#Gabriela narrando
Não demorou muito para que o Marcos entrasse pela porta, ele deixou uma sacola com roupa, eu me arrumo e logo ele volta com dois seguranças e me leva para um carro, a onde não conseguia enxergar nada no lado de fora, eu abaixo a minha cabeça e começo a chorar.
Era muito difícil descrever oque eu sentia nesse momento, era uma dor tão grande misturado com muito medo, era isso que resumia os meus dias e agora sem saber oque seria da minha vida eu tinha mais medo ainda. Ainda por cima Heitor tirou à única coisa que eu tinha para lembrar da Alana, que me dava força para continuar de cabeça erguida porque muitas vezes eu tinha vontade de desistir de tudo e acabar com todo esse sofrimento.
-Fica sentada aí é nao sai - Marcos disse assim que me joga em uma poltrona.
Ele tinha me tirado da aquele quarto e me levado para um apartamento ou para um hotel, não consegui identificar já que estava tão nervosa .
Fiquei ali sentada por algum tempo esperando que alguém entrasse pela porta mas ninguém entrou, olhei para o relógio que marcava 4h da manhã, e já fazia 3 dias ou 4 que eu não comia nada, minha barriga estava roncando, olho para mesa que tinha algumas frutas, mas e o medo que alguém ou até ele mesmo entrasse por essa porta me fez não pegar nenhuma delas para comer.
Eu estava tão cansada mas tão cansada e aos poucos o sono foi me pegando, e eu acabei adormecendo no sofá mesmo.
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Abro os olhos e reparo que eu estava deitada na cama e que eu estava coberta , sento na cama e reparo que eu estava sendo vigiada, coloco a mão na cabeça e tento identificar a pessoa até que vejo que era Heitor.
- Boa tarde - Escuto a sua voz , estava com uma dor de cabeça horrível e a minha cabeça girava - Você está se sentindo bem? - tento assentir com a cabeça mas minha cabeça doía muito, eu estava vendo tudo dobrado e tudo isso era fome.
- Será que eu posso comer alguma coisa ? - Eu pergunto para ele em quase um sussurro e com medo da sua resposta.
- Tem comida na mesa - Ele diz apontando para a mesa e eu encaro a mesa vendo que tinha bastante comida por lá.
- Obrigada - Eu falo engolindo seco, mas continuo na cama, esperando que ele falasse se eu poderia ir lá comer ou não.
- Você não está com fome ? - Ele fala e eu olho para ele - Pode ir comer - ele diz e me encara indo até a mesa , sentando e comendo - Fazia quantos dias que você não comia? - Eu o encaro sem reação .
- Quatro dias - Eu falo para ele tomando um copo de água já que também estava morrendo de sede.
- Suas roupas estão em uma mala no banheiro - Ele diz se levantando -Depois que você comer, toma um banho que iremos pegar estrada.
-Ta bom - Eu falo baixo para ele.
Ele continuou pelo quarto mas não falou mais nada, ele ficou mechendo em seu notebook, mas sempre com os olhares encima de mim, e eu estava morrendo de medo, na verdade eu estava apavorada.
(..)
- Me de suas mãos - Marcos diz colocando algemas nas minhas mãos - Agora entra - Ele diz abrindo a porta do carro e eu entro , ele colocou um pano na minha boca - Se comporta menina, se não te coloco para dormir. - Eu apenas assinto com a cabeça.
Logo Heitor e a tal mulher entraram no carro também, mas todos em silêncio, e eles simplesmente ignoraram a minha presença ali o caminho inteiro.
O caminho todo eu fui desviando o meu olhar para a janela, fazia horas já dentro desse carro e sei lá para onde estamos indo, eles conversavam algumas coisas aleatórias mas que fazia questão de nem escutar.
- O que aconteceu? - Heitor pergunta assim que o carro se treme inteiro.
- Furou o pneu - O motorista fala - Vão ter que descer todos para poder trocar ele.
- Essas ruas também - Leandra fala indignada.
- Não podemos descer com ela desse jeito - Marcos fala para Heitor que me encara.
