Allegra estava sentada no sofá, esperando que sua mãe se recuperasse do que tinha acontecido na mansão dos Castello. Quando Evangeline se sente confortável, ela deixa a cozinha e vai até a sua filha. Antes de se sentar, faz apenas uma pergunta: — Como soube? — Começou quando aprendi sobre genética na escola. Não tem como os seus olhos verdes, com os olhos castanhos do papai, deixarem os meus azuis. Evie sorri de lado. Embora esteja apavorada por Allegra ter descoberto aquilo e ido atrás da verdade sozinha, ela se alegrava com a esperteza da garota. — Então eu achei uma caixa com algumas lembranças e vi a foto dele. Do Alec. Os olhos azuis... lembrei que a senhora tinha ficado muito emotiva ao ver aquele mesmo homem, em uma notícia na TV. Evangeline relembra aquela sensação. Ao ouvir o nome de Alec, relacionado a uma troca de tiros em uma boate de prostituição, ela ficou apavorada. Era a primeira vez que ela ouvia o nome dele, depois de tantos anos e ainda tinha a probabilida
Saber que Evangeline estava na cidade e que eles tinham uma filha juntos, era torturante para Alec. Principalmente porque Audrey não deixava que ele se aproximasse delas. Não antes do aniversário de Antony. E aquilo o deixava minimamente aterrorizado. Alec sentia falta de Evangeline e de tê-la consigo, mas não era porque tinham passado dez anos, que os perigos haviam sumido. Depois que Blake morreu e Alec tomou a frente de todos os negócios, ele ficou visado pelo seu jeito de agir sem cautela. No dia em que a boate sofreu a batida policial, Alec conseguiu fugir pelo telhado, mas acabou batendo sua cabeça em uma barra de ferro que não tinha visto. Ele ficou desacordado por horas e confidenciou a Howard, que tivera um sonho naquele momento. Alec se via em um campo aberto e florido, sozinho, até que uma carruagem se aproximava. Evangeline descia daquela carruagem e caminhava até ele, com um sorriso lindo estampado no rosto. Ele disse que ela não falou nada, mas que quando se beijara
E quando Alec trombou sobre o corpo dela e fez com que os dois caíssem, foi exatamente o que aconteceu. Metade da festa parou de acontecer e ficou encarando os dois ex-amantes no chão. — Caramba, Alec! — Evie resmunga, sentindo uma pontada na parte de trás da cabeça. — Você não olha por onde anda? — Não quando o assunto é você. Eles estavam tão próximos, que apenas o vento seria capaz de passar naquele misero espaço. Alec arfou, controlou a vontade absurda que sentia de atacar os lábios de Evangeline e se levantou, esticando a mão para ela. Evie bateu na mão estendida de Alec e se levantou sozinha, passando a mão pelo vestido em seguida. — Que entrada triunfal. — Audrey ironiza, se aproximando de Evangeline. — Você está bem? — Tirando a dor excruciante na parte de trás da minha cabeça e todas essas pessoas estranhas me olhando, estou ótima. — Doce como um limão. — a loira ri, abraçando Evangeline. — Estou muito feliz por você estar aqui. — Você e Allegra sabem ser persuasivas
— Ai meu Deus... — Evie murmura, saindo dos braços de Alec. — Não era assim que eu imaginava essa conversa. — Engraçado... eu esperava que bagunçássemos a mesa mais uma vez. Evangeline reprime o riso e esconde o rosto nas mãos. Alec se aproxima e pega nas mãos dela, fazendo com que ela o olhe. — Eu te amo. Vamos recomeçar? — Alec, há muita coisa em aberto. Eu e Allegra temos uma vida em Londres. Você não pode achar que apenas um beijo fará com que eu largue tudo. Alec segurou seu rosto com as mãos e puxou gentilmente para mais perto dele. Seus lábios se encontraram em um beijo suave, que gradualmente se tornou mais intenso. Eles se entregaram à sensação, seus corpos se aproximaram enquanto se beijavam. Evangeline podia sentir o coração batendo forte no peito dele, enquanto suas mãos corriam pelas costas dela. O beijo contínuo, parecendo durar uma eternidade enquanto eles se perdiam na sensação. Quando finalmente quebraram o beijo para respirar, seus rostos ainda estavam
