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Gabi narrando

Faz dois dias que eu estava trancada em um quarto sem ver ninguém, era um apartamento enorme pelo pouco que eu vi. Não foi nem Heitor que me trouxe nele e sim Marcos e um outro segurança e era um ou outro que acompanhava a senhora que sempre me trazia comida.

Meus pensamentos sempre era minha filha e em minha mãe, quando eu estava com a Carla pelo menos eu conseguia m****r dinheiro para elas, por isso tentava fazer o máximo de programas por noite,porque pelo menos eu sabia que de alguma forma eu ajudava elas. Minha mãe não iria conseguir sozinha dar conta de tudo, comprar roupas, remédios, comida para Alana e ainda pagar água , luz e IPTU da casa. Mas eu tinha medo de perguntar para Heitor ou pedir isso à ele, a verdade é que eu não vi mais ele depois do dia que eu cheguei.

A porta se abre e ele entra, eu estava sentada na cama de cabeça baixa e logo ergo o meu olhar para o mesmo que estava de braços cruzados parado na porta.

- Isso aqui é para você - Ele diz me entregando uma sacola de alguma loja - Se arruma porque você vai sair comigo.

- Para onde? - Eu pergunto curiosa.

- Não te interessa - Ele diz me olhando - Você só precisa ficar pronta rápido - Ele fala grosso e eu apenas assinto, a minha língua era mais afiada do que eu e as palavras saiam rápido . Ele sai do quarto e eu abro a sacola, dentro tinha um vestido preto e um salto alto e algumas maquiagens.

Tomo um banho rápido, e escovo os meus cabelos, faço uma maquiagem leve, e coloco o vestido e os sapatos de salto alto , o vestido era bem colocado e deixava o meu corpo todo modelado nele, e eu odiava me vestir assim, salto então, não tem coisa melhor do que uma havaianas.

- Esta pronta? - Ele diz abrindo a porta e eu reparo que ele estava de terno.

- Sim - Falo me levantando e ele me olha de cima à baixo.

- Então vamos - Ele diz e eu vou em direção a porta, parecia não ter ninguém no apartamento e descemos até o carro em silêncio  - Qualquer graça sua você já sabe, você só precisa sorrir e concordar com tudo. - ele abre a porta do carro para que eu entre e antes de fechar me encara.

- Ok, eu não vou fazer nada  - Eu falo para ele e ele fecha a porta do carro.

- Para todos nós conhecemos a quatro meses no Brasil - Eu olho para ele sem entender o para todos - Nos apaixonamos e foi  amor a primeira vista e agora vamos casar.

- Casar? - Eu falo incrédula e ele me encara.

- Pode deixar que a festa eu deixo você planejar - Ele diz encarando a estrada e eu me mantenho em silêncio.

Até agora ele não disse qual era as suas intenções em ter me comprado por um valor tão alto da aquele jeito, na realidade nunca trocamos mais de meia palavras sem ser ele me ameaçando e ele nem tentou me levar mais para cama. Isso tudo era tão estranho.

Eu tinha medo das suas intenções e oque ele planejava

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Heitor narrando

Ela se manteve em silêncio depois o caminho inteiro. Hoje era a janta com os sócios da empresa, na qual eu iria comprar, meu objetivo era virar governador e para isso eu tinha que ter uma esposa, casar e futuramente ter filhos, os eleitores amavam isso.

Quando eu vi ela eu tive certeza que ela  era a pessoa certa para isso, mas depois veio com toda a sua marra e eu larguei de mão, mas não sei porque, algo me fez desistir assim que eu vi a foto da sua filha, não sei se foi por pena ou algo assim, mas o ponto fraco dela era a filha e usando isso eu teria ela sempre nas minhas mãos, e assim eu ia moldar ela para ser a mulher de um governador perfeita e invejada.

- Me dê a mão - Falo para ela assim que descemos do carro, passamos pelos repórter e fotógrafos que enchia o saco o tempo inteiro, ela se manteve em silêncio e entramos.

- Heitor González - Pietro diz me cumprimentando  - E essa jovem?

- Pai essa é a Gabriela minha namorada - Eu falo e a mesma apenas sorri e cumprimenta ele toda sem graça.

- Sua mãe vai adorar conhecer ela - Ele diz olhando ela de cima à baixo.

- E a onde ela está?  - Eu pergunto para ele e olhando pela festa.

- Ela não conseguiu tempo para está aqui hoje  - Ele fala e eu assinto apenas com a cabeça.

Esses jantares normalmente são chatos , um monte de gente falando e dando conselhos inúteis, Gabriela se manteve em silêncio  o tempo inteiro e apenas sorria ou concordava quando alguém falava algo para ela, exatamente como tinha combinado.

- Eu acho que eu estou passando mal - Ela sussurra  e eu a encaro vendo que ela estava toda vermelha.

- Ela deve ter alergia a camarão - Uma senhora que estava na mesa fala - Precisa levar ela para o médico urgente.

Gabriela começa a passar mal, e cada vez ficava mais vermelha ela começa a ficar com falta de ar e eu pego ela no colo e corro com ela para o hospital, só me faltava morrer por causa de uma alergia agora.

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