#Gabriela narrando
- Quero você sorrindo lá encima - Carla diz para e eu encaro cada uma que subia lá - Pensa na sua filha Gabriela - Ela tentava atormentar a minha cabeça me mostrando um vídeo de Alana brincando com uma boneca e uma lagrima desce do meu rosto e eu abaixo a cabeça - Ergue a cabeça Gabriela - Ela diz levantando a minha cabeça com a sua mão em meu queixo.
- Não se preocupe que eu vou dar o meu melhor sorriso lá encima - Falo para ela que guarda o celular e dar um sorriso satisfeito.
Ja estava chegando a minha vez, tinha cinco na minha frente. E era rápido, durava menos de dez minuto, mas era os dez minutos mais longo para quem ficava ali encima sendo exposta a um bando de homens nojentos, enquanto esperava a minha vez ás lembranças de Alana vinha na minha cabeça.
Flash black on
- Está quase mamãe - A médica dizia para mim - Só mais um pouco de força .
- Você consegue minha filha - Minha mãe dizia para mim segurando a minha mão.
Doia muito e parecia que tudo estava se rasgando dentro de mim, mas toda dor desapareceu quando eu ouvi o seu chorinho.
- Ela nasceu - A enfermeira disse colocando ela no meu colo.
Ela era linda, parecia uma boneca de porcelana de tão linda e perfeita que ela é.
- Eu prometo que vou fazer de tudo por você - Eu Susurro dando um beijo em sua cabeça.
Flash Black off
Na aquele dia eu prometi para ela que eu iria dar a minha vida por ela, estava passando por muita dificuldade, muitas vezes oque eu ganhava nas faxinas não dava nem para comprar as suas roupas, fraldas e comidas, por mais que eu tentasse por ter 16 anos e uma filha, ninguém me dava emprego ou chance nas lojas. E isso estava dificultando tudo, mas aí conheci Carla em uma seletiva de emprego, que eu confiei, minha mãe confiou, e me prometeu um emprego , e ela me enganou, ela me levou para longe da minha filha e ainda me fez colocar ela em perigo , e olha a onde eu estou, nesse lugar horrível sendo vendida em um leilão.
- A próxima se chama Gabriela -Escuto quando falam meu nome e saio dos meus pensamentos com Carla me cutucando.
- Anda Gabriela - Carla diz me empurrando para o palco.
Sou exposta no meio do palco em uma plataforma giratória, que me fazia ficar exposta de todos os ângulos para aquele bando de homem nojentos, eu olho para cima tentando não encarar nenhum deles.
- Vamos começar os lances - O homem diz no microfone - O primeiro lance é de 100 mil por ela - Ele fala apontando para mim - Brasileira , Morena, 16 anos - Ele dizia me encarando e apontando para mim.
- 140 mil - Um homem gritou e eu não tive coragem de olhar para baixo para ver quem era.
- 180 mil - Um velho barrigudo deu o lance bem na hora que eu encarei todos aqueles homens.
- Será que vamos ter 300 mil? - Ele diz e Carla me faz sinal para rir , e acabo lembrando de Alana e abro um sorriso.
- 400 mil - Um dos homens fala.
- 430 mil - O velho barrigudo grita.
- 500 mil - Um outro velho grita e eu já estava ficando desesperada que eu iria parar na mão de um desses velhos nojentos ou na mão de qualquer outro.
Nessas horas eu só queria a minha mãe, a minha casa, a minha filha.
- 700 mil - Um homem que não tinha se pronunciado até agora fala.
-Temos 700 mil, Será que vamos chegar a 1 milhao? - Ele diz e quando a plataforma gira deixando a minha bunda exposta para eles, limpo uma lagrima que desce do meu rosto.
- 1 milhão - O velho grita novamente.
- Um milhão para aquele senhor - Ele diz - Dou lhe uma, dou -lhe duas
- 2 milhões e meio - O Heitor diz do andar de cima - Eu dou dois milhões e meio por ela e cubro qualquer oferta - Ele diz e eu vejo o sorriso de Carla no rosto, eu olho para cima e ele me encarava sério.
- 2 milhões e meio - O leiloeiro fala - Dou lhe uma, dou -lhe duas - até que alguém grita.
- 3 milhões - O velho barrigudo fala e Heitor fecha a cara.
- 3 milhões e meio - Heitor grita novamente.
- 3 milhes e oitocents - O velho grita.
- 6 milhões - Heitor fala e o velho se cala , eu arregalo os olhos com o tamanho da oferta e o tanto de dinheiro.
- Dou lhe uma, dou -lhe duas, dou -lhe três - O leiloeiro fala - Vendida por 6 milhões para o Heitor. - O próprio abre um sorriso e me encara, enquanto a plataforma para de girar.
Eu fico parada de frente para ele que estava no andar de cima da casa, nossos olhares se encontram, ele abre um sorriso em quanto toma um gole da sua bebida que ele segurou o copo o tempo todo, minha vontade era de chorar e sair correndo.
Esse dia eu poderia considerar o pior de tudo que eu já passei, porque nada se compara à essa humilhação.
- Vamos Gabriela - Carla diz me tirando de cima do palco. - Levem ela para dentro - Ela fala par e dois caras que me seguram e me levam para uma sala escura.
6 milhões ? Esse cara só poderia ser doente , doente de mais, E maluco. Pagar 6 milhões por mim?