- Pode soltar ela - Heitor diz - Tenho certeza que ela não vai criar problemas - Ele diz me encarando - Não é mesmo Gabi? - Eu o encaro mas não faço sinal nenhum.
Marcos tira a mordaça da minha boca e abre as algemas, e aí que sinto uma dor forte nos meus pulsos e também reparo que eles estão marcado já que elas estavam bem apertadas.
- Fica sentada aí - Marcos fala e eu sento em um banco a onde deveria ser uma parada de ônibus, mas isso aqui tudo era mato , não sei se deveria ter gente que morava aqui por perto ou não, estava muito quente , dentro do carro não dava para reparar por causa do ar condicionado.
- Você quer água? - Leandra diz sentando do meu lado e me estendendo uma garrafa de água, olho para a garrafa e para ela desconfiada - Ela está lacrada não tem como ninguém ter colocado nada dentro dela. - Ela estende a garrafa em minha direção.
- Obrigada - Digo pegando a garrafa e tomando um pouco de água já que eu estava morrendo de sede.
- Você quer um conselho? - Ela diz me olhando e eu apenas encaro ela em silêncio - Não mede forças com ele não, porque se você fizer isso, você vai ser dar muito mal, do mesmo jeito que ele te comprou, ele te joga de volta no mesmo buraco que você saiu.
Eu a encaro em silêncio e percebo que ele encarava nós duas, tomo mais um gole de água.
- Pneu trocado - O motorista diz - Podemos seguir viagem.
- Me dê as mãos - Marcos diz com as algemas na mão.
- Deixa ela sem - Leandra diz e Heitor encara ela - Heitor elas estão apertadas e ela não vai tentar nada. - Ela olha para ele.
- Se ela tentar algo, a responsabilidade cai sobre você - Ele diz sério e Marcos me leva para dentro do carro.
Gabi narrandoFaz dois dias que eu estava trancada em um quarto sem ver ninguém, era um apartamento enorme pelo pouco que eu vi. Não foi nem Heitor que me trouxe nele e sim Marcos e um outro segurança e era um ou outro que acompanhava a senhora que sempre me trazia comida.Meus pensamentos sempre era minha filha e em minha mãe, quando eu estava com a Carla pelo menos eu conseguia mandar dinheiro para elas, por isso tentava fazer o máximo de programas por noite,porque pelo menos eu sabia quede alguma forma eu ajudava elas. Minha mãe não iria conseguir sozinha dar conta de tudo, comprar roupas, remédios, comida para Alana e ainda pagar água , luz e IPTU da casa. Mas eu tinha medo de perguntar para Heitor ou pedir isso à ele, a verdade é que eu não vi mais ele depois do dia que eu che
Gabi narrando Eu estava meio sonolenta com a quantidade de remédio que eu tinha tomado.- A alergia já amenizou - O médico falava para Heitor que estava do meu lado , foi o camarão que me deu alergia , só mais algumas horas em observação e você já vai poder ir para casa - Ele fala agora me olhando e eu assinto com a cabeça.- Obrigado doutor - Heitor diz para ele. - Tenho certeza que isso não vai acontecer de novo. - O doutor assente e sai da sala.Ficamos ali em silêncio, Heitor digitava alguma coisa em seu celular e eu prestava atenção na televisão que estava em inglês e a sorte era que antes de vir para cá, Carla me pagou um curso básico de inglês , at&e
Gabriela narrando Depois de passar quase a noite toda no hospital por causa da alergia, tomando soro e sobre os cuidados dos médicos, a gente chegou em casa. Heitor demonstrou que estava preocupado o tempo todo, mas eu não sabia se ele realmente estava preocupado ou se ele estava fingindo para os outros.Assim que ele sai do quarto eu vou para o banheiro e tiro toda a minha roupa e entro de baixo do chuveiro, eu ainda tinha que tomar alguns remédios para evitar qualquer complicação por causa da alergia , mas dois dias já não tinha mais sintomas nenhum e nem manchas, segundo o médico.Começo a ensaboar o meu corpo inteiro, quando sinto suas mãos pegando na minha cintura, paraliso e arregalo os olhos na mesma hora.
