Gabriela narrando
Eu ainda não acreditava que eu tinha caído nessa furada, eu que sempre me achei esperta para tudo. Mas eu sempre tive o sonho e a força de vontade de dar uma vida melhor para minha filha e para minha mãe, fiquei cega achando que essa era à oportunidade certa para isso. Respiro fundo e tento me manter calma, fecho os olhos e a imagem da Alana me chamando me vem na cabeça e uma lágrima desce pelo meu rosto.
- Flash Black On
- Mamãe - Alana dizia no meu colo enquanto eu me despedia dela. Doía muito deixar a minha filha para trás, mas eu precisava ir em busca de uma vida melhor para ela. Eu engravidei da Alana aos 14 anos de idade e o pai sumiu quando contei da gravides .
- A mamãe volta rápido, eu prometo eu falo abraçando ela bem forte - A vovó vai cuidar de você - Eu encaro ela segurando as lágrimas.
- Dona Zenaide prometo que vou cuidar da sua filha - Carla diz, era quem estava me ajudando e me levando para Las Vegas para trabalhar em um cassino do seu irmão.
- Eu sei Carla sei que você vai cuidar muito bem da minha menina - Minha mãe disse para ela com um sorriso no rosto .
-Flash Black off
Seguro o colar a onde tinha a foto da minha filha e começo a chorar, fazia duas semanas que eu estava nesse inferno.
Carla tinha me prometido um emprego de garçonete , e no final, eu virei uma prostituta na sua boate, não só eu mas como várias outras meninas, somos obrigadas a ficar aqui, e se tentar fugir eles nos ameaçam e a nossa família também, Carla vivia me mostrando as fotos de Alana e da minha mãe oque deixava o meu coração bem apertado, mas eu precisava proteger elas e por isso abaixava a cabeça e aguentava tudo.
- Chorando Gabriela ? - Carla entra no quarto a onde eu estava limpando, de noite a gente era prostituta e durante o dia faxineira da boate. - Eu já falei que se você ficar chorando você vai criar rugas e vai ficar feia - Ela diz segurando o meu queixo e com um sorriso debochado no rosto.
- Me larga - Eu falo tirando a sua mão de mim e ela se afasta.
- Você anda muito abusada - Ela diz fechando a cara - Eu acho que eu vou te que te dar um corretivo - Ela diz levantando a mão mas eu seguro, olho para os lados e vejo que a casa está em silêncio, e era a oportunidade de Eu me vingar dessa desgraçada. – Oque você acha que está fazendo? – Ela diz encarando a minha mão segurando à dela.
- Oque eu deveria ter feito quando cheguei aqui – Eu falo empurrando ela e fazendo ela cair no chão.
Pego ela pelo cabelo e bato a sua cabeça contra a cama, pulo por cima dela e começo a socar a sua cara.
- Sua vagabunda sai de cima de mim - Ela gritava e eu continuava batendo nela – Eu vou te matar Gabriela – Ela gritava desesperada a cada soco que eu dava em seu rosto, eu estava com tanta raiva que não conseguia pensar em mais nada.
- Você me enganou sua filha da puta - Eu falo gritando com tanta raiva - Entrou na minha casa, enganou a minha mãe, me enganou - Eu dou mais um soco em seu rosto .
- Socorro - Ela gritava e eu continuei batendo nela sem me importar com os seus gritos e que daqui a pouco alguém iria aparecer - Alguém me ajuda - Ela gritava e eu batia nela com mais força, até que sinto alguém me puxando, só que eu estava com tanta raiva que acabo criando forças não sei da onde para a pessoa que tentava me agarrar me soltar.
- Oque está acontecendo aqui? - Escuto a voz de Marcelino o " namorado " de Carla que entra no quarto a onde a gente estava e vem correndo em nossa direção.
Sinto quando alguém me segura e era uma pessoa mais forte agora , e outro coloca um pano no meu rosto que tinha um cheiro forte e eu acabo adormecendo.
