Zara Miller Os dias passavam lentamente. Alexander continuava visitando Clark no hospital, que ainda se recuperava lentamente do acidente, mas continuava em coma. Embora eu entendesse a importância disso, sua ausência começava a me afetar mais do que eu imaginava. Para manter minha mente ocupada, decidi cuidar dos detalhes da nossa nova casa.Fui até uma loja em busca de móveis que pudessem dar vida ao nosso novo lar. Enquanto explorava a loja, um homem que parecia vagamente familiar me cumprimentou. Eu não conseguia lembrar de onde o conhecia, mas sua face trazia uma sensação de déjà vu.— Eu sou o Harry — ele disse, me tirando dos pensamentos. — Lembro de você. Seu nome é Zara, não é?Depois de um momento de hesitação, me lembrei de onde o conhecia: ele era o homem que eu tinha encontrado no bar do hotel onde fiquei hospedada há um tempo.— Isso mesmo! — respondi, sorrindo.Harry parecia confortável e, após trocar algumas palavras com a vendedora, me convidou a conhecer as novas
Alexander Muller Eu estava na sala de espera do hospital, a cabeça cheia de preocupações por Clark, quando o celular vibrou em meu bolso. Atendi, sem prestar muita atenção, já acostumado às chamadas de rotina. Era um vendedor da loja de móveis que Zara tinha visitado.— Senhor, sua esposa deixou o carro na entrada da loja, mas ela não voltou para buscá-lo — disse o homem, com um tom hesitante.Minha mente ficou confusa. Como assim, ela deixou o carro e desapareceu? Eu tentei manter a calma e perguntei se ele sabia onde ela estava.— Não, senhor. Ela apenas deixou o carro e saiu a pé, não sabemos mais do que isso — respondeu o funcionário.Eu não pensei duas vezes. Desliguei o telefone, avisei à equipe médica que precisaria sair, e corri para a loja. Chegando lá, o funcionário apontou o carro de Zara no estacionamento, mas ela não estava por perto. Nada parecia fazer sentido.Peguei o carro e dirigi rápido até a mansão dos meus pais. Quando cheguei, encontrei minha tia Helena já prese
Alexander Muller As semanas após o confronto com Harry passaram como um borrão. Havia uma paz estranha que vinha ao estar com Zara, saber que ela estava segura. Harry havia sido preso, mas se enforcou na prisão e teve o que ele queria, sua própria morte. Agora, era hora de pensar no meu futuro, no que eu realmente queria da vida.Eu estava na minha casa com Zara, arrumando nosso lar ao lado dela, era algo que eu queria fazer ao lado dela.Eu estava me sentindo feliz e ela era tudo que me completava naquele momento, foi quando recebi uma ligação inesperada do diretor do hospital. Ele queria me ver em sua sala o mais rápido possível. Meu estômago revirou levemente; pensei que pudesse ter sido algo com o meu primo que estava em coma, parecia ser algo sério, mas não tinha ideia do que ele queria discutir.Tomei um banho com Zara e fomos juntos, prometi a ela que seria breve e ela também queria visitar o meu primo.Cheguei ao hospital e ao entrar no escritório do Dr. Roberto, fui recebid
Zara Miller Era um dia comum, mas meu coração estava leve. Eu estava no hospital, visitando o primo de Alexander, enquanto esperava ele sair da reunião e meus pensamentos sempre voltavam para Alexander. Ele havia passado por tanto nos últimos meses, e eu sabia que algo o estava inquietando, mas ainda não conseguia decifrar o que era.Quando saí do quarto, cruzei o corredor e me encontrei com Alexander. Ele parecia calmo, mas havia uma sombra de algo não dito em seu rosto. Caminhamos juntos pelo hospital, e a curiosidade começou a tomar conta de mim.— Está tudo bem? — perguntei, pegando sua mão enquanto caminhávamos em direção ao estacionamento.Alexander suspirou, apertando levemente meus dedos antes de falar.— O diretor do hospital me chamou hoje. Ele me ofereceu um cargo importante — ele disse, sem pressa, como se estivesse tentando escolher cuidadosamente cada palavra.Meu rosto se iluminou instantaneamente. Sabia o quanto ele merecia aquela oportunidade, o quanto ele se dedico
