Quando a conversa com Jude terminou e eles decidiram tudo sobre o novo trabalho de Evangeline, a ruiva deixou o prédio da escola, sentindo-se nostálgica. Ela tinha a cabeça nas nuvens, pensando em tudo o que estava acontecendo em sua vida, que sequer notou no carro e no homem parado diante dela. Alec precisou dar um assovio, para que ela parasse e notasse a sua presença. — Amor! — Evie gira no pequeno salto que usava e se apressa para abraçá-lo. — Que saudade. — Um mês para se mudar, foi exagero. Não acha? — Não. — ela murmura, raspando seus lábios nos dele. — Isso fez com que a minha saudade de você, me faça subir pelas paredes. — Não fala desse jeito... ainda mais encostada assim em mim. A reação que Evangeline causava no corpo de Alec, era instantânea. Ao sentir o volume no meio das pernas de seu amado, ela riu e se afastou um pouco. — Desculpe! — Ah, que isso. — ele segura em sua mão e a puxa para seus braços novamente. — Mais tarde nós resolvemos isso, pois por ho
Os dois apaixonados passaram todo o jantar se encarando como dois bobos. Eles deram um jeito de comer com apenas uma mão, pois não conseguiam desgrudar a outra. Quando saíram do restaurante, Alec decide passar em uma sorveteria e levar o doce favorito de Allegra. No meio do caminho, ele recebe uma mensagem de Howard, informando que precisava conversar com ele urgentemente. — Se incomoda se nos vermos amanhã? — Alec pergunta, largando o celular. — Acho que tem algum problema nos negócios. Muitas chamadas perdidas de Howard e uma mensagem querendo conversar com urgência. — Tudo bem. Acho que contar as novidades para Allegra sozinha, será melhor para a cabeça dela. Ainda mais com sorvete de chocolate. Alec para diante do condomínio de Evangeline e eles se despedem ali. Após um beijo cheio de juras de amor, Evie abandona o carro e caminha na direção da casa de sua melhor amiga. — Oi, Felps. — ela cumprimenta a mulher, que estava sentada em sua varanda. Ao olhar para sua casa, ela
— O que foi de tão urgente, que você me encheu de ligações? — Alec questiona a Howard, quando o motorista entra em seu escritório na mansão. — Aliás, eu tomei coragem e pedi a mão da Evangeline em casamento. — Sério, chefe? Entregou a aliança que esteve guardada por dez anos? — É... — ele sorri apaixonadamente, como se não fosse um mafioso violento. — mas não conte a ela sobre isso. Não quero parecer um homem mole. Howard ri, quase se esquecendo do motivo que o levou até ali. — Jamais faria isso. Enfim... — Pode falar. Não enrola. — Primeiro, como você me pediu, eu descobri o paradeiro da Leah. A mãe da Evangeline. — E então? — Ela realmente está morta. — Alec suspira profundamente. — Já tem alguns anos que aconteceu. Parece que ela estava se prostituindo, para conseguir dinheiro para drogas. Em um desses dias, ela teve uma overdose em um quarto de motel barato e uma camareira a achou. Pelo menos ela andava com documentos e conseguiu ter um enterro digno. — É... menos mal.
Evangeline acordou naquele sábado, com uma sensação estranha em seu peito. Ela tinha combinado com Allegra, que aquele dia seria somente delas duas, onde poderiam fazer o que quisesse. A pequena escolheu ir a um parque, onde elas passaram o dia em completa harmonia. Elas passearam pela grama, deram comida para os patos que tinham no lago, fizeram um piquenique e ficaram deitadas no pano, encarando a forma das nuvens. Quando a tarde foi caindo, Allegra quis tomar um sorvete antes de irem. Logo que pede dois sorvetes, Evangeline se dá conta que só tem uma única nota de cinquenta dólares na bolsa. — Eu vou ali na esquina trocar e já volto. Mãe e filha se sentam no banco que havia ao lado da carrocinha, se deliciando do sorvete de morango. De repente uma grande van preta para diante delas e abre a porta, mostrando dois homens encapuzados e armados. Eles saltam da van rapidamente, assustando as duas. Evangeline rapidamente ergue os braços, se tremendo por inteiro. — Pode levar tudo.