Gabi narrando Um mês aqui trancada nesse quarto, sem poder ver nem à luz do sol, ele chegava todas as noites e eu tinha que está pronta para ele me usar, esperava toda noite ele com alguma lingerie ou camisola, já que era só isso que tinha dentro do closet e eu não podia nem pensar em pegar uma roupa dele para vestir. Hoje eu estava morrendo de frio e eu não poderia pegar nada para vestir para me esquentar , muitas vezes passava frio o dia inteiro porque tinha que ficar apenas de camisola que eram curtas e desconfortáveis.- Boa noite - Ele diz entrando no quarto.- Boa noite - Eu falo para ele em um tom baixo , eu só respondia ele quando ele se dirigia a palavra comigo , quando ele falou que não queria que eu falasse mais nada ele estava falando sério.<
Heitor narrando Saio do banho e ela continuava dormindo, encosto a minha mão na sua testa e a febre já tinha baixado, coloco a minha calça e saio do quarto trancando a porta.Daqui a pouco iria começar os meus eventos políticos e eu precisava ter Gabriela bem submissa à mim.- Bom dia - Falo para Leandra que estava sentada tomando café.- Bom dia - Ela responde com um tom de voz baixo.Leandra e Marcos são meus irmãos, Leandra morava comigo, mas Marcos não, meus pais moravam aqui perto também.- Ela melhorou? - Leandra pergunta.- Parece que sim - Eu respondo - Por favor leve o café dela lá - Fal
Gabriela narrandoSe a intenção dele era que eu tivesse medo dele, ele conseguiu me ter em suas mãos.- Desculpa senhora - O garçom fala assim que sem querer vira a taça de vinho na minha roupa, no impulso ele pega a toalha e limpa a minha blusa.- Não precisa ,está tudo bem - Eu falo vendo a cara que Heitor tinha ficado.- Mas - Ele diz tentando ajudar.- Pode deixar que eu limpo - Eu falo tocando em sua mão e pegando a toalha da sua mão.O dono veio e pediu milhões de desculpa mas fiquei o tempo todo de cabeça baixa, Heitor estava furioso e pelo oque ouvi o coitado do garçom ainda iria ser demitido por causa dele, esse homem era um monstro.Ele quase me fez voar até o carro e me jogou dentro do mesmo, entrou fe
Gabriela narrandoHeitor entra no quarto bastante estranho, depois da noite que ele me levou para aquela cabana eu nunca mais o desafiei.Eu estava submissa a todas às suas ordens, o medo dele fazer algo contra a minha filha e minha mãe era maior do que tudo, ele sempre me lembrava que tinha o controle da situação e delas também.- Oque você está pensando? - Ele pergunta parando na minha frente e eu levanto o olhar para ele, eu tinha acostumado que toda vez está de cabeça baixa.- Nada não - Eu falo para ele.- Gabriela - Ele fala me encarando , ele gostava de me controlar o tempo inteiro, ele jogava comigo 24h por dia e eu tinha que entrar no seu jogo, porque ele sempre tinha que sair vencendo.- Na minha filha apenas - Eu falo para ele que parece pensar em algo.
Gabi narrando Estava insuportável ficar nesse jantar, , estava no mesmo lugar de todos que me trouxeram para esse inferno.Eu me sentei em um canto do sofá e ali fiquei olhando para o nada, enquanto eles andavam pela casa, conversando e bebendo, encontrei uma revista e peguei e logo comecei a folhear ,mas não entendia nada porque estava em francês ,mas mesmo assim estava olhando para distrair a minha cabeça.Carla me olhava de canto o tempo todo, algumas vezes jogou piadinha mas não revidei porque não queria problemas e Heitor estava sempre observando com um olhar misterioso enquanto conversava com ela ou com Marcelino.- Está chato isso - Leandra diz sentando do meu lado, ela nunca falava comigo, apenas quando o irmão mandava - Você não quer b