar. Seria ilusão min
WillowEle vem para cima de mim e enquanto me envolve em um beijo gostoso e safado, até me esqueço de quem eu sou. Esse homem é perigoso. Estranhamente, com esse desconhecido eu não tenho tanto controle quanto tinha com Ricardo. Percebo isso ao literalmente esquecer onde estou e me entregar ao seu beijo safado.Sua língua começa a brincar com a minha, que logo se torna atrevida, querendo provocar nele o mesmo que provoca em mim. Quando morde o meu lábio, eu juro que tenho vontade de abrir sua calça, subir meu vestido e “sentar”. Sentar muito.― Que boca deliciosa! ― são suas palavras após o beijo, enquanto me encara.Eu estou prestes a sorrir e dizer que a dele é ainda mais, quando vejo seu segurança na entrada segurando o balde de champanhe. Ele estava esperando. Quanto tempo estávamos nos beijando? Perdi total a noção.Envergonhada, por sei lá qual motivo, sento direito consertando meu vestido para cobrir um pouco mais das minhas pernas.O dono da minha falta de lucidez faz um sinal
WillowAtrás da cortina é meio que parecido com a frente do camarote. Só que há apenas um sofá, onde cabe uma pessoa deitada, e uma mesa de centro. Sei que cabe uma pessoa deitada porque me imagino deitada ali com esse homem por cima ― ou por baixo. Imaginar não quebra promessas.Ele se senta, me levando junto para o seu colo, e coloca a garrafa sobre a mesa.― Levante ― diz com tom de ordem.― O que? ― pergunto levantando.― Ficará mais à vontade assim ― responde me fazendo sentar de pernas abertas em seu colo.Meu vestido sobe todo. Tento puxar, mas não adianta muita coisa.― Era assim que eu queria te sentir, só que menos tensa ― fala com um sorriso canalha.― Não estou acostumada a fazer essas coisas com desconhecidos ― confesso.― Serei seu primeiro? Ótimo, adoro ser pioneiro.Não será o primeiro porra nenhuma!Só beijos. Willow, você fez uma promessa.Pego a garrafa de champanhe e bebo direto nela. O que faz ele perceber que eu realmente estou tensa. Cadê o efeito do álcool quan