Sophie não abriu a boca em momento nenhum, já que ela tinha Dominique, como sua porta-voz. — O que você pensou? Que Alec ficaria sozinho pelo resto da vida dele? — mesmo que Evangeline não tenha falado nada, Dominique destilava o seu veneno. — Muito pelo contrário! Depois de buscas e mais buscas, ele finalmente encontrou a Sophie. A mulher perfeita para ele! A última coisa que Evangeline queria e precisava, era de uma briga com Dominique. Ela se limitou em apenas olhar para Alec e suspirar. — Vou embora. — Não, Evangeline... espera. Evangeline ergueu a barra do vestido e literalmente correu para longe daqueles três. Alec respirou fundo e decidiu resolver aqueles problemas, antes de ir atrás do seu grande amor. — Que merda você faz aqui? — É aniversário do meu neto. Jamais perderia. — Não estou falando com você, Dominique. — o olhar duro e frio de Alec, estava pousando em Sophie, que tentava inutilmente se esconder atrás de Dominique. — Eu pouco me importo com o que vo
— Eu queria ficar mais em Nova Iorque. — Allegra resmunga, quando ambas deixam um táxi na porta de seu prédio em Londres. — Não conheci nada do que gostaria. — Mamãe tem muitas coisas para resolver por aqui. Nova Iorque e tudo o que você ainda quer conhecer, estará lá quando voltarmos. — Alec também? Dentro do elevador, Evangeline olha para a sua filha, que tinha um sorriso travesso nos lábios. Ela não queria dar nenhuma esperança falsa para a menina, então apenas se limitou a sorrir e balançar a cabeça. Logo que ambas entram no apartamento, Evangeline largou sua mala ao pé da porta e retirou os sapatos. — Vou para o meu quarto! — Allegra diz, já subindo as escadas com seus pertences. — Tenho tantas coisas para contar a Olivia. — Sem muitos detalhes, Allegra. Nossa vida não é da conta de ninguém. — Nem mesmo da minha? Evangeline sente que seu coração vai sair pela boca, com o susto que tomou. Ela se virou e encontrou encostado na porta que dá para a cozinha, Jonah, seu ex. —
— Isso é tão injusto! Por que eu tenho que ir para uma festa do pijama idiota, ao invés da festa do vovô? — Eu realmente preciso responder? Allegra revira os olhos e cruza os braços, diante da pergunta da mãe. — Porque eu sou criança, mesmo que quase sempre não pareça. — ela repete a frase dita quase todo dia por Evangeline, quando Allegra cisma em pedir algo que não é apropriado para sua idade. — Já disse que é injusto? — Você adora ir para a casa da Sabrina e ficar todo o final de semana lá. Na festa do vovô só terá gente velha e chata. Eu mesma só vou, porque é importante para o seu avô. A miniatura de Evangeline coloca a mochila nas costas e agarra na barraca de camping, descendo as escadas atrás de sua mãe. — Os cookies estão quentinhos. — Evie diz, abrindo um dos potes para sentir o aroma do chocolate. — A mãe da Sabrina deve chegar a… — o celular de Evangeline toca, informando uma nova mensagem. — Olhe… deve ser ela. Evangeline acompanha Allegra até a porta e
Eles se encaram com um olhar penetrante, suas expressões faciais tensas e alertas. Nenhum deles sabe exatamente como o outro irá agir, mas ambos estão prontos para se defenderem caso seja necessário. O olhar de um é desafiador e determinado, enquanto o olhar do outro é cauteloso e calculista. Eles observam um ao outro atentamente, medindo as intenções e o comportamento do outro, procurando por qualquer sinal de fraqueza ou vulnerabilidade. Por um momento, o silêncio paira no ar enquanto ambos se encaram em um impasse tenso. Evangeline olhou de um para o outro, antes de revirar os olhos e fazer um estalo com os lábios. — Você não é meu marido. — ela diz para Jonah, que sequer retira os olhos de Alec. — Estamos em processo de divórcio. E você, — ela se vira para Alec, que sorria. — pode tirando esse sorriso da cara. Você não é meu namorado. Ainda estamos conversando. — Então você tem trocado mensagens com seu ex? — Jonah questiona, encarando Evangeline. — Não tem vergonha de