— O que foi de tão urgente, que você me encheu de ligações? — Alec questiona a Howard, quando o motorista entra em seu escritório na mansão. — Aliás, eu tomei coragem e pedi a mão da Evangeline em casamento. — Sério, chefe? Entregou a aliança que esteve guardada por dez anos? — É... — ele sorri apaixonadamente, como se não fosse um mafioso violento. — mas não conte a ela sobre isso. Não quero parecer um homem mole. Howard ri, quase se esquecendo do motivo que o levou até ali. — Jamais faria isso. Enfim... — Pode falar. Não enrola. — Primeiro, como você me pediu, eu descobri o paradeiro da Leah. A mãe da Evangeline. — E então? — Ela realmente está morta. — Alec suspira profundamente. — Já tem alguns anos que aconteceu. Parece que ela estava se prostituindo, para conseguir dinheiro para drogas. Em um desses dias, ela teve uma overdose em um quarto de motel barato e uma camareira a achou. Pelo menos ela andava com documentos e conseguiu ter um enterro digno. — É... menos mal.
Evangeline acordou naquele sábado, com uma sensação estranha em seu peito. Ela tinha combinado com Allegra, que aquele dia seria somente delas duas, onde poderiam fazer o que quisesse. A pequena escolheu ir a um parque, onde elas passaram o dia em completa harmonia. Elas passearam pela grama, deram comida para os patos que tinham no lago, fizeram um piquenique e ficaram deitadas no pano, encarando a forma das nuvens. Quando a tarde foi caindo, Allegra quis tomar um sorvete antes de irem. Logo que pede dois sorvetes, Evangeline se dá conta que só tem uma única nota de cinquenta dólares na bolsa. — Eu vou ali na esquina trocar e já volto. Mãe e filha se sentam no banco que havia ao lado da carrocinha, se deliciando do sorvete de morango. De repente uma grande van preta para diante delas e abre a porta, mostrando dois homens encapuzados e armados. Eles saltam da van rapidamente, assustando as duas. Evangeline rapidamente ergue os braços, se tremendo por inteiro. — Pode levar tudo.
“Eu não estou disponível no momento, deixe seu recado e em breve lhe retorno.” Aquela mensagem eletrônica que soava cada vez que Alec ligava para o telefone de Evangeline, estava o deixando extremamente irritado. Ele tinha tentado contatá-la várias vezes ao longo do dia, mas ela não havia respondido às suas mensagens ou chamadas telefônicas. No final do dia, Alec decidiu ir pessoalmente procurá-la. Ele começou visitando os lugares que sabia que ela frequentava, mas ninguém parecia ter visto ela ou Allegra. Nem mesmo no food truck de tacos que ela adorava ir. Alec começou a ficar cada vez mais preocupado e decidiu ir até a casa de Evangeline. Ele bateu na porta várias vezes, mas não obteve resposta. Começou então a tocar o interfone várias vezes, mas ainda assim, ninguém atendeu. — Merda! — ele grunhe, batendo o pé no assoalho da varanda. — Alec? Tudo bem? — Felippa! — Alec caminha apressadamente até ela e a segura pelos ombros, o que a deixa alarmada, pelo estado de agonia del
"Hoje fazem cinco anos desde o grande incêndio que destruiu a antiga fábrica da família Baker, em Nova Iorque. Além de alguns corpos que ficaram irreconhecíveis devido ao fogo, foram encontrados os corpos de Paul e Jonah Baker. Na época do acontecido, a única herdeira da família, Davine Baker, que estava internada em uma clínica psiquiatra, foi libertada e colocou a boca no mundo, dizendo que seu pai foi o mandante pela morte do antigo magnata da cidade, Blake Castello. Desde o ocorrido, nossa imprensa tem procurado pela família Castello, mas nenhum deles foram mais vistos. Com exceção de Dominique, ex Castello e também ex Harris, que viaja pelo mundo e faz cliques a cada país. Todos os outros integrantes da família sumiram, como se não existissem mais. Onde será que eles...” A televisão é desligada repentinamente e a garota olha para trás furiosa. — Ei! Eu estava vendo. — É hora da escola, Allegra. Você não deveria estar vendo informações sobre Nova Iorque. A menina revira os olh
