Victoria Carver está tentando recomeçar sua vida em uma cabana na montanha após se livrar de um relacionamento abusivo. Tudo que ela quer e precisa é se manter longe de homens no geral e principalmente daqueles como Robert, seu ex. Tudo isso muda quando ela encontra um Nova Espécie enorme e bonito todo machucado caído em seu quintal.
Agora, Victoria tem que lidar com um Nova Espécie traumatizado, um homem insano a perseguindo e com uma paixão desenfreada e inesperada.
O macho Nova Espécie denominado 1001 tinha que encontrar um lugar seguro para se curar depois de conseguir fugir durante uma transferência de um cativeiro de testes de procriação para outro. Depois de correr por dias sem comer e sem beber, seu corpo ferido desfalece em uma residência desconhecida.
Agora, o macho tem que lidar com sua possessividade em relação a humana que o ajudou e ele passa a acreditar firmemente que deve sua vida a ela e que precisa recompensá-la de alguma forma. Terá que lidar também com um macho humano obcecado por sua fêmea e que quer roubá-la dele.
VictoriaOlho para as nuvens vendo mais do que elas realmente estão mostrando, minha mente de artista e escritora amadora vê formatos e ideias em quase tudo, e tento pela milésima vez começar a escrever de novo, já que não consigo encostar o pincel numa tela e deixar fluir algo bom.Também não consigo colocar uma palavra com sentido no caderno desde aquele maldito dia. O dia em que minha alma morreu e até hoje não ressuscitou. Estou sentada na varanda da cabana que comprei há três anos para viver reclusa em uma montanha longe da cidade e um ódio ferve meu sangue todas as vezes que eu tento fazer o que mais amo e me sinto bloqueada pelos traumas que meu maldito ex me deixou.
VictoriaA chuva cai forte no teto do meu carro velho fazendo barulho como se tivesse perfurando o ferro. Está quase escurecendo e eu começo a me arrepender de ter passado no supermercado logo hoje para fazer a compra da semana porque simplesmente não consigo ver quase nada da estrada a minha frente.O vidro todo embaçado me faz ficar com medo de não conseguir ver direito e acabar sofrendo um acidente ou atropelando alguém.— Se eu tivesse ido direito para casa desde o momento que sai do trabalho, não estaria nessa situação agora. — me culpo, falando sozinha — Mas como eu iria saber que a chuva seria tão forte assim? — emendo defendendo a mim mesma, enfim, a bipolarid
VictoriaA chuva parece cessar um pouco na medida que minha viagem de volta para a cabana se torna mais lenta e difícil. O homem Nova Espécie geme de dor algumas vezes mas não acorda por nada. A parte mais difícil vem agora, os três degraus para a varanda, temo machucá-lo mas pior do que estar, com certeza não fica.Paro para respirar e retomar um pouco de força, depois de alguns minutos, com um impulso forte eu o puxo degraus acima. A madeira molhada faz deslizar com mais facilidade, até mesmo eu já escorreguei algumas vezes e caí nelas quando choveu.— Consegui! — expresso feliz quando estamos na porta da cabana.Minha respiração está tão ofegante meu peito dói ao inspirar e expirar o ar, me recomponho e abro a porta, vou até o quarto e coloco o colchão no chão, nunca iria conseguir lev
1001Tento abrir meus olhos mas não consigo fazê-lo, espero sentir meu corpo dilacerado doer, mas não sinto tanto quanto me lembro antes de apagar. Um pensamento insano me apavora um pouco, eu estou morto? Não consigo abrir os olhos e nem mexer muito do meu corpo, porém não sinto mais tanta dor. É estranho.Puxo o ar para meus pulmões na tentativa de sentir o cheiro de alguém ou de algo e o que sinto me deixa ainda mais confuso.Sinto o cheiro de uma fêmea humana, é doce e leve, inclusive sinto esse cheiro por todo meu corpo, exclusivamente acima da minha cabeça, como se meus cabelos estivessem com esse aroma impregnado.Franzo
VictoriaBem, a idéia de soltar o Nova Espécie não está se quer em cogitação na minha cabeça, pelo menos não até ele entender que não lhe farei mal. Entendo que está traumatizado e fragilizado, entretanto preciso me preocupar com minha segurança. Ele me ameaçou e não parece amigável. Se ele já parece enorme deitado, de pé e vindo com raiva para mim deve parecer aterrorizante.— Existem dois lugares, Homeland e Reserva, é onde vivem todos os Novas Espécies que foram libertados há muitos anos. O mundo agora está em dívida com o seu povo, por isso eles tem seu espaço soberano, ou seja, as leis fora dos portões não se aplicam a eles, l&a
Victoria— Agora você vai se alimentar. — informo após guardar todo material que usei em seus ferimentos.Caminho até a mesinha na qual deixei em cima a tigela com a sopa e o prato com as torradas.— Como vou me alimentar assim? Solte-me para que eu possa comer. — pede mais uma vez.O ignoro, não querendo começar a mesma discussão novamente. Sento-me na beirada da cama e ergo uma colher com a sopa em direção ao seus lábios, ele balança o rosto em direção a colher batendo nela fazendo derramar tudo em sua barriga.— Poxa, olha o que você fez!
Victoria— Te falei quase tudo sobre mim. Você quer me dizer seu nome verdadeiro agora? Ou eu posso continuar te chamando de Gross?— pergunto.— Eu me chamo 1001. — responde sem hesitar e eu o encaro surpresa.— Sério? — exclamo e ele franze o cenho.— O que está errado com o meu nome?— Seu nome não pode ser esse, isso aparentemente é um nome de cobaia. Agora você é livre e deve escolher um nome de verdade, algo que goste, se indentifique. É assim que os outros Novas Espécies escolhem seus nomes.
Victoria— Oi, Victoria. Como você está? — o homem com alguns anos de diferença de mim, se aproxima com pouca cautela.Instintivamente me afasto. Ele tem essa mania de querer tocar enquanto fala e eu odeio que me toquem.— Oi. Estou bem. — respondo limitando as palavras.A maioria dos homens pensam que se você é simpática, está dando em cima ou abertura para eles se achegarem mais e Maik é um exemplo típico do tipo.— Você quer almoçar comigo hoje? Semana passada não deu porque você estava doente. — ele pergunta e eu me lembro de t