#Gabriela narrando
Hoje era o dia do leilão, dois dias aqui e não recebemos comida e nem bebida, recebemos hoje cada uma um kit com algumas roupas íntimas e estamos fazendo fila para conseguir tomar banho e se arrumar, a gente sempre estava sobre olhares de seguranças armados.
O nome do cara que queria me comprar eu não descobri, ele também não mandou eu subir mais,ele deve ter ficado com uma raiva enorme de mim.
Estava tão nervosa e apavorada que eu não sabia oque fazer e nem como pensar, a verdade é que quando estamos em um lugar como esse a gente perde vontade própria e comando sobre a nossa própria vida. Era como se a gente não existisse mais e apenas existisse a garota que eles queriam.
#Heitor narrando
- Marcelino quer falar com você - Leandra diz entrando no escritório.
- Ele quer me convencer a comprar aquela garota - Eu falo para ela que me encara , aquela menina era muito atrevida fiquei com tanta raiva dela, mas também adorava desafios.
- Oque ela fez mesmo? - Ela pergunta - Para você que estava tão animado desistir tão fácil dela assim - só se você ainda não desistiu - Ela diz abrindo um sorriso.
- Ela deu um chute nas minhas bolas - Eu falo rindo - E ainda falou que queria que ser vendida para qualquer velho do que para mim. - Eu dou de ombros.
- Uau - Leandra diz com um sorriso no rosto- Ela mexeu com o seu ego, se ser vendida para você é a pior coisa para ela , porque você não compra então - Ela fala e eu acabo pensando nessa idéia .
- Não quero nada para me incomodar agora não - Falo para ela que acaba assentindo - Talvez eu pense , não sei - Ela me olha rindo e sai do escritório.
Eu precisava achar alguém que já fosse "domesticada " e não uma que eu teria que fazer isso, só para arrumar confusão para minha cabeça.
Leandra volta abrindo a porta e eu à encaro.
- Lembra que Marcelino disse que ela tinha um ponto fraco, a filha dela - Leandra diz se sentando - Talvez voce usando isso ao seu favor não seja tão difícil. - Ela arqueia a sombrancelha .
- Quantos anos tem a filha dela? - Eu pergunto interessado.
- 1 ano - Ela fala - O nome dela é Alana. - Ela me mostra a foto da menina.
- Nome bonito - Eu falo para ela. - Ela é muito parecida com a mãe. - Leandra sorri.
(..)
A casa já estava ficando cheia com tantos homens que chegava, as meninas já estão circulando com as suas " Cafetinas " , e eu observava tudo do andar de cima, de longe observo Carla com Gabriela que estava com a cara amarrada. Carla estava discutindo com ela, a menina era tão atrevida que não dava o braço a torcer em nenhum momento, ela não abaixava a cabeça de jeito nenhum.
- Vai por mim que você não vai se arrepender - Marcelino diz chegando perto, ele me ofereceu ela por um preço tão alto porque sabia que nenhum aqui iria pagar isso, a não ser eu, E assim iria fazer eles ganharem a noite. - Essa é a filha dela - Ele diz me entregando a foto de uma criança.
A menina era linda, e era a cara da mãe.- Oque vai acontecer com essa criança quando ela for vendida ? - Eu pergunto segurando a foto.
- Você sabe - Ele fala e eu assinto, quem comprar ela vai passar a ter controle da vida dessa criança e da mãe dela, e qualquer besteira que ela cometesse custaria a vida das duas , e do jeito que essa menina e atrevida, isso era um risco grande.
#GABRIELA narrando
- Desmancha essa cara e abre um sorriso - Carla diz enquanto a gente andava pela sala da casa.
- Jura que você tá pedindo para que eu fique sorrindo? - Eu falo para ela e ela me olha furiosa.
- Você deveria se preocupar com a vida da sua filha lá no Brasil - Ela diz enquanto me levava até um canto - Vamos ficar aqui - Ela diz me colocando do lado de uma mesinha e olho para o lado vendo que outras meninas estavam posicionadas ali também - Sua filha amou a boneca nova que a tia Carla mandou para ela.
Eu a encaro em silêncio, e decido parar de enfrentar ela, eu não conseguia me segurar e acabava perdendo a noção de tudo.
- Carla - Olho para frente e vejo ele chegando até nos , e eu o encaro com a cara fechada.
- Heitor - Ela diz sorrindo, e agora eu encarava ela e depois ele, então ele era o Heitor oque comandava tudo e oque queria me comprar.
- Já vamos começar o leilão - Ele diz me olhando e eu desvio o olhar - Voce será a última como combinado - Ela abre um sorriso para ele e eu acabo descobrindo o seu nome.
O olhar de Heitor para em mim e eu o encaro da mesma forma que ele me olhava, alguns segundos assim até que ele desvia seu olhar para Carla novamente.
- Obrigada querido - Ela fala para ele e ele sai . - Tenho certeza que você terá a melhor oferta - Ela fala sorrindo.
- Vamos nos posicionar - Marcelino diz para ela que assente.
Todas estão em fila para entrar no palco e aquilo era humilhante de mais, uma por uma era chamada, e os lances sempre começava com 100 mil, 200 mil, isso era ridículo,era ridículo de mais e muito humilhante. Como eles tratavam a gente como um pedaço de carne , como uma mercadoria.