(..)
Acordo com alguns sons distantes e vou abrindo os olhos devagar , quando vejo uma pessoa na minha frente e aos poucos vai se revelando a Carla.
- Você achou que iria me bater e ia ficar por isso mesmo ? - Ela diz com um tom de voz raiva.
Abro bem os olhos assustada e tento me mover, mas percebo que eu estava amarrada em uma cadeira, e amordaçada e encaro um homem sentado mais para o fundo com uma arma na mão, ele me encarava como se eu fosse um pedaço de carne.
- Gabriela né - Ele diz e eu engulo seco quando ele caminha em minha direção com a arma na mão - Você é corajosa em - Ele diz com um sorriso fraco - De todas que já passaram por aqui, é a primeira que vai morrer por ter batido na Carla - Ele diz rindo e vindo em minha direção e eu me arrepio inteira - Prometo que vai ser rápido a sua morte.
Eu balanço a minha cabeça em sinal de negação, e começa a descer as lágrimas pelo meu rosto, se eu tivesse escutado a minha mãe desde nova, Eu não estaria nesse lugar jamais.
Gabi narrando Encaro o homem na minha frente que eu nunca tinha visto ele nesses dias ,ele abaixa a arma e me encara rindo.- Pode ter certeza que você não vai morrer sem sofrer - Ele diz me fazendo arregalar os olhos para ele e ele sai e fecha a porta e me deixa ali amarrada.Encaro o teto por várias horas , e ninguém entra de volta no quarto.- Gabriela Gabriela - Marcelino diz entrando junto com o homem de mais cedo - A sua sorte é que conseguimos acalmar a Carla - Ele fala tirando a mordaça da minha boca e eu o encaro.- Agora a gatinha esta sem língua - O cara diz e eu o encaro .- Deixa ela Marcos - Marcelino diz e eu os encaro - Eu acho que vou ter que te avisar pela última vez - Ele diz mostrando o telefone e v
Gabi narrandoEu tinha 14 anos quando eu fui para um baile funk com uma amiga , lá eu me envolvi com um cara que logo que eu contei que estava gravida me ameaçou de morte se eu voltasse lá, e desde ai minha mãe me ajudou. Meu pai eu nunca soube quem era, e minha mãe me criou sozinha, sempre fomos apenas eu e ela até Alana nascer. Ela me criou com muita dificuldade, e eu me arrependo por todos os desgosto que eu dei para ela nessa vida.Eu conseguia mandar algum dinheiro para ela, e eles só deixavam fazer isso, para que ninguém desconfiasse de nada, aqui era cobrado tudo, comida, roupa, água, tudo mesmo e para você pagar tudo isso e conseguir enviar uma quantidade de dinheiro razoável para o Brasil era no mínimo 4 programas por noite. O papo furado deles era que quando agente pagasse toda a nossa dívida, iriamos ser lib
#Gabi narrando- Anda desce - Um dos seguranças fala assim que chegamos, era uma casa enorme e que estava cheia de carros estacionados.- Leva ela para baixo junto com às outras - Carla diz para ele que assente- Para onde vocês vão me levar ? - Eu falo olhando para ela- Quer saber de mais - Ela fala e o segurança agarra o meu braço e eu puxo ele fazendo ele me soltar - Tá atrevida - Ela fala fazendo sinal e os dois seguranças me seguram - Você acha que que esqueci do que você fez? - Ela diz me encarando - Chegou a hora de você pagar pela surra que me deu. - Ela diz me dando um tapa na cara.- Pelo menos eu te dei uma surra - Eu falo para ela - Já você só consegue fazer isso se alguém tiver me segurando , sua covarde - Eu falo para ela que levanta a mão mas Marcelino à segura.- Não queremos confusão aqui agora Carla - Ele diz para ela que assente - Levem ela para baixo
