— Eu queria ficar mais em Nova Iorque. — Allegra resmunga, quando ambas deixam um táxi na porta de seu prédio em Londres. — Não conheci nada do que gostaria. — Mamãe tem muitas coisas para resolver por aqui. Nova Iorque e tudo o que você ainda quer conhecer, estará lá quando voltarmos. — Alec também? Dentro do elevador, Evangeline olha para a sua filha, que tinha um sorriso travesso nos lábios. Ela não queria dar nenhuma esperança falsa para a menina, então apenas se limitou a sorrir e balançar a cabeça. Logo que ambas entram no apartamento, Evangeline largou sua mala ao pé da porta e retirou os sapatos. — Vou para o meu quarto! — Allegra diz, já subindo as escadas com seus pertences. — Tenho tantas coisas para contar a Olivia. — Sem muitos detalhes, Allegra. Nossa vida não é da conta de ninguém. — Nem mesmo da minha? Evangeline sente que seu coração vai sair pela boca, com o susto que tomou. Ela se virou e encontrou encostado na porta que dá para a cozinha, Jonah, seu ex. —
— Isso é tão injusto! Por que eu tenho que ir para uma festa do pijama idiota, ao invés da festa do vovô? — Eu realmente preciso responder? Allegra revira os olhos e cruza os braços, diante da pergunta da mãe. — Porque eu sou criança, mesmo que quase sempre não pareça. — ela repete a frase dita quase todo dia por Evangeline, quando Allegra cisma em pedir algo que não é apropriado para sua idade. — Já disse que é injusto? — Você adora ir para a casa da Sabrina e ficar todo o final de semana lá. Na festa do vovô só terá gente velha e chata. Eu mesma só vou, porque é importante para o seu avô. A miniatura de Evangeline coloca a mochila nas costas e agarra na barraca de camping, descendo as escadas atrás de sua mãe. — Os cookies estão quentinhos. — Evie diz, abrindo um dos potes para sentir o aroma do chocolate. — A mãe da Sabrina deve chegar a… — o celular de Evangeline toca, informando uma nova mensagem. — Olhe… deve ser ela. Evangeline acompanha Allegra até a porta e
Eles se encaram com um olhar penetrante, suas expressões faciais tensas e alertas. Nenhum deles sabe exatamente como o outro irá agir, mas ambos estão prontos para se defenderem caso seja necessário. O olhar de um é desafiador e determinado, enquanto o olhar do outro é cauteloso e calculista. Eles observam um ao outro atentamente, medindo as intenções e o comportamento do outro, procurando por qualquer sinal de fraqueza ou vulnerabilidade. Por um momento, o silêncio paira no ar enquanto ambos se encaram em um impasse tenso. Evangeline olhou de um para o outro, antes de revirar os olhos e fazer um estalo com os lábios. — Você não é meu marido. — ela diz para Jonah, que sequer retira os olhos de Alec. — Estamos em processo de divórcio. E você, — ela se vira para Alec, que sorria. — pode tirando esse sorriso da cara. Você não é meu namorado. Ainda estamos conversando. — Então você tem trocado mensagens com seu ex? — Jonah questiona, encarando Evangeline. — Não tem vergonha de
Logo que chegaram ao ápice e ambos se ajeitaram, Alec e Evangeline combinaram quem deixaria o banheiro primeiro. Alec decide fazê-lo e vai diretamente para o bar. Quando a ruiva faz o mesmo, ela encara o homem que estava na porta do banheiro e lhe dá um sorriso sem graça. Ela não conseguia parar de pensar que ele sabia exatamente o que tinha acontecido naquele banheiro. Depois de passar um considerável tempo com Samuel e notar que seu quase ex-marido não está mais por ali, Evangeline faz uma proposta a Alec. — Allegra passará o final de semana na casa de uma amiga... quer dormir no meu apartamento? Alec sorriu largamente com aquela pergunta. Então após se despedirem de Samuel, os dois vão para o carro de Evie e ela dirige rapidamente até seu prédio. Nenhum dos dois foram capazes de aguardar a chegada no quarto. Os sapatos e roupas começaram a ser tirados na sala, de modo que os dois já se encontraram nus, quando caíram na cama. A todo momento, eles se olhavam com amor e carinh
