#Gabi narrando
- Anda desce - Um dos seguranças fala assim que chegamos, era uma casa enorme e que estava cheia de carros estacionados.
- Leva ela para baixo junto com às outras - Carla diz para ele que assente
- Para onde vocês vão me levar ? - Eu falo olhando para ela
- Quer saber de mais - Ela fala e o segurança agarra o meu braço e eu puxo ele fazendo ele me soltar - Tá atrevida - Ela fala fazendo sinal e os dois seguranças me seguram - Você acha que que esqueci do que você fez? - Ela diz me encarando - Chegou a hora de você pagar pela surra que me deu. - Ela diz me dando um tapa na cara.
- Pelo menos eu te dei uma surra - Eu falo para ela - Já você só consegue fazer isso se alguém tiver me segurando , sua covarde - Eu falo para ela que levanta a mão mas Marcelino à segura.
- Não queremos confusão aqui agora Carla - Ele diz para ela que assente - Levem ela para baixo junto com as outras.
Olho para o lado e vejo que o cara que eu esbarrei saindo do banheiro estava parado observando tudo ao lado de uma mulher, e logo Marcos saio do carro dele e se juntou com eles, eles conversavam algo e o cara me encarava sério, logo desviei o meu olhar para não arrumar confusão.
Eles me levam até a parte de baixo da casa e abrem uma porta e me jogam lá dentro, olho ao meu redor e estava cheia de meninas ali, todas mais ou menos da minha idade.
- Tudo bem? - Uma delas pergunta e me estica a mão para me ajudar a levantar.
- Sim - Eu falo para ela - Obrigada.
- Meu nome é Mery e o seu? - Ela pergunta
- Gabriela - Falo - Porque estamos todas aqui?
- Aqui que vai acontecer o leilão - Ela diz - Você não sabia? - Eu nego com a cabeça - Será daqui dois dias.
- E porque nós trouxeram antes aqui? - Eu pergunto .
- Para nos preparar - Ela fala - Para eles isso é um grande evento, e a cafetina que vender a sua menina com o maior lance ganha um prêmio .
- E você veio parar aqui como? - Pergunto para ela
- Fui enganada - Ela diz suspirando.
- Eu também - Falo para ela - Quem que comanda tudo isso?
- O nome dele é Heitor dizem que ele não tem dó de ninguém- Ela fala - É um empresário muito famoso aqui em Las Vegas, e um dos maiores negócios dele é esse - Ela fala e eu arregalo os olhos
- Ele já apareceu aqui? – Eu pergunto.
- Não - Ela fala - Ele não aparece para nós assim, podemos ver ele de longe e graças a Deus porque diz que ele maltrata de mais - Ela diz e eu assinto.
#Heitor narrando
Desço do carro e já observo Carla e uma menina discutindo, conheço aquela menina, a menina que esbarrou quando eu fui terminar de falar com Carla sobre ela participar do Leilão, a mesma era arrisca e quando o segurança tocou nela ela já puxou o seu braço.
- Quem é essa ? - Leandra pergunta assim que desce do carro.
- Não faço ideia - Eu respondo - Eu vi ela na boate da Carla a noite que eu fui lá, mas não sei quem é não.
- Foi essa que deu a surra na Carla - Marcos diz chegando do nosso lado, Nos três observava ela, E a mesma nos encarou também - Essa ai é terrível.
- Você está falando sério que foi ela que deu aquela surra na Carla ? - Eu pergunto rindo.
- Sim - Ele responde - Foi ela mesmo, deu maior trabalho por isso está aqui.
- Ela só tem cara de anjo então - Leandra fala rindo.
- Ela é afrontosa de mais - Eu falo ainda encarando ela.
- Mas ela tem ponto fraco - Marcos diz - Ela tem uma filha de um ano no Brasil.
- Carla trouxe ela dizendo que iria dar trabalho? - Leandra pergunta
- Ela não deixou de dar não é - Marcos fala rindo
Ela para de nós encarar, assim que o dois segurança que estão tentando agarrar ela e levar ela para baixo, consegue direcionar ela para frente. A menina parecia ser terrível mesmo, mas nada que um tratamento bom não resolvesse.