#Gabriela narrando- Quero você sorrindo lá encima - Carla diz para e eu encaro cada uma que subia lá - Pensa na sua filha Gabriela - Ela tentava atormentar a minha cabeça me mostrando um vídeo de Alana brincando com uma boneca e uma lagrima desce do meu rosto e eu abaixo a cabeça - Ergue a cabeça Gabriela - Ela diz levantando a minha cabeça com a sua mão em meu queixo.- Não se preocupe que eu vou dar o meu melhor sorriso lá encima - Falo para ela que guarda o celular e dar um sorriso satisfeito.Ja estava chegando a minha vez, tinha cinco na minha frente. E era rápido, durava menos de dez minuto, mas era os dez minutos mais longo para quem ficava ali encima sendo exposta a um bando de homens nojentos, enquanto esperava a minha vez ás lembra
# Gabriela narrandoEstava já algum tempo na aquela sala escura sentada em um sofá que tinha ali, eu já estava passando mal de tanta fome e sede, eu também estava muito cansada e com frio. Reparo que tinha uma pequena janela aberta e já era noite e estava entrando um vento frio.Pego um banco que tinha no canto da sala e subo encima para tentar fechar a janela, fico na ponta dos pés mas eu não alcançava, eu suspiro tentando fecharbela ou olhar para fora mas não conseguia. Levo um susto quando escuto à sua voz.- Deixa que eu fecho - Heitor fala e me desequilíbrio assim que escuto a sua voz, a sorte foi que ele me segurou.- Você poderia ter se machucado - Ele diz me colocando sentada no sofá.- Obrigada - Falo para ele que me encarava com o semblante fechado , ele era
#Gabriela narrandoNão demorou muito para que o Marcos entrasse pela porta, ele deixou uma sacola com roupa, eu me arrumo e logo ele volta com dois seguranças e me leva para um carro, a onde não conseguia enxergar nada no lado de fora, eu abaixo a minha cabeça e começo a chorar.Era muito difícil descrever oque eu sentia nesse momento, era uma dor tão grande misturado com muito medo, era isso que resumia os meus dias e agora sem saber oque seria da minha vida eu tinha mais medo ainda. Ainda por cima Heitor tirou à única coisa que eu tinha para lembrar da Alana, que me dava força para continuar de cabeça erguida porque muitas vezes eu tinha vontade de desistir de tudo e acabar com todo esse sofrimento.-Fica sentada aí é nao sai&n
Gabi narrandoFaz dois dias que eu estava trancada em um quarto sem ver ninguém, era um apartamento enorme pelo pouco que eu vi. Não foi nem Heitor que me trouxe nele e sim Marcos e um outro segurança e era um ou outro que acompanhava a senhora que sempre me trazia comida.Meus pensamentos sempre era minha filha e em minha mãe, quando eu estava com a Carla pelo menos eu conseguia mandar dinheiro para elas, por isso tentava fazer o máximo de programas por noite,porque pelo menos eu sabia quede alguma forma eu ajudava elas. Minha mãe não iria conseguir sozinha dar conta de tudo, comprar roupas, remédios, comida para Alana e ainda pagar água , luz e IPTU da casa. Mas eu tinha medo de perguntar para Heitor ou pedir isso à ele, a verdade é que eu não vi mais ele depois do dia que eu che
Gabi narrando Eu estava meio sonolenta com a quantidade de remédio que eu tinha tomado.- A alergia já amenizou - O médico falava para Heitor que estava do meu lado , foi o camarão que me deu alergia , só mais algumas horas em observação e você já vai poder ir para casa - Ele fala agora me olhando e eu assinto com a cabeça.- Obrigado doutor - Heitor diz para ele. - Tenho certeza que isso não vai acontecer de novo. - O doutor assente e sai da sala.Ficamos ali em silêncio, Heitor digitava alguma coisa em seu celular e eu prestava atenção na televisão que estava em inglês e a sorte era que antes de vir para cá, Carla me pagou um curso básico de inglês , at&e
Gabriela narrando Depois de passar quase a noite toda no hospital por causa da alergia, tomando soro e sobre os cuidados dos médicos, a gente chegou em casa. Heitor demonstrou que estava preocupado o tempo todo, mas eu não sabia se ele realmente estava preocupado ou se ele estava fingindo para os outros.Assim que ele sai do quarto eu vou para o banheiro e tiro toda a minha roupa e entro de baixo do chuveiro, eu ainda tinha que tomar alguns remédios para evitar qualquer complicação por causa da alergia , mas dois dias já não tinha mais sintomas nenhum e nem manchas, segundo o médico.Começo a ensaboar o meu corpo inteiro, quando sinto suas mãos pegando na minha cintura, paraliso e arregalo os olhos na mesma hora.
Gabi narrando Um mês aqui trancada nesse quarto, sem poder ver nem à luz do sol, ele chegava todas as noites e eu tinha que está pronta para ele me usar, esperava toda noite ele com alguma lingerie ou camisola, já que era só isso que tinha dentro do closet e eu não podia nem pensar em pegar uma roupa dele para vestir. Hoje eu estava morrendo de frio e eu não poderia pegar nada para vestir para me esquentar , muitas vezes passava frio o dia inteiro porque tinha que ficar apenas de camisola que eram curtas e desconfortáveis.- Boa noite - Ele diz entrando no quarto.- Boa noite - Eu falo para ele em um tom baixo , eu só respondia ele quando ele se dirigia a palavra comigo , quando ele falou que não queria que eu falasse mais nada ele estava falando sério.<
Heitor narrando Saio do banho e ela continuava dormindo, encosto a minha mão na sua testa e a febre já tinha baixado, coloco a minha calça e saio do quarto trancando a porta.Daqui a pouco iria começar os meus eventos políticos e eu precisava ter Gabriela bem submissa à mim.- Bom dia - Falo para Leandra que estava sentada tomando café.- Bom dia - Ela responde com um tom de voz baixo.Leandra e Marcos são meus irmãos, Leandra morava comigo, mas Marcos não, meus pais moravam aqui perto também.- Ela melhorou? - Leandra pergunta.- Parece que sim - Eu respondo - Por favor leve o café dela lá - Fal