#Gabriela narrandoJá estava anoitecendo e estamos todas aqui assustadas, eu estou aqui desde manhã cedo e muitas chegaram ontem e ninguém trouxe água e nem comida. Esse lugar era assustador.- Será que eles querem nos matar de fome ? - Mery pergunta.- Quase isso - Lúcia diz uma outra menina que estava ali - Eu não como faz dois dias.- Dizem que quem vem para esse leilão só come depois de ser vendida - Uma outra menina que não perguntei o nome fala e olhamos para ela.Isso aqui era mais que humilhação, isso aqui era uma tortura, a porta se abre revelando quatro seguranças e uma moça que eu vi junto com o cara que eu esbarrei no banheiro, ela olha para todas e seu olhar para em mim.- Você - Ela diz apontando - Você mesmo - Eu olho para ela - Você vem comigo.Eu fico encarando ela e não ando nem para frente e nem para trás.- Você vai vir por
#Gabriela narrando Hoje era o dia do leilão, dois dias aqui e não recebemos comida e nem bebida, recebemos hoje cada uma um kit com algumas roupas íntimas e estamos fazendo fila para conseguir tomar banho e se arrumar, a gente sempre estava sobre olhares de seguranças armados.O nome do cara que queria me comprar eu não descobri, ele também não mandou eu subir mais,ele deve ter ficado com uma raiva enorme de mim.Estava tão nervosa e apavorada que eu não sabia oque fazer e nem como pensar, a verdade é que quando estamos em um lugar como esse a gente perde vontade própria e comando sobre a nossa própria vida. Era como se a gente não existisse mais e apenas existisse a garota que eles queriam.#Heitor narrando
#Gabriela narrando- Quero você sorrindo lá encima - Carla diz para e eu encaro cada uma que subia lá - Pensa na sua filha Gabriela - Ela tentava atormentar a minha cabeça me mostrando um vídeo de Alana brincando com uma boneca e uma lagrima desce do meu rosto e eu abaixo a cabeça - Ergue a cabeça Gabriela - Ela diz levantando a minha cabeça com a sua mão em meu queixo.- Não se preocupe que eu vou dar o meu melhor sorriso lá encima - Falo para ela que guarda o celular e dar um sorriso satisfeito.Ja estava chegando a minha vez, tinha cinco na minha frente. E era rápido, durava menos de dez minuto, mas era os dez minutos mais longo para quem ficava ali encima sendo exposta a um bando de homens nojentos, enquanto esperava a minha vez ás lembra
# Gabriela narrandoEstava já algum tempo na aquela sala escura sentada em um sofá que tinha ali, eu já estava passando mal de tanta fome e sede, eu também estava muito cansada e com frio. Reparo que tinha uma pequena janela aberta e já era noite e estava entrando um vento frio.Pego um banco que tinha no canto da sala e subo encima para tentar fechar a janela, fico na ponta dos pés mas eu não alcançava, eu suspiro tentando fecharbela ou olhar para fora mas não conseguia. Levo um susto quando escuto à sua voz.- Deixa que eu fecho - Heitor fala e me desequilíbrio assim que escuto a sua voz, a sorte foi que ele me segurou.- Você poderia ter se machucado - Ele diz me colocando sentada no sofá.- Obrigada - Falo para ele que me encarava com o semblante fechado , ele era
#Gabriela narrandoNão demorou muito para que o Marcos entrasse pela porta, ele deixou uma sacola com roupa, eu me arrumo e logo ele volta com dois seguranças e me leva para um carro, a onde não conseguia enxergar nada no lado de fora, eu abaixo a minha cabeça e começo a chorar.Era muito difícil descrever oque eu sentia nesse momento, era uma dor tão grande misturado com muito medo, era isso que resumia os meus dias e agora sem saber oque seria da minha vida eu tinha mais medo ainda. Ainda por cima Heitor tirou à única coisa que eu tinha para lembrar da Alana, que me dava força para continuar de cabeça erguida porque muitas vezes eu tinha vontade de desistir de tudo e acabar com todo esse sofrimento.-Fica sentada aí é nao sai&n