Capítulo 57

Fui ganhando a consciência na mesma lentidão com a qual respirava. Me custava abrir os olhos e um distante conflito vocal soava, antes mesmo que pudesse abrir os olhos, uma pontada no estômago se fez sentir de leve e foi acompanhada por uma dor intensa no mesmíssimo lugar de antes.

Eu alternava a atenção da dor ao misto de vozes no lugar que não exigiu muito para além de minha visão para perceber que estavamos no carro da minha mãe.

— Com quanto tempo ela está? — não soube identificar de quem era a voz.

— Isso não importa, agora. O sangue não para de sair e a única coisa que me preocupa é a saúde da minha filha e do seu bebé. — minha mãe me acariciava a cabeça enquanto pressionava uma toalha contra minha testa.

Parecia exausta e preocupada ao mesmo tempo, seus gestos eram desesperados como se me quisesse livrar da dor com oque fazia. A dor era imensa que me impossibilitava de abrir os olhos como devia, as pontas dos meus dedos

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