Entro para dentro da casa e subo até o meu escritório, aquela menina não saia da minha cabeça desde que eu esbarrei nela, mas ela era só mais uma puta que seria vendida daqui dois dias.
- Heitor - Marcelino diz entrando no meu escritório.
- Marcelino - Falo cumprimentando ele.
- Vi que você ficou de olho na minha menina - Ele fala arqueando a sobrancelha.
- Impressão sua - Eu falo - Mas como é o nome dela?
- Gabriela - Ele fala - Você que precisa de alguém para assumir como sua mulher, era seria uma boa opção . – Eu o encaro – Ela não é conhecida no nosso mundo e ainda por cima é uma boneca - Coloco a mão na boca pensando no que ele estava dizendo.
- Você está tentando me vender ela? - Eu pergunto rindo da sua cara de pau.
- 2 milhões e ela é sua - Ele fala - Pensa no que eu te disse, o maior medo dela é que alguém faça algo contra a sua filha, oque vai fazer ela te obedecer em tudo. - Abro um sorriso para o mesmo.
- Pode ter certeza que irei pensar na sua proposta - Eu falo para ele.
- Você pode fazer um " teste drive " - Ele diz rindo - Se você gostar você fica , se você não gostar não fica .
- Hoje a noite ? - Eu pergunto e ele assente - Combinado então.
Vamos ver como Gabriela iria se sair.
#Gabriela narrandoJá estava anoitecendo e estamos todas aqui assustadas, eu estou aqui desde manhã cedo e muitas chegaram ontem e ninguém trouxe água e nem comida. Esse lugar era assustador.- Será que eles querem nos matar de fome ? - Mery pergunta.- Quase isso - Lúcia diz uma outra menina que estava ali - Eu não como faz dois dias.- Dizem que quem vem para esse leilão só come depois de ser vendida - Uma outra menina que não perguntei o nome fala e olhamos para ela.Isso aqui era mais que humilhação, isso aqui era uma tortura, a porta se abre revelando quatro seguranças e uma moça que eu vi junto com o cara que eu esbarrei no banheiro, ela olha para todas e seu olhar para em mim.- Você - Ela diz apontando - Você mesmo - Eu olho para ela - Você vem comigo.Eu fico encarando ela e não ando nem para frente e nem para trás.- Você vai vir por
#Gabriela narrando Hoje era o dia do leilão, dois dias aqui e não recebemos comida e nem bebida, recebemos hoje cada uma um kit com algumas roupas íntimas e estamos fazendo fila para conseguir tomar banho e se arrumar, a gente sempre estava sobre olhares de seguranças armados.O nome do cara que queria me comprar eu não descobri, ele também não mandou eu subir mais,ele deve ter ficado com uma raiva enorme de mim.Estava tão nervosa e apavorada que eu não sabia oque fazer e nem como pensar, a verdade é que quando estamos em um lugar como esse a gente perde vontade própria e comando sobre a nossa própria vida. Era como se a gente não existisse mais e apenas existisse a garota que eles queriam.#Heitor narrando
#Gabriela narrando- Quero você sorrindo lá encima - Carla diz para e eu encaro cada uma que subia lá - Pensa na sua filha Gabriela - Ela tentava atormentar a minha cabeça me mostrando um vídeo de Alana brincando com uma boneca e uma lagrima desce do meu rosto e eu abaixo a cabeça - Ergue a cabeça Gabriela - Ela diz levantando a minha cabeça com a sua mão em meu queixo.- Não se preocupe que eu vou dar o meu melhor sorriso lá encima - Falo para ela que guarda o celular e dar um sorriso satisfeito.Ja estava chegando a minha vez, tinha cinco na minha frente. E era rápido, durava menos de dez minuto, mas era os dez minutos mais longo para quem ficava ali encima sendo exposta a um bando de homens nojentos, enquanto esperava a minha vez ás lembra
