O descontrole

Acordei com a mesma dor terrível na cabeça e em todo meu corpo. O calor me acariciava enquanto a claridade me acordava gradualmente. Eu abri meus olhos, me deparando com a claraboia trincada e lacrada com algo cobrindo-a do lado de fora.

Não havia a menor dúvida de onde eu estava.

Meu joelho esquerdo havia sido colocado em cima de um travesseiro e estava totalmente envolvido em ataduras. Havia curativos em meus arranhões dos tornozelos, braços e pescoço. Alguns machucados pequenos em meu rosto pulsavam, como se ele estivesse em chamas. E a faixa grande ainda se enrolava em minha cabeça como uma fita de cabelo. Ela latejava ao ponto de me sentir em meio a uma fanfarra.

Jonathan estava sentado na poltrona do espelho com aquele olhar de culpa direcionado ao chão, sem conseguir chegar até mim. Torci o nariz com sua presença e o fuzilei com toda minha raiva. Já que era tudo o que eu poderia fazer.

— Me desculpe. Não era para machucá-la. — Ele sussurrou tão baixo que eu só pude entender ao
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