Capítulo 18

— Eu sempre digo para você avisar sempre que for chegar tarde! Depois vai dizer que eu falo muito, mas você não ouve, Vivi. Você não estava a sentir-se bem, que tivesse dito que foi para casa de Tânia descansar. Quando é que vão aprender a ouvir quando falo? — minha mãe falava e fazia pausas para formular melhor seu sermão.

Enquanto isso, eu ouvia com a atenção presa no seu traseiro e lembrava de tudo que me tinha acontecido naquele dia. Apoiava meu rosto nas mãos e sentia alguns dos meus sentidos ativos: audição quase esgotada pelas palavras que invadiam meus tímpanos de forma excessiva; o paladar necessitado que era obrigado a satisfazer-se com a saliva que saía tão insípida quanto o beijo de Weben; e o funcionamento excessivo da mente que chegava até a dar uma dorzona de cabeça. Não sabia nem se aquilo era um sentido, para mim tanto fazia.

— Me senti mal, mãe, e eu não tinha levado o telefone por isso não liguei e nem mandei mensagem

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