Zara Miller Era um dia de festa, e meu coração estava repleto de gratidão e amor. O pequeno João completava um ano, e o jardim da nossa casa estava decorado com balões coloridos, mesas de doces e risos ecoando por todos os lados. Alexander estava ao meu lado, sempre atento, enquanto nossos filhos corriam pelo gramado, enchendo o ambiente de alegria. Tivemos sorte, eu sabia disso. A vida nos presenteou com momentos difíceis, mas cada um deles nos trouxe para este ponto: uma família feliz, dois filhos, um lar acolhedor, e o amor que nos unia mais forte a cada dia. Eu observei Alexander segurando o João e o Zyan, brincando com eles enquanto eles riam com os olhos brilhando de felicidade. Meu marido era um pai maravilhoso. Ver como ele interagia com nossos meninos sempre me aquecia o coração. Dois anos e meio haviam passado desde que Alexander publicara o seu primeiro romance, e agora, já com cinco livros na prateleira, ele se tornara um autor de bestsellers. Sua paixão pela escrit
Zara Miller Chegamos em casa e logo fomos ao quarto dos nossos filhos e eles já dormiam, beijamos eles e saímos para nosso quarto, Alexander estava inspirado e foi para a varanda do nosso quarto escrever, eu já sabia quando ele tinha esses momentos de inspiração, peguei duas taças de vinho e fui em direção a ele. As palavras fluíam suavemente, cada frase sendo escolhida com o cuidado e a precisão de quem sabia exatamente o que queria transmitir. Eu observava Alexander sentando ao seu lado, enquanto ele estava sentado em frente ao seu notebook, concentrado, escrevendo sua nova história. O brilho em seus olhos era inconfundível. Ele estava imerso em um novo universo, criando um novo romance. Ele sempre dizia que a escrita era a forma de conectar seu mundo interior com o exterior, e, naquela noite, enquanto ele teclava sem parar, eu sabia que algo profundo estava nascendo. Alexander Muller Eu digitava sem parar, após sair do hospital, decidi escrever uma história que fosse relacio
Emma Soares Acreditei por um tempo que minha vida era perfeita, que ironia e maneira mais fantasiosa de imaginar o meu caos disfarçado de felicidade nos últimos três anos, precisei amadurecer cedo, minha mãe faleceu quando eu tinha apenas dez anos, meu pai tentava não culpar a minha irmã que na época era uma recém nascida, já que a mulher da vida dele faleceu por complicações no parto, poucos anos depois, ele faleceu após descobrir tarde demais o câncer de próstata. Passei por momentos tensos, mas hoje aos vinte e oito anos, me esforço dando aulas particulares e trabalho a noite em um hotel de luxo, ajudando na recepção como interprete para os gringos que visitam o Brasil e se hospedam no hotel que trabalho, é exaustivo, mas essa foi a herança que meus avós paternos deixaram para mim, após a morte do meu pai, fui para fora do país e aprendi inglês e espanhol, voltei para o Brasil após o falecimento dos meus avós consegui fazer com muito esforço o curso de letras, mas meu maior sonho
Jack Collins Ela não parece ser uma mulher comum, não imaginava que no primeiro dia que eu chegasse ao Brasil, já encontraria alguém que entende a minha língua e que ela seria uma mulher, que forma peculiar e abrupta de conhecer uma mulher.—Senhor Collins?—ouço o meu assistente me chamando e então olho para ele.—Connor ,qual a probabilidade de um americano conhecer uma brasileira que entende o que ele diz e ainda ela ser atraente?—Senhor, eu preciso responder mesmo? Achei que a sua vinda ao Brasil foi por causa da beleza e inteligência das mulheres deste país—Certamente o Connor tinha razão, mas não esperava encontrar tão rápido uma mulher que estimulasse os meus desejos primitivos e ocultos.Fico de longe a observando, seus cabelos cacheados, seu corpo, a pele dela, começo a imaginar cenas e algumas ações que desejo fazer com ela ,talvez por eu ser um escritor, seja tão fácil imaginar o que eu faria se essa mulher fosse minha por um tempo, mas há um pequeno detalhe nela que perc