# Gabriela narrandoEstava já algum tempo na aquela sala escura sentada em um sofá que tinha ali, eu já estava passando mal de tanta fome e sede, eu também estava muito cansada e com frio. Reparo que tinha uma pequena janela aberta e já era noite e estava entrando um vento frio.Pego um banco que tinha no canto da sala e subo encima para tentar fechar a janela, fico na ponta dos pés mas eu não alcançava, eu suspiro tentando fecharbela ou olhar para fora mas não conseguia. Levo um susto quando escuto à sua voz.- Deixa que eu fecho - Heitor fala e me desequilíbrio assim que escuto a sua voz, a sorte foi que ele me segurou.- Você poderia ter se machucado - Ele diz me colocando sentada no sofá.- Obrigada - Falo para ele que me encarava com o semblante fechado , ele era
#Gabriela narrandoNão demorou muito para que o Marcos entrasse pela porta, ele deixou uma sacola com roupa, eu me arrumo e logo ele volta com dois seguranças e me leva para um carro, a onde não conseguia enxergar nada no lado de fora, eu abaixo a minha cabeça e começo a chorar.Era muito difícil descrever oque eu sentia nesse momento, era uma dor tão grande misturado com muito medo, era isso que resumia os meus dias e agora sem saber oque seria da minha vida eu tinha mais medo ainda. Ainda por cima Heitor tirou à única coisa que eu tinha para lembrar da Alana, que me dava força para continuar de cabeça erguida porque muitas vezes eu tinha vontade de desistir de tudo e acabar com todo esse sofrimento.-Fica sentada aí é nao sai&n
Gabi narrandoFaz dois dias que eu estava trancada em um quarto sem ver ninguém, era um apartamento enorme pelo pouco que eu vi. Não foi nem Heitor que me trouxe nele e sim Marcos e um outro segurança e era um ou outro que acompanhava a senhora que sempre me trazia comida.Meus pensamentos sempre era minha filha e em minha mãe, quando eu estava com a Carla pelo menos eu conseguia mandar dinheiro para elas, por isso tentava fazer o máximo de programas por noite,porque pelo menos eu sabia quede alguma forma eu ajudava elas. Minha mãe não iria conseguir sozinha dar conta de tudo, comprar roupas, remédios, comida para Alana e ainda pagar água , luz e IPTU da casa. Mas eu tinha medo de perguntar para Heitor ou pedir isso à ele, a verdade é que eu não vi mais ele depois do dia que eu che
Gabi narrando Eu estava meio sonolenta com a quantidade de remédio que eu tinha tomado.- A alergia já amenizou - O médico falava para Heitor que estava do meu lado , foi o camarão que me deu alergia , só mais algumas horas em observação e você já vai poder ir para casa - Ele fala agora me olhando e eu assinto com a cabeça.- Obrigado doutor - Heitor diz para ele. - Tenho certeza que isso não vai acontecer de novo. - O doutor assente e sai da sala.Ficamos ali em silêncio, Heitor digitava alguma coisa em seu celular e eu prestava atenção na televisão que estava em inglês e a sorte era que antes de vir para cá, Carla me pagou um curso básico de inglês , at&e
Gabriela narrando Depois de passar quase a noite toda no hospital por causa da alergia, tomando soro e sobre os cuidados dos médicos, a gente chegou em casa. Heitor demonstrou que estava preocupado o tempo todo, mas eu não sabia se ele realmente estava preocupado ou se ele estava fingindo para os outros.Assim que ele sai do quarto eu vou para o banheiro e tiro toda a minha roupa e entro de baixo do chuveiro, eu ainda tinha que tomar alguns remédios para evitar qualquer complicação por causa da alergia , mas dois dias já não tinha mais sintomas nenhum e nem manchas, segundo o médico.Começo a ensaboar o meu corpo inteiro, quando sinto suas mãos pegando na minha cintura, paraliso e arregalo os olhos na mesma hora.
Gabi narrando Um mês aqui trancada nesse quarto, sem poder ver nem à luz do sol, ele chegava todas as noites e eu tinha que está pronta para ele me usar, esperava toda noite ele com alguma lingerie ou camisola, já que era só isso que tinha dentro do closet e eu não podia nem pensar em pegar uma roupa dele para vestir. Hoje eu estava morrendo de frio e eu não poderia pegar nada para vestir para me esquentar , muitas vezes passava frio o dia inteiro porque tinha que ficar apenas de camisola que eram curtas e desconfortáveis.- Boa noite - Ele diz entrando no quarto.- Boa noite - Eu falo para ele em um tom baixo , eu só respondia ele quando ele se dirigia a palavra comigo , quando ele falou que não queria que eu falasse mais nada ele estava falando sério.<
Heitor narrando Saio do banho e ela continuava dormindo, encosto a minha mão na sua testa e a febre já tinha baixado, coloco a minha calça e saio do quarto trancando a porta.Daqui a pouco iria começar os meus eventos políticos e eu precisava ter Gabriela bem submissa à mim.- Bom dia - Falo para Leandra que estava sentada tomando café.- Bom dia - Ela responde com um tom de voz baixo.Leandra e Marcos são meus irmãos, Leandra morava comigo, mas Marcos não, meus pais moravam aqui perto também.- Ela melhorou? - Leandra pergunta.- Parece que sim - Eu respondo - Por favor leve o café dela lá - Fal
Gabriela narrandoSe a intenção dele era que eu tivesse medo dele, ele conseguiu me ter em suas mãos.- Desculpa senhora - O garçom fala assim que sem querer vira a taça de vinho na minha roupa, no impulso ele pega a toalha e limpa a minha blusa.- Não precisa ,está tudo bem - Eu falo vendo a cara que Heitor tinha ficado.- Mas - Ele diz tentando ajudar.- Pode deixar que eu limpo - Eu falo tocando em sua mão e pegando a toalha da sua mão.O dono veio e pediu milhões de desculpa mas fiquei o tempo todo de cabeça baixa, Heitor estava furioso e pelo oque ouvi o coitado do garçom ainda iria ser demitido por causa dele, esse homem era um monstro.Ele quase me fez voar até o carro e me jogou dentro do mesmo, entrou fe