O delírio

Senti o toque quente minha testa enquanto meu corpo tremia como se fosse inundado pelo frio. No entanto, eu estava queimando por dentro feito carvão em brasa. Conseguia sentir o suor frio em cada canto de mim, ensopando minhas roupas.

Abri os olhos e minha visão estava borrada, eu via manchas que tentavam se formar em frente a mim. Mas, infelizmente, sabia onde ainda estava. Sabia que era na enorme casa.

Entendi que, o que me tocava era a mão de John, ele analisava a temperatura de minha testa e eu não entendia porque sua mão estava pelando.

— Ela não está nada bem — disse sua voz preocupada. — Vou levá-la ao hospital!

— Mas senhor eles vão vê-la e conseguimos despistá-los ainda. — Eu não conhecia a dona da voz e era difícil identificar um rosto com minha visão turva. Minha cabeça ardia demais, enquanto sentia os tremores e calafrios.

— Ela está doente, não posso continuar… Vou matá-la sem querer isso. Não era nem para ela estar aqui… Meu Deus onde eu estava com a cabeça? Deveria ter
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