Saber que Evangeline estava na cidade e que eles tinham uma filha juntos, era torturante para Alec. Principalmente porque Audrey não deixava que ele se aproximasse delas. Não antes do aniversário de Antony. E aquilo o deixava minimamente aterrorizado. Alec sentia falta de Evangeline e de tê-la consigo, mas não era porque tinham passado dez anos, que os perigos haviam sumido. Depois que Blake morreu e Alec tomou a frente de todos os negócios, ele ficou visado pelo seu jeito de agir sem cautela. No dia em que a boate sofreu a batida policial, Alec conseguiu fugir pelo telhado, mas acabou batendo sua cabeça em uma barra de ferro que não tinha visto. Ele ficou desacordado por horas e confidenciou a Howard, que tivera um sonho naquele momento. Alec se via em um campo aberto e florido, sozinho, até que uma carruagem se aproximava. Evangeline descia daquela carruagem e caminhava até ele, com um sorriso lindo estampado no rosto. Ele disse que ela não falou nada, mas que quando se beijara
E quando Alec trombou sobre o corpo dela e fez com que os dois caíssem, foi exatamente o que aconteceu. Metade da festa parou de acontecer e ficou encarando os dois ex-amantes no chão. — Caramba, Alec! — Evie resmunga, sentindo uma pontada na parte de trás da cabeça. — Você não olha por onde anda? — Não quando o assunto é você. Eles estavam tão próximos, que apenas o vento seria capaz de passar naquele misero espaço. Alec arfou, controlou a vontade absurda que sentia de atacar os lábios de Evangeline e se levantou, esticando a mão para ela. Evie bateu na mão estendida de Alec e se levantou sozinha, passando a mão pelo vestido em seguida. — Que entrada triunfal. — Audrey ironiza, se aproximando de Evangeline. — Você está bem? — Tirando a dor excruciante na parte de trás da minha cabeça e todas essas pessoas estranhas me olhando, estou ótima. — Doce como um limão. — a loira ri, abraçando Evangeline. — Estou muito feliz por você estar aqui. — Você e Allegra sabem ser persuasivas
— Ai meu Deus... — Evie murmura, saindo dos braços de Alec. — Não era assim que eu imaginava essa conversa. — Engraçado... eu esperava que bagunçássemos a mesa mais uma vez. Evangeline reprime o riso e esconde o rosto nas mãos. Alec se aproxima e pega nas mãos dela, fazendo com que ela o olhe. — Eu te amo. Vamos recomeçar? — Alec, há muita coisa em aberto. Eu e Allegra temos uma vida em Londres. Você não pode achar que apenas um beijo fará com que eu largue tudo. Alec segurou seu rosto com as mãos e puxou gentilmente para mais perto dele. Seus lábios se encontraram em um beijo suave, que gradualmente se tornou mais intenso. Eles se entregaram à sensação, seus corpos se aproximaram enquanto se beijavam. Evangeline podia sentir o coração batendo forte no peito dele, enquanto suas mãos corriam pelas costas dela. O beijo contínuo, parecendo durar uma eternidade enquanto eles se perdiam na sensação. Quando finalmente quebraram o beijo para respirar, seus rostos ainda estavam
Sophie não abriu a boca em momento nenhum, já que ela tinha Dominique, como sua porta-voz. — O que você pensou? Que Alec ficaria sozinho pelo resto da vida dele? — mesmo que Evangeline não tenha falado nada, Dominique destilava o seu veneno. — Muito pelo contrário! Depois de buscas e mais buscas, ele finalmente encontrou a Sophie. A mulher perfeita para ele! A última coisa que Evangeline queria e precisava, era de uma briga com Dominique. Ela se limitou em apenas olhar para Alec e suspirar. — Vou embora. — Não, Evangeline... espera. Evangeline ergueu a barra do vestido e literalmente correu para longe daqueles três. Alec respirou fundo e decidiu resolver aqueles problemas, antes de ir atrás do seu grande amor. — Que merda você faz aqui? — É aniversário do meu neto. Jamais perderia. — Não estou falando com você, Dominique. — o olhar duro e frio de Alec, estava pousando em Sophie, que tentava inutilmente se esconder atrás de Dominique. — Eu pouco me importo com o que vo
