Gross
Ando de um lado para o outro, nervoso e ansioso, meu coração está acelerado e sinto que a qualquer segundo posso rugir ferozmente para o macho desgraçado que me deu a maldita informação de que fêmeas humanas costumam se arrepender de se casar e abandonam seus maridos no altar.
Timber se encontra a meio metro de mim, sorrindo do meu comportamento, sabendo que é o culpado e teve sucesso em sua tentativa de me irritar, apesar de saber que Victoria me ama tanto quanto eu a amo, que ela é completamente minha, não consigo evitar bem lá no fundo essa leve insegurança.
Talvez eu a ame muito mais do que ela me ama, ela é o meu tudo, no entanto eu acredito fielmente que ela n
Algum tempo depois...— Happy. — chamo — Onde você está? — minha voz sai trêmula, inevitavelmente.Um pequeno e suave rosnado soa atrás de mim na porta da cozinha, eu sobressalto e viro-me na direção do som, abaixando o olhar para poder encontrar meu garotinho, com as mãos levantadas e uma expressão divertida no rosto.— Aí meu Deus, que susto! — coloco a mão no peito de forma dramática, conseguindo uma risada deliciosa em retorno.— Ontem eu também consegui assustar o papai. — comenta, se sentindo orgulhoso.E eu aposto que Gross fingiu assim como eu, sor
Me levanto da cadeira estofada e me estico, olho para o relógio e sinto falta dos meus garotos. Vou aproveitar para tomar um banho. Tiro meu vestido, entro no banheiro e me encaro no espelho, eu tinha o mesmo tempo de gestação que tenho agora quando me casei com meu primeiro bebê ainda na barriga, no entanto a barriga agora parece maior.Embora eu já saiba como ele vai ser, uma réplica do meu marido e do irmão, me sinto tão ansiosa quanto estava na gravidez do Happy. Ligo o chuveiro, espero a água esquentar e entro debaixo.De repente sinto duas mãos contornarem minha barriga e sorrio, sabendo de quem se trata, me viro em seus braços e colocoo os meus em volta do pescoço do meu companheiro e fico nas pontas dos pés.
Victoria Carver está tentando recomeçar sua vida em uma cabana na montanha após se livrar de um relacionamento abusivo. Tudo que ela quer e precisa é se manter longe de homens no geral e principalmente daqueles como Robert, seu ex. Tudo isso muda quando ela encontra um Nova Espécie enorme e bonito todo machucado caído em seu quintal.Agora, Victoria tem que lidar com um Nova Espécie traumatizado, um homem insano a perseguindo e com uma paixão desenfreada e inesperada.O macho Nova Espécie denominado 1001 tinha que encontrar um lugar seguro para se curar depois de conseguir fugir durante uma transferência de um cativeiro de testes de procriação para outro. Depois de correr por dias sem comer e sem beber, seu corpo ferido desfalece em uma residência d
VictoriaOlho para as nuvens vendo mais do que elas realmente estão mostrando, minha mente de artista e escritora amadora vê formatos e ideias em quase tudo, e tento pela milésima vez começar a escrever de novo, já que não consigo encostar o pincel numa tela e deixar fluir algo bom.Também não consigo colocar uma palavra com sentido no caderno desde aquele maldito dia. O dia em que minha alma morreu e até hoje não ressuscitou. Estou sentada na varanda da cabana que comprei há três anos para viver reclusa em uma montanha longe da cidade e um ódio ferve meu sangue todas as vezes que eu tento fazer o que mais amo e me sinto bloqueada pelos traumas que meu maldito ex me deixou.
VictoriaA chuva cai forte no teto do meu carro velho fazendo barulho como se tivesse perfurando o ferro. Está quase escurecendo e eu começo a me arrepender de ter passado no supermercado logo hoje para fazer a compra da semana porque simplesmente não consigo ver quase nada da estrada a minha frente.O vidro todo embaçado me faz ficar com medo de não conseguir ver direito e acabar sofrendo um acidente ou atropelando alguém.— Se eu tivesse ido direito para casa desde o momento que sai do trabalho, não estaria nessa situação agora. — me culpo, falando sozinha — Mas como eu iria saber que a chuva seria tão forte assim? — emendo defendendo a mim mesma, enfim, a bipolarid
VictoriaA chuva parece cessar um pouco na medida que minha viagem de volta para a cabana se torna mais lenta e difícil. O homem Nova Espécie geme de dor algumas vezes mas não acorda por nada. A parte mais difícil vem agora, os três degraus para a varanda, temo machucá-lo mas pior do que estar, com certeza não fica.Paro para respirar e retomar um pouco de força, depois de alguns minutos, com um impulso forte eu o puxo degraus acima. A madeira molhada faz deslizar com mais facilidade, até mesmo eu já escorreguei algumas vezes e caí nelas quando choveu.— Consegui! — expresso feliz quando estamos na porta da cabana.Minha respiração está tão ofegante meu peito dói ao inspirar e expirar o ar, me recomponho e abro a porta, vou até o quarto e coloco o colchão no chão, nunca iria conseguir lev
1001Tento abrir meus olhos mas não consigo fazê-lo, espero sentir meu corpo dilacerado doer, mas não sinto tanto quanto me lembro antes de apagar. Um pensamento insano me apavora um pouco, eu estou morto? Não consigo abrir os olhos e nem mexer muito do meu corpo, porém não sinto mais tanta dor. É estranho.Puxo o ar para meus pulmões na tentativa de sentir o cheiro de alguém ou de algo e o que sinto me deixa ainda mais confuso.Sinto o cheiro de uma fêmea humana, é doce e leve, inclusive sinto esse cheiro por todo meu corpo, exclusivamente acima da minha cabeça, como se meus cabelos estivessem com esse aroma impregnado.Franzo
VictoriaBem, a idéia de soltar o Nova Espécie não está se quer em cogitação na minha cabeça, pelo menos não até ele entender que não lhe farei mal. Entendo que está traumatizado e fragilizado, entretanto preciso me preocupar com minha segurança. Ele me ameaçou e não parece amigável. Se ele já parece enorme deitado, de pé e vindo com raiva para mim deve parecer aterrorizante.— Existem dois lugares, Homeland e Reserva, é onde vivem todos os Novas Espécies que foram libertados há muitos anos. O mundo agora está em dívida com o seu povo, por isso eles tem seu espaço soberano, ou seja, as leis fora dos portões não se aplicam a eles, l&a