# Gabriela narrandoEstava já algum tempo na aquela sala escura sentada em um sofá que tinha ali, eu já estava passando mal de tanta fome e sede, eu também estava muito cansada e com frio. Reparo que tinha uma pequena janela aberta e já era noite e estava entrando um vento frio.Pego um banco que tinha no canto da sala e subo encima para tentar fechar a janela, fico na ponta dos pés mas eu não alcançava, eu suspiro tentando fecharbela ou olhar para fora mas não conseguia. Levo um susto quando escuto à sua voz.- Deixa que eu fecho - Heitor fala e me desequilíbrio assim que escuto a sua voz, a sorte foi que ele me segurou.- Você poderia ter se machucado - Ele diz me colocando sentada no sofá.- Obrigada - Falo para ele que me encarava com o semblante fechado , ele era
#Gabriela narrandoNão demorou muito para que o Marcos entrasse pela porta, ele deixou uma sacola com roupa, eu me arrumo e logo ele volta com dois seguranças e me leva para um carro, a onde não conseguia enxergar nada no lado de fora, eu abaixo a minha cabeça e começo a chorar.Era muito difícil descrever oque eu sentia nesse momento, era uma dor tão grande misturado com muito medo, era isso que resumia os meus dias e agora sem saber oque seria da minha vida eu tinha mais medo ainda. Ainda por cima Heitor tirou à única coisa que eu tinha para lembrar da Alana, que me dava força para continuar de cabeça erguida porque muitas vezes eu tinha vontade de desistir de tudo e acabar com todo esse sofrimento.-Fica sentada aí é nao sai&n
Gabi narrandoFaz dois dias que eu estava trancada em um quarto sem ver ninguém, era um apartamento enorme pelo pouco que eu vi. Não foi nem Heitor que me trouxe nele e sim Marcos e um outro segurança e era um ou outro que acompanhava a senhora que sempre me trazia comida.Meus pensamentos sempre era minha filha e em minha mãe, quando eu estava com a Carla pelo menos eu conseguia mandar dinheiro para elas, por isso tentava fazer o máximo de programas por noite,porque pelo menos eu sabia quede alguma forma eu ajudava elas. Minha mãe não iria conseguir sozinha dar conta de tudo, comprar roupas, remédios, comida para Alana e ainda pagar água , luz e IPTU da casa. Mas eu tinha medo de perguntar para Heitor ou pedir isso à ele, a verdade é que eu não vi mais ele depois do dia que eu che
Gabi narrando Eu estava meio sonolenta com a quantidade de remédio que eu tinha tomado.- A alergia já amenizou - O médico falava para Heitor que estava do meu lado , foi o camarão que me deu alergia , só mais algumas horas em observação e você já vai poder ir para casa - Ele fala agora me olhando e eu assinto com a cabeça.- Obrigado doutor - Heitor diz para ele. - Tenho certeza que isso não vai acontecer de novo. - O doutor assente e sai da sala.Ficamos ali em silêncio, Heitor digitava alguma coisa em seu celular e eu prestava atenção na televisão que estava em inglês e a sorte era que antes de vir para cá, Carla me pagou um curso básico de inglês , at&e
Gabriela narrando Depois de passar quase a noite toda no hospital por causa da alergia, tomando soro e sobre os cuidados dos médicos, a gente chegou em casa. Heitor demonstrou que estava preocupado o tempo todo, mas eu não sabia se ele realmente estava preocupado ou se ele estava fingindo para os outros.Assim que ele sai do quarto eu vou para o banheiro e tiro toda a minha roupa e entro de baixo do chuveiro, eu ainda tinha que tomar alguns remédios para evitar qualquer complicação por causa da alergia , mas dois dias já não tinha mais sintomas nenhum e nem manchas, segundo o médico.Começo a ensaboar o meu corpo inteiro, quando sinto suas mãos pegando na minha cintura, paraliso e arregalo os olhos na mesma hora.