Grávida do Bilionário Arrogante
Grávida do Bilionário Arrogante
Por: Julliany Soares
Capítulo Um.

Acreditei por um tempo que minha vida era perfeita, que ironia e maneira mais fantasiosa de imaginar o meu caos disfarçado de felicidade nos últimos três anos, precisei amadurecer cedo, minha mãe faleceu quando eu tinha apenas dez anos, meu pai tentava não culpar a minha irmã que na época era uma recém nascida, já que a mulher da vida dele faleceu por complicações no parto, poucos anos depois, ele faleceu após descobrir tarde demais o câncer de próstata.

Passei por momentos tensos, mas hoje aos vinte e oito anos, me esforço dando aulas particulares e trabalho a noite em um hotel de luxo, ajudando na recepção como interprete para os gringos que visitam o Brasil e se hospedam no hotel que trabalho, é exaustivo, mas essa foi a herança que meus avós paternos deixaram para mim, após a morte do meu pai, fui para fora do país e aprendi inglês e espanhol, voltei para o Brasil após o falecimento dos meus avós consegui fazer com muito esforço o curso de letras, mas meu maior sonho é conseguir uma vaga na editora Collins, mas coloquei  o sonho da minha irmã em primeiro lugar, ela conseguiu passar   no curso de medicina como bolsista em Harvard,  juntei por cinco anos na poupança que fiz, uma quantia para dar a ela no seu  aniversário de dezoito anos.

Helena sempre foi muito esforçada e levava para a escola doces para vender, juntando cada centavo do seu lucro para realizar o seu sonho, mas hoje estou aqui, em frente ao trabalho do Rick, queria fazer uma surpresa, após ter terminado de dar uma aula no mesmo bairro, mas quem foi surpreendida fui eu, ao vê-lo beijando uma mulher mais jovem em frente a empresa.

Pensei muito em ir até eles, mas preferi segui-los, os dois foram até o restaurante próximo do trabalho e assim que vejo ao longe os dois juntos lado ao lado em uma mesa, íntimos, lembro da minha avó  dizendo  que uma escolha errada poderia me levar a caminhos difíceis, mas quando se trata dos nossos sentimentos não há como escolher o caminho racional, desta maneira nem sempre o que sentimos nos levará ao que esperamos.

Meu celular toca mas eu não consigo sequer atendê-lo, o mundo todo parecia estar como uma das séries da n*****x, minha irmã sempre pausa para fazer uma pipoca, mas acontece que essa é a droga da série da minha vida, meus pensamentos tumultuados pareciam estar pausados na pior cena, ao ver Rick com outra mulher, eu estava com ele a quase cinco anos e faziam três anos desde que nos casamos no civil.

Saio em direção ao banco, tento não chorar, mas naquele momento, as lágrimas que  escorriam pela minha face, mostrava  que eu não era  forte o suficiente para suportar a dor que mais uma vez invadiu a minha vida.

Respiro profundamente, seco minhas lágrimas e novamente o meu celular toca, atendo e digo:

—Helena, estou ocupada agora, assim que eu chegar em casa falo com você.

—Emma, eu não estou encontrando aquele vestido que o Rick comprou para mim no último natal, sabe onde ele está?—ela me perguntou, mas naquele momento tudo que me lembrasse o Rick era insuportável e me causava repulsa.

—Vai no meu quarto e pega aquele meu vestido azul que você gosta, pode usar ele, não volta tarde, tenho uma surpresa, por favor não comece a beber, já conversamos sobre isso.

—Tudo bem irmã, não irei beber, preciso desligar, beijo—ela desligou a chamada e eu continuei meu percurso a pé, até conseguir pegar um táxi.

Assim que chego ao banco, espero meu número para o atendimento ser chamado, mas o que realmente queria fazer naquele momento, era as malas do Rick, a raiva que eu sinto é tão intensa que meus pensamentos são apenas em uma forma de me vingar.

Finalmente chega a minha vez e  então me levanto, estava distraída e não percebi o homem que passava, acabo derrubando alguns papéis dele.

—Acredito que seja cega, caso contrário não faria isso não é moça?—pergunto enquanto vejo ela catar os meus documentos que estão espalhados no chão, logo Connor aproxima-se e a ajuda com a bagunça que a desastrada fez.

—Senhor, eu sinto muito, mas quer saber? Você sequer abaixou-se para pegar os seus papéis, então talvez tenha merecido isso, a propósito, não sou cega e mesmo que eu fosse o senhor não tem o direito de ofender as pessoas- me levanto e entrego os papéis nas mãos dele.

Ele parecia estar me encarando, acredito que ele achava que por ser americano e eu uma brasileira, não entenderia  o que ele disse, dou as costas a ele  e saio correndo  para ser atendida, já que ouço algumas pessoas repetirem o número da minha senha.

continua ...

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