— Eu queria ficar mais em Nova Iorque. — Allegra resmunga, quando ambas deixam um táxi na porta de seu prédio em Londres. — Não conheci nada do que gostaria. — Mamãe tem muitas coisas para resolver por aqui. Nova Iorque e tudo o que você ainda quer conhecer, estará lá quando voltarmos. — Alec também? Dentro do elevador, Evangeline olha para a sua filha, que tinha um sorriso travesso nos lábios. Ela não queria dar nenhuma esperança falsa para a menina, então apenas se limitou a sorrir e balançar a cabeça. Logo que ambas entram no apartamento, Evangeline largou sua mala ao pé da porta e retirou os sapatos. — Vou para o meu quarto! — Allegra diz, já subindo as escadas com seus pertences. — Tenho tantas coisas para contar a Olivia. — Sem muitos detalhes, Allegra. Nossa vida não é da conta de ninguém. — Nem mesmo da minha? Evangeline sente que seu coração vai sair pela boca, com o susto que tomou. Ela se virou e encontrou encostado na porta que dá para a cozinha, Jonah, seu ex. —
— Isso é tão injusto! Por que eu tenho que ir para uma festa do pijama idiota, ao invés da festa do vovô? — Eu realmente preciso responder? Allegra revira os olhos e cruza os braços, diante da pergunta da mãe. — Porque eu sou criança, mesmo que quase sempre não pareça. — ela repete a frase dita quase todo dia por Evangeline, quando Allegra cisma em pedir algo que não é apropriado para sua idade. — Já disse que é injusto? — Você adora ir para a casa da Sabrina e ficar todo o final de semana lá. Na festa do vovô só terá gente velha e chata. Eu mesma só vou, porque é importante para o seu avô. A miniatura de Evangeline coloca a mochila nas costas e agarra na barraca de camping, descendo as escadas atrás de sua mãe. — Os cookies estão quentinhos. — Evie diz, abrindo um dos potes para sentir o aroma do chocolate. — A mãe da Sabrina deve chegar a… — o celular de Evangeline toca, informando uma nova mensagem. — Olhe… deve ser ela. Evangeline acompanha Allegra até a porta e
Eles se encaram com um olhar penetrante, suas expressões faciais tensas e alertas. Nenhum deles sabe exatamente como o outro irá agir, mas ambos estão prontos para se defenderem caso seja necessário. O olhar de um é desafiador e determinado, enquanto o olhar do outro é cauteloso e calculista. Eles observam um ao outro atentamente, medindo as intenções e o comportamento do outro, procurando por qualquer sinal de fraqueza ou vulnerabilidade. Por um momento, o silêncio paira no ar enquanto ambos se encaram em um impasse tenso. Evangeline olhou de um para o outro, antes de revirar os olhos e fazer um estalo com os lábios. — Você não é meu marido. — ela diz para Jonah, que sequer retira os olhos de Alec. — Estamos em processo de divórcio. E você, — ela se vira para Alec, que sorria. — pode tirando esse sorriso da cara. Você não é meu namorado. Ainda estamos conversando. — Então você tem trocado mensagens com seu ex? — Jonah questiona, encarando Evangeline. — Não tem vergonha de
Logo que chegaram ao ápice e ambos se ajeitaram, Alec e Evangeline combinaram quem deixaria o banheiro primeiro. Alec decide fazê-lo e vai diretamente para o bar. Quando a ruiva faz o mesmo, ela encara o homem que estava na porta do banheiro e lhe dá um sorriso sem graça. Ela não conseguia parar de pensar que ele sabia exatamente o que tinha acontecido naquele banheiro. Depois de passar um considerável tempo com Samuel e notar que seu quase ex-marido não está mais por ali, Evangeline faz uma proposta a Alec. — Allegra passará o final de semana na casa de uma amiga... quer dormir no meu apartamento? Alec sorriu largamente com aquela pergunta. Então após se despedirem de Samuel, os dois vão para o carro de Evie e ela dirige rapidamente até seu prédio. Nenhum dos dois foram capazes de aguardar a chegada no quarto. Os sapatos e roupas começaram a ser tirados na sala, de modo que os dois já se encontraram nus, quando caíram na cama. A todo momento, eles se olhavam com amor e carinh