O alarme do celular de Alec, era programado para despertar todos os dias, às sete da manhã. E como era domingo, ao ouvir aquele barulho, Evangeline resmungou para que ele desligasse e continuassem a dormir. Já que o celular dele havia ficado no bolso da calça, que estava jogado no chão do quarto, Alec precisou se levantar para ir até lá. Ao abrir o olho e se sentar, ele notou uma figura pequena ao lado da porta, olhando na direção deles com bastante curiosidade. — Evie? — Alec chama, empurrando-a devagar. — Evangeline? — O que foi, Alec? Não consegue achar o celular? — Acho melhor você se sentar. Sonolenta, a ruiva ergue seu corpo e boceja, olhando para Alec. Como ele olhava fixamente para a frente, ela acompanhou o olhar dele e encontrou Allegra ali. — Filha! — Evangeline se levanta apressadamente e vai até a garota confusa. — Oi... eu... — ela olha para Alec. — Se veste! Vem comigo, Allegra. Evangeline segura no braço da menina e a leva até a sala. — Eu posso expli
Quando o caminhão de mudanças parou diante da casa de Evangeline, ela desceu e ajudou Allegra a fazer o mesmo, pronta para dar instruções de onde queria que as coisas fossem colocadas. Antes mesmo de abrir a porta, seu celular começou a vibrar no bolso. Era mais de uma, de diversas mensagens de Alec. A última era um áudio. “Não faz o menor sentido você não ficar na minha casa. Audrey já me encheu o saco, perguntando o que eu tinha feito para você não querer morar conosco.” Evie revira os olhos e guarda o celular novamente, finalmente abrindo a porta. Ela decide ficar observando tudo do lado de fora. Allegra se sentou no meio fio, assistindo alguns vídeos aleatórios na internet. — Evangeline? — ela se vira e encontra Howard descendo de um carro. — Vocês chegaram! — Ele mandou você vir aqui? Eu não vou morar na mansão! Alec é impossível. Howard ri e balança a cabeça em negativa. — Na verdade não. Hoje é meu dia de folga. Eu vim... — o motorista olha de lado para a casa de F
Assim que pousou em Nova Iorque, Alec foi até a sede de sua empresa, onde iria ocorrer a reunião com seu sócio, Paul Baker. Para Paul, seria apenas uma rotineira reunião para discutir se a fusão entre as duas famílias, andava bem-sucedida. Os dois mafiosos sentaram-se em uma sala escura e bem protegida, em uma reunião para discutir negócios. Eles se olharam intensamente antes de começarem a falar. — Então, como estão as coisas nos nossos territórios? — Alec pergunta, abrindo alguns botões de seu paletó. — Tudo bem, tudo bem. Nós estamos expandindo nossas operações e temos trazido mais dinheiro para o negócio. — Isso é bom. Eu ouvi falar que os nossos rivais estão causando problemas novamente. Qual é a situação? — Sim, eles estão se intrometendo em nossos negócios. Mas não se preocupe, temos homens de confiança cuidando disso. Eles não vão causar mais problemas. Se tinha algo em que Paul Baker era bom, era em resolver problemas. Principalmente usando violência. — Ótimo. M
Quando a conversa com Jude terminou e eles decidiram tudo sobre o novo trabalho de Evangeline, a ruiva deixou o prédio da escola, sentindo-se nostálgica. Ela tinha a cabeça nas nuvens, pensando em tudo o que estava acontecendo em sua vida, que sequer notou no carro e no homem parado diante dela. Alec precisou dar um assovio, para que ela parasse e notasse a sua presença. — Amor! — Evie gira no pequeno salto que usava e se apressa para abraçá-lo. — Que saudade. — Um mês para se mudar, foi exagero. Não acha? — Não. — ela murmura, raspando seus lábios nos dele. — Isso fez com que a minha saudade de você, me faça subir pelas paredes. — Não fala desse jeito... ainda mais encostada assim em mim. A reação que Evangeline causava no corpo de Alec, era instantânea. Ao sentir o volume no meio das pernas de seu amado, ela riu e se afastou um pouco. — Desculpe! — Ah, que isso. — ele segura em sua mão e a puxa para seus braços novamente. — Mais tarde nós resolvemos isso, pois por ho