“Eu não estou disponível no momento, deixe seu recado e em breve lhe retorno.” Aquela mensagem eletrônica que soava cada vez que Alec ligava para o telefone de Evangeline, estava o deixando extremamente irritado. Ele tinha tentado contatá-la várias vezes ao longo do dia, mas ela não havia respondido às suas mensagens ou chamadas telefônicas. No final do dia, Alec decidiu ir pessoalmente procurá-la. Ele começou visitando os lugares que sabia que ela frequentava, mas ninguém parecia ter visto ela ou Allegra. Nem mesmo no food truck de tacos que ela adorava ir. Alec começou a ficar cada vez mais preocupado e decidiu ir até a casa de Evangeline. Ele bateu na porta várias vezes, mas não obteve resposta. Começou então a tocar o interfone várias vezes, mas ainda assim, ninguém atendeu. — Merda! — ele grunhe, batendo o pé no assoalho da varanda. — Alec? Tudo bem? — Felippa! — Alec caminha apressadamente até ela e a segura pelos ombros, o que a deixa alarmada, pelo estado de agonia del
"Hoje fazem cinco anos desde o grande incêndio que destruiu a antiga fábrica da família Baker, em Nova Iorque. Além de alguns corpos que ficaram irreconhecíveis devido ao fogo, foram encontrados os corpos de Paul e Jonah Baker. Na época do acontecido, a única herdeira da família, Davine Baker, que estava internada em uma clínica psiquiatra, foi libertada e colocou a boca no mundo, dizendo que seu pai foi o mandante pela morte do antigo magnata da cidade, Blake Castello. Desde o ocorrido, nossa imprensa tem procurado pela família Castello, mas nenhum deles foram mais vistos. Com exceção de Dominique, ex Castello e também ex Harris, que viaja pelo mundo e faz cliques a cada país. Todos os outros integrantes da família sumiram, como se não existissem mais. Onde será que eles...” A televisão é desligada repentinamente e a garota olha para trás furiosa. — Ei! Eu estava vendo. — É hora da escola, Allegra. Você não deveria estar vendo informações sobre Nova Iorque. A menina revira os olh
— Dentro de uma semana, será o nosso tão esperado recital. — Jude Callen, o professor, diz. — Vocês estão cada dia mais preparados, então não vejo a hora desse dia chegar.Os saltos de Marylin Durant, a secretária de Jude, ecoam pelo piso de madeira. Todos se viraram para encará-la, incluindo Jude.— Desculpe atrapalhar, mas vim informar que sexta é o último dia para o pagamento do recital. Só faltam... — Marylin olha a prancheta em sua mão e a analisa de cima a baixo. — duas pessoas.Ela encara Davine Baker e Evangeline Atkins. As duas bolsistas da turma.— Caso não efetuem o pagamento, estarão fora!Marylin tinha um sorriso soberbo, como se ficasse feliz com a pobreza alheia. Aquilo era culpa dos pais, que nunca deixaram ela fazer esforço na vida. O trabalho de secretária é apenas no papel, para marcar em cima de quem ganhou bolsa para as aulas. E ela adorava fazer aquilo, pois segundo Marylin, quem não se esforça, não merece recompensas.— Tenho certeza de que, quem quer que falte
Mas graças a sua genitora e fodida mãe, Leah, aquilo estava arruinado. Assim como ela tinha arruinado o baile de Natal, aparecendo bêbada. Da mesma maneira que arruinou o baile da escola, surgindo como acompanhante de um dos alunos.— Eu a odeio! — Evie grunhi, enquanto Felippa acarinha seu cabelo cacheado. — O que será que fiz, para merecer uma mãe como ela?— Nada, Evie. Você não tem culpa dela ser uma mãe de merda.Fungando, Evangeline se afasta da sua amiga e a encara.— O que eu vou fazer, Felps? Era o meu sonho naquela caixa. Não tem a menor chance, de eu conseguir esse dinheiro a tempo.A garota com os cabelos tingidos de ruivo e que necessitava pintar a raiz, se levanta e começa a andar de um lado para o outro.— Bem, até tem uma coisa, mas você não vai gostar.— O que?— Você lembra do JJ?Evie não precisou fazer esforço algum. Ela falava do garoto negro, esguio e de olhos claros, com quem Felippa teve um ano tórrido de amor. Ninguém sabia seu nome, apenas o chamavam por JJ.