— Dentro de uma semana, será o nosso tão esperado recital. — Jude Callen, o professor, diz. — Vocês estão cada dia mais preparados, então não vejo a hora desse dia chegar.Os saltos de Marylin Durant, a secretária de Jude, ecoam pelo piso de madeira. Todos se viraram para encará-la, incluindo Jude.— Desculpe atrapalhar, mas vim informar que sexta é o último dia para o pagamento do recital. Só faltam... — Marylin olha a prancheta em sua mão e a analisa de cima a baixo. — duas pessoas.Ela encara Davine Baker e Evangeline Atkins. As duas bolsistas da turma.— Caso não efetuem o pagamento, estarão fora!Marylin tinha um sorriso soberbo, como se ficasse feliz com a pobreza alheia. Aquilo era culpa dos pais, que nunca deixaram ela fazer esforço na vida. O trabalho de secretária é apenas no papel, para marcar em cima de quem ganhou bolsa para as aulas. E ela adorava fazer aquilo, pois segundo Marylin, quem não se esforça, não merece recompensas.— Tenho certeza de que, quem quer que falte
Mas graças a sua genitora e fodida mãe, Leah, aquilo estava arruinado. Assim como ela tinha arruinado o baile de Natal, aparecendo bêbada. Da mesma maneira que arruinou o baile da escola, surgindo como acompanhante de um dos alunos.— Eu a odeio! — Evie grunhi, enquanto Felippa acarinha seu cabelo cacheado. — O que será que fiz, para merecer uma mãe como ela?— Nada, Evie. Você não tem culpa dela ser uma mãe de merda.Fungando, Evangeline se afasta da sua amiga e a encara.— O que eu vou fazer, Felps? Era o meu sonho naquela caixa. Não tem a menor chance, de eu conseguir esse dinheiro a tempo.A garota com os cabelos tingidos de ruivo e que necessitava pintar a raiz, se levanta e começa a andar de um lado para o outro.— Bem, até tem uma coisa, mas você não vai gostar.— O que?— Você lembra do JJ?Evie não precisou fazer esforço algum. Ela falava do garoto negro, esguio e de olhos claros, com quem Felippa teve um ano tórrido de amor. Ninguém sabia seu nome, apenas o chamavam por JJ.
Evangeline sequer pensou duas vezes. Ela se sentou na cama rapidamente e encarou sua mãe. Pela primeira vez em anos, ela sentia que aquela mulher a sua frente, estava sendo sincera.— Como assim?Observando que conseguiu a atenção de Evangeline, Leah empurrou um dos potes para a filha e se levantou para pegar garfos. Só então quando retornou, que começou a falar.— Sabe que trabalho para um pessoal endinheirado. — diz e Evie apenas balança a cabeça, enchendo a boca de comida. — Então, eles dão uma festa amanhã. Uma grande festa. Ouvi alguém dizer mais de duzentos convidados.— Nossa... e cabe essa gente toda lá?— Bem mais do que isso. Enfim. A chefe das empregadas pediu para que conseguíssemos quantas pessoas desse, para ajudar. E já que você precisa de dinheiro para aquela chatice lá...Evangeline sentiu uma imensa vontade de abraçar sua mãe, mas conhecendo-a bem, reprimiu à vontade e continuou comendo o que tinha a sua frente.— Quanto vão pagar? — ela tentou mostrar desinteresse.
Leah havia deixado um papel preso a geladeira, com o endereço e quais conduções Evangeline precisaria pegar. Ela já tinha dado instruções de como queria que a filha arrumasse o cabelo ruivo e cacheado. Evie precisaria amarrá-lo em um coque arrumado e nenhum fio poderia estar fora do lugar.— O que eu falei sobre seu cabelo? — Leah questiona, assim que vê a filha no portão da mansão.— Sabe que meu cabelo não fica no lugar. Ainda mais depois de dois ônibus e o metrô.O segurança manda Leah decidir o que fazer, na parte de dentro. Ela então agarra no braço da filha e a puxa, enquanto a garota admira a imensidão da casa a sua frente.Elas entram pelos fundos, que dava diretamente para a gigantesca cozinha. Diversas pessoas iam e viam, com pressa e esbarrando em outras, que se ocupavam em encher bandejas. Os convidados começariam a chegar a qualquer minuto.— Carol? — Leah chama a mulher mais velha que estava gritando com outra. Carol era a manda chuva daquela cozinha e organizava toda e